30 novembro, 2014

UM PORTO DE CONSUMO EXTERNO?

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Ao longo dos anos, muitas vezes existiram referências a equipas para “consumo interno” no léxico do futebol português. Uma vez que o nosso futebol e o nosso país têm a dimensão que têm, por algumas vezes vimos equipas fortes no contexto nacional que nunca passaram da banalidade em termos europeus. Um excelente exemplo dessa realidade é o benfica dos anos 70, dominador em Portugal, banalíssimo em termos europeus, a anos-luz dos seus antecessores dos 60s.

Quanto ao nosso clube, por diversas vezes foi-nos colado esse rótulo, sendo que no entanto foram raras as situações em que o nosso domínio interno não foi somado à capacidade de sermos competitivos em termos Europeus. Nem sempre com capacidade para atingir todos os apuramentos e eliminatórias, fomos mantendo contudo a competência para competir ao mais alto nível, com desastres cíclicos que no entanto nunca deixaram de ser corrigidos pouco depois.

O Super Milan do inicio dos anos 90, Real Madrid ou Barcelona, bem como outros gigantes como Manchester United, Bayern de Munique, Chelsea entre outros, nunca tiveram vida fácil com um Clube que tem contudo uma “mancha” importante no currículo europeu, como que uma maldição que o persegue: os jogos em Inglaterra, onde tem saído diversas vezes goleado.

Mesmo com tendência para complicar diante de alguns Artmedias ou Apoels da vida, o domínio interno do FC Porto quase sempre se pautou por se aliar à capacidade de progredir com qualidade no estrangeiro, mesmo que por vezes tenha ficado a sensação que podíamos ter ido mais longe num ou noutro ano. Foi assim com o Barcelona em 85/86, Real Madrid em 87/88, a Sampdória em 94/95, Bayern em 99/00, Man Utd em 08/09 ou mesmo com o Schalke em 07/08 e Málaga em 11/12, anos em que ficamos pelo caminho em situações que demostrávamos estofo para ir mais longe. Não nos podemos contudo queixar, uma vez que é absolutamente incomum um Clube duma cidade secundária de um país periférico somar 4 conquistas europeias, mais 1 final e outra meia-final, somadas ainda a outros lugares honrosos e de destaque em 30 anos.

E sendo certo que as competições nacionais, sobretudo o campeonato, foram sempre a prioridade, a verdade é que sem as grandes exibições europeias o FC Porto 1978-2014 não seria um caso de sucesso tão valorizado além-fronteiras.

Chegamos então ao momento actual e a uma situação pouco comum nas nossas hostes: uma equipa que tem 7 jogos europeus, com 6 vitórias e 1 empate, a 3 pontos de igualar o seu record em fases de grupos da Champions, a experimentar grandes dificuldades em impor o mesmo domínio em território nacional, estando neste momento a 3 pontos de um adversário que se arrastou na competição europeia e tendo encontrado a eliminação na taça frente a outro que não representa em termos europeus muito mais do que a banalidade? O que se passará então?

Uma das razões tem sido escalpelizada semanalmente e não vale a pena estender este texto a retomar o assunto. As “ajudas e amparos” têm sustentado um equilíbrio de forças que em situação normal não existiria, mas esta situação não será virgem, dai que não a entenda como a única explicação, muito embora esteja a influenciar bastante o normal decorrer da temporada em Portugal. Entra então aqui outro cenário, que à primeira vista pode parecer um pouco absurdo… Será que o actual FC Porto é uma equipa fundamentalmente para consumo externo?

Formado na sua maioria por jovens jogadores estrangeiros, internacionais pelos seus países, já bastante cotados e com alguns deles pertencentes a mediáticos clubes europeus, a verdade é que nunca na nossa história tivemos um plantel com estas características tão vincadas. Liderados por um homem prestigiado em Espanha, também ele lançado para outros voos se corresponder no FC Porto, temos um cenário onde a montra europeia é, mais do que nunca, o local onde os nossos jogadores atingem o expoente da sua motivação e onde mais querem brilhar.

Temos assim uma situação de risco, como temos observado durante estas primeiras semanas da temporada. O intenso talento, aliado à juventude e ambição, traz-nos altas expectativas e a possibilidade de altos voos esta época, no entanto o facto de termos um “contraditório” quase inexistente, baseado apenas num Quaresma, Maicon ou Ruben Neves que, por diferentes razões, não são propriamente o contraponto perfeito, mostra-nos que provavelmente estamos mais talhados para os palcos europeus do que propriamente para os “fáceis” terrenos portugueses.

Sendo certo que não podemos exigir que os nossos jovens estrangeiros percebam com exactidão qual é o nosso grau de ódio para com a benfiquite que grassa neste país ou qual o nosso desdém para com o presidente de um qualquer clube, podemos no entanto esperar que percebam qual é o grande objectivo do FC Porto e que, enquanto cá estão, também tem de lutar nos campos pouco atractivos de Portugal antes de um dia ingressarem nos estrelatos ingleses ou espanhóis que ambicionam.

Agora que as competições europeias estão praticamente a entrar de férias, é tempo de encontrar a regularidade de vitórias que nos permita virar 2014 no lugar que tanto ambicionamos. E é também altura de começar a atacar o clássico que se avizinha, que só podemos encarar com um pensamento: a vitória, de preferência com um golpe de autoridade que pode ser fundamental para o resto da temporada.

Bom domingo e todos ao Dragão!

Lopetegui: “Temos de fazer um grande jogo”

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Encerrado mais um capítulo da história portista na UEFA Champions League, o FC Porto volta a centrar atenções nas competições internas e prepara-se para receber o Rio Ave na 11.ª jornada da Liga portuguesa, este domingo, às 20h15. No lançamento do desafio com os vila-condenses, Julen Lopetegui garantiu concentração máxima para o compromisso que se segue, deixando elogios ao próximo opositor dos Dragões.

“Vamos defrontar uma equipa muito boa, que este ano tem demonstrado que tem bons jogadores e que é muito bem orientada. O Rio Ave possui jogadores experientes, que sabem o que querem nos variados momentos do jogo. Além disso, acredito que a equipa que jogou em Kiev não será a mesma que vai jogar no Estádio do Dragão. Temos de fazer um grande jogo para conseguirmos vencer o Rio Ave, uma equipa que vai exigir o máximo de nós. Os jogadores sabem perfeitamente que queremos vencer todos os jogos. Estão preparados e totalmente focados no próximo jogo. Quando termina um jogo, começamos imediatamente a pensar no jogo seguinte”, afirmou o treinador basco na conferência de imprensa de antevisão do FC Porto-Rio Ave, que decorreu no Olival após mais uma sessão de trabalho.

O triunfo em Borisov ainda está fresco na memória, mas Julen Lopetegui sublinhou que “isso é passado”, até porque se avizinham novas exigências no embate com o Rio Ave. “Não pensamos em nada que esteja relacionado com a Champions League. A única coisa que temos na cabeça é dar uma boa resposta e fazer um bom jogo frente ao Rio Ave - uma equipa que, repito, tem muita qualidade”. A três pontos do primeiro lugar, o técnico espanhol acredita que ainda é cedo para fazer contas. “O campeonato é muito longo e, por vezes, fazem-se análises prematuras e precipitadas. Encaramos cada jogo como se fosse o último, e é dessa forma que entraremos em campo frente ao Rio Ave”, assegurou.

Considerando que os Dragões têm sido “menos eficazes” na Liga do que na UEFA Champions League, ainda que a forma de jogar seja “igual”, Julen Lopetegui mostrou-se satisfeito com o crescimento de Héctor Herrera e pediu tempo para a afirmação de Adrián López. “O Héctor está a fazer uma boa época e a crescer. Tem dado uma excelente resposta, tal como os seus companheiros, e estamos satisfeitos por isso. Quanto ao Ádrian, está a viver uma realidade diferente e isso requer uma adaptação. Trabalha bem todos os dias e, quando chegar o momento, tenho a certeza que dará uma excelente resposta”.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Fabiano e Andrés Fernández;
Defesas: Danilo, Martins Indi, Maicon, Marcano e Alex Sandro;
Médios: Casemiro, Quintero, Herrera, Óliver Torres e Rúben Neves;
Avançados: Quaresma, Brahimi, Jackson Martínez, Tello, Adrián López e Aboubakar.

capas da imprensa

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29 novembro, 2014

“BÊS” VENCEM ACADÉMICO DE VISEU.

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FC PORTO B-académico viseu, 3-2

Segunda Liga, 16.ª jornada
29 de Novembro de 2014
Estádio de Pedroso, em Vila Nova de Gaia


Árbitro: Ricardo Baixinho (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Luiz e Pedro Pereira.
Quarto árbitro: Pedro Miguel Ribeiro.

FC PORTO B: Raul Gudiño; David Bruno (cap.), Lichnovsky, Zé António e Kayembe; Tomás Podstawski, Tiago Rodrigues e Otávio; Kelvin, Ivo Rodrigues e Ricardo.
Substituições: Kayembe por Víctor García (53m), Tiago Rodrigues por Francisco Ramos (63m) e Ivo Rodrigues por André Silva (68m).
Não utilizados: Kadú, Diego Carlos, Leandro Silva e Frédéric.
Treinador: Luís Castro.

ACADÉMICO DE VISEU: Ivo; Tomé, Eridson, Pedro Santos (cap.) e Dalbert; Clayton, João Ricardo e Tiago Borges; Luisinho, Sandro Lima e Tiago Almeida.
Substituições: Tiago Borges por João Coimbra (59m), Tiago Almeida por Paulo Roberto (69m) e Pedro Santos por João Carneiro (87m).
Não utilizados: Ricardo Ferreira, Tiago Gonçalves, Filipe Nascimento e Alex Porto.
Treinador: Ricardo Chéu.

Ao intervalo: 2-0.
Marcadores: Kelvin (12m), Ricardo (17m), Ivo Rodrigues (61m), Clayton (70m) e Sandro Lima (85m).
Disciplina: cartão amarelo a Lichnovsky (31m), Eridson (61m), João Coimbra (76m) e Kelvin (90+4m).

O FC Porto B venceu, este sábado, o Académico de Viseu, por 3-2, em encontro da 16.ª jornada da Segunda Liga. Com três jogadores da formação principal no onze inicial – Otávio, Kelvin e Ricardo -, os “bês” regressaram à competição da melhor maneira após três semanas de paragem, devido à interrupção da Segunda Liga e ao adiamento do encontro da International Premier League. Os golos dos Dragões foram marcados por Kelvin (12m), Ricardo (17m) e Ivo Rodrigues (61m), com Clayton (70m) e Sandro Lima (85m) a reduzir para os visitantes.

O jogo começou, praticamente, com os “reforços” da equipa principal a produzir dois golos em menos de cinco minutos: aos 12, Otávio descobriu Kelvin no lado esquerdo e este flectiu para o meio e rematou com o pé direito para o primeiro golo da partida e, aos 17, o mesmo Kelvin fez um cruzamento perfeito para um cabeceamento certeiro de Ricardo (2-0). Os portistas jogavam bem por esta altura e mostravam bons pormenores, com o Académico de Viseu a tentar reagir à desvantagem de forma pouco esclarecida.

Aos 31 minutos, o árbitro lisboeta Ricardo Baixinho marcou um penálti de Lichnovsky e aí surgiu um outro protagonista, o guardião mexicano Raul Gudiño, que defendeu de forma exemplar o remate de Tiago Almeida e segurou a vantagem portista. Aos 43 minutos, o juiz lisboeta descortinou uma irregularidade numa intervenção do guardião portista (que agarrou a bola apenas uma vez), marcando um livre indirecto na área azul e branca. Gudiño, mais uma vez, fez uma defesa de grande classe e, na recarga, foi Ivo Rodrigues quem deu uma ajuda à defesa, cortando a bola dentro da grande área. Ao intervalo, o 2-0 para os Dragões justificava-se pela quantidade de oportunidades criadas.

O primeiro quarto de hora da segunda parte viu um jogo vivo entre duas equipas com vontade de retirar algo mais do jogo. Aos 60 minutos, Otávio foi derrubado na área e Ivo, na conversão da grande penalidade, bateu o seu homónimo viseense, fazendo o 3-0 (61m). O Académico de Viseu reduziu aos 70 minutos, por Clayton, num golpe de cabeça ao segundo poste, numa boa jogada de entendimento dos visitantes. Sandro Lima, aos 85 minutos, colocou o resultado em 3-2 e, até ao final, os Dragões demosntraram "saber sofrer" e ainda contaram com uma intervenção do outro Mundo de Raul Gudiño, já aos 90 minutos, para segurar a vitória.

Este resultado, curiosamente igual ao da época passada, coloca os comandados de Luís Castro no oitavo lugar (24 pontos), aguardando-se agora pelos restantes resultados da jornada. O próximo jogo do FC Porto B é no Estádio do Mar, na quarta-feira, pelas 15h00.

fonte: fcporto.pt



RESUMO DO JOGO

SOL E SOMBRA.

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Depois de um record negativo traduzido no maior prejuízo de sempre da FCP-SAD (contas consolidadas de 2013/14) – 40,7 M € - eis agora que as contas consolidadas referentes ao 1º trimestre de 2014/15 revelam um lucro de 13,5 M €.

Como é sabido, as explicações do administrador financeiro Dr. Fernando Gomes para tão elevado prejuízo em 2014 foram duas, a realização do Campeonato do Mundo de futebol no Brasil que adiou a realização de mais-valias na transacção de passes de jogadores, e o não apuramento directo para a Liga dos Campeões o que inviabilizou a contabilização do respectivo prémio (8,6 M €). Explicações, aparentemente, muito lógicas, tão lógicas que não me apercebi que tenha havido qualquer contestação a tais argumentos. Mas, será mesmo assim, ou não haverá aqui um camuflar da realidade?

Vejamos, vamos revisitar as contas de 2010. O que aconteceu em 2010?

Tal como em 2014 foi ano de Campeonato do Mundo de futebol, então na África do Sul. E, tal como em 2014, o FCP não se apurou para a Liga dos Campeões por ter-se classificado em 3º lugar atrás do Braga. Com uma agravante: enquanto em 2014 ainda pode contabilizar o prémio (2,1 M €) de acesso ao play-off da LC, em 2010 nem isso, foi directo para a Liga Europa. Portanto, segundo a lógica do Dr. Fernando Gomes, 2010 também devia ter sido um ano de enorme prejuízo financeiro, certo?

Não, errado! O ano de 2010 terminou com um lucro, pequeno mas lucro (cerca de 80.000 euros).

Ou seja, o problema não é o Campeonato do Mundo ou da Europa porque a cada dois anos temos a realização de um deles. O problema, como não me tenho cansado de referir, está no modelo de negócio baseado numa estrutura de rendimentos/proveitos marcadamente desequilibrada, onde as mais-valias na venda de passes de jogadores andam próximo dos 50% do total de rendimentos. Por exemplo, o orçamento para 2015 prevê um total de proveitos de 155,7 M € dos quais 89,2 M € são proveitos operacionais a que se somam 66,5 M € de resultados de transacções de passes (isto é, 42,7% do total dos proveitos).

Tudo isto conduz a que o FCP fique numa situação fragilizada, dependente dos clubes compradores, e como o período fiscal/contabilístico (30 de Junho) não coincide com o período de transferências (31 de Agosto), enquanto esta estrutura de rendimentos não se alterar, este autêntico carrossel de prejuízos/lucros/prejuízos há-de continuar.

Mas vamos às contas do 1º trimestre de 2014/15, que é o que importa agora.

Começo logo por um aspecto muito positivo: embora o passivo total tenha subido 35,7 M €, o que vai ser muito salientado pelos adversários, isso não é preocupante porque é contrabalançado por um aumento do activo total em 49,2 M € (basicamente devido ao aumento do valor do plantel fruto das novas aquisições), mas boa notícia mesmo é, dentro deste passivo total, a diminuição do passivo remunerado (isto é, empréstimos bancários e obrigacionistas) em 14,5 M €, o que pode fazer baixar no futuro a factura dos juros a suportar. De facto, neste 1º trimestre os custos e perdas financeiras ascenderam a 4,6 M €, valor exageradíssimo, e que continuou a subir face a igual período do ano anterior quando tinham atingido o valor de 3,2 M €. Esperemos, portanto, que se consiga uma inversão da tendência nesta rubrica.

Pela negativa a sistemática, estrutural, e sem fim à vista, pressão sobre a tesouraria, resultado de um passivo corrente (inferior a 1 ano) de 208,9 M € apenas coberto por 113,8 M € de activo corrente. Significa isto que a extrema dependência do crédito vai continuar, o que traz consigo uma muito complexa gestão de tesouraria.

Fundamental para o modelo de negócio, o resultado com transacções de passes de jogadores neste 1º trimestre atingiram o montante de 27 M € (inclui as mais-valias das transferências de Mangala e Defour). Como para o equilíbrio das contas no fim do exercício o orçamento prevê um total de 66 M €, isso significa que até lá será necessário ainda realizar um conjunto de negócios que proporcione um resultado líquido de 39 M €, o que certamente vai exigir um mês de Junho muito movimentado nas vendas, sob pena de se encerrar o exercício com mais um prejuízo.

De notar que o total de aquisições de passes de jogadores neste 1º trimestre ascendeu a 43 M € nos quais estão incluídos 6 M € de encargos relacionados com essas aquisições. Curiosamente, ao contrário de anos anteriores, agora não é feita a imputação individualizada destes encargos a cada uma das aquisições, o que sendo deliberado, traduz a vontade da administração de esconder essa informação do público, na minha opinião muito bem, visto entender que este tipo de informação deve ser reservado, por ser do domínio do segredo do negócio e, portanto, não tem que ser publicitado, evitando-se assim que a concorrência disso tenha conhecimento, inclusive essa mesma concorrência também omite essa informação.

Por último, uma breve referência à conta de exploração, onde se verifica uma ligeira melhoria de 3,1 M € nos resultados operacionais na sequência do aumento dos proveitos operacionais em 9,1 M €, por via do crescimento da receita obtida pela participação nas provas da UEFA, por contraponto ao aumento em 6 M € dos custos operacionais devido ao forte investimento efectuado no plantel e correspondente acréscimo dos encargos salariais.


nota: o blog BPc agradece ao JCHS a elaboração deste artigo.

QUINTERO - UM CASO DIFICIL DE ANALISAR.

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Quintero é um caso difícil de analisar.

Comecemos pelo óbvio: Quintero é um talento.

Mas daqueles talentos raros. Aquele seu ar bonacheirão e até meio “gordito” não deixava antever um rigor absoluto na colocação de bola, especialmente com o pé esquerdo, um repentismo completamente desconcertante, uma capacidade de decidir – e, mais do que isso, de tomar boas decisões – num limitado espaço e tempo.

Quintero, no entanto, não gosta de correr para trás e, não obstante ter capacidade para cobrir os espaços, não imprime agressividade no momento defensivo do jogo. Aliás, talvez na ânsia de demonstrar evolução nesse capítulo, por vezes confunde agressividade sobre a bola com entradas disparatadas, fora de tempo e desproporcionais e relação ao perigo da jogada, as quais redundam em faltas e consequentemente em livres complicados para o FCPorto.

Em função das suas características, Quintero acaba, assim, por ser lançado:
  • ou no decorrer do jogo para servir de “abre latas” quando as coisas estão difíceis (cfr. Shakhtar vs FCPorto, FCPorto vs Braga, Estoril vs FCPorto);
  • ou de início em jogos aparentemente mais acessíveis e em que a tarefa defensiva da equipa se mostra, à partida, facilitada (cfr. Arouca vs FCPorto e FCPorto vs Nacional).
Mas a questão é: Quintero está fadado apenas para isto?

Feliz ou infelizmente, parece-me que, neste FCPorto 2014/2015, a resposta tende a ser afirmativa.

Antes do mais, julgo que Quintero rende muito mais se jogar no meio. Encostado à ala, Quintero perde margem e terreno para influenciar a partida, passando longos momentos do jogo sem bola e, por isso, sem aparecer. Quintero não é um jogador para aparecer na desmarcação ou para receber um passe em profundidade – é antes o jogador que identifica e fabrica a desmarcação do colega de equipa e que executa, como poucos, o dito passe em profundide (ou não!).

Nesse sentido, para Quintero jogar no meio, a equipa precisaria de dois jogadores atrás de si mais posicionais, que ocupem bem os espaços e que, mediante uma perda de bola ou um contra-golpe, consigam abafar rapidamente as investidas da equipa adversária. Ora, este FCPorto joga com Casemiro, um desses jogadores, mas também joga com Herrera.

E Herrera rende muito menos se jogar amarrado ao círculo central, sem poder dar largas as suas cavalgadas e ao seu futebol de transição e de progressão.

E é aqui que a porca começa a torcer o rabo.

Jogar com Herrera e Quintero poderá significar que, em muitos momentos do jogo, o ataque do FCPorto seja composto por Jackson, Tello, Brahimi (ou Quaresma) e Quintero, ou seja, quatro jogadores que não participam, de forma qualificada, no processo defensivo, e por Herrera que fica sem saber se vai, se vem, se sobe, se desce. O desequilíbrio é notório e, ante equipas mais poderosas, o resultado poderá ser desastroso.

Uma solução poderia passar por testar Rúben Neves e Casimiro com Quintero na frente, vagabundeando no apoio a Jackson. Mas Casimiro parece não se dar bem com outro colega no seu raio de acção e, neste cenário, Herrera ficaria de fora. Por outro lado, a única lacuna no plantel do FCPorto que me parece mais ou menos consensual é a falta de um centrocampista com este tipo de características – diria, pendular.

Em conclusão, Quintero vai aparecer muitas vezes e vai deliciar-nos a todos com o seu futebol espetacular, mas talvez não tantas vezes quanto o seu talento impunha. Mas isso pode não ser necessariamente mau. Significa apenas que, este ano, o FCPorto tem soluções que dão resposta a quase todas as necessidades e cenários que, ao longo da longa época, certamente surgirão.

PS - Saudades de Europa.

Pedro Ferreira de Sousa

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28 novembro, 2014

O ALVO A ABATER.

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Não olho para quem vem atrás, não quero saber deles para nada. Só me interessa quem está à frente, quem (ainda) tem mais campeonatos do que nós, quem (ainda) está primeiro do que nós. E eu não posso morrer, não quero morrer antes de estarmos à frente deles em tudo. São eles que temos de nos preocupar em derrotar, seja como for, dê por onde der. E isso nunca se coadunará com qualquer união; é bom que tenhamos sempre essa noção.

Bem sei que temos que lutar pelos nossos interesses, que a questão dos fundos é fundamental e que só com a preciosa ajuda desse mecanismo financeiro, nós e outros clubes como o nosso, temos capacidade para poder competir - nunca em pé de igualdade, ainda assim - com os clubes ricos ou comprados por gente rica do futebol europeu. São os fundos que nos permitem ir buscar 'Brahimis', 'Aboubakares', 'Quinteros', 'Mangalas' e por aí fora. Bem sei que temos que ajudar quem nos ajuda (neste caso, a Doyen Sports), ainda para mais quando se trata de um conflito com a agremiação que tem a mania que é grande e que se meteu num sarilho que os pode vir a tramar à grande.

Mas isso nunca poderá significar uma aliança com os outros, como andam por aí a dizer. As lutas podem ser as mesmas, os interesses até podem ser comuns - como aconteceu também na resolução do problema da Liga de Clubes -, mas é de todo impensável que algum dia venhamos a andar de mão dada com aquela gentalha. Porque não nos esquecemos de tudo o que eles já fizeram contra nós, que foram eles que estiveram por detrás do Apito Dourado, que foram eles que nos quiseram tirar da Champions. Não nos esquecemos do vergonhoso caso do túnel com que ganharam um campeonato e de tantas outras tramóias com que eles já nos tentaram atingir. Nem nos esquecemos da roubalheira que está a graçar nesta temporada.

E não é um clube que tem tantos campeonatos quanto nós temos temos presenças na Champions, que tem uma taçazita internacional e que agora é dirigido por um palerma com a mania que é gente, que nos vai desviar da nossa mira. O alvo a abater vai continuar a ser o vizinho da segunda circular.

AGENDA DRAGÃO: 28-Nov a 04-Dez

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27 novembro, 2014

BANCO, ESTADO E NOVO. ESTADO NOVO BANCO.

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Ora bem... posso estar a dizer um tremendo disparate... mas, sinceramente, não acho... no entanto... ajudem-me!
  • O Novo Banco detém 1.832.530 ações da SAD do clube de carnide, que corresponde a 7,97% dos direitos de voto do capital social da sociedade.
  • O Fundo de Resolução da Banca é o accionista único do Novo Banco (LINK):

  • "Fundo de Resolução da banca, que é o accionista único do Novo Banco, herdeiro dos activos saudáveis do BES, já pagou perto de 30 milhões de euros em juros, segundo o seu presidente, José Berberan Ramalho.
    1,3 milhões de euros saíram dos cofres do fundo de resolução ainda em Agosto. Um dia depois da resolução, a 4 de Agosto, o Tesouro estatal emprestou, além dos 3,9 mil milhões injectados, mais 635 milhões como adiantamento, até que a banca pudesse emprestar a sua parcela de 700 milhões de euros. A 28 de Agosto, o sistema financeiro fez esse empréstimo. E no dia seguinte foi devolvido o dinheiro ao Estado.
    "Deu lugar ao pagamento de juros ao Estado no valor de cerca de 1,3 milhões de euros", contou aos deputados Berberan Ramalho, na comissão parlamentar de inquérito à gestão do BES e do GES.
    Assim, a 29 de Agosto, o Novo Banco estava financiado com 4,9 mil milhões de euros – 3,9 mil milhões vindos do Estado (da troika), 700 milhões de um empréstimo da banca e 300 milhões através de recursos próprios do fundo (alcançados através das contribuições iniciadas em 2012). Os empréstimos do Estado e da banca têm uma maturidade de três meses, sendo reembolsados até a um máximo de dois anos - altura em que o Novo Banco tem de ser vendido."
Então, deixem ver se eu percebi. A Troika obrigou à criação de um fundo de supervisão da banca, na qual, o Estado afetou uma verba para resolução de possíveis colapsos da Banca. Houve um colapso da Banca, o BES, o Fundo veio a terreiro, o fundo, que é constituído maioritariamente por dinheiro de todos nós, e é o único acionista do Novo Banco que, por sua vez, é accionista do clube de Carnide.

Como se diz na minha terra: "Mas que merda é esta?"
Então, o Estado, agora é indiretamente acionista de um clube de Futebol?
Quem é que vai lá votar?

Digam-me que estou enganado, que isto do Novo Banco, não é a versão moderna do Estado Novo...

Apelo à bluegosfera, que sei que tem entendidos nestas coisas, que "abra os olhos à malta", ou então, que me expliquem como e porquê estou enganado. E espero estar. Totalmente!

PS - Quem lá for votar, que mantenha a confiança no Orelhas por favor... é só conquistas europeias!

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26 novembro, 2014

NOS PÉS DE HERRERA.

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bate borisov-FC PORTO, 0-3

UEFA Champions League, Grupo H, 5.ª jornada
Terça-feira, 25 Novembro 2014 - 17:00
Estádio: Borisov Arena
Assistência: 10.147


Árbitro: ​Ovidiu Alin Hațegan (Roménia).
Assistentes: Octavian Sovre e Sebastian Gheorghe; Alexandru Dan Tudor e Sebastian Costantin Coltescu (adicionais).
4º Árbitro: Radu Ghinguleac.

BATE BORISOV: Chernik, Olekhnovich, Gayduchik, Tubić, Mladenović, Volodko, Yablonski, Karnitski, Gordeychuk, Rodionov, Volodko.
Suplentes: Soroko, Aleksievich (72' Mladenović), Signevich (75' Rodionov), Pavlov, Baga (67' Karnitski), Polyakov, Yakovlev.
Treinador: Aleksandr Yermakovich.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Martins Indi, Marcano, Alex Sandro, Casemiro, Herrera, Óliver Torres, Quaresma, Jackson Martínez, Brahimi.
Suplentes: Andrés Fernández, Maicon, Quintero (90' Jackson Martínez), Tello (71' Quaresma), Adrián López (83' Brahimi), Rúben Neves, Vincent Aboubakar.
Treinador: Julen Lopetegui.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Herrera (56'), Jackson Martínez (65'), Tello (89').
Disciplina: Marcano (10'), Gayduchik (41'), Olekhnovich (45'), Yablonski (61').

Em crescendo evidente de forma, o FC Porto voltou a dar sinais precisos de que dispõe de uma grande equipa, capaz de se bater ao mais alto nível. Na Bielorrússia, frente ao eneacampeão daquele país, os Dragões desfilaram no frio e no gelado relvado do BATE Borisov. A goleada, por 0-3, confirma a excelente campanha azul e branca no Grupo H da UEFA Champions League e, mais importante ainda, atesta o carácter ganhador do conjunto orientado por Julen Lopetegui.

Apesar de ter sido uma partida pouco atractiva em termos artísticos devido, por um lado, à atitude destrutiva da equipa do BATE Borisov, sobretudo na 1ª parte, e por outro lado, às condições climatéricas e ao piso gelado do relvado, o FC Porto acabou por impor com naturalidade a sua superioridade que se materializou em golos na etapa complementar. Na 1ª parte, o jogo foi de péssima qualidade e não houve um único lance de registo junto de qualquer uma das balizas.

Conduzidos por Herrera - talvez a melhor exibição desde que chegou ao clube -, o FC Porto inaugurou o marcador à passagem dos 56 minutos pelo mexicano num grande golo de fora da área sem hipóteses para o guarda-redes contrário. Mas Herrera não se ficou por aqui. O centro-campista continuou a pautar o jogo e a conduzir a equipa para a vitória mais que certa.

Aos 65 minutos, numa jogada que se inicia em Herrera, este desmarca Brahimi na esquerda, o argelino devolve a bola ao mexicano no coração da área que, por sua vez, assiste Jackson Martínez. O colombiano de pé esquerdo atira de pronto e faz o 2-0. A vitória estava garantida e o FC Porto limitava-se a gerir o encontro como queria e como bem entendia.

Aos 70 minutos, Quaresma sai e entra Tello. O catalão viria a marcar o 3º golo aos 88 minutos, numa desmarcação soberba de Herrera. Consumada a goleada e realizado o jogo às 17h00, ao FC Porto só restava esperar um par de horas para ver o que faria o Shakthar Donetsk frente ao Ath. Bilbao. Bastaria que os ucranianos não vencessem os espanhóis para que o FC Porto garantisse o 1º lugar no grupo mas o Ath. Bilbao ainda fez pior. Venceu o jogo e deixou o FC Porto isolado com 5 pontos de vantagem sobre o 2º classificado.

Fechadas praticamente as contas no grupo H, o FC Porto será cabeça-de-série nos 1/8 de final da Champions League, o que, teoricamente, é um dado importante pois evitará à partida equipas mais fortes na prova. A uma jornada do fim da fase de grupos, ao FC Porto compete fechar esta fase com chave de ouro e amealhar mais 1 milhão de euros na recepção aos ucranianos do Shakthar Donetsk.




DECLARAÇÕES

Lopetegui: “Mostrámos personalidade”

Julen Lopetegui destacou a “personalidade” demonstrada pelo FC Porto no triunfo sobre o BATE Borisov (3-0), na Bielorrússia, sobretudo nos segundos 45 minutos. Frente a um adversário “motivado”, ao qual “não é fácil ganhar”, o técnico espanhol mostrou-se feliz pela exibição e alertou para a necessidade de os seus jogadores manterem a “intensidade, compromisso e atitude” nos desafios que se seguem no futuro portista.

“Conquistámos três pontos num jogo complicado, frente a uma boa equipa, que chegou a este momento muito motivada. Não é fácil ganhar ao BATE Borisov, ainda mais porque eles queriam mostrar uma imagem diferente perante os seus adeptos. Encarámos este jogo da maneira certa, pois era muito importante para nós. Os jogadores sabiam disso e trabalharam para conquistar três pontos importantes. Criámos espaços, tivemos iniciativa e mostrámos personalidade, acima de tudo. Penso que na segunda parte, na qual estivemos muito bem, demos uma excelente resposta”, declarou Julen Lopetegui na sala de imprensa da Borisov Arena, após o triunfo sobre os bielorrussos.

Com um percurso histórico na presente edição da UEFA Champions League, o FC Porto aponta agora para baterias para a recepção ao Rio Ave, da 11.ª jornada da Liga portuguesa. Para Julen Lopetegui, há ainda muito caminho para trilhar, mas os aspectos positivos são para manter. “Temos muito trabalho para fazer, como é natural, mas quanto mais o tempo passa, melhor para a equipa. A nível de intensidade, compromisso e atitude, temos estado muito bem ao longo da época. A equipa hoje mostrou muita motivação, foi determinada e lutou muito, pelo que só podemos estar satisfeitos. O BATE Borisov tinha sofrido muitos golos até aqui e as pessoas pensavam que seria fácil, mas o importante é que conseguimos mais três pontos e agora há que seguir em frente”, afirmou Julen Lopetegui.



ARBITRAGEM




RESUMO DO JOGO


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25 novembro, 2014

SUB-19 NÃO VÃO ALÉM DO NULO EM BORISOV

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BATE Borisov-FC PORTO, 0-0

UEFA Youth League (Grupo H), 5.ª jornada
25 de Novembro de 2014
Estádio Gorodskoi, em Borisov


Árbitro: Vadims Direktorenko (Letónia).
Assistentes: Aleksejs Spasjonnikovs e Ruslans Botoss (Letónia).
Quarto árbitro: Ivan Safaryan (Bielorrússia).

BATE BORISOV: Scherbitski; Khanevich, Rovbut, Bayduk e Bury; Tishko, Dzhigero e Kukharchyk; Klimovich (cap.), Petrusevich e Bogush.
Substituições: Petrusevich por Potemkin (34m), Tishko por Lyakhnovich (59m) e Bogush por Razmyslovich (46m).
Não utilizados: Karnitski, Filipovich, Buyak e Eglis.
Treinador: Vitali Rogozhkin.

FC PORTO: João Costa; Fernando, Malthe Johansen, Verdasca e David Sualehe; João Cardoso, Élvis e Bruno Costa; Sérgio Ribeiro (cap.), Ruben Macedo e Rui Pedro.
Substituições: Élvis por Tony Djim (46m), Ruben Macedo por José Leite (64m) e Malthe Johansen por Jorge (70m).
Não utilizados: Filipe Ferreira, Rui Silva e Luís Mata.
Treinador: António Folha.

Disciplina: cartão amarelo a Bury (80m), Khanevich (86m) e Verdasca (90m+1).

​A equipa Sub-19 do FC Porto empatou esta terça-feira diante do BATE Borisov (0-0), em jogo da quinta jornada do Grupo H da UEFA Youth League. Com este resultado, os azuis e brancos mantêm o segundo lugar do agrupamento, com oito pontos, menos cinco do que o líder Shakhtar Donetsk e mais dois que o Athletic Club, terceiro classificado.

Num relvado difícil e debaixo de temperaturas negativas, o conjunto comandado por Folha foi quase sempre superior ao BATE Borisov, mas o golo não apareceu, por infelicidade ou ineficácia. Aos 33 minutos, Rui Pedro viu o seu remate esbarrar nos ferros, enquanto Sérgio Ribeiro não conseguiu desfeitear Scherbitski já perto do intervalo (41m).

A etapa complementar trouxe novo ascendente portista e mais três oportunidades de golo, mas o nulo arrastar-se-ia até final. Com o Shakhtar Donetsk, que visita o Olival na última jornada, já apurado, o FC Porto discute com o Athletic Club a vaga que ainda está por ocupar para a fase seguinte. Os bascos recebem o BATE Borisov na derradeira ronda.

fonte: fcporto.pt



RESUMO DO JOGO

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DUAS "REMONTADAS" PARA ESPANHOL VER!

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Fim-de-semana de grandes emoções e alegrias enormes, depois de duas remontadas fantásticas sobre adversários Espanhóis no HÓQUEI e no ANDEBOL.

Neste último, ao intervalo, o Porto perdia por 15-16, mas uma 2ª parte cheia de garra na defesa valeu importante vitória por 29-24 diante do Ademar Leon. Já no hóquei, a 9 minutos do fim, o Porto perdia no recinto dos catalães do Vendrell por 7-3, mas houve tempo ainda, alma e muito talento para uma heróica recuperação que valeu mesmo uma sensacional vitória por 7-9! #SOMOSPORTO!



ANDEBOL
(1º FC Porto-30 p; 2º sporting-25 p; 3º abc-25 p)
  • sporting 23-24 FC PORTO
Na última 4ª feira, em Almada, o FC Porto perdia por 14-13 ao intervalo, chegando ainda aos 21-18 já nos últimos 10 minutos. No entanto, a raça do dragão veio ao de cima e o FC Porto acabou por derrotar o Sporting por 23-24 com um golo de Gilberto Duarte mesmo em cima do apito final.

Gilberto com 6 golos destacou-se, mas também é de referir o bom jogo de Nuno Roque com 4 golos e a eficácia do ponta Ricardo Moreira também com 4 tentos.

Com esta importante vitória, o FC Porto leva já 5 pontos de avanço sobre o Sporting e ABC. No 4º lugar, vem o benfica a 7 pontos, mas menos um jogo.
  • FC PORTO 29-24 ademar leon
No Dragão Caixa (onde estive) com quase 1200 pessoas na assistência, o FC Porto acertou agulhas ao intervalo e na 2ª metade fez um jogo soberbo perante um valioso opositor.

Na defesa, os dragões foram autênticos guerreiros e o FC Porto virou a desvantagem ao intervalo de 1 golo para uma vantagem final de 5 tentos. Laurentino esteve em grande plano, mas Daymaro na defesa também encheu as medidas... e o miúdo Miguel Martins também entrou muito bem, sabendo aproveitar a oportunidade que lhe deu Obradovic.

Gilberto Duarte voltou a brilhar e foi sem dúvida a estrela maior do FCP apontando 10 golos, com um Mick Schubert a brilhar intensamente também com 7 golos. Morales com 4, Alexis e Daymaro com 3 cada, foram outros em destaque no que aos golos diz respeito.

29-24 e uma boa vantagem de 5 golos que os dragões levam para Leon, onde espero encontrar na dupla francesa nomeada, uma arbitragem bem diferente daquela que uma dupla ucraniana ali fez em 2011, que nos eliminou. Tudo em aberto portanto. Em Espanha, vamos sofrer, mas eu acredito!
  • próximos jogos
O jogo da 2ª mão deste play-off da EHF Cup (ronda que antecede a fase de grupos), disputa-se em leon no próximo sábado, dia 29 de Novembro, pelas 17h30 de espanha (16h30 em Portugal), jogo com intervenções em directo no Porto canal (embora sem transmissão integral, as intervenções deverão ser via telefone). Talvez consiga marcar presença em Leon, tal como em 2011. A ver vamos...



HÓQUEI EM PATINS
(1º FC Porto-19p; 2º benfica-19p; 3º sporting-19 p e +1jogo)
  • vendrell 7-9 FC PORTO
No jogo da 3ª jornada da liga europeia, grande remontada do FC Porto que a 9 minutos do fim perdia por 7-3 diante do Vendrell.

A partir dali, o FC Porto de Tó Neves foi fantástico e acreditou sempre que a reviravolta era mesmo possível. Jorge Silva reduziu para 7-4 e 7-5, Caio fez o 7-6 em grande stickada, Hélder Nunes isolado empatou a 7, e Jorge Silva fez o 7-8 a 3 minutos do fim num desvio após jogada de Hélder Nunes.

Nos últimos segundos, Edo Bosch, que para o campeonato volta a jogar dia 6 Dezembro, viu a sua barra defender um penalty inventado. Caio acabou com o jogo marcando o 7-9 mesmo sobre o apito final.

Na 1ª parte, os golos azuis e brancos foram de Jorge Silva (2), que no total marcou 5, e ainda Rafa.

Grande vitória cheia de alma e crença de um Dragão que nunca desiste. 3 jogos e 3 vitórias, é esta a marca do Dragão na liga europeia de hóquei 2014/15.
  • próximos jogos
Quarta feira, temos jogo em Turquel (21h00), com directo no HCTV e arbitragem da dupla (benfiquista) Guilherme e Peixoto. Dia 30, domingo, recebemos o Viana pelas 15h30.



BASQUETEBOL
(1º FCP Dragon force-10 p; 2º terceira basket-9 p)
  • FCP DRAGON FORCE 98-39 guifões
Jogo sem grande história no Dragão Caixa, mas Moncho e os seus pupilos nunca facilitam, pelo que merecem a presença de todos os adeptos. Por tudo isso, fiz um esforço e acabei por conseguir marcar presença na 2ª metade da partida.

Os dragões voltaram a esmagar e acabaram por vencer por 59 pontos de diferença (com 49-14 ao intervalo). Miguel Queiroz destacou-se com 15 pontos, logo seguido por Pedro Bastos com 14, André Bessa com 13 e João Fernandes com 11.
  • próximos jogos
No próximo fim-de-semana, compromisso duplo. Deslocam-se ao Atlético no sábado, dia 29, pelas 21h00, e no dia seguinte (domingo, dia 30), taça de Portugal, com os dragões a fazerem uma curta viagem ao vizinho Académico, pelas 16h30.



Um abraço do Lucho.

Lopetegui: “Será mais difícil do que muitos pensam”

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Com a qualificação para os oitavos-de-final da UEFA Champions League garantida, Julen Lopetegui não esconde que o objectivo passa agora por manter a liderança do Grupo H. Para que isso seja possível, o técnico espanhol considera essencial sair do terreno do BATE Borisov com a vitória, mas alerta para as dificuldades que esperam os Dragões neste jogo da quinta jornada, marcado para terça-feira, às 17h00 (em Portugal Continental), na Arena Borisov. Será um confronto "mais difícil do que muitos pensam".

“Os jogos chegam quando chegam, mas é verdade que temos muita vontade de competir. Já passou algum tempo desde o nosso último jogo, mas já temos todos os jogadores 100 por cento incorporados, física e mentalmente preparados. Existe uma grande vontade de voltar a jogar a UEFA Champions League, com uma boa exibição, frente a um adversário exigente e que ainda tem possibilidades matemáticas de lutar pelo apuramento. Temos de estar concentrados e ter uma atitude forte para conseguirmos vencer”, afirmou Julen Lopetegui ao Porto Canal e www.fcporto.pt, no lançamento do embate com os bielorrussos, terceiros classificados, com quatro pontos, e ainda a sonhar com uma vaga na fase seguinte. O FC Porto é líder do grupo, com dez pontos, mais dois do que o Shakhtar Donetsk.

A vitória por 6-0 na primeira volta, no Estádio do Dragão, faz parte do passado, até porque a distância que separa ambos os jogos traz novos desafios para os azuis e brancos. “Não podemos fazer análises de ânimo leve, e tudo o que conseguimos é resultado do nosso mérito dentro de cada jogo. Vamos ter pela frente uma equipa que foi capaz de bater o Athletic Club e que ainda luta para passar à fase seguinte, por isso respeitamos o BATE Borisov como respeitamos todas as outras equipas. Vai ser um jogo de exigência máxima, mas vamos lutar pelos três pontos com a consciência das dificuldades que nos esperam. Temos de encontrar respostas para os problemas que vamos encontrar e de fazer um bom jogo, pois só assim conseguiremos sair da Bielorrússia com o resultado que pretendemos, a vitória”, prosseguiu Julen Lopetegui.

Ao contrário do que é habitual, o FC Porto viajou no dia anterior ao jogo e abdicou do tradicional treino de adaptação ao relvado no qual vai jogar. Julen Lopetegui explicou porquê. “Fizemo-lo porque consideramos este jogo importantíssimo para nós. Por questões logísticas, achámos que seria melhor para os jogadores sair na véspera, para não se ressentirem tanto do desgaste de uma viagem longa”, esclareceu o técnico dos Dragões, que exige ambição máxima para o compromisso europeu que segue, até porque ainda há objectivos a cumprir. “Já concretizámos o objectivo de nos qualificarmos para a fase seguinte, agora queremos fazê-lo em primeiro lugar. Para isso temos de levar algo positivo de Borisov e o jogo será mais difícil do que muitos pensam. Para nós, é muito importante estarmos em primeiro lugar no final dos seis jogos desta fase”, concluiu.

Alex Sandro: “Cada jogo é uma história”

Alex Sandro afirmou, na antevisão da partida com o BATE Borisov (terça-feira, 17h00, horário de Portugal Continental), que os portistas não esperam facilidades frente ao eneacampeão bielorrusso, que ainda pode chegar à qualificação para os oitavos-de-final. O brasileiro assumiu que este será “um jogo decisivo” com vista a garantir o primeiro lugar no Grupo H da Champions League e garantiu que a equipa terá apenas um objectivo em mente: “Vamos entrar em campo a pensar no nosso trabalho e não no deles”.

“Sabemos que temos de vencer para poder atingir o primeiro lugar do grupo. Acho que esta paragem por causa das selecções não desconcentrou a equipa e estamos todos focados para chegar lá e vencer. Nunca entramos a pensar em facilidades. Eles são campeões bielorrussos e têm mérito. Cada jogo é uma história: se nos jogos passados eles foram infelizes, vão fazer de tudo para serem felizes contra o FC Porto. Vamos respeitar o BATE Borisov, independentemente dos resultados que alcançaram até agora”, referiu Alex Sandro ao Porto Canal.

O facto de o campeão bielorrusso “ainda poder alcançar a qualificação”, adicionado ao facto “de jogar em casa”, são factores que, para Alex Sandro, dificultarão a missão portista. "Estamos sempre motivados, quer seja a Champions League, o campeonato português ou outra competição. Acho que o mais importante é termos a consciência de que fizemos um bom trabalho e é isso que esperamos sempre”.

Destacando o aumento de confiança que a chamada às selecções dá aos atletas, Alex Sandro desvalorizou o cansaço que os internacionais possam sentir: “Acredito que a pausa, pelo motivo que foi, deixou o grupo mais confiante, quer os que foram, quer os que ficaram. Já estamos acostumados a viagens, a fusos horários diferentes e penso que isso não nos vai afectar”.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Fabiano, Ricardo e Andres Fernandes;
Defesas: Danilo, Martins Indi, Maicon, Marcano e Alex Sandro;
Médios: Casemiro, Evandro, Herrera. Quintero, Oliver e Rúben Neves;
Avançados: Quaresma, Brahimi, Jackson, Tello, Adrián López e Aboubakar.

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24 novembro, 2014

O “FRAQUINHO” GRUPO DA CHAMPIONS.

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Não é preciso estar-se muito atento ao contexto em que se move a generalidade da comunicação social para se perceber uma clara linha estratégica na maior parte dos pasquins lisboetas, aos quais se juntam um conjunto significativo de blogs “teoricamente” afetos ao FC Porto mas que desesperadamente não fazem outra coisa desde que começou a época senão:

1) desvalorizar tudo o que de positivo o FC Porto de JL tem feito; e
2) empolar ao máximo os aspetos negativos do FC Porto de JL.

Neste sentido, é curiosa a análise que tem sido feita por alguns "iluminados" ao percurso do FC Porto na Champions League (CL) deste ano. Compreendo perfeitamente a enorme azia com que muita gente viu o FC Porto apurar-se para os oitavos-final da CL ao fim de 4 jogos, em contraponto com as dificuldades dos outros 2 clubes portugueses, e compreendo até a azia de alguns portistas mais preocupados com a m**** das suas opiniões e do seu irrelevante umbigo do que com sucesso do clube. Vamos então a algumas curiosidades no que respeita à "fraqueza" do grupo que calhou em sorte ao FC Porto!

Em primeiro lugar, importa que os mais desatentos percebam que o FC Porto é por direito próprio uma equipa do pote 1 da CL fruto das suas excelentes participações europeias ao longo dos últimos anos. Como a massa cinzenta dos palermas anti-Portistas é inexistente, convém também explicar-lhes que o facto de uma equipa se encontrar no pote 1 aumenta as probabilidades de evitar as equipas mais fortes, exatamente porque estas se encontram no mesmo pote.

Depois importa olhar para os adversários do FC Porto, segundo muitos palermas, adversários “fraquitos” que têm facilitado a sua missão. Importa dizer que o Shakhtar tem sido o crónico campeão da Ucrânia, passou duas vezes a fase de grupos da CL nos últimos 4 anos (os encornados em 11 anos conseguiram passar as mesmas 2 vezes!), conta com um treinador experiente com excelente palmarés e dispõe de um plantel com jogadores internacionais pelos mais variados países, desde a Croácia, Ucrânia, passando até por aquele país de tão fracos recursos futebolísticos chamado Brasil (na ultima convocatória de Dunga estiveram lá 3!). Para além disso, mantêm uma estrutura de há muitos anos, ganharam uma Liga Europa em 2009 e participam regularmente na CL. São por isso uma equipa muito “fraquinha”.

Depois há o Bilbau, outra fraquíssima que até está num campeonato também ele de fraquíssima qualidade. Lembro-me como se fosse ontem do Bilbau na pré-época ter arrumado os encornados de forma clara e de na altura muitos cornos (os mesmos que agora dizem que o Bilbau é fraquinho!) terem justificado a derrota encornada com a qualidade dos bascos. Também me lembro quando saíram os possíveis adversários do playoff para o FC Porto a imprensa ter sido unânime em dizer que o Bilbau era o pior adversário possível que poderia calhar aos Dragões. Depois após o sorteio, o Bilbau vs Nápoles era considerado o grande jogo do playoff de acesso à CL. E resta também lembrar que após um mau começo na Liga Espanhola, os bascos têm recuperado na tabela classificativa, estando já no 9º lugar após já ter estado no fundo da tabela. É de facto uma equipa "fraquíssima" que por acaso ainda não tinha perdido no seu estádio com nenhuma equipa portuguesa em toda a sua história, mas claro tal não tem importância nenhuma porque se trata do FC Porto.

Depois há também o BATE Borisov, uma espécie de Áustria de Viena mas com mais experiência na CL. Efetivamente uma equipa fraquinha.

Quando ouço dizer que este é um grupo “fraquinho” lembro-me de coisas do “arco da velha”. Lembro-me da época 95/96 em que falhámos o apuramento num grupo com potências mundiais como o Aalborg, Nantes e Panathinaikos, da época 98/99 em que o grande Dínamo Zagreb nos roubou a possibilidade de passar a fase de grupos, da maravilhosa época de 2005/2006 em que ficamos no último (!) lugar de um grupo que incluía o colosso Artmedia Bratislava (lembram-se?) e o fantástico Rangers ou ainda da época 11/12 em que não passamos num grupo com o estratosférico Apoel de Nicósia e o Shakhtar Donetsk, com praticamente os mesmos jogadores de agora. Ah, e também me lembro de no ano passado não termos conseguido ganhar no Dragão, o que teria sido suficiente para passar aos oitavos, a essa referência do futebol mundial chamada Áustria Viena. Não há qualquer dúvida de que o FC Porto nunca foi eliminado num grupo de qualidade similar ao que apanhou este ano. Nunca! Jamais!

Sou o primeiro a apontar o que está mal, mas em abono da verdade devo elogiar a equipa e o treinador pela participação deste ano na CL. Fizeram o que uma grande equipa no panorama europeu como o FC Porto deve fazer: ganhar os jogos seja contra que adversário for e demonstrar o porquê de ser uma equipa de pote 1. E é isso que o FC Porto tem feito na presente edição da CL, faltando ainda a cereja no topo do bolo que será ficar no 1º lugar do grupo e evitar adversários teoricamente mais fortes. Em Borisov não pode haver o mínimo relaxamento porque o objetivo que falta ainda é importante. FORÇA FC PORTO!

NOTA OFF-TOPIC: António Oliveira foi um grande jogador do FC Porto, foi um jogador fundamental na equipa que quebrou o jejum de 19 anos, um título tão importante (quiçá o mais importante!) da história do clube. Desde que me lembro de ver futebol, devo dizer que a seguir às épocas de Mourinho, AVB e Robson, o melhor futebol que vi o FC Porto praticar aconteceu na época 96/97, ano em que com Oliveira no comando técnico finalmente se atingiu o tão ambicionado tricampeonato. Lembro-me de nesse ano termos dizimado a concorrência e ganho o campeonato com quase 30 pontos de vantagem sobre os encornados e meia dúzia sobre os lagartos, lembro-me de termos enfiado 5/0 em pleno galinheiro HUMILHANDO vergonhosamente os patetas e lembro-me também da brilhante vitória em San Siro frente ao Milan e de termos caído nos quartos-final da CL aos pés do Manchester United de Cantona e companhia. Guardo todas essas memórias para mim e sou grato a TODOS os profissionais que representaram bem o FC Porto. Por tudo isso, aliás sobretudo por tudo isso, Oliveira deveria colocar por um momento a mão na consciência e pensar se uma zanga pessoal/familiar justifica o papel triste que anda a fazer num trio moderado por um benfiquista manipulado por outro benfiquista de Paredes. É um papel tão triste, tão triste, que deveria envergonhar o próprio. E Oliveira pelo grande profissional de futebol que foi, não merece descer a um nível de um triste ressabiado que traz zangas pessoais/familiares para defender ideias completamente inquinadas pelo seu ódio pessoal. O que é pena pelo grande conhecimento que Oliveira tem pelo futebol jogado dentro das quatro linhas.

PS: Mais um penaltie claro por marcar a favor de um adversário de uma determinada equipa, lance que poderia permitir o 3-2 mesmo nno final da 1ª parte. Costuma-se dizer que o que é demais enjoa... neste momento o cheiro é nauseabundo.

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23 novembro, 2014

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22 novembro, 2014

A ROTAÇÃO DOS ATLETAS NO DESPORTO OU OS PATINHOS FEIOS.

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Um dos problemas que tem afectado esta época a nossa equipa, para além de algumas arbitragens vergonhosas, como aconteceu em guimarães ou em alvalidl, é a aparente excessiva rotatividade dos atletas na equipa principal de futebol. O futebol é o único desporto colectivo que conheço onde as mudanças são limitadas ao longo de um desafio, pelo que só por aí, é um desafio enorme aquele que se coloca aos treinadores no momento de gerirem os atletas que compõem os plantéis. Esta gestão é ainda mais complicada quando o leque de atletas é marcado por tão elevada qualidade como o nosso plantel deste ano.

Eu, que nunca fui treinador, olho para este tema do lado onde gosto mais de estar no desporto e onde posso ser útil ao meu clube, a bancada. A minha percepção é que a gestão tem que ser feita com pinças uma vez que ao longo dos meses que compõem uma época, todos os atletas irão passar por momentos de menor fulgor ou por momentos onde não poderão mesmo jogar como sejam castigos ou lesões.

Por esta questão, é extremamente importante que todos os atletas mantenham a percepção de que poderão ser utilizados em qualquer jogo, pois caso contrário, quando for mesmo necessário recorrer a eles, não estarão minimamente tranquilos nem preparados para poderem dar o seu contributo positivo à equipa.

Como considero que quem está com os atletas diariamente e afere o seu rendimento nos treinos está muito melhor preparado que qualquer adepto para tomar as decisões, não consigo perceber a utilidade de algumas publicações que se encontram, por vezes, pela internet, onde se tentam colar rótulos de culpados em alguns atletas como tem sido nos momentos mais recentes, o caso de Adrián Lopez.

As publicações que se encontram são coisas como 3 jogos em que perdemos pontos e contaram com a presença de Adrián. Este tipo de publicações/estatísticas é perfeitamente desmontável, bastando para isso juntar a ficha de jogo da 1ª jornada da fase de Grupos da Liga dos Campeões em que vencemos o Bate Borisov, com Adrián no 11, e tendo inclusive feito um golo.

Outro argumento facilmente utilizável para desmontar a estatística, são as fichas de jogo das partidas em guimarães e em alvalidl, onde o Adrián não constava sequer dos 18 inscritos no 1º caso, e onde foi suplente não utilizado no 2º caso.

Acho que mais importante que tentar colocar em atletas o caso de culpados pelos insucessos da nossa equipa, nos devemos antes colocar do mesmo lado da barricada.

Mas os mais novos não pensem que Ádrian é caso único na história do FC Porto. Já muitos outros atletas do FC Porto foram igualmente maltratados. Por exemplo, lembro-me de Mariano González, um atleta que foi “pau para toda a obra” e que jogou em quase todas as posições possíveis numa equipa de futebol. No entanto, se recuarmos mais no tempo, o caso de Semedo também é semelhante, mas aí, a memória não me permite ter tantos detalhes.

Em vez de perguntares o que o teu clube pode fazer por ti, pensa antes naquilo que tu podes fazer pelo teu clube, ou seja, juntemo-nos TODOS do mesmo lado da barricada no apoio ao FC Porto.

Até breve,
Delindro


P.S. 1 – Apesar de tudo o que se passa numa assembleia-geral dever ficar dentro daqueles 4 paredes, apenas a nota de alegria e regozijo pela decisão de em caso de obtermos uma vaga de promoção à Liga Portuguesa de Basquetebol, e visto que, felizmente e apenas com o lamento de tarde demais, o sr. saldanha abandonou a presidência da Federação Portuguesa de Basquetebol, irmos accionar essa vaga e no próximo ano estarmos de volta ao principal palco do basquetebol nacional

P.S. 2 – Gostava de aproveitar este espaço para deixar os meus votos de parabéns ao nosso capitão de Viena, João Pinto, que ontem completou 53 anos.

P.S. 3 – Aproveitar também este espaço para dar os parabéns ao Porto Canal pelo facto de ontem ter colocado no mesmo espaço de antena (90 minutos à Porto) o atleta e capitão da nossa equipa de andebol, Ricardo Moreira, um dirigente e principal responsável pelo sucesso do andebol do clube nos últimos anos, José Magalhães, e um adepto que simboliza a máxima dedicação que alguém pode ter para com um clube, José Conceição. Um clube que conte com adeptos como o amigo José Conceição nunca irá morrer porque sozinho nunca estará.

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21 novembro, 2014

HERRERA, PATINHO FEIO OU TALVEZ NEM TANTO.

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O ano passado, bem sabemos, não foi amostra de nada. Tratou-se de uma época atípica, muito por culpa do equívoco na escolha do timoneiro – Paulo Fonseca – como também da escolha de um plantel claramente limitado em termos de quantidade e qualidade para atacar os objectivos estabelecidos. Para não ir mais longe basta comparar os extremos do FC Porto de Lopetegui com os extremos do FC Porto do agora treinador do Paços de Ferreira. Um é servido com Brahimi, Tello, Quaresma, Adrian Lopez, Kelvin e Ricardo, enquanto que o outro começou a temporada com Varela, Licá, Kelvin, Ricardo e Josué por vezes a actuar colado à linha. Assim se vê facilmente que o fracasso do ano anterior não pode apenas ser imputado a Paulo Fonseca. Foi um falhanço claro do Presidente, desde logo porque a aposta no homem do Barreiro é sua (e desde há muitos anos se sabe que a escolha do treinador é algo de que o Presidente nunca abdicou), e também de toda a estrutura.

Portanto estamos de acordo que 2013/2014 não pode servir de padrão de avaliação para o que quer que seja. Quando muito será o expoente máximo do que não se deve fazer. Por isso, parece-me que as avaliações ao mexicano Herrera foram claramente e obviamente precipitadas. Ora vamos lá ver: Herrera vem do futebol mexicano e aterra no Sá Carneiro com a responsabilidade de fazer esquecer João Moutinho, apenas e só um dos melhores jogadores portugueses da actualidade. Jovem, é certo, mas com carradas de anos de experiência ao mais alto nível no futebol nacional.

Herrera sofreu, claro está, a pressão que Danilo e Alex já haviam sofrido. O preço, o preço, o preço. Caro para o que rende. Caro para tão fracas prestações. A preocupação com as finanças do FC Porto vira quase obsessão nestas situações. Até que chegou o Mundial e o mundo azul e branco, assim como o universo futebolístico nacional, viu finalmente o verdadeiro Herrera, um puro-sangue de força e potência capaz de carregar os mexicanos estrada fora, enchendo o pé para inúmeros pontapés-canhão, levando a equipa para a frente, comendo metros e metros, encurtando distâncias no relvado, tabelando, empurrando literalmente a equipa para a frente.

Porque é que este Herrera não aparece no FC Porto? Desde logo porque naquele FC Porto em específico ninguém aparecia, ninguém se destacava, ninguém conseguia jogar sem estar sob brasas. Herrera é um excelente jogador, mas não é, claro, nem Messi nem Cristiano Ronaldo. Não é um génio, mas é alguém que vai dar muitas alegrias aos portistas. Disso não tenho a mais pequena dúvida.

Lopetegui pode ser teimoso, mas de burro não tem nada. E é exactamente por isso que raras vezes abdica de Herrera no seu meio-campo. Ninguém duvide que o mexicano já tem lugar cativo no meio-campo portista e que dificilmente de lá sairá. É verdade que Evandro pode dar algo que Herrera não pode dar, mas com Oliver, Brahimi, Tello e Quaresma, parece-me inevitável que os músculos de Herrera e o seu pulmão vão fazer falta.

Recordo os leitores do BibóPorto que Herrera é, quase sempre, o jogador do FC Porto que mais quilómetros percorre em campo. Ele ajuda o trinco, ele tabela com o extremo, ele aparece na linha a responder à solicitação do lateral, ele faz falta, ele surge na área a fazer golo, ele vem buscar jogo, ele remata em arco para golos de bandeira (defesa de Patrício em Alvalade). Em suma, é um pau para toda a obra, um verdadeiro box-to-box sudamericano, capaz de galgar quilómetros como poucos em Portugal o fazem.

É tempo de esquecer o preço de Herrera. Vai claramente render aos cofres portistas muito dinheiro. Mas antes disso vai certamente dar alegrias à plateia azul e branca. Não é habilidoso? Não dá toques de calcanhar? Não sabe tabelar curto? O mundo não é feito de Xavis e Iniestas e, pela Europa fora, é claro que o tiki-taka agoniza no seu leito de morte. Herrera é o médio moderno, o box-to-box que a Europa aprecia, o carregador de piano do século XXI. Dizer mal de um jogador assim é blasfémia.

Rodrigo de Almada Martins

AGENDA DRAGÃO: 21-Nov a 27-Nov

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