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“A forma como te levantas e continuas a lutar é o que determina a tua personalidade. Continuamos juntos nos bons e nos maus momentos, mas sempre juntos. Resta-nos continuar, ir à luta e treinar para sermos melhores. Hoje e sempre, somos FC Porto”. Podemos ter perdido o campeonato nacional de futebol este fim-de-semana, mas a julgar por estas bonitas palavras do capitão do FC Porto, Jackson Martinez, vencemos o campeonato das redes sociais. São de facto umas palavras muito bonitas, frases como “juntos nos bons e maus momentos” ou “somos FC Porto”. Há umas semanas atrás, tinha sido Brahimi a utilizar também as redes sociais para dizer que a equipa iria lutar até ao fim do campeonato, esperando uma escorregadela do slb.
Não há qualquer dúvida de que se todo este palavreado tivesse mínima correspondência em campo, aquilo que sucedeu no restelo jamais teria acontecido. Não consigo perceber, por mais que me esforce, como é possível a equipa ter tido aquela atitude passiva e amorfa durante grande parte do jogo. Num jogo em que tínhamos de dar tudo e esperar um primeiro milagre em Guimarães, não fizemos a nossa parte, e o que aconteceu então? Pois, eles escorregaram e nós entregamos de bandeja o título. Este final de campeonato já estava a ser penoso, mas sermos nós a entregar de bandeja através de enorme incompetência própria um bicampeonato pelo qual eles ambicionavam há mais de 30 anos, torna tudo isto para além de penoso, terrivelmente frustrante.
Infelizmente, nada daquilo que Jackson disse se projetou minimamente em campo, num jogo que pelo menos daria para acabarmos o campeonato de forma mais digna e mais perto da liderança. A sensação que fiquei ao ver o jogo do restelo, é que naqueles 90 minutos, grande parte dos jogadores se borrifaram para a importância do mesmo. Chocou-me a falta de atitude, de esforço e de capacidade de luta. Não é admissível que perante um clube com orçamento de 2 ou 3M€, mais uma vez a equipa não tenha tido capacidade de dilatar um magro 0-1, arrumando a questão e esperando um bom resultado de Guimarães, algo que veio mesmo a acontecer. Já tinha acontecido na Choupana, numa jornada em que podíamos ter encostado à liderança e a equipa após estar em vantagem não conseguiu aguentar a mesma. Na análise da época que farei num post mais à frente, defenderei a minha tese que já construí à algum tempo. O FC Porto não perdeu de maneira nenhuma este campeonato, nem com o slb no Dragão, nem no galinheiro, nem em alvalade. Perdeu frente a equipas do meio da tabela em alturas e jogos onde era proibido perder pontos para não deixar fugir o líder. Mas, esta analise, farei mais à frente.
Nem Jackson, nem Brahimi, nem qualquer um dos atuais jogadores que compõem o plantel do FC Porto, sabe minimamente o que é SER PORTO, como o colombiano referiu na sua bonita declaração. É muito triste dizê-lo mas, provavelmente, o ultimo jogador à Porto que tivemos foi mesmo João Moutinho, curiosamente um jogador que em 3 anos foi 3 vezes campeão.
Subscrevo a 100% o que se tem dito neste e noutros blogs acerca da falta de mística que assola o atual plantel do FC Porto. O que se passou nos últimos 2 anos, urge uma reflexão muito séria de quem de direito. Não tenho nenhuma solução magica para partilhar em relação à forma como devem ser solucionados os problemas do clube, até porque não estou habilitado para isto. Mas há uma coisa que é transversal a tudo na vida: se estás num buraco, o pior que podes fazer é escavar ainda mais! E a verdade é que o FC Porto encontra-se num momento delicado. O histerismo, a depressão extrema e os pedidos diários de cabeças, sejam as dos dirigentes, sejam a do treinador, não nos vão levar a lado algum. Haja calma, seriedade nas análises e um período de reflexão, que também pode ser considerado período de nojo, em relação a tudo o que se passou. Eu já iniciei o meu.
Só não concordo num aspeto.
ResponderEliminarO nosso eterno capitão Helton,sabe e sabe bem o que é ser Porto.
Somos e seremos porto,sempre presentes e nós adeptos tomaremos as atitudes necessárias para alterarmos o que for preciso para recuperarmos o nosso ADN.
Saudações portistas,Pedro
Não o deveria dizer, mas penso que no actual momento isso se impõe.
ResponderEliminarAs palavras do Jackson, tal como as do brahimi são encomendadas para tapar os olhos.
Quem está de saída há 2 anos não escreve assim, é certo que reconheço profissionalismo a Jackson mas o que escreveu soa a falso pelo que sempre disse antes.
E concordo com o Autor do Post, por incrível que pareça Moutinho foi mesmo o ultimo jogador á Porto do Porto, Helton é também um jogador á Porto mas pela esfecificidade da posição que ocupa e temperamento mais soft que tem não tem a mesma oportunidade de fazer ver as coisas a quem chega de novo e sobretudo a está e pensa que cumpre com o seu dever....
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ResponderEliminarHelton é um bom profissional que sempre fez o seu trabalho da melhor forma possível, contribuindo para muitos sucessos nacionais e internacionais (venceu a Liga Europa, estando portanto na bonita história do nosso clube) que tivemos nos últimos anos.
ResponderEliminarMas em minha opinião não é aquilo a que podemos chamar um jogador à Porto. Um jogador à Porto não tem necessariamente de ser um jogador de qualidade que conquista muitos títulos e fica muitos anos no clube, condições que Helton cumpre. Tem de ser mais que isso. Dou só alguns nomes: João Pinto, Jorge Costa, Paulinho Santos, André e poderia enumerar mais uns quantos… Comparar Helton a qualquer destes nomes, percebemos logo que Helton não é um jogador à Porto, apesar de ser um bom profissional e ter ganho muitos títulos.
Da mesma forma que não podemos ter 11 Andrés ou 11 Paulinho Santos em campo, também não podemos ter 11 jogadores talentosos em campo mas que não sintam minimamente o clube. E este ano tivemos sempre muito mais perto de ter 11 jogadores talentosos em campo do que ter 11 jogadores à Porto. A solução é juntar mística, qualidade e talento, tal como já tivemos em tantos plantéis, alguns deles não há muitos anos.
Por exemplo, André ou Paulinho Santos cometeram com certeza alguns erros na sua carreira que provavelmente custaram pontos ao FC Porto mas uma coisa nunca vi eles fazerem: depois de um derrota que custasse um título, estarem aos beijos e abraços com os adversários, muito menos adversários vestidos de vermelho. Pois, isto também é SER PORTO, sentir a derrota como se um murro fosse. Enquanto não retomarmos esse caminho, e não será tão difícil assim, voltaremos a ter dificuldades, voltaremos a perder pontos e falhar nos momentos chave.