RIO AVE-FC PORTO, 1-3
Antes de abordar o jogo desta noite, quero deixar uma pequena nota introdutória.
"É com grande felicidade e com muito orgulho que vejo o regresso deste magnífico blogue, cheio de gente boa, unida e companheira que vive o FC Porto, na sua essência, de uma forma apaixonada e pura.Vamos à crónica do jogo.
É com grande prazer que estou neste blogue como colaborador e que me permite fazer das coisas que mais gosto. Escrever! E escrever sobre aquilo que mais gosto: O NOSSO FC PORTO!
E é com grande satisfação que saúdo a decisão do nosso ADMINISTRADOR em retomar a actividade deste espaço de excelência a quem, daqui, envio um grande abraço. Parabéns, Amigo, pela melhor decisão que podias ter tomado."
O FC Porto entrou na Liga NOS com o pé direito. É importante entrar a ganhar no início de uma competição. Por vários motivos. Traz confiança, mais motivação, esperança e rotina de vitória. Mas não só!
É diferente iniciar uma eliminatória contra a AS Roma vindo de uma vitória do que vindo de um empate ou de uma derrota. E todos sabemos a grande importância que a eliminatória com os italianos terá para a época toda.
Por outro lado, o FC Porto teve outro aspecto muito positivo. Os portistas tiveram a capacidade de virar um resultado negativo para uma vitória sem espinhas. A capacidade de reagir à adversidade é muito importante numa equipa. Durante a era Lopetegui, apenas uma vez o FC Porto conseguiu virar um resultado.
Mas nem tudo está bem na equipa. Nem poderia estar. Estamos em início de época, há ajustes no plantel necessariamente e estou convicto de que o FC Porto irá fazer o que tem de ser feito. Além disso, com mês e meio de trabalho, Nuno Espírito Santo já mostra algumas ideias do que pretende para o FC Porto versão 2016-17. Mas tem ainda um longo caminho pela frente.
Os Dragões estiveram melhor na etapa complementar. Apesar de terem um bom início de jogo, com destaque para uma jogada aos 5 minutos a que André Silva não deu o melhor seguimento, a equipa decaiu um pouco a partir dos 15 minutos de jogo. Ora, a apatia instalou-se na equipa e aos 36 minutos, o Rio Ave adiantou-se no marcador na conversão de um pontapé de canto.
Num lance em que há clara desconcentração defensiva dos Dragões, e isso em alta competição paga-se caro, Felipe não marcou, convenientemente, Marcelo, a coordenação defensiva não foi a melhor e Casillas ficou a meio do caminho. Nem saiu, nem ficou entre os postes. Marcelo sem oposição saltou e cabeceou como quis.
O golo do Rio Ave terá sido, quiçá, o tónico que os Dragões precisariam para começar a jogar para vencer. E foi isso que aconteceu de imediato. Aos 40 minutos, Alex Telles cruzou na esquerda, André Silva tocou de cabeça na área e Corona rematou, obtendo um golo de belo efeito. Confesso não ter percebido a ausência de festejos do mexicano mas o importante é que o FC Porto galvanizou-se.
Corona, alguns minutos volvidos, recepcionou no peito à entrada da área e rematou com o pé esquerdo ao poste da baliza vilacondense. Um golo que se justificaria mas talvez um castigo para a apatia momentânea que a equipa revelou antes do golo da equipa da casa.
Regressados do intervalo, os Dragões vieram com outra predisposição. Chegar ao golo o mais cedo possível. Ao minuto 52, Herrera, no meio-campo ofensivo, combinou com Danilo e, com uma bomba, obteve um golo de levantar o estádio. Herrera tem destas coisas. Frequentemente contestado pela massa adepta azul e branca, o mexicano é capaz de, a espaços, surpreender-nos com lances fantásticos.
Operada a reviravolta, os portistas passaram a jogar mais soltos e aproveitaram a subida de linhas do Rio Ave para tirar proveito. Num contra-ataque rápido aos 59 minutos, Alex Telles lançou Otávio em profundidade e este ganhou posição face a Marcelo. Já na área o defesa vila-condense usou o braço e derrubou Otávio. Penálti e expulsão, naturalmente. A expulsão foi mais que justa, visto que o jogador estava em condições de atirar a baliza.
A este respeito, quero salientar a teoria estrambótica do ex-árbitro Pedro Henriques que defende a expulsão mas que se o jogador do Rio Ave tivesse derrubado Otávio com o pé, tentando jogar a bola, seria apenas cartão amarelo. Como???? Explique lá outra vez!
André Silva converteu a grande penalidade, Cássio defendeu mas o ponta-de-lança portista na recarga colocou os portistas a vencer por 3-1 e com mais um elemento em campo. Restavam 30 minutos de jogo para cumprir. Os Dragões poderiam gerir o jogo e o tempo, com vista ao jogo de Quarta-feira frente à Roma.
Mas o insólito aconteceu pouco depois. Alex Telles protegeu a bola perto da linha de fundo de costas para o adversário. Tocou com a mão sem qualquer intenção, ao de leve, na cara de Héldon que se atirou ostensivamente para o chão como se tivesse sido violentamente agredido.
O árbitro auxiliar a menos de um metro do lance levantou a bandeirola e deu a sinalética para o árbitro. Segundo amarelo e expulsão para Alex Telles. Com decisões absurdas como esta, não há futebol que se aguente.
Pedro Henriques ex-árbitro, o especialista, concorda com a decisão porque o jogador portista jogou com os braços, apesar da simulação do jogador contrário. E então, Sr. Especialista? A simulação não deve ser castigada? Enganar não é punido? Que bela análise do especialista!
Até ao fim do jogo, apenas registo para a entrada de Layún para o lugar de Otávio que iria preencher o lugar do expulso Alex Telles, a estreia de Depoitre, o ponta-de-lança belga contratado esta semana, para o lugar de André Silva e o regresso de Adrián Lopez para o lugar de Corona.
O jogo terminou com 3 pontos no bornal num campo em que, apesar do FC Porto vencer por tradição, é sempre complicado para os nossos adversários directos. E este ano, o Rio Ave apresenta uma bela equipa, agressiva, com qualidade e muito bem orientada por Nuno Capucho.
Venha a Roma!
DECLARAÇÕES
Nuno: “Fomos justos vencedores”
Após a estreia oficial no banco do FC Porto, no jogo que terminou com uma vitória portista sobre o Rio Ave (3-1) na abertura da edição 2016/17 da Liga NOS, o técnico Nuno Espírito Santo mostrou-se agradado com o resultado e com muitos dos momentos da exibição dos seus jogadores. Num jogo em que os Dragões até estiveram em desvantagem, o técnico realçou a reação e a atitude da equipa para dar a volta a uma partida frente a um adversário “difícil” e entrar no campeonato a vencer de forma “justa”.
Boa entrada e boa reação ao golo sofrido
“Entrámos muito bem no jogo. As primeiras ocasiões são nossas e controlámos os primeiros minutos. O Rio Ave tem este um jogo direto e ofensivo, que procura constantemente uma bola direta e uma ação de contra ataque, o que é muito incómodo e exigiu muito de nós defensivamente. Chegaram à vantagem de bola parada, num canto, mas ainda assim a nossa reação foi muito boa. Após o intervalo saímos ainda mais determinados em conquistar os três pontos e no geral penso que somos justos vencedores. Os jogadores fizeram um bom trabalho. Tive pena das expulsões, que na minha opinião condicionaram o jogo de ambos os lados.”
Entrosamento da equipa opções técnicas
“A equipa ainda está em construção. Está cada vez a assimilar melhor os processos e as ideias. Logicamente, quanto mais tempo passamos juntos mais fácil se torna encarar o resto da competição. Mas não temos um onze. Temos um grupo muito forte e queremos demonstrar isso jogo a jogo. Este não é um onze definitivo nem definido. É um onze fruto de opções técnicas. Desde o início vamos tomando decisões e este foi mais um momento de decisão. Uma convocatória e uma equipa. Quarta será mais um jogo e mais um momento para decidirmos. Mas todos os jogadores contam, porque a força é o grupo.”
Liga dos Campeões é o objetivo
“Há momentos determinantes e há momentos importantes na época. O rendimento é no treino e no jogo. Quarta-feira vamos provar que queremos estar na Liga dos Campeões e só agora começamos a pensar nesse objetivo. Temos um adversário complicado, mas vamos a jogo e vamos competir.”
RESUMO DO JOGO
Um bom inicio.
ResponderEliminar3 golos, 3 pontos e o inicio vitorioso que é sempre importante.
Claro que ainda estão a ser afinados alguns processos, mas como hoje o jogo esteve 70% do nosso controlo.
Aquele inicio de jogo um pouco amorfo, irá com certeza ser revisto e trabalhado para que não se apanhe mais sustos daqueles. Estou confiante.
Agora preparar bem a Roma.
Abraços.
" A este respeito, quero salientar a teoria estrambótica do ex-árbitro Pedro Henriques que defende a expulsão mas que se o jogador do Rio Ave tivesse derrubado Otávio com o pé, tentando jogar a bola, seria apenas cartão amarelo. Como???? Explique lá outra vez!"
ResponderEliminarApesar de discordar de Pedro Henriques em muitos lances, ele tem razão no que diz. Em Junho de 2016 foram criadas novas regras para este tipo de lance. Se o jogador tentasse disputar a bola seria apenas amarelo e não vermelho.
Nada a dizer sobre a equipa nesta fase. Gostei das opções de NES a limpar a casa (Marega, Angel, Brahimi, Aboubakar e afins). Espero que a equipa ainda tenha um ou dois reforços, um central experiente (Mangala por empréstimo seria fantástico) e um elemento capaz de criar desequilíbrios (Bruno Fernandes, Oliver ou Rafa(no caso de o valor não passar os 10-12 milhões)).
Uma nota: Acho ridículo os preços praticados para um dos jogos mais importantes da época contra a Roma! Num jogo que pede estádio cheio e ambiente infernal a SAD tenta encher os cofres com o dinheiro de emigrantes. Uma vergonha!
Só foi pena o clube continuar calado depois de mais uma arbitragem habilidosa. Nem o treinador nem nenhum dirigente foram capazes de falar no lance do Alex.
ResponderEliminarNão podia haver melhor modo de celebrar os recomeços: do Campeonato e do Blogue! Abraço, 4 lusos.
ResponderEliminarBIBÓ PORTO!
Finalmente jogos "a doer"! Bom 1º jogo do nosso FCPorto! Com diversas coisas a corrigir (como é natural) mas a demonstrar mais raça e mais soluções de jogo!
ResponderEliminarEsta equipa do NES parece-me mais cínica e incisiva a abordar o jogo. Fico com ideia que mandaram às urtigas a posse pela posse de bola (entre a defesa) apenas para as estatisticas. Tem maior pressing e apresenta alguns processos de jogo atacantes a rasgar e o selecionador espanhol tratou de extinguir recentemente.
Defensivamente, o Maxi parece-me (ainda) fora de forma e alguem tem que explicar ao Telles o que são as arbitragens em Portugal.
No golo sofrido acho que a "culpa" até é mais do André Silva que calculou mal o trajecto da bola do que do Filipe. Coisas a acertar. Marcano não comprometeu, mas dava muito jeito outro central... de categoria!
Ultima nota para o publico e para a claque em particular que já se apresenta em "boa forma"! Parece haver uma boa dinâmica entre a equipa e os adeptos! Que continue com os Romas desta época!
Em suma, bom recomeço e boas expectativas!
Bamos a eles, carago!
É como foi dito acima. As regras mudaram e tendem agora, bem, evitar a dupla penalização. Um jogador só será expulso num pelalti se demonstrar conduta anti desportiva ou a não intenção de jogar a bola. Foi o que aconteceu. Caso o Jogador tivesse tentado jogar a bola seria amarelo. Parece-me uma das melhores alterações às regras dos últimos anos.
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