05 abril, 2016

Manto Azul e Branco - 1987-1988 a 1989-1990 – Adidas com calções da moda

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

Este equipamento abrange o período de 1987 a 1990. A camisola é idêntica à de 1986-1987. A grande diferença nesta roupagem, que vestiu o FC Porto durante 3 épocas, está nos calções. Assim, estabelecendo as distinções para o equipamento de 86-87 e entre estes:
- Calções azul liso ostentando uma larga risca branca no início do cano. Diga-se que esta risca foi moda em muitos equipamentos por esse mundo fora, com diversas e variadíssimas cores.
- A camisola mostrava a habitual publicidade “Revigrés” mas aquando da disputa da Taça Intercontinental o FC Porto apresentou-se com camisolas sem propaganda.
- A questão dos emblemas é… complicada. Repare-se na primeira foto (aquela em que está Semedo): os emblemas não são todos iguais! Uns estão estampados ou cozidos sobre ovais brancas mais abertas, outros não. Em 1988-1989 vêm-se quase todos com a oval branca e o contrário sucede na época de 1989-1990.

FC Porto na sua primeira Supertaça Europeia.
Em cima, da esquerda para a direita: Melynarzich, Geraldão, Inácio, Jaime Magalhães, Lima Pereira e João Pinto;
em baixo: André, Gomes, Sousa, Rui Barros e Bandeirinha.

Nas Antas, após a disputa da 2.ª mão da final, festejando a conquista da Supertaça da Europa!

A equipa, no Restelo, em jogo com o Belenenses na 20.ª jornada do Campeonato.
Em cima, da esquerda para a direita: Celso, Inácio, Semedo, Jaime Magalhães, Geraldão e Melynarzich;
em baixo: André, Gomes, Rui Barros, Sousa e João Pinto.

No Jamor, na Final da Taça de Portugal 1987-1988.
Rui Barros em disputa com dois jogadores do Vitória de Guimarães que o FC Porto derrotou por 1-0.

Rui Barros, um dos melhores futebolistas portugueses da sua geração e um ídolo do FC Porto.
Começou a jogar nos Aliados de Lordelo, aos 12 anos. Depois de passar pelos juniores, em 1987-88 fez parte do plantel do FC Porto e, lançado por Tomislav Ivic na equipa principal, contribuiu para as vitórias na Taça Intercontinental e na Supertaça Europeia (1987). Nesta competição, marcou o único golo com que o FC Porto derrotou o Ajax, na primeira mão, na Holanda. Este golo consubstanciou as qualidades que fizeram dele um jogador de eleição na Europa: rapidez e técnica. Jogou na Juventus, no Mónaco e no Marselha antes de regressar ao FC Porto, em 1994-95, para ser um dos obreiros do pentacampeonato. Retirou-se no fim da época 1999-2000. Foi internacional por 36 vezes. Rui Barros, futebolista e profissional excecional, uma carreira brilhante!

Tóquio, 13 Dez. 1987: equipa que defrontou o Peñarol, de Montevidéu (Uruguai), para disputa da Taça Intercontinental.
O FC Porto haveria de sair vitorioso (2-1 após prolongamento).
Em cima, da esquerda para a direita: Lima Pereira, Inácio, João Pinto, Jaime Magalhães, Geraldão e Melynarzich;
em baixo: Madjer, Rui Barros, Sousa, Gomes e André.

O “capitão” do FC Porto, Fernando Gomes, celebrando a grande vitória, em Tóquio, sob condições climáticas adversas.

Tomislav Ivic – Novo técnico em 1987-88, conduziria a equipa às vitórias no Campeonato, na Taça, na Supertaça, na Taça Intercontinental e na Supertaça Europeia. Um vencedor, um ano de ouro!
Na época 1993-94 voltou às Antas, mas nesta segunda passagem pelo FC Porto, o sucesso nada quis com Ivic que acabou por ser substituído – a seu pedido, segundo Pinto da Costa – a meio da época (Janeiro) por Bobby Robson.

Uma equipa na pré-época 1988-89.
Atrás, da esquerda para a direita: Zé Beto, Vermelhinho, Eduardo Luís, Kongolo, Rui Águas e Branco;
à frente: Frasco, Rui Manuel, Bandeirinha, Domingos e Quim

Campeões 1989-90!
Em cima, da esquerda para a direita: Vítor Baía,Demol, Semedo, Nascimento, Branco e João Pinto;
à frente: Geraldão, Bandeirinha, André, Jorge Couto e Madjer.

Artur Jorge Braga Melo Teixeira (n. Porto, 13 Fev.1946), o pupilo, o treinador intelectual. Trabalhara com Pedroto e por este fora recomendado a Pinto da Costa. Artur Jorge, antigo júnior do FC Porto, antigo jogador sénior da Académica, Benfica e Belenenses, chegou às Antas. Um estilo novo, processos modernos, "futebol bonito"... Começava uma era! Começava um período dourado do FC Porto!
Manteve o estilo de Pedroto, com muita posse de bola, mas deu-lhe dinâmica e capacidade atacante. Artur Jorge era um seguidor das ideias e da forma de trabalhar do "mestre” De carácter sereno, intelectivo, Artur espantava os críticos que não percebiam como é que este amante de Proust, Eugénio de Andrade, Kafka e Saramago mantinha a lisura nos piores momentos e usava expressões como "jogo bonito".
Artur acabou por impor o seu estilo e conquistar importantes e inesquecíveis vitórias para o clube da Invicta. Ganhou 2 Campeonatos seguidos e a sua moderna conceção de jogo deu-lhe o sucesso internacional em 1987, quando o FC Porto venceu a Taça dos Campeões Europeus.
Foi para o estrangeiro e regressou ao FC Porto época e meia depois (Jan.1989), com a incumbência de renovar a equipa. Voltou a ser Campeão e a ganhar uma Taça de Portugal (épocas 1989-90 e 1990-91).
Depois teve uma experiência… e dela resultou isto: "o Benfica é um circo", referiu o treinador poeta. A seguir correu meio mundo, qual "globe trotter".
Artur Jorge, um nome perpetuamente ligado ao FC Porto. O primeiro treinador português a conquistar a Taça dos Campeões Europeus! Depois dele, só Mourinho… também no FC Porto.

Rui Saraiva – Design e edição
Fernando Moreira – Pesquisa, fotos e textos



Desde 7 Julho 2011 divulga-se “MANTO AZUL-E-BRANCO” em que, através de ilustrações exclusivas, são revelados todos os uniformes do FC Porto ao longo da sua existência. A totalidade dos post publicados fica reunida neste índice que proporciona seleção fácil e acesso célere; OU

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4 comentários:

  1. Boca Juniors?

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  2. Caro anónimo, sim é erro meu. Não é Boca Juniores mas PENAROL! Agradeço que o "Chefe" proceda à retificação.
    Abraço.

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  3. Paulo Silva13 abril, 2016

    De notar que essa belíssima camisola teve, na época 87/88, um pequeno acrescento. Na manga esquerda surgia um listel com a inscrição "CAMPEÃO EUROPEU"; não sei se este estava presente em todas as camisolas que foram usadas na época, mas é visível em algumas das fotos deste artigo, nomeadamente naquela em que Gomes surge com a Intercontinental (está lá visível, um pouco acima da braçadeira de capitão). Aliás, a réplica que é vendida nas lojas do clube tem lá esse listel.

    Saudações Portistas e continuação do excelente trabalho que têm vindo a fazer neste que é um dos blogues de referência do universo Azul e Branco!

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  4. O logótipo de campeão europeu foi usado até à jornada do campeonato português pós PSV-Benfica da final de Estugarda. Ou seja frente ao Farense no estádio das Antas 36ª jornada.

    Depois com Académica em Coimbra, na receção ao Benfica para o campeonato e taça e final da taça com o V. Guimarães, o logótipo já não foi usado.

    Salvo raras ocasiões, por qualquer motivo, o campeão europeu não surgiu nas camisolas da época 87-88.

    Por exemplo, em Tóquio, houve jogadores que não jogaram em uma das partes do jogo com o CAMPEÃO EUROPEU na manga.

    No alternativo azul, por exemplo contra o V. Setúbal, jogo do título, há jogadores com CAMPEÃO EUROPEU na manga outros sem campeão na manga.

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