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FC PORTO-GIL VICENTE, 2-0
Taça Portugal, meia-final, 2ª mão
qua, 2 Março 2016 • 21:00
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 4.863 espetadores
Árbitro: Sérgio Piscarreta (Algarve).
Assistentes: Rui Cidade e Pais António.
4.º Árbitro: André Moreira.
FC PORTO: Helton (c), Victor García, Chidozie, Layún, José Ángel, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Evandro, Varela, Aboubakar, Marega.
Suplentes: José Sá, Indi (70' Layún), Herrera, André Silva, André André, Bueno (57' Varela), Suk (42' Evandro).
Treinador: José Peseiro.
GIL VICENTE: Ivan, Pedro Lemos, Pecks (c), Renan, Kiki, Nani, Yeo, Vágner, Platiny, Yartey, Jonathan Toro.
Suplentes: Júlio, Sandro (46' Pecks), Alphonse, João Pedro (46' Jonathan Toro), Ricardinho, Fatai, Paulinho (76' Nani).
Treinador: Nandinho.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Chidozie (11'), Marega (80').
Disciplina: cartão amarelo a Yeo (85'), Chidozie (90').
Cinco longos anos depois, o FC Porto volta ao Jamor para jogar uma final da Taça de Portugal. O adversário será o Sp. Braga no dia 22 de Maio, o finalista vencido da última edição da prova. As coisas já estavam bem encaminhadas para o Dragão mas ontem era necessário cumprir calendário e fazer novo jogo com o Gil Vicente na prova.
O jogo não tem grande história. Houve um FC Porto dominante e um Gil Vicente a fazer pela vida. O FC Porto apresentou-se com muitas poupanças bem como os gilistas pois a eliminatória estava praticamente decidida desde a primeira mão com um resultado gordo e há compromissos bem mais importantes do que o jogo desta noite.
A propósito, sou contra este formato da Taça de Portugal com meias-finais a duas mãos. Há um contra-senso terrível. Decidiram que os clubes maiores jogassem fora nas eliminatórias para aumentar a competitividade e depois vão fazer meias finais a duas mãos para beneficiar as equipas mais poderosas.
Além disso estar a fazer uma 2ª mão com tantos jogos pela frente e com a época no momento das grandes decisões é estar a desperdiçar tempo e dinheiro.
O jogo decidiu-se praticamente com um golo de Chidozie aos 20 minutos. Se 3-0 já era suficiente, com 4-0 era dado o xeque-mate. O FC Porto não fez um jogo por aí além mas teve oportunidades para marcar mais um ou dois pares de golos. Perante a pior assistência de sempre no seu estádio (4863 espectadores), numa noite fria e deserta, os Dragões jogaram a passo de caracol e os jogadores menos utilizados do plantel pouco fizeram para justificar a titularidade.
Sérgio Oliveira foi dos poucos que ainda deu um ar da sua graça com boas desmarcações a rasgar a defesa gilista mas o médio tem que ter mais intensidade e garra para poder jogar num clube como o FC Porto. Habilidade e pés não chegam. É preciso muito mais.
Durante a partida houve boas oportunidades nomeadamente por Aboubakar, Marega e Evandro (saiu tocado) mas a história do jogo foi muito curta num jogo quase desinteressante de seguir.
Aos 80 minutos, com as bancadas despidas, os poucos presentes acordaram com uma boa jogada pelo lado esquerdo. Bueno, regressado dois meses depois, desmarcou Aboubakar e este já na área cruzou rasteiro para Marega aumentar para 2-0.
Com o segundo golo, o FC Porto parecia querer acordar e Aboubakar num cruzamento de José Angel rematou à barra. O camaronês anda realmente numa fase má com um desacerto gritante com a baliza. Na primeira parte, já tinha rematado ao poste após centro da direita de Marega.
O FC Porto vai iniciar Domingo um ciclo decisivo da época. Com 9 jogos para a Liga NOS, os Dragões vão jogar tudo no campeonato e, mesmo que seja muito complicado, tudo vão fazer para reconquistar o título que já lhes foge há 3 anos. À distância de 3 pontos do benfica e 4 do sporting, o FC Porto tem que se concentrar nos 9 jogos, podendo tirar partido já este fim-de-semana para se aproximar da liderança, resultante do embate entre os dois rivais.
No entanto, o FC Porto tem que vencer em Braga o 4º classificado da prova. Jogo bastante difícil, mas uma prova de fogo que vai decidir e definir se os portistas estão preparados para lutar pelo ceptro.
DECLARAÇÕES
José Peseiro: “O resultado peca por escasso”
José Peseiro considera que o FC Porto ficou a “dever muitos golos” ao resultado, na vitória por 2-0 frente ao Gil Vicente, que carimbou o apuramento para a final da Taça de Portugal. O treinador viu a equipa fazer “um jogo sério”, apesar da vantagem confortável que trazia da primeira mão e do facto de terem alinhado alguns futebolistas com menos rodagem na equipa principal.
“Missão cumprida. Foi um jogo sério de uma equipa que tinha uma vantagem de 3-0 mas não relaxou, bem pelo contrário. Pegou no jogo, dominou, controlou e criou várias oportunidades. Houve falta de eficácia, mas o mais importante foi termos construído as oportunidades com paciência, organização e controlo. As oportunidades que hoje foram desperdiçadas vão ser concretizadas noutro momento. Com a continuidade do treino e a perseverança, vamos fazer mais golos noutros jogos”, resumiu, na sala de imprensa do Estádio do Dragão.
Peseiro sublinhou que os jogadores cumpriram com o que foi pedido e fizeram um “jogo de qualidade”, que carimbou o objetivo Jamor. “O que fica é que estamos na final da Taça com todo o mérito”, destacou o técnico, que recusou pensar em objetivos a longo prazo e falar da situação na Liga NOS. “Amanhã vamos treinar e preparar-nos para Braga. Essas perguntas, na minha opinião, não fazem sentido. O objetivo é apenas ganhar ao Braga, amanhã vamos treinar e fazer descansar alguns jogadores”, respondeu, referindo-se já ao desafio no Minho, este domingo, às 20h30.
Por último, Peseiro deixou uma mensagem de união para os adeptos, pedindo “tolerância” para os jogadores que chegaram há menos tempo à equipa, como Marega, que se estreou a marcar pelos azuis e brancos esta quarta-feira. “Todos os jogadores sabem da responsabilidade e exigência deste clube e dos nossos adeptos. Os adeptos também sabem que temos jogadores novos, que chegaram há muito pouco tempo e não sabiam o que era jogar com esta camisola e a sua pressão e exigência. Quero elogiar a forma como se integraram. Os nossos adeptos têm de perceber que não podem deixar de ser exigentes mas devem ser tolerantes”, observou.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
Taça Portugal, meia-final, 2ª mão
qua, 2 Março 2016 • 21:00
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 4.863 espetadores
Árbitro: Sérgio Piscarreta (Algarve).
Assistentes: Rui Cidade e Pais António.
4.º Árbitro: André Moreira.
FC PORTO: Helton (c), Victor García, Chidozie, Layún, José Ángel, Rúben Neves, Sérgio Oliveira, Evandro, Varela, Aboubakar, Marega.
Suplentes: José Sá, Indi (70' Layún), Herrera, André Silva, André André, Bueno (57' Varela), Suk (42' Evandro).
Treinador: José Peseiro.
GIL VICENTE: Ivan, Pedro Lemos, Pecks (c), Renan, Kiki, Nani, Yeo, Vágner, Platiny, Yartey, Jonathan Toro.
Suplentes: Júlio, Sandro (46' Pecks), Alphonse, João Pedro (46' Jonathan Toro), Ricardinho, Fatai, Paulinho (76' Nani).
Treinador: Nandinho.
Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Chidozie (11'), Marega (80').
Disciplina: cartão amarelo a Yeo (85'), Chidozie (90').
Cinco longos anos depois, o FC Porto volta ao Jamor para jogar uma final da Taça de Portugal. O adversário será o Sp. Braga no dia 22 de Maio, o finalista vencido da última edição da prova. As coisas já estavam bem encaminhadas para o Dragão mas ontem era necessário cumprir calendário e fazer novo jogo com o Gil Vicente na prova.
O jogo não tem grande história. Houve um FC Porto dominante e um Gil Vicente a fazer pela vida. O FC Porto apresentou-se com muitas poupanças bem como os gilistas pois a eliminatória estava praticamente decidida desde a primeira mão com um resultado gordo e há compromissos bem mais importantes do que o jogo desta noite.
A propósito, sou contra este formato da Taça de Portugal com meias-finais a duas mãos. Há um contra-senso terrível. Decidiram que os clubes maiores jogassem fora nas eliminatórias para aumentar a competitividade e depois vão fazer meias finais a duas mãos para beneficiar as equipas mais poderosas.
Além disso estar a fazer uma 2ª mão com tantos jogos pela frente e com a época no momento das grandes decisões é estar a desperdiçar tempo e dinheiro.
O jogo decidiu-se praticamente com um golo de Chidozie aos 20 minutos. Se 3-0 já era suficiente, com 4-0 era dado o xeque-mate. O FC Porto não fez um jogo por aí além mas teve oportunidades para marcar mais um ou dois pares de golos. Perante a pior assistência de sempre no seu estádio (4863 espectadores), numa noite fria e deserta, os Dragões jogaram a passo de caracol e os jogadores menos utilizados do plantel pouco fizeram para justificar a titularidade.
Sérgio Oliveira foi dos poucos que ainda deu um ar da sua graça com boas desmarcações a rasgar a defesa gilista mas o médio tem que ter mais intensidade e garra para poder jogar num clube como o FC Porto. Habilidade e pés não chegam. É preciso muito mais.
Durante a partida houve boas oportunidades nomeadamente por Aboubakar, Marega e Evandro (saiu tocado) mas a história do jogo foi muito curta num jogo quase desinteressante de seguir.
Aos 80 minutos, com as bancadas despidas, os poucos presentes acordaram com uma boa jogada pelo lado esquerdo. Bueno, regressado dois meses depois, desmarcou Aboubakar e este já na área cruzou rasteiro para Marega aumentar para 2-0.
Com o segundo golo, o FC Porto parecia querer acordar e Aboubakar num cruzamento de José Angel rematou à barra. O camaronês anda realmente numa fase má com um desacerto gritante com a baliza. Na primeira parte, já tinha rematado ao poste após centro da direita de Marega.
O FC Porto vai iniciar Domingo um ciclo decisivo da época. Com 9 jogos para a Liga NOS, os Dragões vão jogar tudo no campeonato e, mesmo que seja muito complicado, tudo vão fazer para reconquistar o título que já lhes foge há 3 anos. À distância de 3 pontos do benfica e 4 do sporting, o FC Porto tem que se concentrar nos 9 jogos, podendo tirar partido já este fim-de-semana para se aproximar da liderança, resultante do embate entre os dois rivais.
No entanto, o FC Porto tem que vencer em Braga o 4º classificado da prova. Jogo bastante difícil, mas uma prova de fogo que vai decidir e definir se os portistas estão preparados para lutar pelo ceptro.
DECLARAÇÕES
José Peseiro: “O resultado peca por escasso”
José Peseiro considera que o FC Porto ficou a “dever muitos golos” ao resultado, na vitória por 2-0 frente ao Gil Vicente, que carimbou o apuramento para a final da Taça de Portugal. O treinador viu a equipa fazer “um jogo sério”, apesar da vantagem confortável que trazia da primeira mão e do facto de terem alinhado alguns futebolistas com menos rodagem na equipa principal.
“Missão cumprida. Foi um jogo sério de uma equipa que tinha uma vantagem de 3-0 mas não relaxou, bem pelo contrário. Pegou no jogo, dominou, controlou e criou várias oportunidades. Houve falta de eficácia, mas o mais importante foi termos construído as oportunidades com paciência, organização e controlo. As oportunidades que hoje foram desperdiçadas vão ser concretizadas noutro momento. Com a continuidade do treino e a perseverança, vamos fazer mais golos noutros jogos”, resumiu, na sala de imprensa do Estádio do Dragão.
Peseiro sublinhou que os jogadores cumpriram com o que foi pedido e fizeram um “jogo de qualidade”, que carimbou o objetivo Jamor. “O que fica é que estamos na final da Taça com todo o mérito”, destacou o técnico, que recusou pensar em objetivos a longo prazo e falar da situação na Liga NOS. “Amanhã vamos treinar e preparar-nos para Braga. Essas perguntas, na minha opinião, não fazem sentido. O objetivo é apenas ganhar ao Braga, amanhã vamos treinar e fazer descansar alguns jogadores”, respondeu, referindo-se já ao desafio no Minho, este domingo, às 20h30.
Por último, Peseiro deixou uma mensagem de união para os adeptos, pedindo “tolerância” para os jogadores que chegaram há menos tempo à equipa, como Marega, que se estreou a marcar pelos azuis e brancos esta quarta-feira. “Todos os jogadores sabem da responsabilidade e exigência deste clube e dos nossos adeptos. Os adeptos também sabem que temos jogadores novos, que chegaram há muito pouco tempo e não sabiam o que era jogar com esta camisola e a sua pressão e exigência. Quero elogiar a forma como se integraram. Os nossos adeptos têm de perceber que não podem deixar de ser exigentes mas devem ser tolerantes”, observou.
ARBITRAGEM
RESUMO DO JOGO
4Lusos, no caso específico desta eliminatória, entre um grande e uma equipa da 2ª divisão, pode não fazer muito sentido as 2 mãos, pois beneficia claramente a equipa grande.
ResponderEliminarContudo, dada a grande probabilidade das equipas mais fortes chegarem a esta fase da competição (Porto, slb, Sporting, Braga), parece-me justo decidir qual delas acede à final, através de um sistema de jogos a 2 mãos, onde nenhuma das partes é teoricamente favorecida com o factor casa.
Lembro que em 2010/11, nesta fase da competição, o FCP conseguiu um dos mais vistosos resultados deste século, ao virar na Luz, a derrota de 2-0 trazida do Dragão para 3-1.
Com menos boas memórias, ficamos pelo caminho na Luz em 2013/2014, quando o slb conseguiu recuperar do 1-0 para 3-1.
Não me parece que seja mais um jogo que faça mossa na época, até porque como se tem visto, estas ocasiões costumam ser boas para dar oportunidades a outros jogadores menos utilizados.
Discordo.
ResponderEliminarAs estatísticas dizem claramente que às meias-finais na grande maioria das vezes não estão as 4 melhores equipas.
O que o Hugo refere não é a regra, é a excepção.
Para rodar jogadores já chega a taça da liga.
a 2 mãos é completamente descabido.
Discordo em absoluto.
Além disso, a taça de Portugal foi feita também para dar oportunidades às equipas menos fortes.
E casos de equipas inferiores e até de escalões inferiores chegam muitas vezes a uma fase adiantada da prova ou mesmo em alguns casos à final.
Uma equipa com menos recursos que chegue a uma meia-final está quase condenada a ser eliminada.
Compreendo a ideia romântica da Taça de Portugal, onde teoricamente qualquer equipa de futebol a pode vencer.
ResponderEliminarContudo, quando caímos no mundo real e pragmático, onde é sabido que o vencedor da Taça tem acesso às provas da UEFA, queremos mesmo que uma equipa da 2ª divisão esteja a representar Portugal?
Especialmente quando temos visto que equipas médias e com alguns pergaminhos na primeira divisão, como Guimarães ou Nacional, apenas têm feito figura de corpo presente.
Os pontos na UEFA contam. Estar lá só para fazer número prejudica todos, inclusive os acessos à Champions que são do nosso interesse.
No caso concreto deste ano, a nossa parte foi muito simples e decidida no primeiro jogo. Mas na outra eliminatória entre Braga e Rio Ave, foi futebol a sério.
Mas supondo que em vez do sorteio que foi, calhava um Porto - Braga e um Gil Vicente - Rio Ave a uma mão. As probabilidades de ver o Gil na final aumentavam exponencialmente. Caso FCP e Gil passassem, teríamos o Gil na UEFA, pois o FCP, directa ou através de eliminatória, estaria sempre na Champions. Era isso o melhor para Portugal?