GUIMARÃES-FC PORTO, 0-1
O último jogo dos Dragões na presente época a contar para a derradeira jornada da Liga NOS tinha pouca coisa em jogo. O V. Guimarães estava com a sua situação definida na classificação e com mais ponto, menos ponto, mais um lugar acima ou abaixo, nada mudaria o seu destino. Os Dragões tinham como objectivo igualar o recorde de pontos da Liga NOS em 34 jogos. E depois tentar terminar a prova com uma vitória e fazer a festa com os adeptos que se seguiu nos Aliados.
Sérgio Conceição fez seis alterações no onze em relação ao último jogo. Na baliza surgiu Vaná. Na defesa, Maxi rendeu Ricardo Pereira e Felipe, regressado de castigo, substituiu Reyes. No meio-campo, Óliver apareceu no lugar de Sérgio Oliveira e na ala direita Corona foi opção em detrimento de Otávio. Por fim, na frente de ataque, Gonçalo Paciência fez o papel que, muitas vezes, cabe a Soares.
A primeira parte do jogo foi algo pobre. As equipas jogaram com pouca velocidade. O FC Porto dominou territorialmente e o V. Guimarães espreitava o contra-golpe, jogando no erro do adversário. Em termos de oportunidades de golo, nesta fase inicial, a equipa da casa aproveitou dois erros no meio-campo portista para lançar o conta-ataque mas os vimaranenses, na hora de atirar à baliza, desperdiçaram o ensejo de abrir o marcador. Pelo seu lado, o FC Porto ficou-se por um remate fraco mas colocado de Óliver que Miguel defendeu para canto e por um remate à meia-volta de Paciência, dentro da área, que saiu a rasar a trave.
Ao intervalo, Sérgio Conceição deve ter despertado toda a equipa. Os Dragões mudaram o “chip” e começaram a acercar-se mais da baliza vitoriana. No entanto, as oportunidades de golo ficaram-se por um bom remate de Maxi, sacudido para canto por Miguel e por um cabeceamento, com relativo perigo, de Herrera ao lado da baliza contrária. O técnico portista colocou em campo Soares e, mais tarde, A. André nos lugares de Paciência e Corona respectivamente.
Até que aos 69 minutos, na cobrança de um livre a castigar um derrube sobre Brahimi, Alex Telles efectuou um cruzamento com régua e esquadro e Marcano, na zona de pontapé de penalti, cabeceou ao ângulo superior da baliza vitoriana. Depois do golo, o FC Porto baixou as linhas, controlou o jogo mas o V. Guimarães não conseguir esboçar qualquer reacção.
Foi altura de Sérgio Conceição fazer a última substituição. Fabiano, regressado de uma longuíssima paragem por lesão, regressou à competição, substituindo Vaná. O guarda-redes emocionou-se no fim do jogo e não deixou de agradecer a Sérgio Conceição esta oportunidade para se sagrar campeão após longa paragem. Diga-se de passagem que Fabiano é o único jogador deste plantel que tinha vencido o último campeonato em 2012/13.
O fim de jogo chegou pouco tempo depois. O FC Porto seguiu para o Dragão de onde arrancou, num autocarro panorâmico, para a Avenida dos Aliados. Aí deu-se a consagração dos campeões, onde a equipa iria ser recebida nos Paços do Concelho 19 anos depois da Autarquia ter aberto pela última vez as portas ao clube. Mas antes, toda a equipa foi invadida por um Mar Azul por toda a cidade, com o ponto alto a ser vivido no coração da cidade. Depois, Pinto da Costa seria galardoado com a Medalha de Honra da Cidade do Porto, numa cerimónia simples mas muito bonita.
Para terminar a noite, a taça foi exibida pelo plantel na varanda da Câmara Municipal ao imenso Mar Azul e, posteriormente, os jogadores foram chamados um-a-um para serem saudados por cerca de 250 mil pessoas presentes no Aliados.
Assim termino mais uma época ao serviço do Bibó-porto-carago, em defesa do FC Porto. Tenho a certeza de que, na próxima época, estarei cá com a vontade de sempre para continuar a escrever e a defender o nosso clube e, também, com a esperança de conquistar mais títulos onde a justiça, trabalho e seriedade estarão sempre presentes.
Boas Férias, CAMPEÕES!!!
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Hoje, tal como no Campeonato, fomos justos vencedores"
Título difícil, mas justo
“Foi um título muito suado, mas conquistado com toda a justiça do mundo. Foi uma época muito exigente a todos os níveis. Depois de confirmarmos o título na semana passada, o ambiente e a atmosfera foi diferente, por muito que alertássemos para a importância deste jogo. Defendemos uma instituição como o FC Porto e temos de entrar em todos os jogos para ganhar, por isso hoje não poderia ser diferente. Íamos encontrar um Vitória que também queria terminar a ganhar, por isso preparámos o jogo tentando manter os jogadores focados ao máximo. Controlámos o jogo, criámos mais ocasiões e fomos a melhor equipa em campo. Hoje, tal como no Campeonato, fomos justos vencedores. Foi um ano difícil, mas fomos recompensados pelo nosso trabalho e fomos justos campeões.”
O recorde dos 88 pontos
“É algo importante, mas o principal objetivo era ganhar o Campeonato. Se isso coincide com a máxima pontuação da história do clube, melhor ainda. Já disse muitas vezes que os números e as estatísticas não valem grande coisa, mas queria muito ganhar este jogo e fico contente por coincidir com a marca dos 88 pontos.”
O primeiro de muitos
“Acredito que, daqui a 10 anos, a imagem que os adeptos vão guardar de mim é a de treinador e não a de jogador. Que esta época se já o início de muitas conquistas e que este tenha sido o primeiro de muitos títulos.”
Vaná e Fabiano oficialmente campeões
“Não sou de dar prendas a ninguém. Todos os que jogaram mereceram jogar. O Fabiano foi incrível desde que começou a trabalhar connosco. Via a dedicação, o empenho e tudo aquilo que era o espírito do nosso balneário. Ele era o único elemento deste plantel que já tinha sido campeão no FC Porto. O Fabiano trabalhou muito para os 15 minutos que teve hoje.”
A importância dos adeptos
“Foi uma época inesquecível. Como já disse, é um título muito importante, um dos mais importantes dos últimos 30 anos. Partimos para este Campeonato atrás dos outros, mas os campeões somos nós. Toda a estrutura fez um trabalho magnífico e que nos permite estar a festejar com os nossos adeptos, que foram verdadeiramente essenciais para a nossa conquista. Agora falo para os adeptos: Este título é vosso. Costuma dizer-se que os adeptos são o 12.º jogador, mas não é, é o primeiro. Sem vocês, o clube não existe. Aquela saída para Lisboa, quando estávamos em segundo, tocou toda a gente. Essa envolvência entre equipa e adeptos foi essencial. Os adeptos sentiram que os jogadores eram como adeptos dentro do campo a defender as cores do nosso FC Porto.”
Mais um ano de contrato
“Vocês sabem o que sinto por este clube e que tenho mais um ano de contrato. O FC Porto é um grande clube e toda a gente que trabalha aqui está sujeita a ser falada para outros clubes.”
RESUMO DO JOGO
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