13 agosto, 2015

OS MESMOS DE SEMPRE.

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

A época está aí!
Daqui a poucos dias recomeça o que nos deixa de “cabelos em pé”, de nervos em franja, mas também de lágrima no canto do olho. O contexto este ano é diferente pois já não vencemos o campeonato há 2 anos, coisa que não é comum e à qual não nos queremos habituar. Conforme o nosso Presidente já disse, União entre todos exige-se, sejam eles dirigentes, treinadores, jogadores e até adeptos.

E é precisamente sobre essa União que quero dissecar, ou pelo menos a proximidade (ou falta dela!) dos adeptos. É que, como quase sempre faço, antes de pensar naquilo que o FC Porto pode fazer, eu prefiro pensar naquilo que eu (nós!) podemos fazer pelo FC Porto.

Ora, após este introito, vamos então chegar ao ponto fulcral desta prosa: o apoio dos adeptos!
Tenho lido da parte de diversos portistas, várias manifestações de desagrado e suspeição pelo facto de Arouca e Tondela deslocarem os seus jogos com os rivais da capital para Aveiro, tentando assim obter uma maior receita, mas naturalmente também havendo um certo desvirtuar da tão afamada verdade desportiva.
Se é verdade que discordo desta atitude dos ditos “clubes pequenos”, a verdade é que a mesma é permitida pelos regulamentos e deviam ser os mesmos a impedi-la, exceptuando em casos de obras nos seus estádios.
Simultaneamente, se os pequenos clubes vêm nestes jogos a possibilidade de facturarem um pouco mais, quem os pode criticar? Triste é que isso não aconteça também com o FC Porto!
E porque não acontece? Por culpa dos adeptos, ponto!

Com o Tondela ainda não temos experiência, mas falemos de Arouca, e nas duas deslocações que fizemos desde que o clube subiu à primeira divisão.
No primeiro ano, num final de tarde agradável, o estádio estaria a 70%.
No ano passado, num princípio de noite “de calção”, não sei se o estádio estava sequer a 50% da lotação.
Pergunto: porque haverá o Arouca de pensar em mudar o local do jogo contra nós, se não tem massa humana que o justifique? Ou seja, somos nós adeptos que permitimos que os nossos rivais joguem em campo neutro quando os nossos jogos são em casa do adversário.

Quem vai ver os nossos jogos fora? Os mesmos de sempre! E atenção: dentro destes não estão só elementos das claques, pois há muito boa gente sem ligação a qualquer claque, que corre o país inteiro a apoiar o nosso clube.
E não, não me estejam sempre a falar da questão financeira, pois dentro dos “mesmos de sempre” há gente com muitíssimas dificuldades financeiras. Não, é uma questão de mentalidade, é uma questão de atitude, é uma questão de prioridade... tudo questões onde cada um é que sabe da sua vida, mas depois não se queixem do tratamento diferenciado.
A mim continua-me a fazer uma tremenda confusão que um clube que tem mais de 20 mil lugares anuais vendidos, que quando tem menos de 25 mil pessoas a assistir aos seus jogos no Dragão é uma verdadeira catástrofe, que tem títulos recentemente conquistados e ambição (julgo eu!) nos seus adeptos de os poder recuperar, que depois leve dois ou três mil adeptos a Arouca, Coimbra, Moreira de Cónegos ou a Penafiel. Mas alto, porque depois se for para ir ao estádio sem luz, aí já adiciona-mos alguns milhares, a procura por bilhetes é louca, e afinal somos todos muito portistas. Porra, então e todos os 3 pontos que são anteriormente disputados, não são também eles importantes? Tivemos ainda o exemplo do ano passado do jogo em carnide que de nada valeu!

Podemos (e se calhar, devemos!) questionar o que faz o nosso clube para que isto não aconteça e para que o apoio fora de casa seja maior e mais intenso, com todas as consequências associadas a isso.
Iniciativas como o “dragões à boleia” valem o que valem quando temos situações como a ocorrida no ano passado no jogo do Bessa, onde teve que ser o líder dos Super Dragões a substituir-se ao FC Porto na negociação (e pagamento!) junto do clube visitado. Às vezes parece que o nosso também pouco está preocupado com isso.
Deixo aqui o desafio, pois sei que este blog é lido a diferentes níveis, para que os responsáveis pela estrutura do clube para esta área tenham mais atitudes inovadoras e distintas do que acontece em Portugal para esta área (ex: criação do bilhete época para fora, ao estilo de um “follow my team” com preços vantajosos para quem aderir).

Numa época onde União poderá ser a palavra chave, é importante que nós adeptos não falhemos na nossa missão. O nosso nível de exigência tem que estar ao mesmo nível do nosso apoio e proximidade. Exigir e criticar sem apoiar... não percebo!
E deixemos de olhar para os estádios onde jogam alguns rivais e não achemos que é “a festa do parolo”! Pois sim, que seja, mas que nós não sejamos os “chicos espertos” da tv enquanto os outros enchem os estádios.
Que este ano tenhamos a capacidade de encher os estádios por esse país fora onde o FC Porto jogar... e comecemos pela deslocação a Arouca... se calhar se isso acontecer, no ano seguinte já jogamos em Aveiro!

Um abraço, até sábado no sítio do costume!

3 comentários:

  1. Prontos para mais uma época, dos estádios aos pavilhões, de Norte a Sul, das ilhas à Europa!

    Porto Sempre!

    Um abraço

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  2. O meu grande e incondicional apoio a todos como vós que estão com o PORTO sempre

    BiBó PooRtO, carago

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  3. Bom texto. Boa análise, critica descomplexada, e algo raro neste pais, sugestões e alternativas apresentadas. Concretas. Pertinentes. Válidas. O clube devia tomar nota.

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