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Uma palavra ainda sobre o Braga vs FCPorto para a Taça da Liga.
Os elogios já foram todos escritos e repetidos. Garra, vontade, crer, superação, espírito de sacrífico.
Importa, agora, perspectivar o efeito que o jogo em causa poderá surtir na equipa.
Até àquele jogo, é verdade que se percebiam as (boas) ideias do treinador e se constatavam jogadores em boa forma (Danilo e Jackson principalmente), mas ficava sempre a sensação que, tendo em conta o seu potencial, a equipa podia dar mais um bocadinho, podia ir um pouco mais além.
Já o escrevi anteriormente: os jogadores são efectivamente bons, dos melhores conjuntos que já tivemos, o treinador tem uma filosofia interessante, mas a equipa ainda não jogava à Porto.
As adaptações são sempre difíceis e o tempo que demoram varia em função de um largo conjunto de factores. Nós, os adeptos, pedimos aos jogadores mais antigos no Clube (que esta época são poucos, diga-se) e à estrutura para que passem rapidamente aos novos, aos recém-chegados, os valores do FCPorto, o significado do ser Porto.
E é natural que esse processo demore.
De que adianta dizer a um Oliver, a um Adrian Lopez ou a um Brahimi que o FCPorto é o clube mais invejado e odiado de Portugal.
É o clube que passa à semi-final de uma competição europeia e os pasquins desportivos fazem primeira página com a lesão – leve e sem significado – de um avançado de um clube de Lisboa. É o clube que vê sistematicamente denegridos os seus corpos sociais, designadamente o seu Presidente, quando um outro clube da capital é o único cujo presidente foi condenado nos tribunais por, entre outros, furtos e falsificação de documentos e se encontra evadido do país. É o clube que é prejudicado com túneis que ninguém viu quando um outro clube da capital saí incólume de uma cena em que o seu treinador bate na polícia à frente de tudo e todos. É o clube que não tem perdões da banca quando outros evitam a bancarrota por força de contactos pouco claros (talvez se venha a perceber mais sobre estes negócios na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES...). É o clube que, objectivamente, devia ter mais, pelo menos, 8 pontos no campeonato, não fossem os grosseiros erros de arbitragem.
E que, por tudo isso, é o clube que tem de correr mais, suar mais, gritar mais e querer mais para ultrapassa tudo aquilo, legítimo e ilegítimo, que os seus adversários colocam no seu caminho.
Que adianta dizer - e até repetir - isto tudo se quem lá está não vivenciou estas situações, não guarda raiva de toda esta podridão, não tem um sentimento de injustiça a correr nas veias.
Aquele jogo em Braga pode – assim o espero! – ter tido o efeito de tornar, para aqueles que estão hoje no Clube, palpáveis e reais todas aquelas dificuldades acrescidas e artificiais com que o FCPorto se vê confrontado jornada após jornada.
Os jogadores e treinadores sentiram na pele, na primeira pessoa, directamente, sem intermediários, o que custa ser Porto.
As palavras deram lugar aos actos.
Todos sabemos agora por que razões deveremos lutar e contra quem deveremos travar essa batalhas.
Antecipo uma segunda volta de faca na boca.
Como eles merecem.
Pedro Ferreira de Sousa
Os elogios já foram todos escritos e repetidos. Garra, vontade, crer, superação, espírito de sacrífico.
Importa, agora, perspectivar o efeito que o jogo em causa poderá surtir na equipa.
Até àquele jogo, é verdade que se percebiam as (boas) ideias do treinador e se constatavam jogadores em boa forma (Danilo e Jackson principalmente), mas ficava sempre a sensação que, tendo em conta o seu potencial, a equipa podia dar mais um bocadinho, podia ir um pouco mais além.
Já o escrevi anteriormente: os jogadores são efectivamente bons, dos melhores conjuntos que já tivemos, o treinador tem uma filosofia interessante, mas a equipa ainda não jogava à Porto.
As adaptações são sempre difíceis e o tempo que demoram varia em função de um largo conjunto de factores. Nós, os adeptos, pedimos aos jogadores mais antigos no Clube (que esta época são poucos, diga-se) e à estrutura para que passem rapidamente aos novos, aos recém-chegados, os valores do FCPorto, o significado do ser Porto.
E é natural que esse processo demore.
De que adianta dizer a um Oliver, a um Adrian Lopez ou a um Brahimi que o FCPorto é o clube mais invejado e odiado de Portugal.
É o clube que passa à semi-final de uma competição europeia e os pasquins desportivos fazem primeira página com a lesão – leve e sem significado – de um avançado de um clube de Lisboa. É o clube que vê sistematicamente denegridos os seus corpos sociais, designadamente o seu Presidente, quando um outro clube da capital é o único cujo presidente foi condenado nos tribunais por, entre outros, furtos e falsificação de documentos e se encontra evadido do país. É o clube que é prejudicado com túneis que ninguém viu quando um outro clube da capital saí incólume de uma cena em que o seu treinador bate na polícia à frente de tudo e todos. É o clube que não tem perdões da banca quando outros evitam a bancarrota por força de contactos pouco claros (talvez se venha a perceber mais sobre estes negócios na comissão parlamentar de inquérito ao caso BES...). É o clube que, objectivamente, devia ter mais, pelo menos, 8 pontos no campeonato, não fossem os grosseiros erros de arbitragem.
E que, por tudo isso, é o clube que tem de correr mais, suar mais, gritar mais e querer mais para ultrapassa tudo aquilo, legítimo e ilegítimo, que os seus adversários colocam no seu caminho.
Que adianta dizer - e até repetir - isto tudo se quem lá está não vivenciou estas situações, não guarda raiva de toda esta podridão, não tem um sentimento de injustiça a correr nas veias.
Aquele jogo em Braga pode – assim o espero! – ter tido o efeito de tornar, para aqueles que estão hoje no Clube, palpáveis e reais todas aquelas dificuldades acrescidas e artificiais com que o FCPorto se vê confrontado jornada após jornada.
Os jogadores e treinadores sentiram na pele, na primeira pessoa, directamente, sem intermediários, o que custa ser Porto.
As palavras deram lugar aos actos.
Todos sabemos agora por que razões deveremos lutar e contra quem deveremos travar essa batalhas.
Antecipo uma segunda volta de faca na boca.
Como eles merecem.
Pedro Ferreira de Sousa
Um Hino à justiça.
ResponderEliminarParabéns.
Nuno Simões