http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/
Benfica 1 - FC Porto 0, Final da Taça 1979/80, no Jamor |
A minha primeira memória de um jogo de futebol, ocorreu algures no ocaso da década de 70. Era um Benfica - Porto. Só podia ter sido a final da taça, pois na altura, jogos na TV eram praticamente uma miragem. Sentei-me curioso ao lado do meu pai.
Nesse tempo, ainda não conseguia dominar bem a leitura ou a escrita. Muito menos as regras daquele jogo engraçado, em que os jogadores chutavam a bola de um lado para o outro.
E no entanto, nos meus olhos de criança inocente, aqueles homens com as camisolas às riscas tinham algo mais do que os outros.
Talvez fosse a beleza do padrão.
Talvez fosse a vontade que punham em correr atrás da bola.
Talvez fosse algo genético que trazemos dentro do nosso próprio Ser, programado para despoletar a determinado estímulo.
A verdade é que foi Amor à primeira vista.
Perdemos esse jogo.
Nesse dia tão rico em emoções primárias, para além da descoberta do Amor, também a descoberta do seu oposto. O Ódio.
Como podiam aqueles homens de águia ao peito, trazer a tristeza àqueles bravos guerreiros?
Passados trinta e muitos anos desse dia, da aposta nos derrotados, o orgulho de pertencer a uma casta de vencedores.
Sim, vencedores!
Porque o cinzentismo do presente, não apaga aquilo que fomos, nem aquilo que queremos continuar a ser.
Não podemos nós, sócios, adeptos e simpatizantes deste grande clube, juntarmo-nos às forças centralistas que querem a nossa derrocada. Devemo-nos manifestar atentos e críticos às asneiras que internamente se fazem. Contudo, não é nos julgamentos sumários ou na esquizofrenia colectiva na busca de culpados, que voltaremos a ser o que sempre fomos.
Como se provou com Lopetegui, guilhotinar só por guilhotinar é nefasto às nossas aspirações. Antes de executar, convinha ter-se equacionado se existiam alternativas à altura do nosso clube. Só perdemos com a substituição do treinador espanhol por Peseiro.
As mesmas palavras estendem-se à SAD e a Pinto da Costa. Durante décadas, fui admirador incondicional do Presidente. Nos últimos tempos, os erros e as constantes mentiras, têm minado a minha admiração e confiança. Contudo, antes de revoluções e mais cabeças a rolar no cadafalso, convém mais uma vez equacionar se existem alternativas válidas para pegar no nosso clube. Sair Pinto da Costa por sair, só traria anarquia. Seria o Santo António antecipado.
Antes de querer abater Pinto da Costa, procure-se uma alternativa forte, PORTISTA e válida.
Não em cima do joelho, para hoje ou amanhã, como muitos parecem procurar, mas sólida e ponderada para o futuro. Conseguida, estaremos então em condições de recolocar o FC Porto numa nova era de sucesso.
Até lá, a união, mais do que nunca, é imperativa!
Foi uma honra, e um privilégio, poder partilhar convosco, Portistas, as minhas opiniões de apoio ou de crítica, SEMPRE com uma finalidade: A defesa do que de mais importante nos une. O Futebol Clube do Porto!
Como despedida, e quando se fala tanto em carácter, no espírito à Porto, deixo este excerto de uma entrevista de um ex-treinador, que nem sequer é portista.
--» O MEU ARQUIVO: todos os meus textos AQUI.
Nesse tempo, ainda não conseguia dominar bem a leitura ou a escrita. Muito menos as regras daquele jogo engraçado, em que os jogadores chutavam a bola de um lado para o outro.
E no entanto, nos meus olhos de criança inocente, aqueles homens com as camisolas às riscas tinham algo mais do que os outros.
Talvez fosse a beleza do padrão.
Talvez fosse a vontade que punham em correr atrás da bola.
Talvez fosse algo genético que trazemos dentro do nosso próprio Ser, programado para despoletar a determinado estímulo.
A verdade é que foi Amor à primeira vista.
Perdemos esse jogo.
Nesse dia tão rico em emoções primárias, para além da descoberta do Amor, também a descoberta do seu oposto. O Ódio.
Como podiam aqueles homens de águia ao peito, trazer a tristeza àqueles bravos guerreiros?
Passados trinta e muitos anos desse dia, da aposta nos derrotados, o orgulho de pertencer a uma casta de vencedores.
Sim, vencedores!
Porque o cinzentismo do presente, não apaga aquilo que fomos, nem aquilo que queremos continuar a ser.
Não podemos nós, sócios, adeptos e simpatizantes deste grande clube, juntarmo-nos às forças centralistas que querem a nossa derrocada. Devemo-nos manifestar atentos e críticos às asneiras que internamente se fazem. Contudo, não é nos julgamentos sumários ou na esquizofrenia colectiva na busca de culpados, que voltaremos a ser o que sempre fomos.
Como se provou com Lopetegui, guilhotinar só por guilhotinar é nefasto às nossas aspirações. Antes de executar, convinha ter-se equacionado se existiam alternativas à altura do nosso clube. Só perdemos com a substituição do treinador espanhol por Peseiro.
As mesmas palavras estendem-se à SAD e a Pinto da Costa. Durante décadas, fui admirador incondicional do Presidente. Nos últimos tempos, os erros e as constantes mentiras, têm minado a minha admiração e confiança. Contudo, antes de revoluções e mais cabeças a rolar no cadafalso, convém mais uma vez equacionar se existem alternativas válidas para pegar no nosso clube. Sair Pinto da Costa por sair, só traria anarquia. Seria o Santo António antecipado.
Antes de querer abater Pinto da Costa, procure-se uma alternativa forte, PORTISTA e válida.
Não em cima do joelho, para hoje ou amanhã, como muitos parecem procurar, mas sólida e ponderada para o futuro. Conseguida, estaremos então em condições de recolocar o FC Porto numa nova era de sucesso.
Até lá, a união, mais do que nunca, é imperativa!
Foi uma honra, e um privilégio, poder partilhar convosco, Portistas, as minhas opiniões de apoio ou de crítica, SEMPRE com uma finalidade: A defesa do que de mais importante nos une. O Futebol Clube do Porto!
Como despedida, e quando se fala tanto em carácter, no espírito à Porto, deixo este excerto de uma entrevista de um ex-treinador, que nem sequer é portista.
- "...
Se em Portugal, o melhor for campeão, somos nós!
E, em condições normais, nós somos muito melhores.
E, em condições normais, nós vamos ser campeões.
- Mas acha que a liga não quer que o Porto seja campeão? - pergunta entretanto um jornalista.
Não quero dizer mais nada.
A única coisa que quero dizer, é que... nós somos os melhores,
em condições normais, somos muito melhores,
e em condições normais vamos ser campeões.
e em condições anormais...
TAMBÉM VAMOS SER CAMPEÕES!"
(Entrevista de José Mourinho em Fevereiro de 2003, 3 meses antes de ser Campeão
--» O MEU ARQUIVO: todos os meus textos AQUI.
@ hugo mota.
ResponderEliminarobrigado, muito obrigado, imensamente obrigado.
a amizade, o respeito e gratidão, manter-se-ão com toda a naturalidade... quanto a nós, como é óbvio, vamo-nos continuar a encontrar por aí, nos sítios do costume.
"Quem Não Sabe Porque Ganha, Não Sabe Porque Perde"
aMigo, aQuele aBraço!
Espero que P.C. tenha o bom senso que Rocky Balboa teve no filme Rocky III. É, sou ingénuo.
ResponderEliminarLuís (O do José Peseiro)
Que saudades tenho daquele porto que todos temiam.abracos a todos os portistas
ResponderEliminarMuito de acordo, caro Hugo Mota.
ResponderEliminarSó por esta amostra, tenho pena que deixe de escrever.
Um abraço portista,
LAeB : Do Porto com Amor
É isso aí, Hugo, é isso aí.
ResponderEliminarUma tristeza deixar de ler tão bons textos seus e doutros que deixaram de postar aqui neste blog, a desesperança apanhou-nos a todos
ResponderEliminarVIVA O FUTEBOL CLUBE DO PORTO
Acho que a palavra ódio é forte demais. Claro que ficamos ressentidos, ficamos decepcionados, amolgados por dentro, mas a resposta à derrota deve ser sempre a confiança no futuro. Amanhã haverá sempre a oportunidade de rectificar o desaire de hoje.
ResponderEliminarEsta equipa: Teixeira, Freitas, Lima Pereira(?), Simões, Romeu e Fonseca;
ResponderEliminarRodolfo, Sousa, Quinito, Gomes e Frasco.