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Após um mau resultado na Madeira, eis os primeiros 2 pontos perdidos logo à 2ª jornada dessa maratona chamada campeonato. Um jogo assim-assim e uma segunda parte sem chama quando se exigia outra agressividade ofensiva, levaram a um sentimento de frustração e de um certo déjà-vu, depois de uma época onde se fraquejou por inércia em alguns jogos e onde fomos incapazes de virar resultados após sofrermos primeiro.
Não são boas notícias, principalmente porque seria importante somar 3 pontos nos Barreiros, mas não é o fim do mundo, mais ainda porque os 2 rivais também escorregaram, em jogos de menor grau de dificuldade.
Apesar da frustração e do sinal amarelo, principalmente atendendo a que foram evidenciados pecados antigos, há que perceber que, por força de diferentes factores, temos uma equipa nova e que as grandes equipas não se fazem com um estalar de dedos. Custa-me particularmente estes carrosséis de jogadores, esta falta de identificação continua entre jogadores e clube (com todos os riscos que isto implica), mas uma vez que a nossa realidade é esta só nos resta tentar ter a racionalidade de perceber que é muito prematuro desenterrar o machado de guerra à 2ª jornada.
Entretanto, e por curiosidade, fui pesquisar nas últimas 2 décadas quais as jornadas onde tivemos os primeiros tropeções e qual o nosso histórico nos Barreiros, um palco que desde cedo me habituei a temer, um dos estranhos casos onde o FC Porto não parece o FC Porto e o adversário parece (quase) sempre muito melhor do que na realidade é:
2014/15 – 4ª Jornada – V. Guimarães (F): 1-1 / Marítimo (F): 0-1
2013/14 – 5ª Jornada – Estoril (F): 2-2 / Marítimo (F): 0-1
2012/13 – 1ª Jornada – Gil Vicente (F): 0-0 / Marítimo (F): 1-1
2011/12 – 5ª Jornada – Feirense (F): 0-0 / Marítimo (F): 2-0
2010/11 – 7ª Jornada – V. Guimarães (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-0
2009/10 – 1ª Jornada – Paços de Ferreira (F): 1-1 / Marítimo (F): 0-1
2008/09 – 2ª Jornada – Benfica (F): 1-1 / Marítimo (F): 3-0
2007/08 – 9ª Jornada – Belenenses (C): 1-1 / Marítimo (F): 3-0
2006/07 – 5ª Jornada – Braga (F): 1-2 / Marítimo (F): 2-1
2005/06 – 4ªJornada – Braga (F): 0-0 / Marítimo (F): 2-2
2004/05 – 1º Jogo (relativo à 2ª jornada) – Braga (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-1
2003/04 – 2ª Jornada – Est. Amadora (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-2
2002/03 – 1ª Jornada – Belenenses (C): 2-2 / Marítimo (F): 1-2
2001/02 – 1ª Jornada – Sporting (F): 0-1 / Marítimo (F): 3-1
2000/01 – 2ª Jornada – Belenenses (F): 0-2 / Marítimo (F): 1-0
1999/00 – 1ª Jornada – Boavista (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-2
1998/99 – 2ª Jornada – Beira-Mar (F): 1-2 / Marítimo (F): 1-0
1997/98 – 6ª Jornada – V. Setúbal (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-3
1996/97 – 1ª Jornada – V. Setúbal (C): 2-2 / Marítimo (F): 2-0
1995/96 – 5ª Jornada – Felgueiras (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-1
1994/95 – 6ª Jornada – Benfica (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-2
Olhando para estes dados não é portanto nada de estranho que se perca pontos cedo nem que o façamos nos Barreiros. Sem pretender retirar exigência a uma equipa que tem de dar muito mais do que deu no último jogo sob pena de voltar a não vencer nada este ano, reparo que algumas equipas fortíssimas, vencedoras em Portugal e até no estrangeiro, foram incapazes de começarem de forma assertiva o campeonato ou de vergarem o Marítimo nos Barreiros, dai que seja necessária alguma perspectiva.
Teremos pois de aguardar pelos próximos jogos, na certeza de que brevemente teremos o plantel finalmente fechado e que se avizinha um importantíssimo clássico dentro de poucas semanas. A evolução tem então de acontecer o mais rapidamente possível, de modo a podermos mostrar que a operação reconquista é séria e tem pernas para andar.
Claro que todos preferíamos que o filme fosse sempre o de 2010/11. Infelizmente essa é a excepção a uma regra a que raramente fugimos: para ganhar é preciso lutar, lutar muito, sofrer ainda mais e cerrar fileiras lutando ainda mais quando as coisas não saem bem!
Seja no campo, no banco, nos gabinetes ou na bancada, não vai ser um ano onde vamos ganhar rapidamente e começar a passear a 10 ou 15 jornadas do fim, muito menos para atirar já a toalha à 2ª jornada. Ao fim de 2 anos de seca, não há margem para pieguices, muito menos para espíritos derrotistas!
E está na hora de levar isto muito a sério no lugar onde realmente interessa: NO CAMPO. Só aí é que se vê a verdadeira força de um clube e da sua massa associativa. Mais do que dizer que #somosporto, que estamos #semprepreparados, que somos um clube #semigual ou que seja em teoria “tudonossonadadeles, lá dentro é que temos um caminho a percorrer para voltarmos a ser aquilo que é o nosso desígnio nº1 e a obsessão eterna do FC Porto: SER CAMPEÃO.
Boa semana.
Não são boas notícias, principalmente porque seria importante somar 3 pontos nos Barreiros, mas não é o fim do mundo, mais ainda porque os 2 rivais também escorregaram, em jogos de menor grau de dificuldade.
Apesar da frustração e do sinal amarelo, principalmente atendendo a que foram evidenciados pecados antigos, há que perceber que, por força de diferentes factores, temos uma equipa nova e que as grandes equipas não se fazem com um estalar de dedos. Custa-me particularmente estes carrosséis de jogadores, esta falta de identificação continua entre jogadores e clube (com todos os riscos que isto implica), mas uma vez que a nossa realidade é esta só nos resta tentar ter a racionalidade de perceber que é muito prematuro desenterrar o machado de guerra à 2ª jornada.
Entretanto, e por curiosidade, fui pesquisar nas últimas 2 décadas quais as jornadas onde tivemos os primeiros tropeções e qual o nosso histórico nos Barreiros, um palco que desde cedo me habituei a temer, um dos estranhos casos onde o FC Porto não parece o FC Porto e o adversário parece (quase) sempre muito melhor do que na realidade é:
2014/15 – 4ª Jornada – V. Guimarães (F): 1-1 / Marítimo (F): 0-1
2013/14 – 5ª Jornada – Estoril (F): 2-2 / Marítimo (F): 0-1
2012/13 – 1ª Jornada – Gil Vicente (F): 0-0 / Marítimo (F): 1-1
2011/12 – 5ª Jornada – Feirense (F): 0-0 / Marítimo (F): 2-0
2010/11 – 7ª Jornada – V. Guimarães (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-0
2009/10 – 1ª Jornada – Paços de Ferreira (F): 1-1 / Marítimo (F): 0-1
2008/09 – 2ª Jornada – Benfica (F): 1-1 / Marítimo (F): 3-0
2007/08 – 9ª Jornada – Belenenses (C): 1-1 / Marítimo (F): 3-0
2006/07 – 5ª Jornada – Braga (F): 1-2 / Marítimo (F): 2-1
2005/06 – 4ªJornada – Braga (F): 0-0 / Marítimo (F): 2-2
2004/05 – 1º Jogo (relativo à 2ª jornada) – Braga (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-1
2003/04 – 2ª Jornada – Est. Amadora (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-2
2002/03 – 1ª Jornada – Belenenses (C): 2-2 / Marítimo (F): 1-2
2001/02 – 1ª Jornada – Sporting (F): 0-1 / Marítimo (F): 3-1
2000/01 – 2ª Jornada – Belenenses (F): 0-2 / Marítimo (F): 1-0
1999/00 – 1ª Jornada – Boavista (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-2
1998/99 – 2ª Jornada – Beira-Mar (F): 1-2 / Marítimo (F): 1-0
1997/98 – 6ª Jornada – V. Setúbal (F): 1-1 / Marítimo (F): 2-3
1996/97 – 1ª Jornada – V. Setúbal (C): 2-2 / Marítimo (F): 2-0
1995/96 – 5ª Jornada – Felgueiras (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-1
1994/95 – 6ª Jornada – Benfica (F): 1-1 / Marítimo (F): 1-2
Olhando para estes dados não é portanto nada de estranho que se perca pontos cedo nem que o façamos nos Barreiros. Sem pretender retirar exigência a uma equipa que tem de dar muito mais do que deu no último jogo sob pena de voltar a não vencer nada este ano, reparo que algumas equipas fortíssimas, vencedoras em Portugal e até no estrangeiro, foram incapazes de começarem de forma assertiva o campeonato ou de vergarem o Marítimo nos Barreiros, dai que seja necessária alguma perspectiva.
Teremos pois de aguardar pelos próximos jogos, na certeza de que brevemente teremos o plantel finalmente fechado e que se avizinha um importantíssimo clássico dentro de poucas semanas. A evolução tem então de acontecer o mais rapidamente possível, de modo a podermos mostrar que a operação reconquista é séria e tem pernas para andar.
Claro que todos preferíamos que o filme fosse sempre o de 2010/11. Infelizmente essa é a excepção a uma regra a que raramente fugimos: para ganhar é preciso lutar, lutar muito, sofrer ainda mais e cerrar fileiras lutando ainda mais quando as coisas não saem bem!
Seja no campo, no banco, nos gabinetes ou na bancada, não vai ser um ano onde vamos ganhar rapidamente e começar a passear a 10 ou 15 jornadas do fim, muito menos para atirar já a toalha à 2ª jornada. Ao fim de 2 anos de seca, não há margem para pieguices, muito menos para espíritos derrotistas!
E está na hora de levar isto muito a sério no lugar onde realmente interessa: NO CAMPO. Só aí é que se vê a verdadeira força de um clube e da sua massa associativa. Mais do que dizer que #somosporto, que estamos #semprepreparados, que somos um clube #semigual ou que seja em teoria “tudonossonadadeles, lá dentro é que temos um caminho a percorrer para voltarmos a ser aquilo que é o nosso desígnio nº1 e a obsessão eterna do FC Porto: SER CAMPEÃO.
Boa semana.
Grande comentário!
ResponderEliminarÉ mesmo deste tipo de espírito que é preciso. Ultimamente este blog está bom para se arranjar uma internamento no Hospital Magalhães Lemos, tal o clima depressivo e fatalista que por aqui paira!
Não, o FCP ainda não está bem. Há males a corrigir. Mas por Amor de Deus, também não aconteceu nenhuma catástrofe!!! O que seria então de nós se fossemos lagartos ou passarinhos? Uns ficaram com a champions a arder. Os outros têm mostrado uma equipa tão esburacada como uma rede de pesca (e com a mesma equipa...).
Da nossa parte temos que melhorar no capítulo ofensivo. Não há cosmética possível para este facto. Mas caramba! Temos uma equipa que, goste-se ou não do estilo, tem fio de jogo. E exceptuando a palermice do Cissoko, sabe defender.
Se repararem, a equipa atual tem 4, sim QUATRO, jogadores do 11 base do ano passado. Maicon, Marcano, Herrera e Brahimi. E destes, se tivermos em conta que 3 deles (Maicon, Marcano, Herrera) eram os elos mais fracos da equipa passada, muito está dito. Há que ter paciência e muito sinceramente, deixar estas paranoias depressivas. o 11 vai inevitavelmente crescer e ganhar rotinas.
Há um punhado de anos, ganhar um campeonato era quase banal. O que esperavamos era tris, tetras ou pentas. Ganhar uma supertaça tinha basicamente o mesmo valor que ganhar a um moreirense ou académica. Num par de anos, só vejo adeptos derrotistas. Isto está miserável.
Neste momento de Agosto, não tenho grande fé em ganhar a Champions. Mas carago, cá dentro é para ganhar tudo!!!
Cumprimentos,
Hugo