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No Sábado, quando o Jackson falhou o primeiro penalty, tomei-o quase como uma ofensa pessoal. Era gozar comigo. Era gozar connosco. Como era possível, depois do que aconteceu com a Olhanense, e quando estávamos claramente perante mais uma porta difícil de abrir, optar por fazer aquilo? Uma coisa é falhar, outra coisa é falhar assim. E eu, que como é óbvio também não estava propriamente num estado de paz e serenidade, passei-me. Se não ganhássemos o jogo a culpa era dele. Que cresça, que ganhe juízo, que perca a mania de que é estrela!
Não me orgulho da minha reacção, mas foi o que o foi. O jogo com a Olhanense deixou marcas e a perspectiva de voltar a perder pontos injustificáveis em casa pairava como uma nuvem escura sobre a minha cabeça. Aquela oportunidade de ouro para desbloquear um jogo que se mostrava complicado não podia ser desperdiçada. Mas foi. E depois o Rio Ave marcou. Era mau demais.
Eu sei que ainda há muita época pela frente e que naquele jogo não se jogava o título. Ou então sim. Podemos ter ganho o título no Sábado. Ou podíamos tê-lo perdido se deixássemos que o Rio Ave nos roubasse pontos. Só no final o saberemos. E é por este motivo estupidamente óbvio que cada jogo é o jogo do título: cada jogo, por mais irrelevante que pareça, pode em última análise decidir o título. Sobretudo à entrada do último terço do campeonato e com um adversário que ainda não conseguimos deixar para trás. Aliás, o meu desconforto é precisamente esse: 20ª jornada e ainda não vamos destacadamente à frente. Detesto campeonatos renhidos. Sabem melhor no final, é verdade, mas enquanto duram são uma chatice. Além de que chegar taco-a-taco às últimas jornadas atribui um peso desproporcionado a certos e determinados elementos extra-futebol que discretamente (ou nem por isso) empurram a balança sempre para o mesmo lado. Sei que há quem goste de campeonatos equilibrados, há quem diga que assim é que tem piada. Eu não. Eu gosto é de ser campeã em Abril, fazer a festa do título três ou quatro vezes e ainda ir ao Jamor. Isso é que é uma época. E não posso deixar de assinalar aqui a felicidade que é ser adepta de um clube que me permite colocar a fasquia a esta altura absurda.
Voltando a Sábado. Quando o Lucho pegou na bola e fez questão de que fosse o Jackson a marcar o penalty (grande Lucho, ser líder é isto!), senti um peso nos ombros. E apercebi-me de que esse mesmo peso estava também nos ombros do Jackson, mas multiplicado por mil. Ao vê-lo preparar-se para marcar o penalty, perdoei-o de imediato. A menos que fizesse a inqualificável parvoíce de repetir a brincadeira, estava perdoado, é claro que sim. Marcasse ou falhasse. Chegar-se à frente num momento daqueles é de uma bravura que não é qualquer um.
Depois do golo marcado, assumir o erro foi uma demonstração de maturidade e pedir desculpa foi de uma humildade rara entre os putos milionários da bola. Afinal, no meu acesso de raiva após o primeiro penalty, não estava a pedir demais. O nosso Cha Cha Cha cresceu e ganhou juízo. Em cerca de um quarto de hora. O futebol é assim, a vida condensada em 90 minutos.
E lá ganhámos. Agora o jogo do título é o próximo, e assim sucessivamente até que possamos finalmente festejar como merecemos. Estou ansiosa para Sábado. Temos mais do que capacidade para ganhar o jogo nas calmas, mas as equipas pequenas tentam sempre agigantar-se contra nós. Detesto esta ansiedade. Já disse que detesto campeonatos renhidos?
Não me orgulho da minha reacção, mas foi o que o foi. O jogo com a Olhanense deixou marcas e a perspectiva de voltar a perder pontos injustificáveis em casa pairava como uma nuvem escura sobre a minha cabeça. Aquela oportunidade de ouro para desbloquear um jogo que se mostrava complicado não podia ser desperdiçada. Mas foi. E depois o Rio Ave marcou. Era mau demais.
Eu sei que ainda há muita época pela frente e que naquele jogo não se jogava o título. Ou então sim. Podemos ter ganho o título no Sábado. Ou podíamos tê-lo perdido se deixássemos que o Rio Ave nos roubasse pontos. Só no final o saberemos. E é por este motivo estupidamente óbvio que cada jogo é o jogo do título: cada jogo, por mais irrelevante que pareça, pode em última análise decidir o título. Sobretudo à entrada do último terço do campeonato e com um adversário que ainda não conseguimos deixar para trás. Aliás, o meu desconforto é precisamente esse: 20ª jornada e ainda não vamos destacadamente à frente. Detesto campeonatos renhidos. Sabem melhor no final, é verdade, mas enquanto duram são uma chatice. Além de que chegar taco-a-taco às últimas jornadas atribui um peso desproporcionado a certos e determinados elementos extra-futebol que discretamente (ou nem por isso) empurram a balança sempre para o mesmo lado. Sei que há quem goste de campeonatos equilibrados, há quem diga que assim é que tem piada. Eu não. Eu gosto é de ser campeã em Abril, fazer a festa do título três ou quatro vezes e ainda ir ao Jamor. Isso é que é uma época. E não posso deixar de assinalar aqui a felicidade que é ser adepta de um clube que me permite colocar a fasquia a esta altura absurda.
Voltando a Sábado. Quando o Lucho pegou na bola e fez questão de que fosse o Jackson a marcar o penalty (grande Lucho, ser líder é isto!), senti um peso nos ombros. E apercebi-me de que esse mesmo peso estava também nos ombros do Jackson, mas multiplicado por mil. Ao vê-lo preparar-se para marcar o penalty, perdoei-o de imediato. A menos que fizesse a inqualificável parvoíce de repetir a brincadeira, estava perdoado, é claro que sim. Marcasse ou falhasse. Chegar-se à frente num momento daqueles é de uma bravura que não é qualquer um.
Depois do golo marcado, assumir o erro foi uma demonstração de maturidade e pedir desculpa foi de uma humildade rara entre os putos milionários da bola. Afinal, no meu acesso de raiva após o primeiro penalty, não estava a pedir demais. O nosso Cha Cha Cha cresceu e ganhou juízo. Em cerca de um quarto de hora. O futebol é assim, a vida condensada em 90 minutos.
E lá ganhámos. Agora o jogo do título é o próximo, e assim sucessivamente até que possamos finalmente festejar como merecemos. Estou ansiosa para Sábado. Temos mais do que capacidade para ganhar o jogo nas calmas, mas as equipas pequenas tentam sempre agigantar-se contra nós. Detesto esta ansiedade. Já disse que detesto campeonatos renhidos?
É preciso ter "cojones" para se marcar um penalty quando se está a perder e depois de ter falhado os 2 anteriores.
ResponderEliminarEu vou lá estar entre a "lagartagem" a apoiar o FCP!!
PS. Também prefiro ser campeão em Abril e comemorar em várias jornadas o titulo.
Até amanhã pessoal!!! Hasta la vitoria.. siempre!!
Comungo INTEIRAMENTE deste texto!!!
ResponderEliminarAparte disto...não é que aqueles FdP foram suspender o Edo Bosch por 3 jogos!!!!
Fodasse!!! São mesmo uns abutres!!!Uma escumalha de merda!!! Tentam de TUDO para nos derrotar fora do campo!!! Metem-me nojo!!!
Mas..tb é nestas altura que me orgulho de ser portista!!!
Força PORTO!!!