FC PORTO-LEIPZIG, 3-1
Que grande noite europeia no Dragão! O FC Porto passou com grande distinção um teste de fogo, apesar das várias contrariedades com que a equipa de Sérgio Conceição se depara jogo após jogo.
Não bastava o facto do plantel portista ser curto e limitado em termos de opções, ao Dragão acontece de tudo. Ficou sem Marega no início da partida e viu Corona ir pelo mesmo caminho perto do fim do jogo. Não há ninguém que resista! Isto para não falar da ausência prolongada de Soares que continua a recuperar de uma lesão, bem como de Otávio.
Sérgio Conceição dizia na véspera do jogo que no banco de suplentes para a frente de ataque só lhe restava Hernâni. E agora o que vai dizer antes do jogo contra o Belenenses? Marega é carta fora do baralho e Corona estará em dúvida.
O treinador portista anda a fazer omeletes sem ovos. E mais não se lhe pode exigir. Com o primeiro lugar na Liga NOS onde perdeu apenas dois pontos em 10 jornadas, num empate em Alvalade e com seis pontos conquistados na Liga dos Campeões o que lhe dá um 2º lugar até ao momento, ao FC Porto actual só se lhe pode soltar loas.
O jogo começou bastante bem para os azuis-e-brancos. O FC Porto conseguiu bloquear a arma forte do Leipzig: o jogo vertical pelo corredor central. E depois disso, conseguiu construir o seu jogo. Aos 5 minutos num pique, Marega sentiu uma pontada na perna. Assistido fora das quatro linhas, o maliano regressaria ao relvado mas por pouco tempo. Aos 13 minutos numa arrancada, o jogador portista conquistou um canto mas teve que sair. O FC Porto tinha que mudar a sua estratégia. A. André entrou para o seu lugar o que obrigou o FC Porto a mudar o 4x4x2 para o 4x3x3.
Na sequência do canto conquistado por Marega, os Dragões chegaram ao golo. Canto cobrado na direita por Alex Telles, Herrera de cabeça assiste Danilo, este devolve ao mexicano que atirou com força para a baliza. Estava aberto o marcador.
Depois do golo, o FC Porto teve que suster a reacção germânica. Foi preciso defender bem e não dar espaços sob pena de sofrer um golo. Ao intervalo, o resultado registava 1-0 para os Dragões. Os alemães revelavam-se uma equipa intensa, rápida e poderosa que, apesar de não traduzir esse domínio em oportunidades, foi uma verdadeira ameaça para o FC Porto.
Na segunda parte, o Leipzig operou substituições. Um deles foi Werner que logrou empatar o jogo. Estavam decorridos 49 minutos quando o jogador da equipa alemã desmarcado, apareceu isolado e picou a bola por cima de José Sá. Sentiu-se algo complicado a pairar no Dragão. Mas o FC Porto não desarmou.
Sérgio Conceição ao intervalo fez alguns ajustes tácticos o que permitiu ao FC Porto ter a capacidade de reagir e chegar à baliza adversária. Aos 61 minutos na cobrança de um livre, Alex Telles colocou a bola na área contrária e Danilo, de cabeça, colocava o FC Porto novamente na frente do marcador. Era a loucura no Dragão!
A partir daqui o FC Porto passou a controlar a partida e o Leipzig já não se revelava aquela equipa temível, perigosa e ameaçadora que se viu no jogo da Alemanha e na primeira parte deste jogo.
A terminar o jogo, o Leipzig tentava tudo por tudo para chegar ao empate mas o FC Porto em contra-ataque acabou com o jogo. Aboubakar recuperou uma bola a meio campo, lançou Maxi que, isolado e perante o guardião contrário, rematou para o fundo da baliza.
O jogo terminaria pouco depois. O FC Porto alcançou um excelente resultado perante uma equipa poderosíssima, uma equipa candidata a vencer o campeonato alemão e provou a toda a Europa que, sem lesões, é capaz de almejar a vôos mais altos na Champions League.
Os Dragões regressaram ao trabalho no imediato para preparar o jogo com o Belenenses a realizar-se neste Sábado no Estádio do Dragão. Sem Soares, Otávio e Marega, o FC Porto terá ainda de enfrentar as menos de 72 horas de recuperação em relação ao jogo contra os alemães.
* por motivos de força maior, esta crónica não foi colocada com o devido tempo. As minhas desculpas.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: “Os meus jogadores estão de parabéns”
Tudo como planeado
“Foi um jogo seguro da nossa parte. Trabalhámos de forma a não sofrer como sofremos na Alemanha. Condicionámos muito um dos pontos fortes desta equipa, que joga muito bem pelo corredor central, obrigando-o a jogar mais por fora. Na primeira parte apenas criou a situação do livre em que o José Sá faz uma excelente defesa. Também sabíamos que a intensidade que tem se ia perder com o decorrer do jogo. Tínhamos isso planeado.”
Plano seguido à risca
“Em termos de equilíbrios e nuances táticas do jogo, estivemos sempre muito equilibrados, sabíamos o que estávamos a fazer, que espaço ocupar. É de louvar este espírito de sacrífico dos meus jogadores, que interpretaram na perfeição o que foi preparado para o jogo. Os meus jogadores estão de parabéns. Foi uma vitória merecida da nossa parte.”
Bolas paradas decisivas
“É mais um momento do jogo importante. Por vezes quando os jogos são muito equilibrados são essas situações que desbloqueiam o jogo. Tínhamos feito dois golos na Alemanha nessa situação, hoje voltámos a fazer. É trabalho da nossa parte em informar os jogadores e grande mérito dos jogadores, que o fizeram bem.”
A lesão de Marega
“Tínhamos preparado jogar declaradamente com dois homens da frente. Infelizmente magoou-se, obviamente estamos preocupados. O plantel não é muito largo em soluções, mas acredito muito nos jogadores que tenho.”
As contas da Champions e do jogo de sábado
“Aqui não pensamos na possibilidade de perder. Sabemos que se fizermos o que podemos e devemos fazer estamos mais perto da vitória. Vamos fazer tudo por isso. Agora vamos pensar no Belenenses. À hora que estou aqui a falar não faz 72 horas (jogo de sábado começa às 20h30 e o jogo com o Leipzig acabou por volta das 21h30). Acho que prejudica. Vamos jogar sábado e temos pouco tempo de recuperação. Eu entendo a televisão e o poder que tem sobre os horários, mas é inadmissível que joguemos no sábado.”
RESUMO DO JOGO
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