http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
O mundo parou.
O salvador, o mestre da tática, o bicampeão virou traidor, ignorante e perdedor de finais.
Jesus travestido de Judas.
Uma espécie de milagre ao contrário.
Choro, lamento, clamor.
Um senhor que intervém num programa da televisão pública portuguesa chegou mesmo a afirmar que já tinha feito «o luto de Jesus».
Órfãos, viúvos, perdidos e abandonados.
Tudo bem pequenino, tudo bem parolo, à medida dos intervenientes.
Posto isto, importa tecer algumas considerações relativas ao impacto deste “fenómeno” no universo FCPORTO.
A primeira consideração prende-se com o facto de, ao contrário do que sucedeu o ano passado, os holofotes desta pré-época não se encontrarem apontados ao FCPorto. Como se recordam, no ano passado, o FCPorto estava na berlinda. Depois de uma época dececionante com Paulo Fonseca ao comando da máquina, anunciava-se a contratação de um técnico espanhol, acompanhado de um armada igualmente castelhana. Um forte investimento, jogadores novos e de qualidade, a pré-eliminatória da champions, tudo era noticia e tudo foi notícia.
Os detratores diminuíam a escolha com a torre no olival e com a inexperiência do técnico, colocando pressão na equipa através da constante menção aos milhões investidos no plantel.
O FCPorto entrou em brasa.
Este ano é tudo diferente. As capas de jornais, os comentadores, as televisões – não há elemento do mundo futebolístico que preste atenção - mais do que uma mera nota de rodapé - ao FCPorto. E isso não é necessariamente mau. A tranquilidade é, em regra, geradora de bons resultados.
A segunda consideração encontra-se umbilicalmente relacionada com a primeira. A pressão, as luzes, o olhar mediático recai sobre os clubes da segunda circular. Vão ser escrutinados até à exaustão, cada erro, cada falhanço, cada decisão mal tomada vai ser discutida e notada e dedos vão ser apontados.
Tudo isto agravado pelo facto de se encontrar agendada uma supertaça que, antes de qualquer outro derby, colocará em confronto os ditos clubes. Agravado ainda mais pela circunstância de o clube de verde e branco ter compromissos europeus numa fase muitíssimo inicial da época.
É inevitável que alguém comece logo a perder e esse alguém vai iniciar a época muito fragilizado.
Se for Rui Vitória o perdedor, todos recuperarão o pedido de contratação de Marco Silva.
Se for Jesus o perdedor, todos perguntarão a Bruno de Carvalho se os milhões terão sido bem gastos e exigirão explicações.
E nenhum destes cenários é propriamente prejudicial para o FCPorto.
E imaginem por um instante o final da época 2015/2016. Assumindo que o FCPorto será campeão, alguém terá necessariamente de ficar em terceiro. Rui Vitória sobrevive ao terceiro lugar? Nunca. Jorge Jesus aguenta ficar atrás dos encarnados e Bruno Carvalho segura a contestação com o último lugar do pódio depois dos milhões investidos? Nem pensar.
Tem tudo para correr muito mal.
A terceira consideração é que nada disto é garantia de sucesso para o FCPorto. A pressão mediática será menor. A equipa não entrará sobre brasas. Mas a concentração tem de estar lá. A vontade e o trabalho têm de ser máximos. A exigência não pode ceder nem um milímetro.
Partimos para a pré-época em (ligeira) vantagem.
Fica “apenas” a faltar o engenho e a arte para a materializar.
Pedro Ferreira de Sousa
O salvador, o mestre da tática, o bicampeão virou traidor, ignorante e perdedor de finais.
Jesus travestido de Judas.
Uma espécie de milagre ao contrário.
Choro, lamento, clamor.
Um senhor que intervém num programa da televisão pública portuguesa chegou mesmo a afirmar que já tinha feito «o luto de Jesus».
Órfãos, viúvos, perdidos e abandonados.
Tudo bem pequenino, tudo bem parolo, à medida dos intervenientes.
Posto isto, importa tecer algumas considerações relativas ao impacto deste “fenómeno” no universo FCPORTO.
A primeira consideração prende-se com o facto de, ao contrário do que sucedeu o ano passado, os holofotes desta pré-época não se encontrarem apontados ao FCPorto. Como se recordam, no ano passado, o FCPorto estava na berlinda. Depois de uma época dececionante com Paulo Fonseca ao comando da máquina, anunciava-se a contratação de um técnico espanhol, acompanhado de um armada igualmente castelhana. Um forte investimento, jogadores novos e de qualidade, a pré-eliminatória da champions, tudo era noticia e tudo foi notícia.
Os detratores diminuíam a escolha com a torre no olival e com a inexperiência do técnico, colocando pressão na equipa através da constante menção aos milhões investidos no plantel.
O FCPorto entrou em brasa.
Este ano é tudo diferente. As capas de jornais, os comentadores, as televisões – não há elemento do mundo futebolístico que preste atenção - mais do que uma mera nota de rodapé - ao FCPorto. E isso não é necessariamente mau. A tranquilidade é, em regra, geradora de bons resultados.
A segunda consideração encontra-se umbilicalmente relacionada com a primeira. A pressão, as luzes, o olhar mediático recai sobre os clubes da segunda circular. Vão ser escrutinados até à exaustão, cada erro, cada falhanço, cada decisão mal tomada vai ser discutida e notada e dedos vão ser apontados.
Tudo isto agravado pelo facto de se encontrar agendada uma supertaça que, antes de qualquer outro derby, colocará em confronto os ditos clubes. Agravado ainda mais pela circunstância de o clube de verde e branco ter compromissos europeus numa fase muitíssimo inicial da época.
É inevitável que alguém comece logo a perder e esse alguém vai iniciar a época muito fragilizado.
Se for Rui Vitória o perdedor, todos recuperarão o pedido de contratação de Marco Silva.
Se for Jesus o perdedor, todos perguntarão a Bruno de Carvalho se os milhões terão sido bem gastos e exigirão explicações.
E nenhum destes cenários é propriamente prejudicial para o FCPorto.
E imaginem por um instante o final da época 2015/2016. Assumindo que o FCPorto será campeão, alguém terá necessariamente de ficar em terceiro. Rui Vitória sobrevive ao terceiro lugar? Nunca. Jorge Jesus aguenta ficar atrás dos encarnados e Bruno Carvalho segura a contestação com o último lugar do pódio depois dos milhões investidos? Nem pensar.
Tem tudo para correr muito mal.
A terceira consideração é que nada disto é garantia de sucesso para o FCPorto. A pressão mediática será menor. A equipa não entrará sobre brasas. Mas a concentração tem de estar lá. A vontade e o trabalho têm de ser máximos. A exigência não pode ceder nem um milímetro.
Partimos para a pré-época em (ligeira) vantagem.
Fica “apenas” a faltar o engenho e a arte para a materializar.
Pedro Ferreira de Sousa
Excelente abordagem. É mesmo isso!
ResponderEliminarToda a comunicação social se esqueceu de nós, como se de um Braga ou Guimarães fossemos.
Pelas hostes da 2ª circular e respectivo séquito dos media, a única dúvida parece qual dos 2 clubes será o primeiro e o segundo. Quem leia a imprensa, e não perceba muito de futebol, vai pensar que, só por si, quem tiver JJ é campeão. Pobres coitados de memória curta. Esquecem que durante tão "vitorioso" reinado de JJ nas codornizes, o FCP foi "SÓ" tricampeão nacional.
O FCP consolidou um bom modelo de jogo na época que passou. Estou em crer que Lopetegui também evoluiu. A inexperiência e desconhecimento da realidade portuguesa, estarão ultrapassadas na época que se avizinha.
E mesmo com um muito ligeiro decréscimo de qualidade, com as saídas de Jackson e Danilo, temos plantel e soluções mais do que suficientes para uma época tranquila na liderança da tabela. Basta sermos competentes e erradicarmos de uma vez por todas, aquela atitude indigna, do laissez-faire, laissez-passer que vimos com Nacional ou Belenenses.
Hugo Mota
Se estamos habituados a que os media nos ignorem ou mal tratem, já não podemos entender que o nosso proprio Porto Canal não aproveite isto para agregar os portistas. Em geral e um canal triste, repetitivo e enfadonho no que toca ao FCPorto!
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