Após cerca de 2 meses de fome de bola clubística, nesta semana fomos finalmente saciados com as primeiras aparições públicas azuis e brancas, na temporada de 2017/18. Camisolas novas, treinador semi-novo, jogadores velhos conhecidos. É como se da metrópole cosmopolita que tem sido o balneário do Dragão nos últimos anos, passássemos para uma aldeia perdida no alto da serra, de tão familiares que são as caras que vão transportar a nossa esperança até Maio próximo. Aliás, se pudéssemos dar um título cinematográfico a esta época, ele seria decerto o "Fuga para a vitória". O ambiente bélico, a prisão de 4 anos sem conquistas, e um regime bafiento e repressivo a querer sabotar a nossa sede de vencer. Só falta mesmo o Rei Pelé para ser igual!
Sem odes, ou exaltações, pode-se dizer que a primeira impressão que nos fica da presente versão do FC Porto é bastante positiva. Se assumirmos as primeiras partes como o afinar da estratégia real da temporada, e as 2as partes um laboratório de experimentalismos tácticos e de tentativas de redenção a jogadores, tem-se visto uma equipa alegre, autoritária, em crescendo e - sublinhe-se -, mesmo com menos de 1 mês de treinos e com jogadores a chegar a conta gotas, já mostra saber mais o que fazer com o esférico, do que o fez em toda a época passada. Indícios bem interessantes, que não podem deixar de agradar a todos os portistas.
Da equipa propriamente dita, penso que a ideia em vigor nos corredores da SAD seja a de dossier fechado. Acredito que compras, a existirem, serão mais por reacção a eventuais vendas, do que para reforço efectivo do plantel. Não sendo a situação ideal, também não é o fim do mundo. O Atlético de Madrid não deixará decerto de ser uma equipa competitiva, com aspirações domésticas e na Champions, por estar proibido de comprar. No nosso caso, também não. Quando se constrói uma EQUIPA, e não apenas um alinhamento de nomes de jogadores, os triunfos serão sempre mais simples.
Analisando o plantel por sectores, podemos chegar à seguintes conclusões nesta altura do defeso:
Guarda-Redes
Tendo nós um dos nomes mais consagrados das redes mundiais em actividade, titular absoluto, e possivelmente um sério candidato na hierarquia de capitães da equipa, é no mínimo surpreendente que a única contratação desta época fosse para a baliza. Se a finalidade for preparar o pós-Casillas, colocando Sá numa equipa onde possa jogar regularmente, e manter um jogador com alguma experiência para jogos de Taças, como é Vaná, talvez tenha sido uma boa decisão. Se verificarmos que ainda temos no plantel Fabiano (em convalescença), jogador experiente, do agrado de Sérgio Conceição, para não falarmos em João Costa, a contratação de Vaná torna-se mais obscura. O futuro será último juiz.
Centrais
Ou deveremos chamar antes a revolta dos patinhos feios? Exceptuando Felipe, qual imperador romano, que chegou, viu e venceu, todos os outros nomes do centro da nossa defesa já foram merecedores em determinada altura de um elevado nível de decibéis em impropérios. Por ironia do destino, com os contratos a aproximarem-se do fim, precisamos mais nós da boa fé deles, do que eles da nossa. Quer Marcano, Indi ou Reyes acabaram por se valorizar em tempos recentes, pelo que, quais abutres, existirão sempre equipas a torcer para que o contrato destes 3 jogadores caduque. Recorrendo à mais simples lógica, em equipa que vence, não se mexe! Pelo que a manutenção e renovação de Marcano é prioridade nº 1, 2 e 3. Entre Indi e Reyes, a pré-época diz-nos que o holandês leva alguma vantagem. Se somarmos a cobiça de emblemas espanhóis pelo mexicano, a sua saída torna-se mais óbvia. A surpresa da manutenção de ambos (e Marcano) no plantel, seria altamente nefasta. Ao contrário dos comentadores de Football Manager que abundam na internet, não me parece que manter 2 internacionais A no banco, tenha algo positivo para os próprios, ou para o grupo.
Laterais
Para surpresa (ou não) de muitos de nós portistas que exigiam Rafa na equipa, Alex Telles não parece muito disposto a dar-lhe a mínima oportunidade. Pela amostra, o brasileiro parece disposto a fazer uma época ainda melhor do que a da estreia. Não será por isso de estranhar a muita parca e tímida utilização da nossa promessa esquerdina, arriscando mesmo o prognóstico que a manutenção dele no plantel depende exclusivamente da saída, ou não, de Layun. Do outro lado, para fortuna das nossas cores, apreciamos uma luta titânica entre Maxi e Ricardo Pereira. O português é mais tudo. Ganha na técnica, na velocidade, na resistência. Além da vantagem de poder oferecer diversas nuances tácticas. Maxi só não perde na raça. Com ele no plantel, Ricardo saberá que terá sempre uma carraça a época inteira. Pena o salário de Maxi ser tão burguês. Algures por aqui andará Layún. Um jogador que em tempos personificava a raça do Dragão mas, ironicamente, desde que o seu passe foi adquirido, nunca mais vislumbramos o mexicano a um nível acima do banal mediano. Curiosamente, no site do FC Porto, aparece ainda Diogo Dalot como parte integrante deste plantel. Pelo gigantesco futuro que se espera deste lateral, a inclusão na listagem é um prémio e uma motivação amplamente merecida.
Meio-campistas
Sendo Danilo, Óliver e Otávio as jóias da coroa, e André André o carregador de piano útil e incógnito, todos os outros nomes têm em cima de si o estigma do ponto de interrogação. Em primeiro lugar da linha, Herrera, o capitão. Um dos patinhos feios mais mal amados da história do FC Porto. Talvez ainda pior que Semedo, não tivesse este a vantagem de não existirem redes sociais no tempo dele. Pelo terceiro ano consecutivo, os dias passam, e Herrera vai-se mantendo no plantel. Mais grave ainda, ao contrário de muitos que se equipam de azul e branco, mas sonham acordados com outros emblemas, este gosta mesmo de jogar no Porto. Que tal uma proposta radical... já que não o conseguimos vencer, juntemo-nos a ele! Afinal, ele foi um dos grandes responsáveis pela nossa última vitória na Luz. Não? Ok... também não me parece muito convincente. Com a saída de Rúben Neves, Mikel parece ter ganho o bilhete para se manter no plantel. Ninguém como ele reúne as características necessárias para substituir Danilo. A jogar à roleta russa, estarão decerto JC Teixeira e Sérgio Oliveira (ou os 2 simultaneamente). Confessando-me um detractor nato do Sérgio, surpreendeu-me o empenho e qualidade que demonstrou em terras mexicanas, pelo que não me admiraria que ocupasse a pole position na manutenção no plantel. A JC Teixeira reconheço uma imensa técnica e aquela sensação de que é capaz de tirar um coelho da cartola quando menos esperamos. Infelizmente para ele (e para nós), a sua capacidade de decisão contra os mexicanos esteve pavorosa. Simplesmente não conseguiu definir uma única jogada.
Extremos
Pelo que vimos dos jogos até ao momento, Sérgio Conceição parece inclinar-se mais para um modelo próximo do 4-4-2, do que o 4-3-3 clássico. Obviamente, paira sempre no ar a dúvida se esta opção deve-se ao momento de forma deprimente de Brahimi e Corona, ou pela crença pessoal. Caso o sistema de 2 avançados vigore, não faz sentido sobrecarregarmos os nossos quadros com uma posição onde se tem dois dos melhores jogadores a actuar em terras lusitanas. Mais importante do que aquisições, é colocar ambos a render o que eles sabem e podem fazer. Como alternativa existe sempre Hernâni. Se estivermos a falar do jogador que alinhou em Guimarães na temporada passada, temos um activo de peso para colocar os radares de velocidade a apitar desenfreados. Se for aquela amostra que temos visto na pré-temporada, mais vale vendê-lo numa qualquer promoção leve 2 pague 1. O técnico saberá decerto se vale, ou não, a aposta. A correr por fora encontra-se Galeno. É irreverente, tem qualidade, mas ainda lhe falta o arcaboiço necessário para os defesas manhosos da nossa liga.
Avançados
Não fossem algumas diferenças de pormenor na fisionomia, diria que Aboubakar é o irmão gémeo de Paulo Portas. Do irrevogável não volto, às exibições pujantes e cheias de garra do camaronês, foi um pulinho muito curto. Esperemos que tal como o suposto gémeo, não se afunde algures no decorrer da época em indecifráveis problemas existênciais. É indesmentível que avançados com a sua qualidade não são baratos, pelo que mesmo assumindo o risco da sua não renovação, mais vale aproveitar enquanto podemos, do que estourar 6 milhões num pinheiro qualquer. De pedra e cal encontra-se Tiquinho. Seja qual for o sistema táctico, Soares é sinónimo de dores de cabeça para qualquer defesa. Só não o coloquem numa ala. Sem dúvida a nossa primeira escolha. No banco, Rui Pedro é um jovem de imensa qualidade. Poderá acrescentar sempre algo à equipa. Algures estará Marega... ou talvez não? Só o Treinador o saberá. Talvez este seja o sector que ofereça mais dúvidas. Se jogarmos em 4-4-2, ter apenas 3 avançados no plantel parece-me muito curto. Há castigos, há lesões, há baixas de formas... estamos a correr um grande risco num sector que nos tem custado vitórias (e títulos) nos últimos anos. Outorgar a responsabilidade de jogos encravados a Marega ou Rui Pedro parece-me optimismo exarcebado.
Treinador
Sérgio Conceição não defraudou a imagem que dele se tem. Corajoso ao limite. Abdicou de umas férias tropicais num clube onde era bem pago, e idolatrado pelos adeptos, para aterrar no olho da tormenta, a ganhar muito menos, e com a certeza que caso tenha 2 ou 3 maus resultados consecutivos, passará das boas graças aos apupos. Estou à vontade para dizer que não seria a minha escolha inicial. À vontade também estou para assumir que até ao momento está a agradar-me o seu trabalho. Nomeadamente ao nível do grupo. De tantos jogadores com um pé fora do Dragão, ele tem-los convencido a suar a camisola nos treinos. A face mais visível deste esforço será Aboubakar. Numa coisa já ganhou o nosso apreço: É bom termos dispensado o sarcófago!
Entrando em óbvias comparações com o plantel da época passada, aparentemente estamos ligeiramente mais fracos. Se Ricardo Pereira vem dar competitividade ao lado direito, e pela sua frescura talvez possa acrescentar algo mais que as pernas de Maxi já não dão, a verdade é que na frente de ataque estamos mais fracos. Jota e André Silva foram responsáveis por 30 golos na época que acabou. Aboubakar numa boa época faz 20. Assim como Soares. A não acontecer nenhuma novidade, resta-nos esperar que Sérgio Conceição consiga que o resto da equipa aumente a sua veia goleadora... ou descortine-mos uma excelente solução de banco, como um dia Ernesto Farías o foi.
Por último, e não menos importante, o desejo de rápidas melhoras ao NOSSO Presidente.
Cumprimentos Portistas.
Sem odes, ou exaltações, pode-se dizer que a primeira impressão que nos fica da presente versão do FC Porto é bastante positiva. Se assumirmos as primeiras partes como o afinar da estratégia real da temporada, e as 2as partes um laboratório de experimentalismos tácticos e de tentativas de redenção a jogadores, tem-se visto uma equipa alegre, autoritária, em crescendo e - sublinhe-se -, mesmo com menos de 1 mês de treinos e com jogadores a chegar a conta gotas, já mostra saber mais o que fazer com o esférico, do que o fez em toda a época passada. Indícios bem interessantes, que não podem deixar de agradar a todos os portistas.
Da equipa propriamente dita, penso que a ideia em vigor nos corredores da SAD seja a de dossier fechado. Acredito que compras, a existirem, serão mais por reacção a eventuais vendas, do que para reforço efectivo do plantel. Não sendo a situação ideal, também não é o fim do mundo. O Atlético de Madrid não deixará decerto de ser uma equipa competitiva, com aspirações domésticas e na Champions, por estar proibido de comprar. No nosso caso, também não. Quando se constrói uma EQUIPA, e não apenas um alinhamento de nomes de jogadores, os triunfos serão sempre mais simples.
Analisando o plantel por sectores, podemos chegar à seguintes conclusões nesta altura do defeso:
Guarda-Redes
Tendo nós um dos nomes mais consagrados das redes mundiais em actividade, titular absoluto, e possivelmente um sério candidato na hierarquia de capitães da equipa, é no mínimo surpreendente que a única contratação desta época fosse para a baliza. Se a finalidade for preparar o pós-Casillas, colocando Sá numa equipa onde possa jogar regularmente, e manter um jogador com alguma experiência para jogos de Taças, como é Vaná, talvez tenha sido uma boa decisão. Se verificarmos que ainda temos no plantel Fabiano (em convalescença), jogador experiente, do agrado de Sérgio Conceição, para não falarmos em João Costa, a contratação de Vaná torna-se mais obscura. O futuro será último juiz.
Centrais
Ou deveremos chamar antes a revolta dos patinhos feios? Exceptuando Felipe, qual imperador romano, que chegou, viu e venceu, todos os outros nomes do centro da nossa defesa já foram merecedores em determinada altura de um elevado nível de decibéis em impropérios. Por ironia do destino, com os contratos a aproximarem-se do fim, precisamos mais nós da boa fé deles, do que eles da nossa. Quer Marcano, Indi ou Reyes acabaram por se valorizar em tempos recentes, pelo que, quais abutres, existirão sempre equipas a torcer para que o contrato destes 3 jogadores caduque. Recorrendo à mais simples lógica, em equipa que vence, não se mexe! Pelo que a manutenção e renovação de Marcano é prioridade nº 1, 2 e 3. Entre Indi e Reyes, a pré-época diz-nos que o holandês leva alguma vantagem. Se somarmos a cobiça de emblemas espanhóis pelo mexicano, a sua saída torna-se mais óbvia. A surpresa da manutenção de ambos (e Marcano) no plantel, seria altamente nefasta. Ao contrário dos comentadores de Football Manager que abundam na internet, não me parece que manter 2 internacionais A no banco, tenha algo positivo para os próprios, ou para o grupo.
Laterais
Para surpresa (ou não) de muitos de nós portistas que exigiam Rafa na equipa, Alex Telles não parece muito disposto a dar-lhe a mínima oportunidade. Pela amostra, o brasileiro parece disposto a fazer uma época ainda melhor do que a da estreia. Não será por isso de estranhar a muita parca e tímida utilização da nossa promessa esquerdina, arriscando mesmo o prognóstico que a manutenção dele no plantel depende exclusivamente da saída, ou não, de Layun. Do outro lado, para fortuna das nossas cores, apreciamos uma luta titânica entre Maxi e Ricardo Pereira. O português é mais tudo. Ganha na técnica, na velocidade, na resistência. Além da vantagem de poder oferecer diversas nuances tácticas. Maxi só não perde na raça. Com ele no plantel, Ricardo saberá que terá sempre uma carraça a época inteira. Pena o salário de Maxi ser tão burguês. Algures por aqui andará Layún. Um jogador que em tempos personificava a raça do Dragão mas, ironicamente, desde que o seu passe foi adquirido, nunca mais vislumbramos o mexicano a um nível acima do banal mediano. Curiosamente, no site do FC Porto, aparece ainda Diogo Dalot como parte integrante deste plantel. Pelo gigantesco futuro que se espera deste lateral, a inclusão na listagem é um prémio e uma motivação amplamente merecida.
Meio-campistas
Sendo Danilo, Óliver e Otávio as jóias da coroa, e André André o carregador de piano útil e incógnito, todos os outros nomes têm em cima de si o estigma do ponto de interrogação. Em primeiro lugar da linha, Herrera, o capitão. Um dos patinhos feios mais mal amados da história do FC Porto. Talvez ainda pior que Semedo, não tivesse este a vantagem de não existirem redes sociais no tempo dele. Pelo terceiro ano consecutivo, os dias passam, e Herrera vai-se mantendo no plantel. Mais grave ainda, ao contrário de muitos que se equipam de azul e branco, mas sonham acordados com outros emblemas, este gosta mesmo de jogar no Porto. Que tal uma proposta radical... já que não o conseguimos vencer, juntemo-nos a ele! Afinal, ele foi um dos grandes responsáveis pela nossa última vitória na Luz. Não? Ok... também não me parece muito convincente. Com a saída de Rúben Neves, Mikel parece ter ganho o bilhete para se manter no plantel. Ninguém como ele reúne as características necessárias para substituir Danilo. A jogar à roleta russa, estarão decerto JC Teixeira e Sérgio Oliveira (ou os 2 simultaneamente). Confessando-me um detractor nato do Sérgio, surpreendeu-me o empenho e qualidade que demonstrou em terras mexicanas, pelo que não me admiraria que ocupasse a pole position na manutenção no plantel. A JC Teixeira reconheço uma imensa técnica e aquela sensação de que é capaz de tirar um coelho da cartola quando menos esperamos. Infelizmente para ele (e para nós), a sua capacidade de decisão contra os mexicanos esteve pavorosa. Simplesmente não conseguiu definir uma única jogada.
Extremos
Pelo que vimos dos jogos até ao momento, Sérgio Conceição parece inclinar-se mais para um modelo próximo do 4-4-2, do que o 4-3-3 clássico. Obviamente, paira sempre no ar a dúvida se esta opção deve-se ao momento de forma deprimente de Brahimi e Corona, ou pela crença pessoal. Caso o sistema de 2 avançados vigore, não faz sentido sobrecarregarmos os nossos quadros com uma posição onde se tem dois dos melhores jogadores a actuar em terras lusitanas. Mais importante do que aquisições, é colocar ambos a render o que eles sabem e podem fazer. Como alternativa existe sempre Hernâni. Se estivermos a falar do jogador que alinhou em Guimarães na temporada passada, temos um activo de peso para colocar os radares de velocidade a apitar desenfreados. Se for aquela amostra que temos visto na pré-temporada, mais vale vendê-lo numa qualquer promoção leve 2 pague 1. O técnico saberá decerto se vale, ou não, a aposta. A correr por fora encontra-se Galeno. É irreverente, tem qualidade, mas ainda lhe falta o arcaboiço necessário para os defesas manhosos da nossa liga.
Avançados
Não fossem algumas diferenças de pormenor na fisionomia, diria que Aboubakar é o irmão gémeo de Paulo Portas. Do irrevogável não volto, às exibições pujantes e cheias de garra do camaronês, foi um pulinho muito curto. Esperemos que tal como o suposto gémeo, não se afunde algures no decorrer da época em indecifráveis problemas existênciais. É indesmentível que avançados com a sua qualidade não são baratos, pelo que mesmo assumindo o risco da sua não renovação, mais vale aproveitar enquanto podemos, do que estourar 6 milhões num pinheiro qualquer. De pedra e cal encontra-se Tiquinho. Seja qual for o sistema táctico, Soares é sinónimo de dores de cabeça para qualquer defesa. Só não o coloquem numa ala. Sem dúvida a nossa primeira escolha. No banco, Rui Pedro é um jovem de imensa qualidade. Poderá acrescentar sempre algo à equipa. Algures estará Marega... ou talvez não? Só o Treinador o saberá. Talvez este seja o sector que ofereça mais dúvidas. Se jogarmos em 4-4-2, ter apenas 3 avançados no plantel parece-me muito curto. Há castigos, há lesões, há baixas de formas... estamos a correr um grande risco num sector que nos tem custado vitórias (e títulos) nos últimos anos. Outorgar a responsabilidade de jogos encravados a Marega ou Rui Pedro parece-me optimismo exarcebado.
Treinador
Sérgio Conceição não defraudou a imagem que dele se tem. Corajoso ao limite. Abdicou de umas férias tropicais num clube onde era bem pago, e idolatrado pelos adeptos, para aterrar no olho da tormenta, a ganhar muito menos, e com a certeza que caso tenha 2 ou 3 maus resultados consecutivos, passará das boas graças aos apupos. Estou à vontade para dizer que não seria a minha escolha inicial. À vontade também estou para assumir que até ao momento está a agradar-me o seu trabalho. Nomeadamente ao nível do grupo. De tantos jogadores com um pé fora do Dragão, ele tem-los convencido a suar a camisola nos treinos. A face mais visível deste esforço será Aboubakar. Numa coisa já ganhou o nosso apreço: É bom termos dispensado o sarcófago!
Entrando em óbvias comparações com o plantel da época passada, aparentemente estamos ligeiramente mais fracos. Se Ricardo Pereira vem dar competitividade ao lado direito, e pela sua frescura talvez possa acrescentar algo mais que as pernas de Maxi já não dão, a verdade é que na frente de ataque estamos mais fracos. Jota e André Silva foram responsáveis por 30 golos na época que acabou. Aboubakar numa boa época faz 20. Assim como Soares. A não acontecer nenhuma novidade, resta-nos esperar que Sérgio Conceição consiga que o resto da equipa aumente a sua veia goleadora... ou descortine-mos uma excelente solução de banco, como um dia Ernesto Farías o foi.
Por último, e não menos importante, o desejo de rápidas melhoras ao NOSSO Presidente.
Cumprimentos Portistas.
Nunca gostei do Farías, era daqueles jogadores que me irritava (não tanto como o Herrera ainda assim), parecia que nao se esforçava, e lá ia marcando uns golos!! A verdade é que hoje em dia dou por mim a pensar tantas vezes: "que jeito nos dava um Farias... entrar aos 70' e meter um golo!"
ResponderEliminarBoa análise. Deixo aqui o que acho que poderá ser o plantel:
GR (3) - Casillas, Vána, João Costa (rodar na B)
Defesa (8):
LD (2) - Maxi, Layun (caso saia algum - Dalot)
LE (2) - Telles, Rafa
DC (4) - Marcano (manter mesmo que renove), Felipe, Reyes (caso nao renove vender e ir ao mercado), Jorge Fernandes (rodar na B)
Meio campo (6):
MD (2) - Danilo, Mikel
MC (2) - André, S. Oliveira/Contratação
MO (2) - Oliver, JC Teixeira
Avançados (8):
ED (2) - Ricardo, Corona
EE (2) - Otávio, Galeno (rodar na B e também há Ismael Diaz)
SA (2) - Aboubakar (manter mesmo que renove), Contratação (jogador que também jogue a extremo)
PL (2) - Soares, Rui Pedro (rodar na B)
Neste momento teríamos o seguinte:
11 titular - Casillas; Maxi, Felipe, Marcano, A Telles; Danilo, Oliver, Ricardo, Otácio; Aboubakar, Soares
Banco - Vana, Reyes, Layun, André JC Teixeira, Corona, Rui Pedro
Muito importante renovar com Marcano e Aboubakar, pôr grande parte dos esforços aqui! Tentar também renovar com Reyes, caso nao seja possivel vende-lo e ir ao mercado.
Imperativo vender o Herrera duma vez por todas, não acrescenta nada à equipa e já passou há muito a hora de ir embora. Tentar também a venda do Brahimi, precisamos do dinheiro e com Otávio em claro crescimento e mais entrega ao jogo, não faz sentido deixar o argelino no banco.
Ricardo deve jogar como extremo, e resolvemos o problema tanto do extremo como do Maxi, ficamos com um corredor direito muito forte! Layun ficaria pois pode fazer de lateral e extremo à direita e à esquerda.
S. Oliveira pode eventualmente ficar devido às inscrições na LC, esteve bem nos jogos do México, é um médio com caracteristicas diferentes dos outros, remate forte de longa distancia, bom nas bolas paradas. Se não ficar devemos ir ao mercado.
Vendas - Brahimi 30M; Herrera 15M; Indi 12M; Hernani 5M; Marega 3M - total 65M
Dispensados - Quintero 8M; Josué 4M; Adrian 4M; Suk 2M; Bueno 1M; Abdoulaye 1M - total 20M
Empréstimos - José Sá (precisa de jogar para crescer), V. Garcia, J. Fernandes, Inácio, Fede Varela, G. Paciência e outros que me possa estar a esquecer mas precisem de minutos em equipas de 1ª liga.
Contratações - Avançado que jogue também a extremo e nº 8 caso saiam S Oliveira e Herrera.
Um abraço,
GPR
Ismael Diaz foi devolvido á procedência...
EliminarNeste preciso momento aguardo, aguardo sem grandes esquemas, confio no Sérgio, acredito no Sérgio e sei que o Sérgio vai conseguir fazer omoletes com os bons ovos que alguns desperdiçaram. Ela ainda não deixou o futebol, sabe mais disso com os olhos fechados que nós de olhos abertos. Tenham confiança e aguardem os resultados. Saudações portistas
Eliminarprimeira impressão é de facto muito positiva... passemos à segunda fase, a da maturação... e por fim, a fase adulta... há muito, muito, muito tempo, que não estavam reunidos todos os alicerces para se atingir a felicidade... acreditar, é obrigatório!
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