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12 de Outubro de 2013 – Termina o jogo de andebol com o Kiel com uma derrota por 27-31. O início da época dos pentacampeões tem sido exigente, tendo como pontos altos a entrada na Champions e a liderança no campeonato e como pontos baixos a derrota na Supertaça, a derrota caseira com o Águas Santas e o início complicado na Champions, com 3 derrotas em 3 partidas. Reconhecendo o esforço da sua equipa, os adeptos do FC Porto continuam a aplaudir a sua equipa, que agradece o apoio.
2 de Junho de 2013 – O remate parecia inofensivo mas um desvio encaminha-a para a baliza de Edo Bosch. Este golo dá o título ao Benfica, que assim vence de forma surpreendente a sua 1ª Liga Europeia de hóquei em patins em plena casa dos Dragões, que a deixam escapar desde 1990. Os adeptos do FC Porto reagem a esta dura derrota apoiando os Campeões Nacionais, continuando a aplaudir e a incentivar os seus atletas.
23 de Maio de 2012 – Na negra da final do campeonato nacional de basquetebol, o FC Porto falhou a conquista do bicampeonato. Após um jogo fraco de parte a parte, a maior experiencia e soluções dos encarnados foram decisivas nos últimos minutos. Apesar da desilusão inesperada após a épica vitória no pavilhão da luz no jogo 4, os adeptos do FC Porto aplaudiram e animaram os comandados de Moncho López.
1 de Outubro de 2013 – O FC Porto, tricampeão nacional de futebol, líder isolado do campeonato e já vencedor da Supertaça, conheceu pela primeira vez na temporada o sabor amargo da derrota. Duas bolas paradas e uma 2ª parte de menor fulgor permitiram ao Atlético de Madrid recuperar, depois de sair a perder ao intervalo. Os espanhóis somaram assim mais uma vitória num percurso exemplar, que inclui 2 empates com o Barcelona e uma estrondosa vitória no terreno do rival Real Madrid. Os adeptos do FC Porto despediram-se da sua equipa com vaias e insultos.
Este breve resumo de eventos desportivos nada felizes na nossa história recente debruça-se sobre uma das realidades que mais me faz pensar e refletir quando penso no nosso FC Porto. A pergunta é simples: Porque é que reagimos de forma tão intolerante às derrotas no futebol em comparação com as modalidades?
(Como nota prévia tenho de acrescentar que não acredito que quem frequenta os pavilhões sejam Portistas indiferentes às modalidades, a quem tanto faz ganhar ou perder desde que se ganhe no futebol, por isso o ponto de partida é o mesmo: a reacção imediata ao resultado inesperado e doloroso, não sendo importante para esta análise a óbvia constatação de que, regra geral, qualquer derrota no futebol acaba por ser mais sentida e prolongada no tempo na medida em que é a modalidade nº 1 do Clube e no País.)
Aparentemente não existiriam motivos para grandes diferenças de tratamento no momento de enfrentar o deslize. Todas têm sido bem-sucedidas, com o futebol em plano de destaque. Então porque é que seremos tão penalizadores e destrutivos com as derrotas do nosso futebol em comparação com as outras modalidades?
Sendo certa que esta é uma questão que pode ser analisada por vários prismas, irei focar-me em dois, que considero os mais relevantes:
– Futebolistas vs Atletas das Modalidades
Há uns anos estas diferenças seriam mais esbatidas, mesmo sabendo que os futebolistas sempre foram mais mediáticos e melhor remunerados que os demais atletas. No entanto o futebol mudou muito nos últimos anos, sendo hoje bem mais excessivo, quer para o bem quer para o mal. Assim, do mesmo modo que qualquer “banana” aterra no FC Porto e já tem cântico, bandeira e mais não sei quê, também temos o fenómeno inverso, da contestação implacável a cada mau resultado ou mau momento individual ou colectivo. Estes fenómenos de “8 e 80” podem ser explicados devido ao facto de existir pouca identificação entre estes jogadores “modernos” e a maioria dos adeptos.
É do senso comum que temos cada vez mais planteis com gente de fora, com mudanças constantes e foi-se perdendo a espinha dorsal da mística identitária que ia passando de geração em geração. Se somarmos a isso os ordenados principescos, o abuso de declarações públicas com exigências várias ou a falta de vontade constante em vir à bancada saudar os adeptos no final dos jogos, entre outros comportamentos plenos de falta de emotividade, os adeptos tendem a descrer na boa-fé dos futebolistas, na sua disposição de lutar até à morte pelo clube que representam e na dor genuína aquando das derrotas. Assim temos que a margem de manobra seja cada vez mais curta para os futebolistas, encurtando ainda mais por causa do "excesso" de vitórias e da exigência por vezes cega que daí decorre. O pensamento comum para com os futebolistas é algo do género: quem ganha tanto dinheiro para envergar as nossas cores sem qualquer apego ou sentimento só tem um caminho – ganhar ou… ganhar!
Ao invés, as modalidades exibem ainda a aura romântica que o futebol soube manter até finais dos anos 90, inícios do novo século. Com planteis mais estáveis, compostos por muitos jogadores da casa e estrangeiros “assimilados”, formados por atletas com quem é mais fácil o adepto “comum” se identificar, torna-se mais fácil digerir os maus momentos, porque existe uma certeza, a de que “eles estão a sofrer tanto ou mais do que nós”, algo que naturalmente sentimos quando olhamos para um Reinaldo Ventura, Edo Bosch ou Tiago Rocha.
– Comportamentos e formas de encarar os resultados e prestações desportivas
Sendo a exigência e a fome de vitórias características bem presentes no ADN Portista e sendo a frontalidade inerente à gente Nortenha, as diferenças de postura e comunicação tem sido por vezes evidentes entre o futebol e as restantes modalidades, em desfavor do futebol.
O futebol e todo o mediatismo que o rodeia leva a naturais cuidados e à necessidade de clubes como o FC Porto terem departamentos de comunicação fortes e redobrados cuidados na forma e no conteúdo das declarações e atitudes públicas. Este natural “controlo de eventuais danos” tem sido no entanto algo exagerado e levou a que em determinados momentos tenham sido construídas “cortinas de fumo” que põe os adeptos a pensar “mas que raio de ilusionismo é este, porque é que não são frontais e assumem o que toda a gente vê?”, ajudando a gerar mais ruídos e impaciência.
Assim, episódios como o “jogamos à Porto” dito pelo Vítor Pereira em Nicósia após derrota estrondosa com o Apoel ou as actuais dificuldades do Paulo Fonseca em analisar com frontalidade algumas prestações menos conseguidas, somadas à hipocrisia de outras situações como a célebre declaração da “cadeira de sonho” do André Villas-Boas que afinal não era tanto assim e a própria reacção a dois tempos do Presidente Pinto da Costa à marcante saída, primeiro a chamar-lhe “complexado” e “medroso” para depois o agraciar com um Dragão de Ouro entre diversos elogios, acabam por ter o efeito contrário ao inicialmente pretendido.
Menos “estudadas” e mais genuínas, as modalidades não vivem tanto dessa pretensão de criação de cenários idílicos e puros, sendo o melhor exemplo a atitude e postura do nosso timoneiro no Andebol, Ljubomir Obradovic. Criticando os seus jogadores quando sente que o deve fazer, liderando-os com exigência e nunca abdicando de exibir uma postura frontal, Obradovic construiu uma relação de sinceridade com os adeptos do FC Porto, o que traz uma proximidade e cumplicidade muito maiores em comparação com alguns dos protagonistas do futebol, com as vantagens dai recorrentes quanto à aceitação e compreensão dos eventuais percalços. Na verdade, esta postura frontal e honesta para com os adeptos ajuda a que o sentimento de “estamos todos no mesmo barco” seja uma realidade muito mais forte nas modalidades.
Em jeito de remate final e para terminar esta reflexão, queria enquadrar o porquê de “A Essência” como titulo para este meu texto.
Recordando a pergunta acima transcrita – Porque é que reagimos de forma tão intolerante às derrotas no futebol em comparação com as modalidades? – a minha melhor tentativa de resposta está na ideia de que actualmente a verdadeira essência do velho e apaixonante espirito associativo e militante que caracteriza o Futebol Clube do Porto está nas modalidades e não no futebol, onde exibimos cada vez mais uma mentalidade de “clientes” que só admitem um cenário: a vitória.
Sendo o futebol a modalidade nº 1, a mola real do Clube e a sua bandeira mais importante, acho decisivo para o futuro que exista uma consciência e um esforço colectivo para que se possa enquadrar de forma mais efectiva a necessária modernidade com os velhos conceitos que tornaram grande o FC Porto, procurando uma evolução mais respeitadora da tradição e dos nossos valores centenários.
Todas estas reacções extremadas e a intolerância crescente dos Portistas para com o seu futebol são sinais que não devem ser menosprezados, mais ainda num contexto de descaracterização da modalidade a nível mundial, um desporto outrora marcadamente popular que passou a estar repleto de televisões, publicidade, milionários suspeitos, fundos e dinheiros de proveniências cada vez mais esquisitas. Continuarmos a ignorar estes fenómenos significará que a breve trecho o nosso Futebol Clube do Porto poderá ser mais um Chelsea, PSG, Manchester City ou Red Bull Salzburgo, repleto de “clientes” mas esvaziado de alma e amor incondicional.
Será esse o legado que queremos passar aos nossos filhos e nossos netos?
Continuação de boa semana!
2 de Junho de 2013 – O remate parecia inofensivo mas um desvio encaminha-a para a baliza de Edo Bosch. Este golo dá o título ao Benfica, que assim vence de forma surpreendente a sua 1ª Liga Europeia de hóquei em patins em plena casa dos Dragões, que a deixam escapar desde 1990. Os adeptos do FC Porto reagem a esta dura derrota apoiando os Campeões Nacionais, continuando a aplaudir e a incentivar os seus atletas.
23 de Maio de 2012 – Na negra da final do campeonato nacional de basquetebol, o FC Porto falhou a conquista do bicampeonato. Após um jogo fraco de parte a parte, a maior experiencia e soluções dos encarnados foram decisivas nos últimos minutos. Apesar da desilusão inesperada após a épica vitória no pavilhão da luz no jogo 4, os adeptos do FC Porto aplaudiram e animaram os comandados de Moncho López.
1 de Outubro de 2013 – O FC Porto, tricampeão nacional de futebol, líder isolado do campeonato e já vencedor da Supertaça, conheceu pela primeira vez na temporada o sabor amargo da derrota. Duas bolas paradas e uma 2ª parte de menor fulgor permitiram ao Atlético de Madrid recuperar, depois de sair a perder ao intervalo. Os espanhóis somaram assim mais uma vitória num percurso exemplar, que inclui 2 empates com o Barcelona e uma estrondosa vitória no terreno do rival Real Madrid. Os adeptos do FC Porto despediram-se da sua equipa com vaias e insultos.
Este breve resumo de eventos desportivos nada felizes na nossa história recente debruça-se sobre uma das realidades que mais me faz pensar e refletir quando penso no nosso FC Porto. A pergunta é simples: Porque é que reagimos de forma tão intolerante às derrotas no futebol em comparação com as modalidades?
(Como nota prévia tenho de acrescentar que não acredito que quem frequenta os pavilhões sejam Portistas indiferentes às modalidades, a quem tanto faz ganhar ou perder desde que se ganhe no futebol, por isso o ponto de partida é o mesmo: a reacção imediata ao resultado inesperado e doloroso, não sendo importante para esta análise a óbvia constatação de que, regra geral, qualquer derrota no futebol acaba por ser mais sentida e prolongada no tempo na medida em que é a modalidade nº 1 do Clube e no País.)
Aparentemente não existiriam motivos para grandes diferenças de tratamento no momento de enfrentar o deslize. Todas têm sido bem-sucedidas, com o futebol em plano de destaque. Então porque é que seremos tão penalizadores e destrutivos com as derrotas do nosso futebol em comparação com as outras modalidades?
Sendo certa que esta é uma questão que pode ser analisada por vários prismas, irei focar-me em dois, que considero os mais relevantes:
– Futebolistas vs Atletas das Modalidades
Há uns anos estas diferenças seriam mais esbatidas, mesmo sabendo que os futebolistas sempre foram mais mediáticos e melhor remunerados que os demais atletas. No entanto o futebol mudou muito nos últimos anos, sendo hoje bem mais excessivo, quer para o bem quer para o mal. Assim, do mesmo modo que qualquer “banana” aterra no FC Porto e já tem cântico, bandeira e mais não sei quê, também temos o fenómeno inverso, da contestação implacável a cada mau resultado ou mau momento individual ou colectivo. Estes fenómenos de “8 e 80” podem ser explicados devido ao facto de existir pouca identificação entre estes jogadores “modernos” e a maioria dos adeptos.
É do senso comum que temos cada vez mais planteis com gente de fora, com mudanças constantes e foi-se perdendo a espinha dorsal da mística identitária que ia passando de geração em geração. Se somarmos a isso os ordenados principescos, o abuso de declarações públicas com exigências várias ou a falta de vontade constante em vir à bancada saudar os adeptos no final dos jogos, entre outros comportamentos plenos de falta de emotividade, os adeptos tendem a descrer na boa-fé dos futebolistas, na sua disposição de lutar até à morte pelo clube que representam e na dor genuína aquando das derrotas. Assim temos que a margem de manobra seja cada vez mais curta para os futebolistas, encurtando ainda mais por causa do "excesso" de vitórias e da exigência por vezes cega que daí decorre. O pensamento comum para com os futebolistas é algo do género: quem ganha tanto dinheiro para envergar as nossas cores sem qualquer apego ou sentimento só tem um caminho – ganhar ou… ganhar!
Ao invés, as modalidades exibem ainda a aura romântica que o futebol soube manter até finais dos anos 90, inícios do novo século. Com planteis mais estáveis, compostos por muitos jogadores da casa e estrangeiros “assimilados”, formados por atletas com quem é mais fácil o adepto “comum” se identificar, torna-se mais fácil digerir os maus momentos, porque existe uma certeza, a de que “eles estão a sofrer tanto ou mais do que nós”, algo que naturalmente sentimos quando olhamos para um Reinaldo Ventura, Edo Bosch ou Tiago Rocha.
– Comportamentos e formas de encarar os resultados e prestações desportivas
Sendo a exigência e a fome de vitórias características bem presentes no ADN Portista e sendo a frontalidade inerente à gente Nortenha, as diferenças de postura e comunicação tem sido por vezes evidentes entre o futebol e as restantes modalidades, em desfavor do futebol.
O futebol e todo o mediatismo que o rodeia leva a naturais cuidados e à necessidade de clubes como o FC Porto terem departamentos de comunicação fortes e redobrados cuidados na forma e no conteúdo das declarações e atitudes públicas. Este natural “controlo de eventuais danos” tem sido no entanto algo exagerado e levou a que em determinados momentos tenham sido construídas “cortinas de fumo” que põe os adeptos a pensar “mas que raio de ilusionismo é este, porque é que não são frontais e assumem o que toda a gente vê?”, ajudando a gerar mais ruídos e impaciência.
Assim, episódios como o “jogamos à Porto” dito pelo Vítor Pereira em Nicósia após derrota estrondosa com o Apoel ou as actuais dificuldades do Paulo Fonseca em analisar com frontalidade algumas prestações menos conseguidas, somadas à hipocrisia de outras situações como a célebre declaração da “cadeira de sonho” do André Villas-Boas que afinal não era tanto assim e a própria reacção a dois tempos do Presidente Pinto da Costa à marcante saída, primeiro a chamar-lhe “complexado” e “medroso” para depois o agraciar com um Dragão de Ouro entre diversos elogios, acabam por ter o efeito contrário ao inicialmente pretendido.
Menos “estudadas” e mais genuínas, as modalidades não vivem tanto dessa pretensão de criação de cenários idílicos e puros, sendo o melhor exemplo a atitude e postura do nosso timoneiro no Andebol, Ljubomir Obradovic. Criticando os seus jogadores quando sente que o deve fazer, liderando-os com exigência e nunca abdicando de exibir uma postura frontal, Obradovic construiu uma relação de sinceridade com os adeptos do FC Porto, o que traz uma proximidade e cumplicidade muito maiores em comparação com alguns dos protagonistas do futebol, com as vantagens dai recorrentes quanto à aceitação e compreensão dos eventuais percalços. Na verdade, esta postura frontal e honesta para com os adeptos ajuda a que o sentimento de “estamos todos no mesmo barco” seja uma realidade muito mais forte nas modalidades.
Em jeito de remate final e para terminar esta reflexão, queria enquadrar o porquê de “A Essência” como titulo para este meu texto.
Recordando a pergunta acima transcrita – Porque é que reagimos de forma tão intolerante às derrotas no futebol em comparação com as modalidades? – a minha melhor tentativa de resposta está na ideia de que actualmente a verdadeira essência do velho e apaixonante espirito associativo e militante que caracteriza o Futebol Clube do Porto está nas modalidades e não no futebol, onde exibimos cada vez mais uma mentalidade de “clientes” que só admitem um cenário: a vitória.
Sendo o futebol a modalidade nº 1, a mola real do Clube e a sua bandeira mais importante, acho decisivo para o futuro que exista uma consciência e um esforço colectivo para que se possa enquadrar de forma mais efectiva a necessária modernidade com os velhos conceitos que tornaram grande o FC Porto, procurando uma evolução mais respeitadora da tradição e dos nossos valores centenários.
Todas estas reacções extremadas e a intolerância crescente dos Portistas para com o seu futebol são sinais que não devem ser menosprezados, mais ainda num contexto de descaracterização da modalidade a nível mundial, um desporto outrora marcadamente popular que passou a estar repleto de televisões, publicidade, milionários suspeitos, fundos e dinheiros de proveniências cada vez mais esquisitas. Continuarmos a ignorar estes fenómenos significará que a breve trecho o nosso Futebol Clube do Porto poderá ser mais um Chelsea, PSG, Manchester City ou Red Bull Salzburgo, repleto de “clientes” mas esvaziado de alma e amor incondicional.
Será esse o legado que queremos passar aos nossos filhos e nossos netos?
Continuação de boa semana!
ResponderEliminar@ MM
muito boa "posta de pescada"®, a merecer mais comentários.
em relação à pergunta final e no que a mim me diz respeito, o legado que pretendo passar ao meu filho é o de um adepto indefectível que apoia a equipa até ao fim - seja ela de que modalidade for (futebol ou das (ditas) amadoras).
mais uma vez, "parabéns!" pelo texto.
abr@ço
Miguel | Tomo II
Não acrescento ,nem mais uma virgula.
ResponderEliminarSó espero que os dirigentes do nosso clube,estejam cientes deste problema.
saudações portistas
Paulo Almeida
Sinceramente, considero este texto ou reflexão TÃO BRILHANTE e PERTINENTE que deveria ser enviado em carta aberta para a SAD do clube!
ResponderEliminarJulgo mesmo que este toque na ferida é de tal modo certeiro, que começa a ser difícil continuar a assobiar para o lado!
PARABÉNS pela lucidez e esforço de reflexão demonstrados, que espero não serem desaproveitados por quem de direito.
Para mim, o futuro do clube depende MUITO da análise deste cenário, que é complexo e que, precisamente por isso, deverá ser encarado de frente. Não consigo imaginar o meu clube sem mística! O futebol TEM que se reaproximar dos adeptos. ADEPTOS!
Eu não sou dos que acha que só os adeptos é q têm de puxar pela equipa. Esta tb tem de puxar por nós! Não quero sempre ópera mas quero raça, paixão, determinação e abnegação. Quero gente que, mesmo não sendo portista, que dê tudo enquanto cá estiver, que honre a camisola, os contratos e a boa vontade co clube (são os próprios jogadores de futebol que dizem que no FCP só têm de se preocupar em treinar e jogar!!!)
Se todos dermos o que temos, a simbiose entre os adeptos e as modalidades, rapidamente volta ao futebol, pois é o que todos nós que amamos o FCP queremos!
Se virmos os jogadores de futebol concentrados, alegres e orgulhosos de estar onde estão, não podemos pedir mais, até porque as vitórias virão por acréscimo. A competência gera sucesso e isso...o nosso clube até pode vender!!!
Pedro Pinto
É urgente reaproximar o futebol dos adeptos do FCPorto. Dos adeptos, não dos pipoqueiros, dos borlas e adeptos dos dias de festa, onde aparecem para comer e beber.
ResponderEliminarPelo menos nos próximos isto será quase impossível, mas seria importantíssimo para o clube, para os seus adeptos e a sua identidade que fosse possível aproximar a relação com aquela que existia no tempo do grandioso Estádio das Antas.
É preciso mais Jorges Costas, mais Paulinhos Santos, mais Andrés. Queremos expandir os horizontes do clube, queremos mais adeptos em Portugal e por esse mundo fora, mas sem nunca esquecer a essência do clube e o bairrismo no sentido positivo.
Meu caro MM,
ResponderEliminarÉ um prazer ler textos como este. Digo mais, tenho a felicidade de poder discutir sobre isto pessoalmente. Quanto ao conteúdo, não me vou pronunciar porque sabes que penso como tu. Como tal, faço minhas as tuas palavras.
Provavelmente o melhor post que já li neste blogue. Grandes questões!
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