30 agosto, 2017

UM FC PORTO QUE DÁ GOZO!


Neste meu regresso pós-férias às lides bloguísticas irei fazer um exercício um pouco diferente do habitual. Ao invés de pegar num tema, enquadrá-lo e desenvolvê-lo conforme normalmente faço nestes meus textos, vou simplesmente partilhar uns pensamentos soltos, uma vez que mesmo com a alma cada vez mais quente os motores ainda estão frios para exercícios mais elaborados. E então cá vamos:
  • Se já tinha essa expectativa desde a sua escolha o jogo de Braga trouxe-me um fortíssimo feeling que temos treinador. O Sérgio Conceição para já pode não ter feito mais do que um Paulo Fonseca em termos de resultados mas ter um timoneiro que sabe ler o que o jogo precisa, que mexe consoante as necessidades e não por dogmas, que no final fala dos jogos que todos vimos e não de uma qualquer realidade paralela que só aconteceu na sua cabeça e que não se deixa inebriar porque está a treinar o Casillas como o outro com o Lucho só pode querer dizer algo de bom. É muito cedo porque ainda nem tivemos um deslize para ver de que massa é feito? Claro que sim, mas este é o meu feeling e feelings não se discutem!

  • Provavelmente o mercado ainda terá reforços mas dá-me um enorme gozo em ver os mouros e companhia a ridicularizarem a falta de contratações no FC Porto. Coitados, ao fim destes anos todos ainda não perceberam que infelizmente para nós parece que quanto maior é a folga maiores as asneiras? Foi assim no pós Penta (Argeis, Alessandros e Rúbens Junior, entre outros craques com o dinheiro inicial da SAD…), foi assim na ressaca de Gelsenkirchen ou durante o tetra de 2006-2009, em que enchíamos o plantel de gente que não serviu para absolutamente nada. Não devíamos ter chegado ao ponto da UEFA ter alguma coisa a dizer sobre a forma como somos geridos? Não. Mas se é este o preço a pagar para voltarmos a ter alguma racionalidade no Clube sinceramente é para o lado que durmo melhor!

  • “Somos menos, com menos meios e temos telhados de vidro, não podemos contra-atacar com eficácia, eles desmontam-nos logo…” dizia-me alguém com algum peso no FC Porto há uns anos. Bullshit! Se há coisa que os últimos meses mostram é que não há um FC Porto a sério sem o espírito de luta, sejam quais forem os adversários ou os riscos que possamos correr. Acham que o “Mar Azul” surge apenas pelo que se passa nos relvados? Pela adoração à direcção do Clube? Pela confiança em jogadores e treinador? O tanas, tudo isto acontece desde o final de 2016 porque finalmente temos razões e gosto em ir à luta, já que deixamos de ver as cúpulas do Clube a terem uma postura de “mansos”, de quem tudo come e tudo cala. E afinal somos muitos mais do que alguns “estrategas” pensavam, já que pelo que temos visto até temos algum impacto neste Portugalzinho! E no meio de toda a surpresa e desabituação os lá em baixo até tremem, porque o que o Francisco J. Marques, o Universo Porto e todos nós estamos a fazer é aquilo que todos os Portistas são obrigados a fazer até ao final dos seus dias sob pena de nunca mais voltarmos a ganhar nada de jeito: não dar tréguas a ninguém, custe o que custar, porque enquanto vivermos neste país profundamente centralista e de provincianos emigrados deslumbrados na capital nada funcionará verdadeiramente bem nem no Futebol nem no resto da sociedade!

  • É tão bonito ver os novos projectos de defesa do Clube a brotar quase todos os meses, a juntarem-se aos que fizeram a tão penosa “travessia do deserto” pós Apito Dourado… Ver tanta gente a dar a cara nas redes sociais para expor o Polvo ao ridículo da sua existência e dos seus procedimentos supostamente invencíveis… E no meio disto tudo ainda se podem achar com sorte: se o nosso Presidente tivesse menos 20 anos então é que eles iam levar tantas que nem em 10 anos se levantariam!
E está partilhado o essencial, que é hora de ver se o “There will be blood” do Francisco J. Marques era a sério ou era só mesmo para os pôr a tremer umas horas…

Mas aconteça o que acontecer um coisa é certa: poucas coisas nos dão mais gozo do que ter deixado de ser o alvo fácil e ter passado ao ataque, seja no campo ou fora dele, como nos bons velhos tempos!

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