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Nápoles-FC Porto, 2-2
Liga Europa 2013/14, oitavos, 2.ª mão
20 de Março de 2014
Estádio: San Paolo, Nápoles
Assistência: -
Árbitro: Martin Atkinson (Inglaterra)
Assistentes: Stephen Child e Darren England; Anthony Taylor e Craig Pawson.
4º Árbitro: Stuart Burt.
NÁPOLES: Reina, Henrique, Fernández, Raúl Albiol, Ghoulam, Inler, Behrami, Pandev, Mertens, Higuaín, Insigne.
Substituições: Hamšík por Pandev (68m), Zapata por Higuaín (78m), Callejón por Mertens (83m).
Não utilizados: Colombo, Réveillère, Britos, Dzemaili.
Treinador: Rafael Benitez.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Mangala, Ricardo, Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Varela, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Josué por Carlos Eduardo (63m), Ghilas por Varela (66m), Licá por Quaresma (81m).
Não utilizados: Kadú, Quintero, Herrera, Mikel.
Treinador: Luis Castro.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Pandev (21m), Ghilas (69m), Quaresma (76m), Zapata (90+2m).
Cartões amarelos: Henrique (52m), Behrami (75m), Fernando (90m).
O FC Porto parece sair, definitivamente, do marasmo que assolou a equipa durante grande parte da época. A mudança de treinador foi o toque que faltava para transfigurar o FC Porto 2013-14. É certo que esta mudança não resolve os problemas todos mas tornou-se um importante factor de motivação com melhoria na equipa.
É certo que, desde que Paulo Fonseca saiu e entrou Luís Castro (será que está encontrado o treinador da próxima época?), os Dragões respiram melhor, os jogadores animicamente estão também melhores mas é também certo que a sorte tem aparecido com mais frequência e os deuses do futebol têm estado com a equipa, embora em Alvalade os ferros, a fortuna e o árbitro tenham impedido um resultado positivo. O mais importante é que a equipa parece regressar, em definitivo, à normalidade e tem mais é que crescer até ao fim da época.
O tricampeão nacional eliminou, esta noite, o Nápoles da Liga Europa, com um empate no Estádio de San Paolo. Na segunda mão dos oitavos-de-final, os Dragões foram expostos a um teste de fogo, estiveram encostados às cordas, tremeram durante os primeiros 30 minutos de jogo mas despertaram na 2ª parte quando Luís Castro lançou as mudanças na equipa, ajudando-a a libertar-se do sufoco imposto pelo adversário.
Não foi surpresa para ninguém ver o Nápoles meter a sexta velocidade logo nos primeiros minutos de jogo. A correr atrás do prejuízo, a equipa napolitana tinha que assumir as despesas do jogo. Com Insigne de um lado e Mertens do outro, havia rapidez nas alas, diagonais constantes e muitas trocas de posições, especialmente com Higuaín a confundir as marcações dos centrais. O FC Porto com uma defesa que, mais pareceu uma manta de retalhos, viu-se aos papéis para evitar males maiores.
Com Alex Sandro a cumprir castigo, Maicon lesionado e Abdoulaye impedido de jogar na prova por já ter representado o V. Guimarães, Luís Castro, sem soluções, lançou o jovem Ricardo no lugar do defesa brasileiro e o Mexicano Reyes no lugar de defesa central. Entregou uma missão hercúlea aos dois estreantes. O ímpeto inicial dos italianos dava pouco tempo ao FC Porto para sair em ataque organizado, até porque Defour e Carlos Eduardo estavam mais ocupados a fechar espaços do que propriamente a criar linhas de passe na primeira fase de construção. O FC Porto, na 1ª parte criou apenas um lance de registo mas sem grande perigo. Quase ao fechar a primeira metade, Jackson, após cobrança de um pontapé de canto, cabeceou ao lado do poste de Reina.
O Nápoles mostrava ao que vinha. Jogando com linhas muito baixas e dando a iniciativa de jogo aos portistas, os italianos aproveitavam os erros dos Dragões e em três/quatro passes chegavam à área da equipa portuguesa, pasme-se, em superioridade numérica. Em lances seguidos, os portistas ficaram completamente em sobressalto e atarantados perante a avalanche napolitana. Os Dragões não conseguiam controlar o jogo e a posse de bola e o Nápoles, fazendo pressão à saída do seu meio-campo, roubava bolas aos portistas e jogavam no erro do adversário.
Mertens, aos 15 minutos, amorteceu de cabeça para um remate cruzado de Henrique ao lado do poste. Aos 16 minutos, Insigne surgiu sozinho nas costas da defesa mas atirou para as mãos de Fabiano. Aos 17 minutos, Higuaín desmarcou-se na área mas falhou o controlo da bola.
O Nápoles sufocava, o FC Porto sobrevivia. Até que numa das muitas perdas de bola a meio-campo, aos 21 minutos, O FC Porto permitiu uma saída rápida dos italianos para o ataque. Higuaín galgou terreno, fez um compasso de espera à entrada da área, Pandev desmarcou-se nas costas de Reyes e Mangala e Higuaín endossou-lhe a bola. Instintivo, o jogador macedónio, passou a bola por cima de Fabiano. Ricardo, o jovem jogador lançado às feras, não foi lesto a colocar o jogador napolitano em fora de jogo. A eliminatória estava empatada e o receio e a insegurança instalaram-se no Dragão.
Quem viu a primeira parte do jogo no Estádio do Dragão terá ficado com a sensação de estar a assistir a um duelo totalmente diferente no San Paolo. As coisas não ficaram por aqui. O Nápoles continuava a carregar e o FC Porto a tentar sacudir como podia. Fabiano bem contribuiu com um punhado de defesas a evitar males maiores. Primeiro com uma defesa oportuna à recarga de Mertens após um livre directo de Insigne, aos 31 minutos e no segundo tempo com uma mancha, saindo corajosamente, a um cabeceamento do extremo italiano.
Os Dragões, porém, estavam reservados para a segunda parte, ainda que, após o intervalo, o Nápoles tenha voltado a pegar o FC Porto pelos colarinhos. Até aos 60 minutos, o Nápoles continuava a fazer do FC Porto saco de pancada. Aos 59 minutos, a defesa do FC Porto foi apanhada desprevenida, Higuaín recebeu e atirou para grande defesa de Fabiano.
Aos 60 minutos, o sentido do jogo mudou radicalmente. Luís Castro refrescou o meio-campo com a entrada de Josué para o lugar do apagadíssimo Carlos Eduardo e para o ataque entrou Ghilas e saiu Varela. Parece que o FC Porto sofreu um abanão que espevitou por completo a equipa. Josué conseguiu pegar no jogo, segurar a bola e coloca-la jogável. Os Dragões começaram a mostrar que estavam ali para discutir o jogo até ao fim e a equipa começou a ganhar metros. Aos 69 minutos, Jackson iniciou uma jogada no meio-campo onde foi ceifado por um adversário, o árbitro mandou seguir pois Fernando aproveitou para desmarcar Ghilas e o argelino, à entrada da área, atirou de pé esquerdo para o empate. Estava dado o golpe que os napolitanos tanto receavam.
O San Paolo gelava, o FC Porto tornava-se mais atrevido. Defour, de seguida, desmarcado, entrou na área pela esquerda e acertou no poste. Estavam decorridos 72 minutos mas quatro minutos depois Quaresma deu o xeque-mate, ao assinar o momento da noite. O extremo português (homem da risca ao meio, vais convocá-lo para o mundial?) recebeu na área, driblou entre dois adversários e atirou de pé esquerdo colocado e com potência, deixando Reina pregado ao relvado.
Os italianos sentiram-se derrotados. No entanto, ainda tentaram reagir mas já sem o ímpeto e a força da primeira parte. Mas aos 91 minutos, Zapata rematou já na pequena área, após centro da direita do ataque napolitano. O sonho do FC Porto de chegar a Turim está em aberto. Os Dragões ficam a conhecer às 12:00 desta Sexta-feira o adversário dos quartos-de-final que sairá do grupo dos seguintes adversários: Juventus, Valência, Sevilha, Ol. Lyon, AZ Alkmaar, Basileia e benfica.
Notas finais, pelo lado positivo, para as grandes actuações de Fabiano, Quaresma, Danilo e Ghilas. As boas notas de Reyes e Ricardo, apesar das falhas, e a boa entrada de Josué em jogo. Pelo lado negativo, os exageros de Fernando, provavelmente, a querer mostrar-se para os clubes endinheirados e as exibições apagadíssimas de Carlos Eduardo, Varela e Jackson Martínez.
O FC Porto regressa no Domingo à Liga Portuguesa para a recepção ao Belenenses no Estádio do Dragão. A Liga Europa regressa no dia 3 de Abril.
DECLARAÇÕES
LUIS CASTRO
O treinador do FC Porto elogiou a determinação e entrega dos tricampeões nacionais no empate a duas bolas em Nápoles, que garantiu a qualificação para os quartos-de-final da Liga Europa. Fabiano, Ghilas e Quaresma também exultaram pela continuidade em prova dos Dragões.
“Sabíamos que ia ser uma eliminatória apertada, para ambas as equipas. Eles estiveram por cima e nós também, mas no cômputo dos 180 minutos, merecemos a qualificação. Soubemos sofrer sempre que foi necessário e fizemos uma grande segunda parte, na qual fomos superiores. Os jogadores tiveram uma entrega muito grande, foram fantásticos, enormes. Estão de parabéns, tal como os adeptos que nos apoiaram. A nação portista está certamente orgulhosa desta equipa”, afirmou Luís Castro na flash-interview após o embate no Estádio San Paolo.
FABIANO
Fabiano, titular na baliza do FC Porto, manifestou a sua felicidade pela passagem aos quartos-de-final e dedicou-a a Helton. “Conseguimos a qualificação e estou feliz por ter ajudado a equipa a consegui-la. Preparámo-nos bem e soubemos reagir às incidências do jogo. Dedico esta vitória ao Helton, que é um grande amigo e companheiro”. Ghilas, autor do primeiro golo dos azuis e brancos neste encontro, destaca a justiça do agregado final da eliminatória. “Estou muito feliz por ter marcado e ajudado o FC Porto a seguir em frente. Defrontámos uma grande equipa, mas mostrámos o nosso valor e merecemos continuar em prova”.
QUARESMA
Ricardo Quaresma, que apontou o segundo golo dos azuis e brancos num magistral lance individual, voltou a sublinhar que, no FC Porto, a palavra medo não tem lugar no dicionário. “Foi um jogo difícil, como prevíamos. Mostrámos que somos uma grande equipa e que temos muita qualidade. Colectivamente, fizemos coisas bonitas. Temos de continuar a lutar pelos nossos sonhos. Venha quem vier, não tememos ninguém”.
RESUMO DO JOGO
Liga Europa 2013/14, oitavos, 2.ª mão
20 de Março de 2014
Estádio: San Paolo, Nápoles
Assistência: -
Árbitro: Martin Atkinson (Inglaterra)
Assistentes: Stephen Child e Darren England; Anthony Taylor e Craig Pawson.
4º Árbitro: Stuart Burt.
NÁPOLES: Reina, Henrique, Fernández, Raúl Albiol, Ghoulam, Inler, Behrami, Pandev, Mertens, Higuaín, Insigne.
Substituições: Hamšík por Pandev (68m), Zapata por Higuaín (78m), Callejón por Mertens (83m).
Não utilizados: Colombo, Réveillère, Britos, Dzemaili.
Treinador: Rafael Benitez.
FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Mangala, Ricardo, Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Varela, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Josué por Carlos Eduardo (63m), Ghilas por Varela (66m), Licá por Quaresma (81m).
Não utilizados: Kadú, Quintero, Herrera, Mikel.
Treinador: Luis Castro.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Pandev (21m), Ghilas (69m), Quaresma (76m), Zapata (90+2m).
Cartões amarelos: Henrique (52m), Behrami (75m), Fernando (90m).
O FC Porto parece sair, definitivamente, do marasmo que assolou a equipa durante grande parte da época. A mudança de treinador foi o toque que faltava para transfigurar o FC Porto 2013-14. É certo que esta mudança não resolve os problemas todos mas tornou-se um importante factor de motivação com melhoria na equipa.
É certo que, desde que Paulo Fonseca saiu e entrou Luís Castro (será que está encontrado o treinador da próxima época?), os Dragões respiram melhor, os jogadores animicamente estão também melhores mas é também certo que a sorte tem aparecido com mais frequência e os deuses do futebol têm estado com a equipa, embora em Alvalade os ferros, a fortuna e o árbitro tenham impedido um resultado positivo. O mais importante é que a equipa parece regressar, em definitivo, à normalidade e tem mais é que crescer até ao fim da época.
O tricampeão nacional eliminou, esta noite, o Nápoles da Liga Europa, com um empate no Estádio de San Paolo. Na segunda mão dos oitavos-de-final, os Dragões foram expostos a um teste de fogo, estiveram encostados às cordas, tremeram durante os primeiros 30 minutos de jogo mas despertaram na 2ª parte quando Luís Castro lançou as mudanças na equipa, ajudando-a a libertar-se do sufoco imposto pelo adversário.
Não foi surpresa para ninguém ver o Nápoles meter a sexta velocidade logo nos primeiros minutos de jogo. A correr atrás do prejuízo, a equipa napolitana tinha que assumir as despesas do jogo. Com Insigne de um lado e Mertens do outro, havia rapidez nas alas, diagonais constantes e muitas trocas de posições, especialmente com Higuaín a confundir as marcações dos centrais. O FC Porto com uma defesa que, mais pareceu uma manta de retalhos, viu-se aos papéis para evitar males maiores.
Com Alex Sandro a cumprir castigo, Maicon lesionado e Abdoulaye impedido de jogar na prova por já ter representado o V. Guimarães, Luís Castro, sem soluções, lançou o jovem Ricardo no lugar do defesa brasileiro e o Mexicano Reyes no lugar de defesa central. Entregou uma missão hercúlea aos dois estreantes. O ímpeto inicial dos italianos dava pouco tempo ao FC Porto para sair em ataque organizado, até porque Defour e Carlos Eduardo estavam mais ocupados a fechar espaços do que propriamente a criar linhas de passe na primeira fase de construção. O FC Porto, na 1ª parte criou apenas um lance de registo mas sem grande perigo. Quase ao fechar a primeira metade, Jackson, após cobrança de um pontapé de canto, cabeceou ao lado do poste de Reina.
O Nápoles mostrava ao que vinha. Jogando com linhas muito baixas e dando a iniciativa de jogo aos portistas, os italianos aproveitavam os erros dos Dragões e em três/quatro passes chegavam à área da equipa portuguesa, pasme-se, em superioridade numérica. Em lances seguidos, os portistas ficaram completamente em sobressalto e atarantados perante a avalanche napolitana. Os Dragões não conseguiam controlar o jogo e a posse de bola e o Nápoles, fazendo pressão à saída do seu meio-campo, roubava bolas aos portistas e jogavam no erro do adversário.
Mertens, aos 15 minutos, amorteceu de cabeça para um remate cruzado de Henrique ao lado do poste. Aos 16 minutos, Insigne surgiu sozinho nas costas da defesa mas atirou para as mãos de Fabiano. Aos 17 minutos, Higuaín desmarcou-se na área mas falhou o controlo da bola.
O Nápoles sufocava, o FC Porto sobrevivia. Até que numa das muitas perdas de bola a meio-campo, aos 21 minutos, O FC Porto permitiu uma saída rápida dos italianos para o ataque. Higuaín galgou terreno, fez um compasso de espera à entrada da área, Pandev desmarcou-se nas costas de Reyes e Mangala e Higuaín endossou-lhe a bola. Instintivo, o jogador macedónio, passou a bola por cima de Fabiano. Ricardo, o jovem jogador lançado às feras, não foi lesto a colocar o jogador napolitano em fora de jogo. A eliminatória estava empatada e o receio e a insegurança instalaram-se no Dragão.
Quem viu a primeira parte do jogo no Estádio do Dragão terá ficado com a sensação de estar a assistir a um duelo totalmente diferente no San Paolo. As coisas não ficaram por aqui. O Nápoles continuava a carregar e o FC Porto a tentar sacudir como podia. Fabiano bem contribuiu com um punhado de defesas a evitar males maiores. Primeiro com uma defesa oportuna à recarga de Mertens após um livre directo de Insigne, aos 31 minutos e no segundo tempo com uma mancha, saindo corajosamente, a um cabeceamento do extremo italiano.
Os Dragões, porém, estavam reservados para a segunda parte, ainda que, após o intervalo, o Nápoles tenha voltado a pegar o FC Porto pelos colarinhos. Até aos 60 minutos, o Nápoles continuava a fazer do FC Porto saco de pancada. Aos 59 minutos, a defesa do FC Porto foi apanhada desprevenida, Higuaín recebeu e atirou para grande defesa de Fabiano.
Aos 60 minutos, o sentido do jogo mudou radicalmente. Luís Castro refrescou o meio-campo com a entrada de Josué para o lugar do apagadíssimo Carlos Eduardo e para o ataque entrou Ghilas e saiu Varela. Parece que o FC Porto sofreu um abanão que espevitou por completo a equipa. Josué conseguiu pegar no jogo, segurar a bola e coloca-la jogável. Os Dragões começaram a mostrar que estavam ali para discutir o jogo até ao fim e a equipa começou a ganhar metros. Aos 69 minutos, Jackson iniciou uma jogada no meio-campo onde foi ceifado por um adversário, o árbitro mandou seguir pois Fernando aproveitou para desmarcar Ghilas e o argelino, à entrada da área, atirou de pé esquerdo para o empate. Estava dado o golpe que os napolitanos tanto receavam.
O San Paolo gelava, o FC Porto tornava-se mais atrevido. Defour, de seguida, desmarcado, entrou na área pela esquerda e acertou no poste. Estavam decorridos 72 minutos mas quatro minutos depois Quaresma deu o xeque-mate, ao assinar o momento da noite. O extremo português (homem da risca ao meio, vais convocá-lo para o mundial?) recebeu na área, driblou entre dois adversários e atirou de pé esquerdo colocado e com potência, deixando Reina pregado ao relvado.
Os italianos sentiram-se derrotados. No entanto, ainda tentaram reagir mas já sem o ímpeto e a força da primeira parte. Mas aos 91 minutos, Zapata rematou já na pequena área, após centro da direita do ataque napolitano. O sonho do FC Porto de chegar a Turim está em aberto. Os Dragões ficam a conhecer às 12:00 desta Sexta-feira o adversário dos quartos-de-final que sairá do grupo dos seguintes adversários: Juventus, Valência, Sevilha, Ol. Lyon, AZ Alkmaar, Basileia e benfica.
Notas finais, pelo lado positivo, para as grandes actuações de Fabiano, Quaresma, Danilo e Ghilas. As boas notas de Reyes e Ricardo, apesar das falhas, e a boa entrada de Josué em jogo. Pelo lado negativo, os exageros de Fernando, provavelmente, a querer mostrar-se para os clubes endinheirados e as exibições apagadíssimas de Carlos Eduardo, Varela e Jackson Martínez.
O FC Porto regressa no Domingo à Liga Portuguesa para a recepção ao Belenenses no Estádio do Dragão. A Liga Europa regressa no dia 3 de Abril.
DECLARAÇÕES
LUIS CASTRO
O treinador do FC Porto elogiou a determinação e entrega dos tricampeões nacionais no empate a duas bolas em Nápoles, que garantiu a qualificação para os quartos-de-final da Liga Europa. Fabiano, Ghilas e Quaresma também exultaram pela continuidade em prova dos Dragões.
“Sabíamos que ia ser uma eliminatória apertada, para ambas as equipas. Eles estiveram por cima e nós também, mas no cômputo dos 180 minutos, merecemos a qualificação. Soubemos sofrer sempre que foi necessário e fizemos uma grande segunda parte, na qual fomos superiores. Os jogadores tiveram uma entrega muito grande, foram fantásticos, enormes. Estão de parabéns, tal como os adeptos que nos apoiaram. A nação portista está certamente orgulhosa desta equipa”, afirmou Luís Castro na flash-interview após o embate no Estádio San Paolo.
FABIANO
Fabiano, titular na baliza do FC Porto, manifestou a sua felicidade pela passagem aos quartos-de-final e dedicou-a a Helton. “Conseguimos a qualificação e estou feliz por ter ajudado a equipa a consegui-la. Preparámo-nos bem e soubemos reagir às incidências do jogo. Dedico esta vitória ao Helton, que é um grande amigo e companheiro”. Ghilas, autor do primeiro golo dos azuis e brancos neste encontro, destaca a justiça do agregado final da eliminatória. “Estou muito feliz por ter marcado e ajudado o FC Porto a seguir em frente. Defrontámos uma grande equipa, mas mostrámos o nosso valor e merecemos continuar em prova”.
QUARESMA
Ricardo Quaresma, que apontou o segundo golo dos azuis e brancos num magistral lance individual, voltou a sublinhar que, no FC Porto, a palavra medo não tem lugar no dicionário. “Foi um jogo difícil, como prevíamos. Mostrámos que somos uma grande equipa e que temos muita qualidade. Colectivamente, fizemos coisas bonitas. Temos de continuar a lutar pelos nossos sonhos. Venha quem vier, não tememos ninguém”.
RESUMO DO JOGO
No inferno de San Paolo, o divino Luís Castro apagou os pecados, os anjos Ghilas e Quaresma levaram o FC Porto ao céu!
ResponderEliminarForam longos minutos de sofrimento, mas o FC Porto sobreviveu. A equipa manteve a postura mesmo depois do golo sofrido. Fabiano brilhava, qual estrela no firmamento, e mantinha a esperança no apuramento. No meio campo, pelo contrário, Carlos Eduardo estava apagadíssimo. Luís Castro não entrou em campo mas entrou em acção: com uma brilhante visão de jogo e uma perfeita leitura daquilo que era preciso fazer, substituiu o brasileiro por Josué. Quem disse que um treinador tem reduzida importância?!!! Depois mandou entrar Ghilas. E deu a volta ao jogo! Brilhante! 3 minutos depois, o argelino, correspondendo a uma fantástica assistência de Fernando, marcou um golo magnífico que catapultava a equipa para um excelente resultado em Nápoles. 7 minutos após o golo de Ghilas, um lance do outro mundo! Josué assiste, de calcanhar, Ricardo Quaresma que fintando quase toda a defesa do Nápoles fuzilou, já dentro da grande área, o guardião Reina. Que golo! Que fantástico tento do “mustang”! Seguramente um dos melhores da sua carreira.
O Nápoles deu muito trabalho à equipa portista. Os habituais erros defensivos, deficiente transposição da bola para o ataque, perdas constantes a meio campo, fizeram temer a continuidade do FC Porto em prova. Mas há que realçar a serenidade dos jogadores portistas apesar da forte pressão napolitana. Repito, a postura manteve-se apesar da desvantagem no marcador e foi importante para se poder dar a volta ao resultado. Luís Castro apostou e apostou bem. Não esperou pelo minuto 88…! E volto a fazer uma repetição: BRILHANTE! Ele alterou o padrão de jogo e conseguiu vencer a eliminatória! É para isto que um treinador se senta no banco.
Em momentos de VITÓRIA não fica muito bem fazer destaques. Mas é justo que se façam: Fabiano (fantástica exibição, foi o primeiro grande construtor da passagem na eliminatória. Grande guarda-redes!), Fernando (sempre os “tentáculos do polvo” a estrangularem o adversário), Défour (excelente desempenho! Foi o pronto socorro em muitas falhas da defesa), Josué (ele mudou o jogo, como Luís Castro pretendia!), Ghilas (instinto matador, um jogador fantástico!), Quaresma (onde esteve ele tanto tempo?!! Fabulosa magia, extraordinário jogador!).
Helton, aí está a tua prenda! Tu merecias! Abraço, Campeão. OBRIGADO, PORTO!
Grande passagem, num empate impregnado de cheiro a vitória!...
ResponderEliminarA fortuna que nos faltou no covil dos viscondes, apareceu hoje, mas apareceu com toda a justiça, a equipa teve alma, teve entrega, e nunca baixa os braços, honra os pergaminhos do clube, e tem um ADN Porto, mesmo que tivesse sido eliminada hoje, tinha saido a jogar olhos nos olhos!!
ResponderEliminarUma nota , para as substituiçoes de Luis Castro, É DE QUEM OS TEM O SITIO, É DE QUE SABE O QUE É SER PORTO, É DE QUEM TEM NOÇÃO DA AMBIÇAO DA FAMILIA FC PORTO!!
A solução esteve sempre no clube, aqueles que semanas apos semana defenderam cegamente o indefensavel, devem estar hoje a dar cabeçadas na parede...
Como é bom ter o NOSSO PORTO de volta, e podermos voltar a enfrentar qualquer adversario com a ambiçao e a alma que nos fez ser uma referencia mundial nos ultimos 30 anos!!
Não consigo dizer se vamos chegar a Turim, mas não tenho duvidas, que calhe quem nos calhar no sorteio mas jogar para VENCER!!
Eduardo
Rio Tinto
P.S.- Uma ultima nota, Helton é um dos meus jogadores favoritos do FC Porto, é alguem que respira FC Porto, e alguem que é fulcral manter no FC Porto, seja em que posto for, mas Fabiano, mesmo perante a infelicidade de Helton, da nos uma sensação de segurança notavel!!O homem é um GIGANTE!!
ResponderEliminaro "incrédulo" revelou aquele que também foi o meu estado de espírito, esta noite:
«Pela primeira vez, esta época, saltei do sofá por duas vezes a gritar "guuooloo!" do FC Porto!».
mas com aquele sentimento de "guuuoloo!, car@...ças", estão a ver? vindo de cá de dentro! sentido, mesmo!
post scriptum I:
e por aqui me fico, pela bluegsfera. assistir a comentadores que nem portistas são, a destilar ódio contra nós?! e pá, tenham lá a santa paciência! nós é que "somos Porto", fónix!
post scriptum II:
@ dragão azul forte
quem escreve assim não é gago :D
somos Porto!, car@go!
«este é o nosso destino»: «a vencer desde 1893»!
saudações desportivas mas sempre pentacampeãs a todas(os) vós! :D
Miguel | Tomo II
Grande exibição de equipa!!
ResponderEliminarEnorme Quaresma e Fabiano segurou a equipa quando foi necessário.
oportosempre.blogspot.com
O Luís Castro pode não ser nenhum mestre da tactica, mas ele cerra os punhos para os jogadores e diz a eles mesmos para correrem até á ultima e para darem tudo pelo FCP !
ResponderEliminarIsto sim é ser Porto foi sem duvida uma lufada de ar fresco como pudemos nós andar tanto tempo com aquela vassoura chamado Fonseca a treinador?
Ontem, mais uma vez, senti um enorme orgulho em ser adepto de um clube que perante todas as adversidades conseguiu de forma brilhante eliminar uma GRANDE equipa chamada Nápoles…
ResponderEliminarOntem com uma defesa com 3 estreias na Europa, dois deles putos de 20 anos que pouco ou nada tinham jogado esta época, um deles adaptado a uma posição que nunca tinha jogado e o outro na estreia a ter que enfrentar Higuain, Pandev e companhia…
Depois de uma 1ª parte difícil em que o Nápoles pressionou imenso, conseguimos suster o ímpeto atacante napolitano e tivemos um grande GR, que evitou que o resultado se avolumasse…
Na 2ª parte, após 15 minutos de algum domínio italiano, a partir daí só deu Porto… A jogada do 1º golo é simplesmente brilhante, excelente passe de Fernando, ótima finalização de Ghilas… A jogada do 2º golo é também simplesmente brilhante, com um passe magnifico de Josué e Quaresma a demonstrar mais uma vez que é um craque genial… Pode ser indisciplinado, pode ter cara de amuado, podem ir para onde forem, mas Quaresma é um jogador que em forma dá cabo de qualquer defesa de qualquer equipa do mundo… A forma mágica como passou um a um pelos defesas do Nápoles e depois desferiu um pontapé fantástico ao angulo é mais uma prova da sua genialidade. Pergunto, porque não veio Quaresma no início da época?!?!?!
Notas muito positivas também para o gigante Mangala, que grande jogo, para as estreias difíceis mas sem comprometer de Reyes e Ricardo (apesar dos normalíssimos nervos iniciais) e para a boa entrada de Josué… A equipa esteve no seu comuto geral bem… Pode dizer-se com propeiedade que foi uma exibição à italiana, aguentando a pressão inicial e desferindo o golpe da misericórdia quando os italianos menos esperavam.
Sem dúvida, foi um grande feito a eliminação de um dos candidatos à vitória na prova, uma equipa de Champions…
Agora há que manter a humildade e continuar a trabalhar, pode ser que o final de época que já quase se dava por penoso, seja um pouco melhor do que as previsões há 2 ou 3 semanas atrás…
PS. Seria bonito termos uma assistência significativa no jogo de domingo com o belenenses… Pelo que tem feito desde a entrada de LC, esta equipa merece a sorte que lhe faltou durante muitos meses… No fundo isto é uma espécie de recomeçar de novo, mas tem que haver calma, não haver histerismos e continuar a trabalhar forte e feio para que os resultados de sejam em campo, como nos 4 jogos que LC leva à frente da equipa… Em qualquer um deles fizemos exibições que mereciam resultados positivos… É caso para dizer LC saiu vivo deste primeiro ciclo difícil… Para a semana começa outro terrível… Que Deus esteja connosco!
PS2: Ficou claro que Abdoulaye não pode nunca mais meter o pé numa equipa titular do FC Porto… E também deu a ideia que Josué a jogar no SEU LUGAR pode ser uma grande mais-valia… LC será suficientemente inteligente (porque o é efetivamente!) para perceber isso… A equipa, mesmo com alguns problemas (normais dadas as circunstancia de 8 meses sem treinador), começa a demonstrar um fio de jogo, uma ideia e algum futebol… Podemos não ganhar nada ate ao fim da época, mas ninguém apontara o dedo se os jogadores derem tudo o que têm… Porque desta forma torna-se mais fácil ser feliz e conseguir bons resultados…
E só uma nota adicional… Não, LC não é um magico que com a varinha de condão tudo mudou… Simplesmente limita-se a enveredar por um caminho normal… Retirar tudo o que de melhor tem este clube, a mística, a raça e a capacidade de sofrimento… Sem bazofias, sem peneiras, sem dedos mostrados aos adversários que estão na mó de baixo, mas com muita seriedade e certeza do caminho que se está a trilhar…
ResponderEliminarNão podemos pensar histericamente que vamos tudo ganhar ate final da época… Mas temos de ter pelo menos um rumo até ao final da época, mostrar algum futebol e acabar todas as competições com o máximo de dignidade…
Não podemos é pensar que de um momento para o outro tudo mudou e que vamos limpar tudo até final da época… Importante é manter os pés no chão e a humildade que sempre nos caracterizou…