SANTA CLARA-FC PORTO, 1-2
A vitória do FC Porto, esta noite, em S. Miguel valeu mais pelo resultado do que pela exibição. Os Dragões escaparam à perda de dois pontos num voo atribulado aos Açores. Primeiro porque a sorte e a confiança continuam ao lado da equipa de Sérgio Conceição e depois porque a entrega destes jogadores é inexcedível, mesmo não estando nas suas melhores noites.
O relvado mole, pesado e em mau estado, com o decorrer do jogo, pode explicar parte das dificuldades do FC Porto, mas não pode ser elemento justificativo para a exibição pouco convincente da equipa. Sérgio Conceição apostou num 4x3x3, com Casillas na baliza, com a habitual defesa Corona-Felipe-Militão-Telles, trio do meio-campo com Danilo-Herrera-Óliver e outro trio atacante Brahimi-Soares-Marega.
Os Dragões até começaram muito bem o jogo. Nos primeiros dez minutos, os azuis-e-brancos criaram três oportunidades soberanas de golo, duas delas por Marega, mas o Guarda-redes Marco estava inspirado. A equipa portista não deixava respirar o Santa Clara e reagia muito rapidamente à perda de bola em zonas avançadas do terreno. Vimos um Santa Clara completamente manietado na teia portista.
Depois, a equipa açoriana soltou-se das amarras azuis-e-brancas e conseguiu esticar o seu jogo. No entanto, aos 22 minutos surge o primeiro lance de VAR. Herrera cabeceia na pequena área e é atingido pelo Guarda-redes contrário, ficando um penalti por marcar. O árbitro pára o jogo e vai visualizar o lance. A jogada, no entanto, inicia-se com uma falta de Brahimi e, por esse motivo, o penalti já não conta para a análise.
Quatro minutos volvidos, a equipa da casa criava a sua grande oportunidade de golo, para além do golo. Jogada de contra-ataque, com Patrick a desviar-se de Casillas e a rematar para a baliza. Éder Militão, na passada, corta a bola “in extremis”. Três minutos depois, o FC Porto marcava por Soares mas o golo era anulado por fora de jogo do avançado portista.
Aos 38 minutos, os açorianos adiantam-se no marcador. Chrien, desmarcado na direita, no limite do fora-de-jogo, cruza e Zé Manuel bate Casillas de cabeça. O lance é legal, mas exigia a ida ao VAR. O FC Porto acusou, positivamente, o golo do Santa Clara. Investiu ainda mais na baliza ocupada por Serginho que entrou para o lugar de Marco, entretanto lesionado.
Em tempo de compensação da primeira parte, Óliver rematou fortíssimo ao ângulo inferior da baliza do Santa Clara, mas o Guarda-redes encarnado sacudiu a bola. Marega recuperou de costas para a baliza e cruzou para Soares. O brasileiro fez o resto, empatando a partida. Um golo importante e muito festejado no banco portista.
Ao intervalo, Sérgio Conceição quis atacar logo o problema do empate e operou uma substituição. Óliver ficou no banco e Otávio entrou para abrir a frente de ataque. Foi por aqui que o FC Porto chegou ao 2-1, mas também por aqui perdeu o domínio e o controlo da partida.
Danilo e Herrera tiveram que batalhar contra quatro jogadores contrários na zona do miolo. Os Dragões marcaram aos 56 minutos de jogo por Marega, na recarga a um remate de Soares, mas só aos 80 minutos é que Sérgio Conceição equilibrou a zona do meio-campo com a entrada de Sérgio Oliveira. Durante mais de meia hora, o FC Porto desgastou-se completamente e esteve por diversas vezes sobre a ameaça do empate. O jogo estava permanentemente a desenrolar-se no meio-campo portista.
Voltando ao golo dos azuis-e-brancos, o árbitro voltou ao VAR para analisar o lance por possível falta de Soares. No entanto, depois de visto e revisto o lance, Soares e Patrick agarraram-se mutuamente e o lance prosseguiu de uma forma natural e legal. A haver falta teria que ser sancionada primeiro ao jogador do Santa Clara. Ora, isso iria beneficiar o infractor.
Até ao fim do jogo, o Santa Clara “apertou” o FC Porto junto à sua área, fez uma forte pressão sobre a equipa de Sérgio Conceição que não conseguiu sair a jogar. A única excepção foi um contra-ataque de Marega, perto do fim, com o maliano a perder o controlo da bola junto à grande área. Os açorianos, pelo seu lado, obrigaram Casillas a duas defesas apertadas.
No fim salvaram-se os três pontos, num jogo em que Felipe e Casillas estiveram em grande destaque. O central brasileiro esteve imperial a defender e nas dobras a Corona. O Guarda-redes espanhol foi, mais uma vez, determinante em certos momentos com defesas de grande nível.
O FC Porto regressa de imediato ao trabalho pois na próxima Terça-feira recebe o Moreirense para a Taça de Portugal. A Liga NOS regressa no próximo Domingo, com o FC Porto a defrontar o Rio Ave também no Estádio do Dragão.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "A equipa não se cansa de vencer"
Mudanças para procurar a vitória
“Sabíamos do poderio desta equipa, apesar de não estar a fazer resultados condizentes com a sua qualidade. Os primeiros 15 minutos foram bons mas não fizemos golo e acabámos por sofrer, num campo pesado, difícil de se jogar. Fomos à procura do golo, conseguimos fazê-lo antes do intervalo e as mudanças foram no sentido de procurar a vitória. Não por o Óliver estar a jogar mal, mas porque precisávamos de coisas diferentes.”
Triunfo justo contra um bom adversário
“É uma vitória justa contra uma equipa difícil, que nos criou sempre dificuldades, que nos fez estar sempre alerta. Dou os parabéns aos jogadores, merecemos esta vitória. A nossa equipa não sabe gerir o jogo, ter posse de bola passiva e deixar o jogo correr. Somos uma equipa que está sempre a olhar para a baliza adversária.”
Equipa com caráter e personalidade
“Dou os parabéns pela entrega às duas equipas. Conseguimos uma vitória importante, faz parte da nossa caminhada no objetivo mais importante, que é o campeonato. Esta é uma equipa com caráter, com personalidade e também com uma maturidade muito interessante. Ninguém está acima de nós nas competições internas.”
Sempre à procura de mais e melhor
“A equipa não se cansa de vencer, estamos sempre à procura de mais e melhor. Isso demonstra o caráter do grupo. A meta era hoje ganhar o jogo e já na viagem começar a pensar no jogo de terça-feira, um jogo para a Taça de Portugal, que também é um objetivo importante para nós.”
RESUMO DO JOGO
pois, o porto esta por um fio e prestes a perder um jogo ou mais, jogadores cansados, jogo nao controlado, a tal justificaçao de SC de que a equipa nao sabe ter posse, segurar e gerir o jogo escolhendo sempre a baliza adversaria começa a parecer a demostraçao de quen SC afinal continua teimoso. So umplantel com o dobro dos jogadores e todos do mesmo nivel seria capaz de aguentar este tipo de jogo que afinal ate vai dando para ganhar mas nao deslumbra e começa a dar alento aos adversarios. ESTAMOS OUTRA VEZ MAREGA MAIS CASILLAS MAIS 9, os jogos vao suceder se , jogos dificeis, terrenos dificeis´com condiçoes climaterica mas, Corona mostrou no golo que nao tem rotinas de def direito, brahimi contoinua a desgastar se sem proveito, soares alem da força fisica e jogo e cabeça esta demasiadas vezes em fora de jogo e com os pes e uma desgraça, SC tem de jogar com todos os jogadores, afinal mbemba veio para que? bazoer? jorge? sera que leiote a def central e militao a def direito nao nos daria muito mais eficacia? Sera que vem Pepe? Este tipo de futebol ou se marcam 1,2,3 golos quando as oportunidades surgem como na turquia ou sera dificil ganhar.
ResponderEliminarAí está o vidente de volta! À falta de uma derrota, volta nas vitórias com exibições menos boas para cascar no treinador. Mas você tem algum problema com o SC? Ou a sua intenção é outra?? Sinceramente já começa a meter impressão. Se fosse fácil, estava lá você e não o sérgio Conceição. Nem vou perder tempo a desmontar os seus argumentos fraquíssimos. Quer jogar com suplentes e manter sempre o mesmo nível? Lamento desiludir, mas nem todas as equipas têm essa capacidade. Todos os jogadores são maus para si, mas eles lá vão marcando uns golitos. Se você fosse alguém que olhasse para os jogos do FC Porto com olhos de ver, bastava reparar que não é fácil pedir à boca cheia uma exibição de gala a uma equipa que vinha de 12 vitórias seguidas (com o desgaste físico e mental que isso acarreta) e de um jogo de champions em que, apesar de jogar sem alguns titulares foi um jogo que exigiu muito dos jogadores, e já para não falar que estava a jogar num campo pesado e contra uma equipa que em casa tem feito boas exibições e que tinha a motivação extra de ser a primeira a parar o FCP de conseguir um registo de 13 vitórias seguidas esta época. Se o futebol fosse uma ciência exata, não metia piada nenhuma. Mas para si o mal de tudo é o SC, enfim.
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