SPORTING-FC PORTO, 2-1
O Dragão, com a moral em alta, entrou no jogo desta tarde à semelhança do jogo em Roma. E até marcou muito cedo. Estavam lançados os dados para mais um jogo e mais uma etapa de evolução da equipa liderada por Nuno Espírito Santo. Mas o que parecia muito bom, depressa se desfez. Por culpa própria e por culpa do homem do apito.
Após o golo madrugador de Felipe (apanhou-lhe o gosto) aos 8 minutos, o campo começou a inclinar. Aos 14 minutos surgem três situações que atestam o que estou a dizer:
Primeiro, Coates dá uma cotovelada em André Silva e o árbitro de frente para o lance, nada assinala;
Na sequência, Slimani simula uma falta à entrada da área, com um salto para a piscina. O árbitro assinala a falta inexistente.
Do lance, resulta o golo irregular do empate da equipa de Alvalade. Bruno César remata ao poste e na recarga, Gelson controla o esférico com o braço antes de atirar contra Casillas. A bola fica a saltitar em cima da linha de baliza, onde aparece Slimani a estabelecer o empate.
De uma forma estrondosamente irregular e, no espaço de um minuto, o árbitro, que me recuso a dizer o nome, comete três erros crassos. Continuem, pois, a nomear árbitros destes para estes jogos e a promovê-los a árbitros internacionais. Parabéns à CA.
Apesar disso, o FC Porto continuou melhor, com o meio-campo verde a ser controlado pelos Dragões. O trio do meio-campo portista tomava conta das operações mas aos 26 minutos nova palhaçada do juizinho. Bryan Ruiz beneficia de mais uma irregularidade para servir Gelson que rematou para o fundo das malhas de Casillas. A bola cortada por Felipe vai à mão do jogador leonino que tira partido do lance e o Sporting passa para a frente do marcador.
Depois do 2º golo do Sporting, o FC Porto teve ainda uma oportunidade soberana com uma bola ao poste de A. André mas a sorte não esteve com o caxineiro. Depois disso, o Dragão desapareceu e o Sporting dominou e controlou o jogo quase como quis.
No entanto, os jogadores leoninos, com entradas a destempo e com mais cotovelada ou menos cotovelada, passaram incólumes em termos disciplinares. Adrien Silva, William e Slimani escaparam a expulsões e assim se somam mais 3 pontos.
Apesar de tudo, o FC Porto tem de dar a mão à palmatória pois não conseguiu reagir à adversidade. O FC Porto tentou jogar em profundidade, sempre à procura das costas da defesa contrária. Mas os portistas pouco ou nada conseguiam de concreto.
Ao intervalo, o resultado era injusto. Óliver Torres, de regresso à invicta, entrou para o lugar de Corona, algo tocado. Apesar do FC Porto ter tentado remar contra a maré, foi visível uma supremacia da equipa adversária, uma equipa mais madura, com melhor gestão do tempo e do jogo. E foi isso que Nuno Espírito Santo salientou no final do jogo.
O treinador portista, apesar de apontar erros claros à arbitragem, embora sem se alongar muito, registou o facto dos seus pupilos não terem sabido gerir a vantagem e terem falhado o último passe. Houve algumas jogadas de perigo, sem que houvesse oportunidades claras de golo, mas não passaram de ameaças.
Com Óliver a deixar a ala e a passar para o meio e com a entrada do belga Depoitre, o FC Porto teve uma meia-oportunidade aos 90 minutos.
Layún é desmarcado na meia-direita mas controla mal a bola, com tudo para ir para a baliza. Cruzou para a área onde André Silva e Depoitre atrapalharam-se e o lance acabou por se perder na defensiva leonina.
Pouco depois o jogo terminou com a primeira derrota da época. Nem tudo está mal no reino do Dragão, mas nem tudo está bem. Há muito trabalho pela frente e o FC Porto tem de continuar a trabalhar, no sentido de evoluir e de procurar tirar melhor partido nos próximos jogos. A equipa tem margem de progressão e tem condições para crescer.
Espera-se que até Quinta-feira, o plantel fique bem definido e se trabalhe bem e com tranquilidade.
Hoje as minhas notas finais são apenas para colocar uma questão para reflectir. Quem quiser que interprete como entender.
O Presidente Pinto da Costa passou pela zona mista no fim do jogo em Roma. Teria o presidente estado na zona mista do Estádio Olímpico de Roma se o FC Porto tivesse sido eliminado na última Terça-feira?
No fim do jogo com o Sporting, parece-me ter visto muitos mais motivos para o Presidente passar pela zona mista de Alvalade do que em Roma. Mas se calhar, sou eu que estou errado.
No entanto, em cerca de 30 anos, vi o Presidente do meu clube aparecer nas horas menos boas ou nas horas más, como quiserem, sempre a dar a cara e a chamar a si toda a responsabilidade do que de bom e de mau acontecia. E na grande maioria, surgia quando realmente havia necessidade de se tomar posições de força contra actuações como por exemplo a que se passou neste fim de tarde no Alvalade XXI.
“Enquanto fomos bons rapazes...”
DECLARAÇÕES
Nuno: “Reagimos bem ao jogo, mas faltou-nos fazer mais golos”
Uma boa entrada em campo, repleta de carácter e personalidade, foi o ponto mais elogiado por Nuno Espírito Santo relativamente à sua equipa no clássico da terceira jornada da Liga NOS, que terminou com uma derrota azul e branca por 2-1 no terreno do Sporting. O treinador dos Dragões lamentou depois o pouco tempo que o FC Porto conseguiu estar em vantagem no marcador e criticou a arbitragem, que na opinião do técnico prejudicou claramente a sua equipa.
Análise ao jogo
“Entrámos muito bem no jogo. Pena que o empate chegou tão cedo, pois podíamos e devíamos ter conseguido manter a vantagem por mais tempo. O resultado é o que é. Não ficamos eufóricos com as vitórias nem muito tempo nos lamentos com as derrotas. Há muito caminho pela frente, isto ainda agora começou e queremos chegar ao final em primeiro. Numa análise muito fria acho que estamos em crescimento. Todos os dias são importantes para nós e as derrotas também têm que nos servir para consolidar ideias.”
O melhor e o pior do jogo do FC Porto
“Gostei da nossa entrada, da ideia que introduzimos no jogo e no carácter dos jogadores. Não gostei tanto de não conseguir manter a vantagem por mais tempo. Podíamos ter tido mais critério no último passe, mas as derrotas também servem para vermos qual é o caminho.”
Análise à arbitragem
“Eu gostava de não ter de comentar a arbitragem, mas hoje foi evidente. São ações irregulares claras e o árbitro tinha obrigação de as ter visto. Acabou por ter influência no resultado, parece-me óbvio. Preferia estar aqui a analisar a minha equipa, o que fizemos no jogo, pois é isso que me compete fazer, mas volto a repetir: hoje o árbitro teve influência direta em nosso prejuízo.”
O que faltou ao FC Porto
“A minha equipa reagiu sempre ao jogo. Esteve sempre dentro do jogo, com boa dinâmica. Ajustámos quando tivemos de ajustar, tivemos posse de bola e pressionámos alto. Conseguimos tudo menos fazer mais golos.”
O peso da derrota
“A derrota não nos abala porque temos consciência do que fizemos. Os jogadores trabalharam e sabe-no. Conseguimos um primeiro objetivo que era estar na fase de grupos da Liga dos Campeões. Outro objetivo é sermos campeões nacionais, e estamos na luta até ao fim.”
O nível físico dos jogadores
“Não creio que sirva de desculpa termos mais jogos. O calendário é exigente, mas os jogadores estiveram bem, competiram.”
Saída do Corona
“Ele apresentou uma queixa. Apesar de estar a fazer um bom jogo, não só pela queixa, foi uma opção nossa optar pela sua saída. Temos muitas opções.”
RESUMO DO JOGO
Arbitragem ao nível do sitio onde se jogou: esgoto.
ResponderEliminarMais não digo.
Abraços.
“Enquanto fomos bons rapazes…” - José Maria Pedroto.
ResponderEliminar“Enquanto fomos bons rapazes…”, levámos na peida.
Pelos vistos, vamos ser bons rapazes e recomeçar a levar na peida...
Abraço.
ResponderEliminarA promiscuidade no futebol e no português em particular é tal...que só um adepto muito ferrenho é que julga que ainda existem clubes...
Só há um clube...o dinheiro!
A podridão no seu melhor (pior)!
Sad autista é a nossa maior vergonha.
ResponderEliminarIndependentemente das culpas próprias que efetivamente também as tivemos, o resultado foi fortemente influenciado (não digo se com ou sem intenção, mas factualmente teve influência!) pela ação do sr. vestido de preto.
ResponderEliminarA verdade é que o FC Porto apresentou um futebol com cabeça, tronco e membros, ainda que com muito para melhorar, entrou muito bem no jogo, e mesmo depois do 2/1, o remate de André André ficou a centímetros do golo, que daria o empate e provavelmente um jogo completamente diferente do que foi.
Na 2ª parte houve de facto muitas falhas no último passe, na zona da definição ofensiva. Destaco negativamente o lance em que Layun cruza do lado direito e Depoitre e A. Silva atacam os dois a bola, ficando sem ninguém no centro do ataque para onde foi exatamente a bola. Claramente o modelo com 2 avançados tem de ser trabalhado e muito.
3 pontos de desvantagem para a liderança não é praticamente nada à 3ª jornada, mas é muito importante utilizar as próximas semanas para consolidar bem processos (apesar das muitas idas às seleções). Nota-se que a equipa se está a desenvolver bem, está a crescer e demonstra claramente ter uma atitude muito positiva perante o jogo. Não é uma equipa que se acorbada, que tenha medo ou que especule com o jogo. E a lógica diz, que quem joga mais, melhor e tem processos mais bem assimilados (sendo que estes fatores têm de existir simultaneamente) está mais perto do sucesso.
Caros Portistas!
ResponderEliminarAntes de mais quero felicitar o autor do post, uma análise: *****!
Depois:
É evidente que o Sporting ganhou o jogo porque teve um árbitro muito conveniente, filiado na Associação de Futebol de Lisboa, que logo à partida fez inclinar o campo para os viscondes falidos...!
Atenção que dá um jeito do caraças ter um juiz do apito condescendente para um dos lados. Com um juiz tipo Tiago Martins a apitar em Roma o FC Porto teria perdido o jogo. Assim como se o jogo de Alvalade tivesse sido arbitrado pelo isento juiz polaco, o FC Porto teria ganho o jogo ao Sporting.
Há 50 anos que sou espectador de futebol e é sempre o mesmo, os sportinguistas têm um complexo antigo do FC Porto e por isso têm de ganhar, nem que seja à pancada, se não vai a bem vai a mal.
Mas mais, com a nomeação do Tiago Martins de Lisboa, o jogo ficou logo inquinado à partida. Sempre que um jogador do zborden se atirava para a piscina era fatalmente falta contra os portistas. Em contra partida perdoou muitas faltas e cartões amarelos e vermelhos aos verde brancos. Alem de que as jogadas dos dois golos do Sporting foram precedidas de falta, ou seja, de jogadas ilegais...
Outra questão
Claro que entre outras coisas muito bem assinaladas aqui no Blog e com os dirigentes do FC Porto calados, será que estes têm o rabo trilhado e por isso não se atrevem a falar...?!
Outro capítulo para mim incompreensível, é o facto do clube dispensar dois futebolistas da craveira de Aboubakar e Brahimi, substituindo-os por, até agora pelo menos, duas nulidades: Adrián López e Depoitre...!
Abraço,
Armando Monteiro
www.dragaoatentoiii.wordpress.com
Nas últimas épocas, tem acontecido coisas no nosso clube que me custam a engolir! Fico sempre com a sensação, que alguém se anda a governar à custa do F. C. Porto. Como tal, já vamos em 3 anos sem ganhar nada! No jogo com o Sporting, fiquei perplexo quando vejo a minha equipa equipada de amarelo! De todos os jogos entre estas duas equipas, foi usado sempre o equipamento oficial! Porque razão, jogamos de amarelo neste jogo? Acredito que a arbitragem não fosse melhor e perdesse-mos na mesma, mas o peso do azul e branco, quer se queira ou não, impõem outro respeito! Alguém me consegue dar uma explicação para o uso deste equipamento? Parecia-mos o Paços de Ferreira! (Carlos Sousa)
ResponderEliminartinha prometido a mim mesmo, pronunciar-me sobre este “novo” FC Porto, apenas no final deste primeiro mini-ciclo de jogos, a que correspondiam 3 jogos do campeonato e outros 2 relacionados com o apuramento para a fase de grupos para a liga dos campeões.
ResponderEliminarse em termos de “resultados”, a coisa foi porreirinha, já no que toca ao tema “gestão”, como se diz na minha rua, a coisa nem f***, nem sai de cima… mudam-se os tempos, mantêm-se os péssimos hábitos deste FC Porto moderno, a que não há jeito algum de me habituar.
aqui chegados, poderia falar do amadorismo colocado nos dossiers Aboubakar, Brahimi, Indy, Gonçalo e outros que tais… do pontapé no cú ao Rafa e Hernani, nas posições de campo em claro défice no plantel… de um plantel composto por apenas 3 defesas laterais, com um único extremo, camiões de médios para jogar nas posições ou serem adaptados, e por fim, entregues a um ponta-de-lança da casa com apenas 19 anos, que só joga porque não há mais ninguém, que ao primeiro ciclo de 3/4 jogos sem marcar, será para queimar… do orgasmo (quase) colectivo pós-Roma, coisa hoje banalíssima no reino do Dragão, onde se passa do 80 ao 8 num ápice e vice-versa, com a mesma velocidade com que o diabo esfrega o olho… das prioridades completamente trocadas no que à mensagem a passar para fora diz respeito, sendo muito expeditos a falar quando se ganha (vide caso Roma) e autênticos “mansos” quando se perde, roubados à cara podre (vide caso wcxxi)… da razão pela qual, quase com 42 anos de vida, nunca na minha vida vi o FC Porto jogar um clássico com o equipamento alternativo, naquele amarelo horrível, armados em réplicas de Aroucas, Estoris ou Paços de Ferreiras… etc etc etc etc etc.
não me vou pronunciar muito sobre o jogo de alvalade, porque a “forma” como os golos adversários aconteceram já estão mais que escalpelizadas em tudo quanto é internet… recomendar apenas que, não arrepiem caminho não, depois, venham queixar-se em Abril ou Maio do próximo ano, quando já nada importa… não tratem de equilibrar este plantel que está de todo desequilibrado, e fiem-se que vamos ter Romas todos os dias, que quando acordarem, já vão tarde… por fim, e para bom entendedor, ouço aqui e acolá, já com demasiada regularidade que “este ano sim, temos um plantel à Porto” (temos?!?!), para quando uma Direcção à Porto?!
até já…
Não posso deixar de fazer um "clap, clap, clap, DE ACORDO" Blue Boy!
ResponderEliminarJa lá vai o tempo em que tinhamos um presidente que intervinha. Onde é que o PDC de há uns anos atrás deixava esta vergonha acontecer sem vir falar ao público? voltamos a ser bons rapazes, voltamos a ser comidos.
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