11 agosto, 2018

ESTREIA DE GALA.


FC PORTO-CHAVES, 5-0

O FC Porto fez a estreia na presente edição da Liga NOS com uma retumbante vitória e uma exibição de gala.

Sérgio Conceição, apesar do resultado e da primeira amostra, disse querer muito mais do que viu no relvado. Deixou um claro aviso à navegação de que para vencer a liga, o FC Porto vai ter que produzir mais.

O treinador portista colocou o onze com que iniciou o jogo da Supertaça e deu-se muito bem com isso. A entrada dos Dragões, no jogo, foi terrível para o Desportivo de Chaves. Muita pressão sobre a saída de bola condicionou a equipa transmontana.

Aboubakar, aos nove minutos, desperdiçou uma clamorosa oportunidade de golo, após cruzamento de Sérgio Oliveira. Cinco minutos volvidos, o camaronês compensou a equipa. Junto à linha de fundo da área flaviense, Otávio pressionou Ghazaryan, ficou com a bola e cruzou para área. André Pereira deixou passar o esférico, Aboubakar recebeu e atirou para o fundo da baliza. Estava aberto o marcador, num estádio em ebulição.


O FC Porto mostrava-se insaciável. Os Dragões queriam mais e as oportunidades sucediam-se. Maxi apareceu desmarcado na direita, cruzou atrasado e André Pereira, com tudo para ampliar o resultado, rematou ao lado do poste esquerdo de Ricardo.

Aos 20 minutos, os azuis-e-brancos aumentaram o score. A equipa portista, completamente balanceada para o ataque, tocava violino para os sócios. Combinação perfeita entre Sérgio Oliveira e Otávio, com o brasileiro a cruzar na direita e a assistir Aboubakar, na perfeição.

O Chaves não conseguia respirar. Parecia uma equipa de jogadores saídos de um filme de terror. Remetidos na sua defensiva, os flavienses eram incapazes de fazer o seu jogo. 

Logo a seguir e, no espaço de quatro minutos, Brahimi, o melhor em campo, desperdiçou duas oportunidades flagrantes. Primeiro, num remate de pé esquerdo a corresponder a uma assistência de Felipe. E depois, numa combinação com André Pereira, com a bola a passar em cima da linha de baliza.


A fechar a etapa inicial, o argelino marcou o golo merecido. “Slalom” à entrada da área e remate colocado com o pé direito, definiram o resultado de 3-0 ao intervalo.

A etapa complementar recomeçou como terminou o primeiro tempo. Carrossel portista em grande velocidade e oportunidades desperdiçadas em catadupa. Aboubakar foi o perdulário da noite com três boas oportunidades. A primeira no minuto inicial, com um cabeceamento sobre a barra; a segunda, oito minutos depois, num remate desviado, em última instância, por um defesa flaviense; a última aos 68 minutos, num remate para a bancada.

No entanto, aos 70 minutos, Corona deu um pouco de lógica ao resultado. O mexicano, acabado de entrar, interceptou um passe a meio-campo, cavalgou em direcção à área pela zona central, driblou Marcão e rematou fortíssimo, sem hipóteses para Ricardo.


O Desportivo de Chaves, completamente perdido em campo, não se via em termos ofensivos. Impotente, incapaz e completamente alheada do jogo, a equipa flaviense desejava que o jogo terminasse para regressar a Trás-os-Montes.

Mas a dois minutos dos 90, os flavienses viram o cenário ficar mais negro. Maxi Pereira foi à linha e cruzou para o coração da área. Sérgio Oliveira, numa tentativa de remate, colocou a bola na cabeça de Marius que fez o 5-0.

Destaques finais para mais uma exibição soberba de Maxi, para o regresso de Aboubakar aos golos e para uma exibição de gala da equipa azul-e-branca. No entanto, Brahimi foi a estrela da noite. O argelino foi o pior pesadelo dos flavienses. Criou jogo, rasgou a defesa contrária, desperdiçou golos e terminou com uma ovação do estádio.

O FC Porto desloca-se, no próximo Domingo, ao Estádio do Jamor para cumprir o jogo da 2ª Jornada da Liga NOS, diante do Belenenses.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Temos de fazer mais e melhor este ano"

Entrada forte
“Foi a entrada que nós queríamos, um pouco à imagem do que foi na época passada: uma equipa muito pressionante, a reagir muito rápido à perda de bola, a deixar pouco espaço ao adversário, e depois com uma dinâmica muito interessante na zona ofensiva. Com um pouco mais de agressividade ofensiva, o resultado podia até ser mais volumoso. Com bola, fomos uma equipa com uma dinâmica muito forte, com os jogadores a interpretarem muito bem o que foi preparado para este jogo. Hoje foi um daqueles jogos onde a equipa esteve muito forte nos diferentes momentos do jogo, associando sempre a parte ofensiva à parte defensiva.”

Dificuldades pela frente​
“Vamos encontrar dificuldades e não chega fazer o mesmo que na época passada. Temos de fazer mais e melhor este ano para conseguirmos ganhar. A ambição, a paixão, a alegria com que jogamos continua a mesma. A exigência também é a mesma e os jogadores estão totalmente comprometidos com isso.”


Máxima exigência
“O grupo é forte. Temos gente que quer trabalhar, que dá uma resposta adequada à minha exigência, ao meu rigor. Eles já sabem como eu sou e como o clube é, é um clube com uma exigência muito grande. Os jogadores estão muito comprometidos, com uma ambição e uma paixão muito grandes. Não preciso dos jogos para me darem confiança, o trabalho diário é que me dá confiança. Em relação aos jogadores ausentes, não me pronuncio. O jogador mais importante do FC Porto é a equipa. Só dessa forma poderemos criar um grupo forte.”

O mesmo onze
“São escolhas que eu faço em função do que é o jogo, da resposta que os jogadores me dão e da estratégia. O Corona entrou muito bem mais uma vez, o Marius entrou bem, o Adrián entrou muito bem. Se ficou um dissabor da minha parte, foi pelo Adrián não ter conseguido fazer o golo na oportunidade que teve.”

Elogios para Adrián López
“Ele tem feito com que seja uma aposta, porque trabalha de uma forma muito séria. É um jogador que nos dá coisas diferentes em relação aos outros avançados. Fiquei triste por ele não ter feito o golo, porque merecia. É um jogador que conhecia por ter jogado em outros clubes e com certeza que da forma como está a trabalhar agora, tem lugar no plantel, sem dúvida nenhuma.”

Mar Azul
“É bom ver esta sintonia, esta empatia que existiu sempre durante a época passada, sentir esta confiança, este envolvimento por parte do público, é sinal que estão connosco e que se revêm na forma como trabalhamos. Todos juntos somos mais fortes.”



RESUMO DO JOGO

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