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No próximo sábado, completam-se dois meses desde a chegada de José Peseiro ao comando técnico do FC Porto. Não vale a pena repetir exaustivamente aquilo que todos nós já sabemos, o contexto difícil que o coruchense encontrou, a equipa esfrangalhada por vários fatores, o divórcio evidente com a massa associativa (e também com a massa assobiativa!) e o ambiente de completa desorientação (a vários níveis) em que os jogadores se encontravam.
Apesar desta introdução, há uma pergunta que se impõe neste momento: seria possível exigir a Peseiro um desempenho muito melhor até este momento?
Desde logo, há um dado estatístico esclarecedor em relação aos 13 jogos até agora realizados na era Peseiro: 0 empates, 5 derrotas e 8 vitórias. O FC Porto é efetivamente uma equipa instável em todo o seu processo, neste momento não há meio-termo, ou se ganha ou se perde. Sendo certo que 3 dessas derrotas não enfermam de especial gravidade no cômputo geral da época Portista, uma delas a contar para a taça da Liga, onde o FC Porto abdicou literalmente da competição e meia dúzia de dias depois da chegada do treinador ribatejano, e as outras 2 perante uma equipa que ainda luta pelo título de campeão alemão frente a uma das 2 melhores equipas do mundo (Bayern Munique), e que com certeza é um dos grandes candidatos a vencer a Liga Europa, por outras palavras, pensar que o atual FC Porto (para além de todas as lesões que ocorreram) seria capaz de eliminar o Dortmund, nunca seria um ato racional, mas sim um ato de fé.
Complicadas sim, e do meu ponto de vista perfeitamente evitáveis, foram as 2 derrotas para o campeonato, que nos custaram 6 pontos, curiosamente (ou não!) a desvantagem que temos neste momento para a liderança. 18 pontos em 24 possíveis é o pecúlio de Peseiro, é possível dizer-se que com os 3 pontos conquistados no Dragão frente ao arouca, ainda estaríamos a lutar pelo título de campeão e não só apenas pelo acesso direto à Champions League. Provavelmente, aquela derrota frente ao clube de Lito Vidigal, o “abandono” de Maicon após uma fífia monumental e o enorme erro de arbitragem em prejuízo do FC Porto, constituirão o jogo decisivo da época.
A verdade é que o atual processo defensivo do FC Porto enferma de enormes problemas. Nos jogos a contar para o campeonato, apenas no jogo frente ao Marítimo o FC Porto não sofreu qualquer golo, a equipa sofre golos com muita facilidade há muitos jogos consecutivos, o que não é seguramente um bom sinal para o futuro próximo case não se corrijam rapidamente os problemas. Sendo certo que a paragem cerebral de Maicon não estaria nas previsões de ninguém, o que nos deixou com 2 centrais apenas (porque o 4º central entretanto foi despachado para Espanha) no plantel, obrigando assim a recorrer à equipa b, sendo certo que Ángel é medíocre (mais 2 golos pelo lado esquerdo...) e que a onda de lesões e castigos tem sido avassaladora, também não deixa de ser verdade que tem de ser possível o FC Porto defender melhor que isto. Não é possível que qualquer “equipazita de meia tigela” venha ao Dragão e tenha enorme facilidade em entrar na área do FC Porto, marque golos e ainda tenha várias oportunidades de golo. Este é um aspeto onde claramente Peseiro tem de melhorar rapidamente, estabilizar taticamente o processo de transição defensiva. Agora já não há liga Europa, nem taça da Liga, há mais tempo para trabalhar a equipa neste aspeto, é aliás imprescindível!
Mas nem tudo tem sido mau, longe disso. Dadas as circunstâncias, é também evidente que o FC Porto de Peseiro se tem mantido num equilíbrio quase suicida, mas obviamente também há mérito em alguns aspetos na era pós-Lopetegui. Um dos grandes problemas do ano e meio de Lopetegui, algo que é até comprovado estatisticamente, era a enorme dificuldade em virar resultados desfavoráveis, sempre que o FC Porto se via a perder não demonstrava capacidade em dar a volta ao texto, apenas por uma vez o FC Porto de JL conseguiu virar um resultado negativo. Com Peseiro este aspeto mudou radicalmente. O FC Porto consumou reviravoltas em dois terrenos tradicionalmente difíceis como a luz e amoreira e outra no Dragão frente ao Moreirense, e ainda conseguiu ter a capacidade de "in-extremis" retificar o jogo frente ao União da Madeira. Ofensivamente, é também visível que a equipa tem mais soluções, tem capacidade de criar mais ocasiões de golo mas que depois se desequilibra demasiado.
É pois num cenário complexo onde os problemas são variados que o FC Porto enfrentará os últimos meses de competição. Resta acreditar que os problemas vão ser mitigados e que as virtudes da equipa irão ser potenciadas ao máximo para que no fim a época não seja um autêntico fracasso. Independentemente disso, haverá muito a refletir no final da época.
Apesar desta introdução, há uma pergunta que se impõe neste momento: seria possível exigir a Peseiro um desempenho muito melhor até este momento?
Desde logo, há um dado estatístico esclarecedor em relação aos 13 jogos até agora realizados na era Peseiro: 0 empates, 5 derrotas e 8 vitórias. O FC Porto é efetivamente uma equipa instável em todo o seu processo, neste momento não há meio-termo, ou se ganha ou se perde. Sendo certo que 3 dessas derrotas não enfermam de especial gravidade no cômputo geral da época Portista, uma delas a contar para a taça da Liga, onde o FC Porto abdicou literalmente da competição e meia dúzia de dias depois da chegada do treinador ribatejano, e as outras 2 perante uma equipa que ainda luta pelo título de campeão alemão frente a uma das 2 melhores equipas do mundo (Bayern Munique), e que com certeza é um dos grandes candidatos a vencer a Liga Europa, por outras palavras, pensar que o atual FC Porto (para além de todas as lesões que ocorreram) seria capaz de eliminar o Dortmund, nunca seria um ato racional, mas sim um ato de fé.
Complicadas sim, e do meu ponto de vista perfeitamente evitáveis, foram as 2 derrotas para o campeonato, que nos custaram 6 pontos, curiosamente (ou não!) a desvantagem que temos neste momento para a liderança. 18 pontos em 24 possíveis é o pecúlio de Peseiro, é possível dizer-se que com os 3 pontos conquistados no Dragão frente ao arouca, ainda estaríamos a lutar pelo título de campeão e não só apenas pelo acesso direto à Champions League. Provavelmente, aquela derrota frente ao clube de Lito Vidigal, o “abandono” de Maicon após uma fífia monumental e o enorme erro de arbitragem em prejuízo do FC Porto, constituirão o jogo decisivo da época.
A verdade é que o atual processo defensivo do FC Porto enferma de enormes problemas. Nos jogos a contar para o campeonato, apenas no jogo frente ao Marítimo o FC Porto não sofreu qualquer golo, a equipa sofre golos com muita facilidade há muitos jogos consecutivos, o que não é seguramente um bom sinal para o futuro próximo case não se corrijam rapidamente os problemas. Sendo certo que a paragem cerebral de Maicon não estaria nas previsões de ninguém, o que nos deixou com 2 centrais apenas (porque o 4º central entretanto foi despachado para Espanha) no plantel, obrigando assim a recorrer à equipa b, sendo certo que Ángel é medíocre (mais 2 golos pelo lado esquerdo...) e que a onda de lesões e castigos tem sido avassaladora, também não deixa de ser verdade que tem de ser possível o FC Porto defender melhor que isto. Não é possível que qualquer “equipazita de meia tigela” venha ao Dragão e tenha enorme facilidade em entrar na área do FC Porto, marque golos e ainda tenha várias oportunidades de golo. Este é um aspeto onde claramente Peseiro tem de melhorar rapidamente, estabilizar taticamente o processo de transição defensiva. Agora já não há liga Europa, nem taça da Liga, há mais tempo para trabalhar a equipa neste aspeto, é aliás imprescindível!
Mas nem tudo tem sido mau, longe disso. Dadas as circunstâncias, é também evidente que o FC Porto de Peseiro se tem mantido num equilíbrio quase suicida, mas obviamente também há mérito em alguns aspetos na era pós-Lopetegui. Um dos grandes problemas do ano e meio de Lopetegui, algo que é até comprovado estatisticamente, era a enorme dificuldade em virar resultados desfavoráveis, sempre que o FC Porto se via a perder não demonstrava capacidade em dar a volta ao texto, apenas por uma vez o FC Porto de JL conseguiu virar um resultado negativo. Com Peseiro este aspeto mudou radicalmente. O FC Porto consumou reviravoltas em dois terrenos tradicionalmente difíceis como a luz e amoreira e outra no Dragão frente ao Moreirense, e ainda conseguiu ter a capacidade de "in-extremis" retificar o jogo frente ao União da Madeira. Ofensivamente, é também visível que a equipa tem mais soluções, tem capacidade de criar mais ocasiões de golo mas que depois se desequilibra demasiado.
É pois num cenário complexo onde os problemas são variados que o FC Porto enfrentará os últimos meses de competição. Resta acreditar que os problemas vão ser mitigados e que as virtudes da equipa irão ser potenciadas ao máximo para que no fim a época não seja um autêntico fracasso. Independentemente disso, haverá muito a refletir no final da época.
era impossível fazer melhor, assegurar o 3º lugar no campeonato será muito bom e motivo de parabéns. a estrutura, leia-se SAD, esteve muito bem na preparação desta época, estão desde já de parabéns!
ResponderEliminarestou em assembleia e digo o porto é uma pequena nação
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