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Por equilibrista, entenda-se aquele que consegue equilibrar-se numa situação difícil, aquele que anda sobre um arame ou corda suspensos a grande altura, que tem como característica ser inconstante, que anda ou dança em corda bamba.
Desde o início de 2016, aconteceu praticamente tudo e mais alguma coisa no universo FC Porto, pouco faltou acontecer nestes 2 meses de um ano que até agora para os Portistas se pode considerar autenticamente alucinante. Tem-se visto praticamente de tudo, algumas coisas inacreditáveis, impensáveis, outras menos graves mas igualmente empoladas pelos nossos "amigos do costume" e no meio de toda esta trapalhada a verdade é que, aos solavancos, com problemas atrás de problemas, praticamente com a “corda pendurada no pescoço” num equilibrismo sem qualquer tipo de segurança nem responsabilidade, o FC Porto ainda não se estatelou por completo, algo que até já seria previsível nesta altura do campeonato tendo em conta tudo o que se tem visto.
O exercício mais apropriado em que consigo encontrar um paralelismo perfeito com os últimos meses do meu clube é mesmo o equilibrismo, puro e duro, sem pôr nem tirar. Metaforicamente falando, tudo o que tem acontecido no FC Porto é um enorme exercício de equilibrismo, sem segurança, em que o artista vai andando devagar numa corda bamba e pouco consistente, com a agravante de se ter de desviar de obstáculos que lhe atiram, do vento ou até da chuva. É difícil resumir tudo isto num só post mas tentando ligar as várias peças deste "puzzle" a novela tem sido mais ou menos esta:
Dia 6 de janeiro é despedido um treinador que apenas alguns dias antes tinha sido defendido pelo Presidente, que até criticou os adeptos que assobiavam o futebol desse mesmo treinador. 15 dias sem treinador com o barco em sistema de "navegação à vista" e o corolário lógico de um período de total desorientação de tudo e todos: derrota comprometedora em guimarães (depois de outro folclore chamado Sérgio Conceição...), consequente descida ao 3º lugar e alargamento da desvantagem para a liderança em 5 pontos, com a agravante do 2º também ter ficado a 3 pontos, ou seja, 8 pontos de uma liderança cada vez mais distante.
Entretanto, chega o novo treinador no meio de toda a bagunçada existente. Claro que se renova a esperança num futuro próximo melhor do que o filme de terror que tem sido os últimos 2 anos e meio. Mas o cenário envolve uma série de obstáculos ao novo treinador similares ao tal equilibrista de que vos tinha falado à pouco, ou seja, atiram-lhe objetos, há chuva, vento, trovoada e relâmpagos, mas o homem tem de equilibrar-se na corda bamba.
No início da época, o plantel dispunha de 8 defesas, ou seja, dois lugares para cada posição, o normal em qualquer equipa do mundo, seja em que escalão e nível for. Não discutindo a qualidade ou falta dela nos 8 jogadores que iniciaram a época como defesas do FC Porto, a verdade é que Maxi, Layun, Cissokho, Angel, Maicon, Lichnovsky, Indi e Marcado garantiam alguma estabilidade nesse sector, sendo que a equipa B deveria ser sempre uma alternativa e nunca uma solução principal para os problemas da equipa A, algo que geralmente corre mal. Quando são os putos a ter de resolver aquilo que os graúdos não conseguem fazer, o resultado normalmente é mau. A regra deverá ser integrar os jovens da equipa B quando a equipa A se encontre estável a todos os níveis para que desse modo esses jovens possam mostrar a sua qualidade com a máxima tranquilidade possível.
Em pleno mês de fevereiro, numa altura em que a equipa disputa campeonato e liga Europa, eis senão quando o cenário é este: Lichnovsky, teoricamente o 4º central, é cedido em janeiro ao Gijón, Cissokho é recambiado para o Aston Villa, Maicon abandona a equipa, os adeptos e o clube, envergando a braçadeira de capitão depois de oferecer um golo ao arouca em pleno Dragão e para ajudar à festa, Marcano e Indi têm problemas físicos. Conclusão, é necessário ir buscar um ex-junior à equipa B com ZERO quilómetros de campeonato (a estrear na luz!!) e, muito pior que isso, é necessário jogar com Angél, um dos piores jogadores que já vi no meu FC Porto. A defesa fica reduzida praticamente a 4 elementos, Maxi, Layun, Marcano, Indi e um 5º elemento que é "aquele gajo que joga quando TODOS os outros estão lesionados ou castigados". Ora aí está, os tais obstáculos de que vos falava e que o equilibrista Peseiro tem enfrentado ao longo desse tempo.
Para ajudar à festa, no único jogo do campeonato em que o equilibrista Peseiro perdeu pontos, com o resultado em 1-1 numa altura crucial, um sr. vestido de preto (ou vermelho, já não me lembro...) lembra-se de anular um golo limpinho, limpinho, limpinho a Brahimi que muito provavelmente nos daria a vitória, num jogo que acabou em derrota e abandono do capitão de equipa do terreno de jogo.
Querem saber o insólito/improvável disto tudo?!?! O equilibrista Peseiro conseguiu vencer limpinho na luz frente à que era e é considerada melhor equipa do mundo para a imprensa desportiva, o equilibrista Peseiro consegue virar um resultado negativo na Amoreira, terreno historicamente dificílimo para o FC Porto, o equilibrista Peseiro consegue virar um resultado de 0-2 para 3-2 em apenas 45 minutos, algo que não acontecia há muitas décadas no FC Porto, e o equilibrista Peseiro consegue vencer pela 3ª vez consecutiva num curto período de tempo na cidade de Lisboa, perante a azia de muito e bom lisboeta.
É impossível não imaginar que não fosse a visão "apuradíssima" de um qualquer fiscal-de-linha que viu coisa onde ela não existiu, o equilibrista Peseiro dependeria apenas de si prório para se manter na corda bamba até ao fim da época. Assim, ainda vai ter de fazer contas e ser obviamente muito competente.
Nesta altura, confesso-vos, já esperava que o equilibrista tivesse caído e com ele levado praticamente tudo, SAD e jogadores incluídos. É pois uma dádiva que ainda estejamos a lutar pelo título de campeão nacional, inclusivamente com uma distancia ligeiramente mais curta em relação ao 1º lugar (4 pontos) e tudo em aberto face ao 2º classificado.
Meus caros amigos Portistas, acreditem, que as coisas podiam estar neste momento ainda mais complicadas do que efetivamente estão. Razões geográficas (1.500 km de distância) impedem-me de ir a Braga, mas uma coisa vos garanto: o que mais queria neste momento era ter a possibilidade de ir a Braga apoiar a equipa os 90 minutos APESAR de tudo o que tem acontecido. Que nos resta mais do que apoiar, apoiar e apoiar?!?!? Agora o momento é de estarmos TODOS juntos, adeptos, jogadores, Presidente, dirigentes e todos os restantes funcionários do clube, remando TODOS para o mesmo lado, em prol de um único objetivo. Depois, no final da época, faça-se um balanço sério de tudo o que aconteceu, mesmo das coisas mais surreais. Vamos PORTO!!!!!!!!!!! FORÇA PORTO!!!
Desde o início de 2016, aconteceu praticamente tudo e mais alguma coisa no universo FC Porto, pouco faltou acontecer nestes 2 meses de um ano que até agora para os Portistas se pode considerar autenticamente alucinante. Tem-se visto praticamente de tudo, algumas coisas inacreditáveis, impensáveis, outras menos graves mas igualmente empoladas pelos nossos "amigos do costume" e no meio de toda esta trapalhada a verdade é que, aos solavancos, com problemas atrás de problemas, praticamente com a “corda pendurada no pescoço” num equilibrismo sem qualquer tipo de segurança nem responsabilidade, o FC Porto ainda não se estatelou por completo, algo que até já seria previsível nesta altura do campeonato tendo em conta tudo o que se tem visto.
O exercício mais apropriado em que consigo encontrar um paralelismo perfeito com os últimos meses do meu clube é mesmo o equilibrismo, puro e duro, sem pôr nem tirar. Metaforicamente falando, tudo o que tem acontecido no FC Porto é um enorme exercício de equilibrismo, sem segurança, em que o artista vai andando devagar numa corda bamba e pouco consistente, com a agravante de se ter de desviar de obstáculos que lhe atiram, do vento ou até da chuva. É difícil resumir tudo isto num só post mas tentando ligar as várias peças deste "puzzle" a novela tem sido mais ou menos esta:
Dia 6 de janeiro é despedido um treinador que apenas alguns dias antes tinha sido defendido pelo Presidente, que até criticou os adeptos que assobiavam o futebol desse mesmo treinador. 15 dias sem treinador com o barco em sistema de "navegação à vista" e o corolário lógico de um período de total desorientação de tudo e todos: derrota comprometedora em guimarães (depois de outro folclore chamado Sérgio Conceição...), consequente descida ao 3º lugar e alargamento da desvantagem para a liderança em 5 pontos, com a agravante do 2º também ter ficado a 3 pontos, ou seja, 8 pontos de uma liderança cada vez mais distante.
Entretanto, chega o novo treinador no meio de toda a bagunçada existente. Claro que se renova a esperança num futuro próximo melhor do que o filme de terror que tem sido os últimos 2 anos e meio. Mas o cenário envolve uma série de obstáculos ao novo treinador similares ao tal equilibrista de que vos tinha falado à pouco, ou seja, atiram-lhe objetos, há chuva, vento, trovoada e relâmpagos, mas o homem tem de equilibrar-se na corda bamba.
No início da época, o plantel dispunha de 8 defesas, ou seja, dois lugares para cada posição, o normal em qualquer equipa do mundo, seja em que escalão e nível for. Não discutindo a qualidade ou falta dela nos 8 jogadores que iniciaram a época como defesas do FC Porto, a verdade é que Maxi, Layun, Cissokho, Angel, Maicon, Lichnovsky, Indi e Marcado garantiam alguma estabilidade nesse sector, sendo que a equipa B deveria ser sempre uma alternativa e nunca uma solução principal para os problemas da equipa A, algo que geralmente corre mal. Quando são os putos a ter de resolver aquilo que os graúdos não conseguem fazer, o resultado normalmente é mau. A regra deverá ser integrar os jovens da equipa B quando a equipa A se encontre estável a todos os níveis para que desse modo esses jovens possam mostrar a sua qualidade com a máxima tranquilidade possível.
Em pleno mês de fevereiro, numa altura em que a equipa disputa campeonato e liga Europa, eis senão quando o cenário é este: Lichnovsky, teoricamente o 4º central, é cedido em janeiro ao Gijón, Cissokho é recambiado para o Aston Villa, Maicon abandona a equipa, os adeptos e o clube, envergando a braçadeira de capitão depois de oferecer um golo ao arouca em pleno Dragão e para ajudar à festa, Marcano e Indi têm problemas físicos. Conclusão, é necessário ir buscar um ex-junior à equipa B com ZERO quilómetros de campeonato (a estrear na luz!!) e, muito pior que isso, é necessário jogar com Angél, um dos piores jogadores que já vi no meu FC Porto. A defesa fica reduzida praticamente a 4 elementos, Maxi, Layun, Marcano, Indi e um 5º elemento que é "aquele gajo que joga quando TODOS os outros estão lesionados ou castigados". Ora aí está, os tais obstáculos de que vos falava e que o equilibrista Peseiro tem enfrentado ao longo desse tempo.
Para ajudar à festa, no único jogo do campeonato em que o equilibrista Peseiro perdeu pontos, com o resultado em 1-1 numa altura crucial, um sr. vestido de preto (ou vermelho, já não me lembro...) lembra-se de anular um golo limpinho, limpinho, limpinho a Brahimi que muito provavelmente nos daria a vitória, num jogo que acabou em derrota e abandono do capitão de equipa do terreno de jogo.
Querem saber o insólito/improvável disto tudo?!?! O equilibrista Peseiro conseguiu vencer limpinho na luz frente à que era e é considerada melhor equipa do mundo para a imprensa desportiva, o equilibrista Peseiro consegue virar um resultado negativo na Amoreira, terreno historicamente dificílimo para o FC Porto, o equilibrista Peseiro consegue virar um resultado de 0-2 para 3-2 em apenas 45 minutos, algo que não acontecia há muitas décadas no FC Porto, e o equilibrista Peseiro consegue vencer pela 3ª vez consecutiva num curto período de tempo na cidade de Lisboa, perante a azia de muito e bom lisboeta.
É impossível não imaginar que não fosse a visão "apuradíssima" de um qualquer fiscal-de-linha que viu coisa onde ela não existiu, o equilibrista Peseiro dependeria apenas de si prório para se manter na corda bamba até ao fim da época. Assim, ainda vai ter de fazer contas e ser obviamente muito competente.
Nesta altura, confesso-vos, já esperava que o equilibrista tivesse caído e com ele levado praticamente tudo, SAD e jogadores incluídos. É pois uma dádiva que ainda estejamos a lutar pelo título de campeão nacional, inclusivamente com uma distancia ligeiramente mais curta em relação ao 1º lugar (4 pontos) e tudo em aberto face ao 2º classificado.
Meus caros amigos Portistas, acreditem, que as coisas podiam estar neste momento ainda mais complicadas do que efetivamente estão. Razões geográficas (1.500 km de distância) impedem-me de ir a Braga, mas uma coisa vos garanto: o que mais queria neste momento era ter a possibilidade de ir a Braga apoiar a equipa os 90 minutos APESAR de tudo o que tem acontecido. Que nos resta mais do que apoiar, apoiar e apoiar?!?!? Agora o momento é de estarmos TODOS juntos, adeptos, jogadores, Presidente, dirigentes e todos os restantes funcionários do clube, remando TODOS para o mesmo lado, em prol de um único objetivo. Depois, no final da época, faça-se um balanço sério de tudo o que aconteceu, mesmo das coisas mais surreais. Vamos PORTO!!!!!!!!!!! FORÇA PORTO!!!
Peseiro devia ter vindo mais cedo! Pelo menos 2 meses antes. Para mudar é sempre preciso ter coragem... porque nem sempre as mudanças surtem efeito. Mas, caramba, não estava bom de ver que o basco não conseguiria nada??!!! Custou... mas foi-se! Ainda bem!
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