Ponto prévio, e pela enésima vez: revejo-me muito na mística que tem vindo a ser devolvida ao nosso mágico clube pelo Mister Sérgio Conceição. Revejo-me ainda mais na sua competência, na sua qualidade, na sua humildade, na sua vontade de querer sempre mais e de nunca estar satisfeito. Sim, era tudo o que precisávamos para recuperar a nossa força e a nossa posição. Podemos até, por vezes, discordar do estilo atlético e de força que impõe em detrimento, por vezes também, de maior critério e outras ideias, mas inegáveis e louváveis são o sucesso e a liderança que ele tem demonstrado em colocar-nos de novo na posição de maior potência futebolística nacional.
Na Final da Taça da Liga, todos sabemos que o desfecho merecido seria outro. Todos sabemos que o adversário quis jogar mais uma vez como uma equipa pequena, a tentar empurrar o jogo para os penalties, onde de facto têm demonstrado maior competência que a nossa equipa em tantas outras ocasiões. Aquela derrota foi algo que não estava, de todo, no guião, nem tão pouco espelhou o que se passou na competição e mais concretamente ainda na final da mesma.
As palavras do nosso mister na conferência de antevisão do jogo contra o Belenenses são também quase todas elas justificáveis e reflexo do sentimento de todos nós. De facto, ele não foi contratado para ficar “na boa” quando perde. Não é disso que se trata. Também não é da reação irrefletida e condenável, ainda que a quente e a reagir a insultos e provocações, de Diamantino Figueiredo. Não é disso que se trata, de todo. Trata-se, isso sim, de alguma angústia por termos recolhido aos balneários sem esperar que os vencedores levantassem a taça. Dir-me-ão alguns que o fair-play é uma treta. Sim, é. Neste país, e ainda mais neste desporto.
Aos que gostam também de ténis, relembro o discurso de campeão de Rafael Nadal após a sua derrota no Open de Austrália, logo no day after do episódio de que me estou a queixar.
Acham que Nadal gosta de perder? Não é ele um campeão à escala planetária? Pois bem, era de uma coisa parecida a esta que eu estava à espera do meu clube, uma reação melhor e diferente daquela que têm todos os outros. Não quero ver desculpas da treta do que fazem os vermelhos, os verdes, os laranjas, os brancos, os xadrezes, e todos os outros que tais, em momentos semelhantes. Existiria reação mais nobre, leal, invicta, do que termos ficado no relvado? Mesmo que isso tivesse custado horrores, pois que depois certamente Sérgio Conceição saberia catapultar à mesma a reação desejada nos seus comandados. (que se viu no jogo com o Belenenses, diga-se)
Por favor, não sejamos iguais aos outros. Somos de longe o clube português mais galardoado internacionalmente, o único que tem, em época de democracia, colocado em causa o domínio dos tubarões do dinheiro que habitam no velho continente. O único verdadeiramente internacional, grande nessa escala. Quantos exemplos precisam mais? Lembrem-se, por exemplo, do festival que os nossos adeptos deram em Anfield Road na época passada, logo depois de termos aviado -5 em nossa casa. Eles agora até adaptaram a nossa música. É isso que nos torna maiores que os outros, verdadeiramente grandes. Ou acham que teria sido melhor irmos lá partir aquilo tudo, porque zangados e revoltados com a derrota da 1ª mão?
Sim, eu também fico fodido, revoltado e a dormir mal quando perco assim. E ninguém quer ver outra coisa diferente nos nossos dirigentes, treinadores e atletas. Mas o escudo que eles levam ao peito, esse, merece outra dignidade, outra elevação, outra humildade. Só isso sublinhará de forma justa a nossa superioridade. Da próxima vez que acontecer algo parecido, reajam de forma diferente, melhor, superior. Se lideramos no campo, porque não liderar no resto também, e fazer deste desporto algo maior? E ensinar aos de cá do burgo como devem ser as coisas, também. Não sejamos iguais a todos os outros. Os maiores não são assim, não podem ser.
... a ganhar ou a perder. Temos de ser melhores.
Na Final da Taça da Liga, todos sabemos que o desfecho merecido seria outro. Todos sabemos que o adversário quis jogar mais uma vez como uma equipa pequena, a tentar empurrar o jogo para os penalties, onde de facto têm demonstrado maior competência que a nossa equipa em tantas outras ocasiões. Aquela derrota foi algo que não estava, de todo, no guião, nem tão pouco espelhou o que se passou na competição e mais concretamente ainda na final da mesma.
As palavras do nosso mister na conferência de antevisão do jogo contra o Belenenses são também quase todas elas justificáveis e reflexo do sentimento de todos nós. De facto, ele não foi contratado para ficar “na boa” quando perde. Não é disso que se trata. Também não é da reação irrefletida e condenável, ainda que a quente e a reagir a insultos e provocações, de Diamantino Figueiredo. Não é disso que se trata, de todo. Trata-se, isso sim, de alguma angústia por termos recolhido aos balneários sem esperar que os vencedores levantassem a taça. Dir-me-ão alguns que o fair-play é uma treta. Sim, é. Neste país, e ainda mais neste desporto.
Aos que gostam também de ténis, relembro o discurso de campeão de Rafael Nadal após a sua derrota no Open de Austrália, logo no day after do episódio de que me estou a queixar.
Acham que Nadal gosta de perder? Não é ele um campeão à escala planetária? Pois bem, era de uma coisa parecida a esta que eu estava à espera do meu clube, uma reação melhor e diferente daquela que têm todos os outros. Não quero ver desculpas da treta do que fazem os vermelhos, os verdes, os laranjas, os brancos, os xadrezes, e todos os outros que tais, em momentos semelhantes. Existiria reação mais nobre, leal, invicta, do que termos ficado no relvado? Mesmo que isso tivesse custado horrores, pois que depois certamente Sérgio Conceição saberia catapultar à mesma a reação desejada nos seus comandados. (que se viu no jogo com o Belenenses, diga-se)
Por favor, não sejamos iguais aos outros. Somos de longe o clube português mais galardoado internacionalmente, o único que tem, em época de democracia, colocado em causa o domínio dos tubarões do dinheiro que habitam no velho continente. O único verdadeiramente internacional, grande nessa escala. Quantos exemplos precisam mais? Lembrem-se, por exemplo, do festival que os nossos adeptos deram em Anfield Road na época passada, logo depois de termos aviado -5 em nossa casa. Eles agora até adaptaram a nossa música. É isso que nos torna maiores que os outros, verdadeiramente grandes. Ou acham que teria sido melhor irmos lá partir aquilo tudo, porque zangados e revoltados com a derrota da 1ª mão?
Sim, eu também fico fodido, revoltado e a dormir mal quando perco assim. E ninguém quer ver outra coisa diferente nos nossos dirigentes, treinadores e atletas. Mas o escudo que eles levam ao peito, esse, merece outra dignidade, outra elevação, outra humildade. Só isso sublinhará de forma justa a nossa superioridade. Da próxima vez que acontecer algo parecido, reajam de forma diferente, melhor, superior. Se lideramos no campo, porque não liderar no resto também, e fazer deste desporto algo maior? E ensinar aos de cá do burgo como devem ser as coisas, também. Não sejamos iguais a todos os outros. Os maiores não são assim, não podem ser.
... a ganhar ou a perder. Temos de ser melhores.
Completamente de acordo.
ResponderEliminarMais do que agradar a outros, a humildade e superioridade moral são valores que devemos abraçar, valores que os nossos filhos se orgulhem de ter no clube do coração.
Não podemos andar a criticar (com razão) durante anos o apagarem as luzes e ligar a rega na festa do título no antro benfiquista, e depois fazemos coisas semelhantes perante os adversários. Ainda para mais, depois de uma atitude de respeito do rival.
Ninguém gosta de perder, mas quando o tiver que ser, que sejamos melhores do que os outros. Que saibamos manter a honra e o respeito. Isso sim, são atitudes de Homens.