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Diz o IFFHS que o campeonato português é o 11.º mais competitivo do mundo e o quinto classificado em termos europeus, apenas superado pelas ligas Espanhola, Inglesa, Italiana e Alemã. Mas essa competitividade traduz-se em qualidade?
Tendo em conta alguns resultados pontuais dos principais clubes portugueses além-fronteira, com a (quase) exclusividade a caber ao FC Porto, até se pode assumir que sim, mas verdadeiramente, se olharmos com atenção para o fenómeno português, rapidamente percebemos o nivelamento por baixo em que a prova se traduz.
Nos últimos anos, o campeonato tem-se revelado bicéfalo, aqui também, com o FC Porto a (quase) dominar completamente a prova. Aliás, após a 23.ª jornada, as duas equipas ainda não perderam para o campeonato, sendo que o desequilíbrio é feito por detalhes, por vezes até no confronto direito. Com maior ou menor dificuldade, a vitória é garantida por números mais ou menos expressivos.
O líder, não conseguiu superar a fase de grupos da Liga dos Campeões, a 1.ª Divisão Europeia de clubes. Na Liga Europa, a 2.ª Divisão Europeia, tem (?) legítimas aspirações diante adversários mais acessíveis, onde apenas o Chelsea luta pelo título no seu país.
Realisticamente, é na Liga Europa, onde a qualidade do campeonato português mais se adequa, conforme provam os desempenhos das equipas portuguesas, com natural excepção do FC Porto pelos motivos por demais conhecidos. Na Liga dos Campeões, a força dos principais clubes espanhóis e alemães parece inacessíveis a toda a Europa do futebol (apenas os milhões de euros do PSG podem, timidamente, intrometer-se).
Voltando ao nosso campeonato, com uns verdes muito longe do que reza a sua história, caberia aos do Minho garantir confortavelmente o terceiro lugar. Em boa verdade, e no ano em que o clube liderado por António Salvador assumiu pela primeira vez a candidatura ao título, o Braga vê-se em dificuldades para não ser superado pelo... Paços de Ferreira. O surpreendente clube da capital do móvel tem-se aproximado dos lugares cimeiros da tabela, mas sem futebol, jogadores ou estrutura para manter um nível alto que possa, por exemplo, fazer boa figura nas provas europeias. E aqui temos outro sintoma da nossa debilidade. Poderá o Paços de Ferreira jogar dignamente uma Liga dos Campeões, caso garanta o 3.º lugar?
Os verdes, no seu calvário em que chegou a estar perto dos impensáveis lugares de descida, bastaram duas ou três vitórias para dar um pulo na classificação para perto de pontuações mais próximas de uma classificação europeia. O Gil Vicente, próximo adversário do líder, com apenas quatro vitórias no campeonato, está acima da chamada "linha de água"... Face a este panorama valerá a pena manter um campeonato a 16 ou 18 clubes, conforme já foi sugerido?
O próximo campeão, à semelhança dos anteriores, sê-lo-á de uma prova cada vez mais débil em termos qualitativos e em que apenas uma equipa tem verdadeiramente dimensão europeia (o FC Porto), mas longe dos grandes palcos europeus, pelo menos de forma consistente e regular em fases adiantadas do futebol ao mais alto nível, como é a Liga dos Campeões.
Tendo em conta alguns resultados pontuais dos principais clubes portugueses além-fronteira, com a (quase) exclusividade a caber ao FC Porto, até se pode assumir que sim, mas verdadeiramente, se olharmos com atenção para o fenómeno português, rapidamente percebemos o nivelamento por baixo em que a prova se traduz.
Nos últimos anos, o campeonato tem-se revelado bicéfalo, aqui também, com o FC Porto a (quase) dominar completamente a prova. Aliás, após a 23.ª jornada, as duas equipas ainda não perderam para o campeonato, sendo que o desequilíbrio é feito por detalhes, por vezes até no confronto direito. Com maior ou menor dificuldade, a vitória é garantida por números mais ou menos expressivos.
O líder, não conseguiu superar a fase de grupos da Liga dos Campeões, a 1.ª Divisão Europeia de clubes. Na Liga Europa, a 2.ª Divisão Europeia, tem (?) legítimas aspirações diante adversários mais acessíveis, onde apenas o Chelsea luta pelo título no seu país.
Realisticamente, é na Liga Europa, onde a qualidade do campeonato português mais se adequa, conforme provam os desempenhos das equipas portuguesas, com natural excepção do FC Porto pelos motivos por demais conhecidos. Na Liga dos Campeões, a força dos principais clubes espanhóis e alemães parece inacessíveis a toda a Europa do futebol (apenas os milhões de euros do PSG podem, timidamente, intrometer-se).
Voltando ao nosso campeonato, com uns verdes muito longe do que reza a sua história, caberia aos do Minho garantir confortavelmente o terceiro lugar. Em boa verdade, e no ano em que o clube liderado por António Salvador assumiu pela primeira vez a candidatura ao título, o Braga vê-se em dificuldades para não ser superado pelo... Paços de Ferreira. O surpreendente clube da capital do móvel tem-se aproximado dos lugares cimeiros da tabela, mas sem futebol, jogadores ou estrutura para manter um nível alto que possa, por exemplo, fazer boa figura nas provas europeias. E aqui temos outro sintoma da nossa debilidade. Poderá o Paços de Ferreira jogar dignamente uma Liga dos Campeões, caso garanta o 3.º lugar?
Os verdes, no seu calvário em que chegou a estar perto dos impensáveis lugares de descida, bastaram duas ou três vitórias para dar um pulo na classificação para perto de pontuações mais próximas de uma classificação europeia. O Gil Vicente, próximo adversário do líder, com apenas quatro vitórias no campeonato, está acima da chamada "linha de água"... Face a este panorama valerá a pena manter um campeonato a 16 ou 18 clubes, conforme já foi sugerido?
O próximo campeão, à semelhança dos anteriores, sê-lo-á de uma prova cada vez mais débil em termos qualitativos e em que apenas uma equipa tem verdadeiramente dimensão europeia (o FC Porto), mas longe dos grandes palcos europeus, pelo menos de forma consistente e regular em fases adiantadas do futebol ao mais alto nível, como é a Liga dos Campeões.
Muito bom este texto! Lúcido, simples e directo! Parabéns pela análise Blue Boy! É sempre um prazer ler o BiboPorto, carago!
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