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Como sempre acontece, o negócio Hernâni suscitou opiniões apaixonadas: desde o "excelente reforço" até ao "estará no Chipre em duas épocas", ouviu-se de tudo um pouco.
Comecemos pelo óbvio: para se saber se o melão é bom, é preciso abri-lo. Os negócios são bons ou maus conforme o resultado. Se o jogador pegar de estaca, os 4 milhões foram poucos. Se o jogador for envolvido em sucessivos empréstimos para clubes Turcos ou Belgas, o negócio foi ruinoso.
Num segundo plano de análise, parece-me que Hernâni se diferencia - pela positiva - das recentes contratações ofensivas do FC Porto a clubes portugueses. Em comparação com Djalma´s, Sami´s e mesmo Lica´s (volta rápido Lord), Hernâni parece ser mais jogador, apresentando, no imediato, várias valências técnicas (drible, rapidez, capacidade mental), mas demonstrado um enorme potencial de crescimento para um futuro a curto-médio prazo.
Moldado por um notável Rui Vitória, o jogador cabo-verdiano já não é um menino (tem 23 anos) e deu sinais no Vitória de poder ser uma alternativa real – leia-se imediata – às soluções que o FC Porto tem para as faixas do seu ataque.
Mas a aposta faz sentido? Diria que sim. Adrian estará parado algumas semanas e, para dizer o menos, não tem sido feliz na Invicta. Tello está emprestado por dois anos e haverá que contar com o risco sério de, no final da época, ser repescado pelo Barcelona (em função das contingências legais com as quais o clube se encontra confrontado). Quaresma tem 31 anos.
Num terceiro plano de análise, o negócio envolveu a cedência temporária de três jogadores ao Vitória. Também aqui me parece uma jogada interessante e inteligente. Ivo Rodrigues é, sem dúvida, um jogador a acompanhar e a acarinhar e Octávio promete. Dar minutos de jogo numa competição mais exigente parece-me uma óptima forma de perceber se estes jovens têm condições de dar o salto para a equipa A do FC Porto ou se, como muitos outros, a promessa não passa de isso mesmo, isto é, miúdos com muito valor mas que, por questões físicas, tácticas ou mentais, não se impõem no futebol sénior, servindo, antes, para alimentar equipas mais modestas e com outras ambições classificativas.
Por último, para o Vitória é um bom negócio. O clube faz um belíssimo encaixe financeiro (cerca de 4 milhões de euros) e, não obstante perder uma peça ofensiva nuclear, reforça o ataque com três jogadores muitíssimo interessantes para a qualidade média da equipa.
O que desejo é que Hernâni tenha, pelo menos, hipótese de se mostrar e de provar o que vale.
Estou certo que saberá responder às expectativas e à responsabilidade que é carregar o nosso símbolo ao peito.
As melhores das sortes!
Pedro Ferreira de Sousa
Comecemos pelo óbvio: para se saber se o melão é bom, é preciso abri-lo. Os negócios são bons ou maus conforme o resultado. Se o jogador pegar de estaca, os 4 milhões foram poucos. Se o jogador for envolvido em sucessivos empréstimos para clubes Turcos ou Belgas, o negócio foi ruinoso.
Num segundo plano de análise, parece-me que Hernâni se diferencia - pela positiva - das recentes contratações ofensivas do FC Porto a clubes portugueses. Em comparação com Djalma´s, Sami´s e mesmo Lica´s (volta rápido Lord), Hernâni parece ser mais jogador, apresentando, no imediato, várias valências técnicas (drible, rapidez, capacidade mental), mas demonstrado um enorme potencial de crescimento para um futuro a curto-médio prazo.
Moldado por um notável Rui Vitória, o jogador cabo-verdiano já não é um menino (tem 23 anos) e deu sinais no Vitória de poder ser uma alternativa real – leia-se imediata – às soluções que o FC Porto tem para as faixas do seu ataque.
Mas a aposta faz sentido? Diria que sim. Adrian estará parado algumas semanas e, para dizer o menos, não tem sido feliz na Invicta. Tello está emprestado por dois anos e haverá que contar com o risco sério de, no final da época, ser repescado pelo Barcelona (em função das contingências legais com as quais o clube se encontra confrontado). Quaresma tem 31 anos.
Num terceiro plano de análise, o negócio envolveu a cedência temporária de três jogadores ao Vitória. Também aqui me parece uma jogada interessante e inteligente. Ivo Rodrigues é, sem dúvida, um jogador a acompanhar e a acarinhar e Octávio promete. Dar minutos de jogo numa competição mais exigente parece-me uma óptima forma de perceber se estes jovens têm condições de dar o salto para a equipa A do FC Porto ou se, como muitos outros, a promessa não passa de isso mesmo, isto é, miúdos com muito valor mas que, por questões físicas, tácticas ou mentais, não se impõem no futebol sénior, servindo, antes, para alimentar equipas mais modestas e com outras ambições classificativas.
Por último, para o Vitória é um bom negócio. O clube faz um belíssimo encaixe financeiro (cerca de 4 milhões de euros) e, não obstante perder uma peça ofensiva nuclear, reforça o ataque com três jogadores muitíssimo interessantes para a qualidade média da equipa.
O que desejo é que Hernâni tenha, pelo menos, hipótese de se mostrar e de provar o que vale.
Estou certo que saberá responder às expectativas e à responsabilidade que é carregar o nosso símbolo ao peito.
As melhores das sortes!
Pedro Ferreira de Sousa
porque chamam 'lord' ao Licá?
ResponderEliminarquais 4 milhões?
ResponderEliminaro FCPorto ja disse que nem 3 foram.
cumprimentos
Nuno Correia
Análise rigorosa e bem delineada. Duvido dos 4M de Hernâni, mas veremos no R&C.
ResponderEliminarAbraço,