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V. Guimarães-FC Porto, 0-2
Taça de Portugal 2013/2014, 4.ª eliminatória
10 de Novembro de 2013
Estádio D. Afonso Henriques, Guimarães
Árbitro: Jorge Sousa.
Assistentes: Bertino Miranda e Álvaro Mesquita.
Quarto árbitro: Cosme Machado.
V. GUIMARÃES: Assis, Pedro Correia, Paulo Oliveira, Moreno, Addy; Leonel Olímpio (cap.), André Santos, André André; Barrientos, Ricardo Gomes e Maazou.
Substituições: André Santos por Tiago Rodrigues (59m), Ricardo Gomes por Tomané (74m) e Pedro Correia por Crivellaro (82m).
Não utilizados: Marco Oliveira, Freire, Rocha e Plange.
Treinador: Rui Vitória.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro; Fernando, Defour, Lucho (cap.); Josué, Varela e Jackson Martínez.
Substituições: Varela por Kelvin (60min), Lucho por Carlos Eduardo (68m) e Josué por Maicon (83m).
Não utilizados: Bolat, Herrera, Ricardo e Ghilas.
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 0-2.
Marcadores: Fernando (15m), Jackson (41m).
Disciplina: Cartões amarelos para Mangala (44m), Pedro Correia (67m), Fabiano (69m), André André (72m), Josué (83m), Maicon (86m) e Defour (87m); Cartão vermelho para Mangala (80m).
Jogo de Taça com um adversário já conhecido com boas memórias nesta época. Cidade berço acolhia o detentor do Troféu e o Tri-Campeão Nacional.
A semana não foi boa conselheira para o Dragão com dois empates em outras tantas competições, pior do que isso, a continuidade de erros primários e sucessivos cometidos pela equipa de Paulo Fonseca.
Olho para esta equipa e pergunto-me como foi possível deitar por terra em tão pouco tempo aquilo que tão bem havia sido construído pelo antecessor de Paulo Fonseca?!? Com a tendência de dar o seu cunho pessoal à equipa, conseguiu-se perder muita da identidade, confiança individual e colectiva e sobretudo organização.
Paulo Fonseca admitiu que há erros mas que não alinha na ideia da crítica fácil e que tudo está mal…pois no meu entender, nem tudo está mal, mas também pouca coisa ainda está bem. Dá-me ideia que alguns atletas têm dúvidas da sua função e posicionamento correcto em campo, pois e é um facto, estamos constantemente expostos a situação de perigo, ou seja, desorganizados colectivamente no momento da perda. Impensável nos últimos anos.
No jogo de hoje poderá não ter sido notório porque o adversário não teve a capacidade para nos criar muitas dificuldades, mas reparem quantas bolas chegaram em condições a Mazzou entre linhas e sem pressão, numa zona que, supostamente com 2 elementos, devia estar correctamente preenchida.
Numa primeira parte com alguns bons momentos, repetição integral do 11 que jogou no Zenit, apenas entrando Fabiano para o lugar de Hélton. No entanto uma diferença grande para o que tinha vindo a acontecer. Varela preencheu o corredor direito e Josué apareceu a jogar hoje sim como um 4º médio, em zonas totalmente interiores, deixando o flanco esquerdo entregue às subidas de Alex Sandro. O que estranho é o facto de Josué não jogar sobre a direita numa zona interior, tendo possibilidade de explorar o seu melhor pé.
O golo surgiu ainda sem oportunidades claras no jogo. Movimento de ruptura de Fernando, Lucho isola o Polvo sobre a direita e o luso-brasileiro faz um grande golo num cruzamento-remate, estavam decorridos 15 minutos.
O Vitória procurava viver muito da força e velocidade do seu ponta de lança e também da imaginação de Barrientos que teve sempre muito espaço para decidir o ataque dos da casa, mas poucas vezes o fez com acerto, ainda bem para as nossas cores. No restante de 1ª parte, fomos mais superiores que até então, melhores colectivamente (com bola), com Josué e Lucho a tentar descobrir espaços para jogar. Aos 41’, a melhor acção ofensiva do Porto no jogo termina em golo de Jackson. Desmarcação de Lucho em tudo semelhante à de Fernando no 1-0, a passe de Defour, e o comandante coloca no 2º poste para finalização fácil do colombiano a terminar com jejum de golos.
Na 2ª parte mais do mesmo nos últimos jogos. Se após uma 1ª parte na qual demonstrámos bons índices de controlo de jogo, vontade e querer melhorar, os últimos 45 minutos foram pachorrentos, futebol lento, e sem controlo da bola, logo permitimos ao adversário voltar a testar-nos quando sem bola. Um dos princípios de Paulo Fonseca para a inversão do triângulo no futebol azul e branco seria a maior segurança defensiva face à menor exposição. O que acontece é que Fernando está assim mais obrigado a iniciar a construção e a sair do seu local natural. O problema é que nenhum dos outros médios tem a capacidade e percepção do espaço defensivo que tem o polvo.
De registar as entradas de Kelvin e Carlos Eduardo com este último com vontade em querer pegar no jogo e a expulsão de Mangala que assim estará fora do próximo jogo. Oportunidade para Maicon mostar serviço face à instabilidade do francês.
Seguimos na Taça com vitória justa, sem qualquer dúvida, mas com muitas incógnitas ainda no nosso futebol. Importante o regresso às vitórias antes da paragem de campeonato, mais uma...
Melhor em campo: Fernando.
DECLARAÇÕES
PAULO FONSECA
O treinador Paulo Fonseca elogiou o comportamento dos jogadores, especialmente no plano defensivo, após o triunfo por 2-0 no terreno do Vitória de Guimarães, que permitiu aos Dragões avançar para a quinta eliminatória da Taça de Portugal. Jackson Martínez autor de um dos golos, distinguiu as duas partes do encontro, admitindo que no segundo tempo foi necessário segurar o resultado.
“Fizemos uma boa partida e foi com naturalidade que estávamos a ganhar por dois golos ao intervalo, podendo até estar a vencer por mais, frente ao detentor da Taça, que é um adversário difícil. No segundo tempo gerimos o jogo de uma forma segura e aí sim, se tivéssemos tomado boas decisões na saída para o ataque poderíamos ter feito mais golos. Estivemos muito seguros defensivamente, revelando uma grande confiança, ao ponto do Vitória não ter conseguido uma ocasião clara para marcar. Fizemos um excelente jogo, com algum cansaço e com o terreno pesado. Penso que ganhámos bem”, afirmou o técnico portista.
Paulo Fonseca justificou as poucas alterações no “onze” com a ambição de querer “vencer a Taça de Portugal”, mas também com o facto de a equipa ter feito “coisas muito positivas” no desafio anterior, frente ao Zenit, para a UEFA Champions League. Sobraram ainda elogios para Mangala, apesar da sua expulsão: “Fez um enorme jogo, tal com o Otamendi e a restante equipa. Isto vem comprovar que não somos uma equipa frágil do ponto de vista defensivo. Temos cometido erros ocasionais, mas hoje os jogadores provaram que estão fortes, confiantes e não são erros ocasionais que os abalam”.
JACKSON MARTINEZ
O avançado Jackson Martínez referiu que, nos primeiros 45 minutos, a equipa esteve bem, cumpriu o plano de jogo e os dois golos vieram “como consequência”. “Tivemos muita mobilidade, muita pressão. No segundo tempo, depois da expulsão do Mangala, tivemos de recuar um pouco e evitar que eles marcassem”, admitiu o colombiano.
“Contente por voltar a marcar”, Jackson destacou, como habitual, o plano colectivo: “Estou sempre paciente, esperando que a minha equipa faça um bom jogo. Sempre disse que dependo do trabalho dos meus companheiros e eles do que lhes posso dar. Somos uma equipa e os dois golos foram consequência do trabalho grupal”.
RESUMO DO JOGO
Taça de Portugal 2013/2014, 4.ª eliminatória
10 de Novembro de 2013
Estádio D. Afonso Henriques, Guimarães
Árbitro: Jorge Sousa.
Assistentes: Bertino Miranda e Álvaro Mesquita.
Quarto árbitro: Cosme Machado.
V. GUIMARÃES: Assis, Pedro Correia, Paulo Oliveira, Moreno, Addy; Leonel Olímpio (cap.), André Santos, André André; Barrientos, Ricardo Gomes e Maazou.
Substituições: André Santos por Tiago Rodrigues (59m), Ricardo Gomes por Tomané (74m) e Pedro Correia por Crivellaro (82m).
Não utilizados: Marco Oliveira, Freire, Rocha e Plange.
Treinador: Rui Vitória.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Otamendi, Mangala, Alex Sandro; Fernando, Defour, Lucho (cap.); Josué, Varela e Jackson Martínez.
Substituições: Varela por Kelvin (60min), Lucho por Carlos Eduardo (68m) e Josué por Maicon (83m).
Não utilizados: Bolat, Herrera, Ricardo e Ghilas.
Treinador: Paulo Fonseca.
Ao intervalo: 0-2.
Marcadores: Fernando (15m), Jackson (41m).
Disciplina: Cartões amarelos para Mangala (44m), Pedro Correia (67m), Fabiano (69m), André André (72m), Josué (83m), Maicon (86m) e Defour (87m); Cartão vermelho para Mangala (80m).
Jogo de Taça com um adversário já conhecido com boas memórias nesta época. Cidade berço acolhia o detentor do Troféu e o Tri-Campeão Nacional.
A semana não foi boa conselheira para o Dragão com dois empates em outras tantas competições, pior do que isso, a continuidade de erros primários e sucessivos cometidos pela equipa de Paulo Fonseca.
Olho para esta equipa e pergunto-me como foi possível deitar por terra em tão pouco tempo aquilo que tão bem havia sido construído pelo antecessor de Paulo Fonseca?!? Com a tendência de dar o seu cunho pessoal à equipa, conseguiu-se perder muita da identidade, confiança individual e colectiva e sobretudo organização.
Paulo Fonseca admitiu que há erros mas que não alinha na ideia da crítica fácil e que tudo está mal…pois no meu entender, nem tudo está mal, mas também pouca coisa ainda está bem. Dá-me ideia que alguns atletas têm dúvidas da sua função e posicionamento correcto em campo, pois e é um facto, estamos constantemente expostos a situação de perigo, ou seja, desorganizados colectivamente no momento da perda. Impensável nos últimos anos.
No jogo de hoje poderá não ter sido notório porque o adversário não teve a capacidade para nos criar muitas dificuldades, mas reparem quantas bolas chegaram em condições a Mazzou entre linhas e sem pressão, numa zona que, supostamente com 2 elementos, devia estar correctamente preenchida.
Numa primeira parte com alguns bons momentos, repetição integral do 11 que jogou no Zenit, apenas entrando Fabiano para o lugar de Hélton. No entanto uma diferença grande para o que tinha vindo a acontecer. Varela preencheu o corredor direito e Josué apareceu a jogar hoje sim como um 4º médio, em zonas totalmente interiores, deixando o flanco esquerdo entregue às subidas de Alex Sandro. O que estranho é o facto de Josué não jogar sobre a direita numa zona interior, tendo possibilidade de explorar o seu melhor pé.
O golo surgiu ainda sem oportunidades claras no jogo. Movimento de ruptura de Fernando, Lucho isola o Polvo sobre a direita e o luso-brasileiro faz um grande golo num cruzamento-remate, estavam decorridos 15 minutos.
O Vitória procurava viver muito da força e velocidade do seu ponta de lança e também da imaginação de Barrientos que teve sempre muito espaço para decidir o ataque dos da casa, mas poucas vezes o fez com acerto, ainda bem para as nossas cores. No restante de 1ª parte, fomos mais superiores que até então, melhores colectivamente (com bola), com Josué e Lucho a tentar descobrir espaços para jogar. Aos 41’, a melhor acção ofensiva do Porto no jogo termina em golo de Jackson. Desmarcação de Lucho em tudo semelhante à de Fernando no 1-0, a passe de Defour, e o comandante coloca no 2º poste para finalização fácil do colombiano a terminar com jejum de golos.
Na 2ª parte mais do mesmo nos últimos jogos. Se após uma 1ª parte na qual demonstrámos bons índices de controlo de jogo, vontade e querer melhorar, os últimos 45 minutos foram pachorrentos, futebol lento, e sem controlo da bola, logo permitimos ao adversário voltar a testar-nos quando sem bola. Um dos princípios de Paulo Fonseca para a inversão do triângulo no futebol azul e branco seria a maior segurança defensiva face à menor exposição. O que acontece é que Fernando está assim mais obrigado a iniciar a construção e a sair do seu local natural. O problema é que nenhum dos outros médios tem a capacidade e percepção do espaço defensivo que tem o polvo.
De registar as entradas de Kelvin e Carlos Eduardo com este último com vontade em querer pegar no jogo e a expulsão de Mangala que assim estará fora do próximo jogo. Oportunidade para Maicon mostar serviço face à instabilidade do francês.
Seguimos na Taça com vitória justa, sem qualquer dúvida, mas com muitas incógnitas ainda no nosso futebol. Importante o regresso às vitórias antes da paragem de campeonato, mais uma...
Melhor em campo: Fernando.
DECLARAÇÕES
PAULO FONSECA
O treinador Paulo Fonseca elogiou o comportamento dos jogadores, especialmente no plano defensivo, após o triunfo por 2-0 no terreno do Vitória de Guimarães, que permitiu aos Dragões avançar para a quinta eliminatória da Taça de Portugal. Jackson Martínez autor de um dos golos, distinguiu as duas partes do encontro, admitindo que no segundo tempo foi necessário segurar o resultado.
“Fizemos uma boa partida e foi com naturalidade que estávamos a ganhar por dois golos ao intervalo, podendo até estar a vencer por mais, frente ao detentor da Taça, que é um adversário difícil. No segundo tempo gerimos o jogo de uma forma segura e aí sim, se tivéssemos tomado boas decisões na saída para o ataque poderíamos ter feito mais golos. Estivemos muito seguros defensivamente, revelando uma grande confiança, ao ponto do Vitória não ter conseguido uma ocasião clara para marcar. Fizemos um excelente jogo, com algum cansaço e com o terreno pesado. Penso que ganhámos bem”, afirmou o técnico portista.
Paulo Fonseca justificou as poucas alterações no “onze” com a ambição de querer “vencer a Taça de Portugal”, mas também com o facto de a equipa ter feito “coisas muito positivas” no desafio anterior, frente ao Zenit, para a UEFA Champions League. Sobraram ainda elogios para Mangala, apesar da sua expulsão: “Fez um enorme jogo, tal com o Otamendi e a restante equipa. Isto vem comprovar que não somos uma equipa frágil do ponto de vista defensivo. Temos cometido erros ocasionais, mas hoje os jogadores provaram que estão fortes, confiantes e não são erros ocasionais que os abalam”.
JACKSON MARTINEZ
O avançado Jackson Martínez referiu que, nos primeiros 45 minutos, a equipa esteve bem, cumpriu o plano de jogo e os dois golos vieram “como consequência”. “Tivemos muita mobilidade, muita pressão. No segundo tempo, depois da expulsão do Mangala, tivemos de recuar um pouco e evitar que eles marcassem”, admitiu o colombiano.
“Contente por voltar a marcar”, Jackson destacou, como habitual, o plano colectivo: “Estou sempre paciente, esperando que a minha equipa faça um bom jogo. Sempre disse que dependo do trabalho dos meus companheiros e eles do que lhes posso dar. Somos uma equipa e os dois golos foram consequência do trabalho grupal”.
RESUMO DO JOGO
Sem por em causa a justiça do resultado, acho que a exibição portista foi pouco mais que sofrível, tendo em conta que o segundo tempo foi para esquecer.
ResponderEliminarBem até ao intervalo, com futebol mais fluído e performances muito prometedoras (Fernando e Lucho), na segunda parte a equipa vulgarizou-se, praticou mau futebol, foi displicente e portou-se como uma equipa banal. Futebol desligado, desleixado, fraco índice técnico e recurso a estratagemas de equipas de escalão secundário. Não gostei.
Um abraço
Onde posso fazer o download deste jogo?
ResponderEliminarObrigado desde já,
Saudações portistas
Pedro