07 dezembro, 2016

NOITE PERFEITA.


FC PORTO-LEICESTER, 5-0

Noite de gala no Dragão. O FC Porto repetiu as grandes exibições desta época nomeadamente frente à Roma, ao V. Guimarães, ao Benfica e ao Sp. Braga. E a boa notícia é que os Dragões conseguiram duas proezas: primeiro fazer dois bons jogos conseguidos – Sábado passado e esta noite com os ingleses – e segundo marcar uma mão cheia de golos depois de quatro jogos consecutivos sem marcar.

Apesar do Leicester apresentar uma segunda equipa, os Dragões fizeram pela vida. E justificaram plenamente o resultado gordo. Uma bela exibição coroada com cinco golos sem resposta e a qualificação para os oitavos-de-final da Champions League, objectivo mínimo exigido aos portistas.


O FC Porto atingiu 11 pontos e quedou-se pelo 2º lugar no Grupo G a dois pontos do Leicester que venceu o grupo. 26 milhões de euros entram nos cofres do Dragão, muito necessitado para pagar contas e canalizar o dinheiro da forma mais correcta.

O jogo de Sábado passado foi um bom tónico para os portistas encararem o jogo frente aos ingleses. E não poderia ter começado melhor. Aos 6 minutos, o Dragão festejava o primeiro golo. André Silva de cabeça inaugurou o marcador e reconciliou-se com a baliza e os golos. O mais difícil estava feito e cedo o FC Porto tranquilizou-se para explanar o seu futebol.

O jogo foi muito fluído da parte azul e branca. Boas trocas de bola, rapidez de execução, equipa em movimento constante e controlo absoluto da partida. O Leicester tentava fazer pela vida mas era muito curto para este FC Porto.

À passagem dos 29 minutos, Corona fez o 2-0. E que golaço!!! Respondendo a um cruzamento de Alex Telles, o extremo mexicano, de pé esquerdo na área e sem deixar a bola cair, rematou estrondosamente ao ângulo superior da baliza inglesa.


E perto do fim da primeira parte, Madjer regressou ao Dragão. O calcanhar voltou a funcionar tal como em Viena 87. Numa jogada muito bonita entre Corona e Maxi, o defesa uruguaio cruzou para a área e Brahimi, regressado à titularidade, fez o 3-0 de calcanhar. Yacine Brahimi imitou o seu compatriota de 1987 e reconciliou-se com a plateia do Dragão.

Brahimi substituiu o lesionado Otávio e esteve em bom plano. Apesar de várias incursões individuais à área contrária e algumas perdas de bola, o argelino pareceu mais solto e procurou jogar para a equipa.

Atrevo-me a dizer que um dia destes, Casillas arrisca hipotermia. O guarda-redes espanhol esteve na primeira parte contra o Leicester, tal como no jogo todo com o Sp. Braga. Completamente acampado na sua baliza. Um mero espectador.

A etapa complementar trouxe algumas mudanças. Os ingleses tentaram reagir à desvantagem de 3 golos nos minutos iniciais. E conseguiram criar algum calafrio na defesa portista com alguns remates perigosos. Registo para uma defesa apertada de I. Casillas e uma bola rematada na zona de grande penalidade que saiu por cima da baliza. Além disso, perto do fim, os ingleses enviaram uma bola a roçar a trave da baliza portista.


Mas a noite era azul e branca. André Silva pôde redimir-se de ter falhado duas grandes penalidades nos últimos jogos. Aos 65 minutos, após ser agarrado na área contrária, concretizou uma grande penalidade com sucesso, obtendo o 4-0 para os Dragões.

Nuno Espírito Santo fez então duas substituições. Herrera e R. Neves entraram para os lugares de Danilo e Corona mas o FC Porto manteve o domínio do jogo.

Aos 75 minutos, Diogo Jota numa bela jogada de combinação com André Silva, fez o resultado final, levando as bancadas do Dragão ao êxtase.

Logo a seguir, André Silva foi substituído por Rui Pedro e das bancadas ouviram-se aplausos estrondosos. Até ao fim, o FC Porto controlou o jogo e o resultado com a certeza de que estaria presente no sorteio da próxima 2ª feira que irá ditar o adversário dos oitavos-de-final da prova.


A noite foi perfeita. Os Dragões devem aproveitar este bom momento para ver se de vez, encarrilam na linha certa no campeonato nacional com vista ao título que já foge há quase quatro anos.

Notas finais para a equipa, para a mão cheia de golos de belo efeito, para um grande futebol praticado, para as bancadas do Dragão e… para o aumento drástico de vendas de Kompensan.

Próxima paragem: Estádio Marcolino de Castro, em Santa Maria da Feira. Conquistar 3 pontos obrigatórios para recuperar mais alguns degraus em relação a, pelo menos, um adversário directo.



DECLARAÇÕES

Nuno: “Estar entre os 16 melhores da Europa é um grande orgulho para nós”

Felicidade e orgulho
“A equipa fez um bom jogo. Sabíamos da importância deste jogo, mas depois do empate em Copenhaga, afirmámos que queríamos dar este passo decisivo no Dragão. Cumprimos o objetivo que traçámos e não falhámos num jogo que era absolutamente decisivo. Estamos felizes por nós, pelos adeptos e pelo clube. O Dragão esteve com a equipa e merece festejar esta vitória, merece esta alegria. Continuar na Champions era um objetivo que tínhamos traçado e é preciso não esquecer que o nosso caminho começou no play-off, no qual eliminámos uma grande equipa. Estar entre os 16 melhores da Europa é um grande orgulho para nós. O nosso grupo não era fácil e não começámos bem, mas soubemos levantar-nos.”


Qualidade e maturidade
“No jogo do campeonato (frente ao Sporting de Braga, 1-0), sofremos para vencer, mas a vitória foi justa. Os jogadores têm perfeita consciência de que tudo fizeram para ganhar. Hoje foi diferente porque marcámos, e o facto de termos marcado cedo permitiu-nos jogar futebol como queremos. Com confiança, as coisas saem melhor e foi isso que aconteceu. Fizemos um jogo de muita qualidade e a equipa demonstrou grande maturidade. Estamos a melhorar e a crescer. O jogo mais importante é sempre o seguinte e nunca deixaremos de preparar os jogos da forma que fazemos.”

Fortaleza defensiva
“A equipa é um processo que nunca está acabado. Um dos nossos pilares é o equilíbrio, a capacidade de estarmos concentrados em todas as tarefas. Todos os jogadores têm tarefas importantes nesse equilíbrio. A equipa vai muito para além da eficácia ofensiva. Temos de trabalhar sempre, em todos os aspetos fundamentais do jogo. Além disso, é essencial potenciar tudo o que temos de bom. Somos uma equipa organizada desde a primeira fase e esse é um trabalho de todos.”

Brahimi e os outros
“O Brahimi fez um bom jogo, mas muitos outros jogadores fizeram um bom jogo. Trabalhou bem para a equipa, mas não é segredo para ninguém que privilegiamos o compromisso e a cooperação entre todos. São coisas essenciais numa equipa, num coletivo. O grupo é a força e estão todos de parabéns.”



RESUMO DO JOGO

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