24 junho, 2013

O Bruninho…

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Entramos naquela fase da época em que o futebol jogado dentro das quatro linhas deixa de ser o mais relevante, tomando lugar de destaque o rodopio de entradas e saídas de jogadores, especulações atrás de especulações e muitas promessas de que “para o ano é que vai ser”.

Dito isto, hoje não vou falar no novo treinador do FC Porto e no processo de saída do antigo, temas já mais que esmiuçados na blogosfera Portista, nem vou falar das muitas especulações acerca de novos jogadores, daqueles que estão na porta de saída ou até daqueles que tudo devem ao FC Porto e que ano após ano cospem em quem tudo lhes deu (não é Sr. Fernando?!?!).

Hoje, e bem de acordo com a silly-season em que nos encontramos, vou sim falar de algo menos relevante, vou falar no novo “herói” do futebol português: o Bruninho!

Têm sido muitos os que nos últimos anos têm utilizado a arma mais óbvia e gasta do futebol português: atacar Pinto da Costa! Assim de repente, lembro-me de uns quantos “heróis” cuja ocupação favorita era atacar Pinto da Costa, “heróis” que foram elevados a este estatuto pela comunicação social sempre tão excitada com alguém que fale mal de Pinto da Costa. Todos eles acabaram mal, de uma forma ou de outra. Temos 2 casos bem exemplificativos: vale e azevedo, o exemplo da transparência na luta contra Pinto da Costa segundo muitos, está preso e foi condenado por vários crimes, ele que tinha uma obsessão doentia por Pinto da Costa; o orelhas, que em mais de 10 anos de presidência, pouco ou nada ganhou, também tem em Pinto da Costa a sua principal obsessão. Tem-lhe acontecido de tudo, humilhações em pleno Dragão por 5-0, títulos entregues ao FC Porto no seu próprio galinheiro, títulos perdidos ao minuto 92, enfim, tem sido um fartar de rir. Nem eu, se escrevesse o filme da vida do orelhas, escolheria melhor guião.

Quanto ao Bruninho, este parece querer entrar no grupo de personagens que tentam, de forma tão apatetada quanto ridícula, utilizar a mais velha arma do futebol português para se autopromover e cair nas boas graças da comunicação social da capital, bem como de muitos dos seus adeptos, que estando com uma enorme azia depois de tantos anos de humilhações e fracassos, procuram um qualquer bálsamo que menorize as suas constantes azias. A arma é básica e velha: malhar em Pinto da Costa a torto e direito! É fácil perceber o ataque do Bruninho ao FC Porto. O rapaz vendo o seu clube à beira da falência, fora das competições europeias e com os bancos a fecharem a torneira dos milhões, virou-se então para quem? Atacar Pinto da Costa, está claro! De uma só vez, matou dois coelhos de uma cajadada: recebeu o aplauso unânime da inefável comunicação social e fez esquecer por umas semanas os enormes e complexos problemas do seu clube, vítima de uma gestão ridícula e danosa nos últimos anos, e não dos erros dos árbitros como alguns tentam fazer crer.

Para atacar Pinto da Costa, o Bruninho lá veio falar da “fruta” em alusão ao famoso apito dourado. Perante isto, e porque o FC Porto, e bem, ignorou completamente a velhinha tática utilizada pelo Bruninho, cumpre-me agora também referir alguma da “fruta” em que o FC Porto esteve envolvido nos últimos anos, como prova daquilo que o Bruninho quis insinuar. Vou então lembrar-te, ó Bruninho, alguma da “fruta” de que tu provavelmente falas:

No dia 28 novembro de 1995, a bola (todos nós sabemos que é o jornal oficial do FC Porto), reproduziu um artigo publicado no jornal inglês News of the World (que é controlado por Pinto da Costa) cujo título era “As mulheres que amaram Mr. King”. Nesse artigo, basicamente, o sr. Howard King, um prestigiado árbitro inglês das décadas de 80 e 90, falou abertamente da oferta de prostitutas por clubes europeus.

Alguns excertos desta deliciosa reportagem (que podem ver na íntegra, ao clicar neste LINK):
    “A UEFA sabe perfeitamente o que se passa quanto a hospitalidades de quarto de cama mas nada faz para o impedir. Enviaram-me prostitutas em quase todos os países onde arbitrei: na Rússia, Alemanha, Portugal, Espanha e Dinamarca. Entre 1983 e 1993 arbitrei jogos que envolviam clubes como Barcelona, Benfica, Sporting, Ajax, PSV, Hamburgo ou Bayern. Mandaram-me mulheres para os quartos, 12 ou 15 ocasiões. Tratava-se de raparigas na casa dos 20 anos, quase sempre belas figuras.”
    “Uma das mais escandalosas propostas que recebeu verificou-se em Lisboa, antes de um importante encontro entre o Sporting e o D. Minsk. Confessa King: “Nessa noite levaram-me a um clube, em Lisboa, onde se encontravam muitas raparigas das mais belas e bonitas. O fulano que me acompanhava disse: “Escolha!” Respondi que não compreendia o que aquilo significava, mas ele esclareceu: “De entre todas estas raparigas, você pode levar consigo a que mais lhe agradar”. E eu, claro, escolhi uma loira, a mais bela mulher que vi em toda a minha vida!”
    “O corpo dela era belíssimo, a saia era curta, vi que usava calcinhas brancas e cinto-de-ligas. Quando chegámos ao hotel abraçou-me gentilmente e começamos a despir-nos. E disse-me enquanto me fazia carícias nos ouvidos: “ temos de vencer amanha, mr. King”. Sabia perfeitamente que eu seria o árbitro do encontro do dia seguinte” “Passamos uma grande noite. Era meu hábito deitar-me pelo menos três horas antes dos jogos importantes e nesse dia, garanto-lhe, essas três horas foram absolutamente essenciais. E não me ofereceram só a rapariga, tive prendas em quantidade”
    “Isto foi em 1984. O Sporting venceu por 2-0. O árbitro inglês jura a pés juntos que não favoreceu nenhum dos clubes intervenientes. Disse ainda que, depois do jogo, um delegado do Dínamo Minsk entrou na cabina para entregar-lhe um presente mas encontrou-o abraçado a um antigo amigo português, um dirigente federativo. “As coisas em Lisboa eram boas em demasia”, disse Howard King”
    “A entrevista de Howard King ao News of the World nao escapou à atenção das organizações que dirigem o futebol. O jornal em questão já fez entrega de diversos elementos como prova daquilo que mr. King declarou. Tanto a FIFA como a UEFA parecem preparadas para realizar investigações profundas quanto ao mundo viciado das ofertas de serviços femininos, prática habitual, segundo King, entre os principais clubes europeus”
Provavelmente, a “fruta” a que o Bruninho se referia era esta. De facto, é muito fácil atirar pedras aos outros quando se tem telhados de vidro. Acho por isso imensa piada quando vejo sportinguistas falar em transparência e verdade desportiva depois de ler uma reportagem dessas.

Aliás, sempre que os vejo falar de moralidade e ética, lembro-me também de outras “coincidências”:
    • A integração de dois árbitros na comitiva sportinguista numa viagem à China feita pelo Sporting em 1978, cerca de 48 horas depois de um deles ter arbitrado uma finalíssima da taça de Portugal disputada frente ao FC Porto. Foram os srs. Mário Luís e Porém Luís!
    • Em 1979/1980, FC Porto e Sporting disputavam o titulo nacional taco a taco. Na penúltima jornada, enquanto o FC Porto recebia em casa o Boavista, o Sporting tinha de ir a Guimarães, 6º classificado, uma das deslocações tradicionalmente mais difícil para os “leões”. Coincidência das coincidências, o Sporting venceu o Guimarães com uma autogolo de Manaca, que já havia representado o... Sporting.
    • Um funcionário de uma empresa de um vice-presidente do Sporting é apanhado a depositar 2.000€ na conta (na Madeira!) de um fiscal de linha que iria arbitrar um jogo do Sporting com o... Marítimo. O caso foi tão esmiuçado e considerado importante (tal e qual foi esmiuçadíssimo o apito dourado) que acabou arquivado pelas instâncias competentes. Ui, se fosse o Reinaldo a depositar 2.000€ na conta de um fiscal de linha...
Ainda poderia falar de mais algumas coisas, de brunos paixões em Campo Maior no ano em que 18 anos depois se sagraram campeões, de 17 penalties numa só época, etc, etc. Mas seria enfastiante para os leitores. Cada um retira as suas conclusões. Agora, uma coisa é certa: se as paredes do Elefante Branco falassem, diriam muito mais que o youtube diz!

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