Liga Bwin 2007/08, 27ª jornada
20 de Abril de 2008
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 50.199 espectadores
FC Porto: Helton; Bosingwa, Pedro Emanuel «cap», Bruno Alves e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles (Bolatti, 82m); Tarik (Mariano, 62m), Lisandro e Quaresma (Farias, 87m).
Não utilizados: Nuno, Stepanov, Lino e Kazmierczak.
Treinador: Jesualdo Ferreira.
SL Benfica: Quim; Nelson, Luisão, Katsouranis e Leo; Binya; Maxi Pereira (Cardozo, 56m), Rui Costa e Rodriguez; Nuno Gomes (Makukula, 77m) e Di Maria (Nuno Assis, 85m).
Não utilizados: Butt, Luís Filipe, Edcarlos e Sepsi.
Treinador: Fernando Chalana.
Disciplina: cartão amarelo a Lisandro (7m), Maxi Pereira (12m), Bynia (17m e 90m), Katsouranis (27m), Fucile (68m), Cardozo (72m); cartão vermelho a Bynia (90m).
Golos: Lisandro (7m e 80m).
E esta longa espera pelo dia 20 de Abril, o jogo em que iríamos receber já TRIcampeões a turminha dos impolutos «infiéis», terminou quase da forma como começou… se na entrada, foram brindados ao ritmo dos «olés» vindo das bancadas, pior saíram com o speaker de serviço a brindar toda aquela mole de gente anónima que em completo êxtase, cantou, brindou e se despediu dos «infiéis» ao ritmo de um dos ícones musicais dos Trabalhadores do Comércio, com um título muito sugestivo para o momento: “Chamem a Policia”. Numa palavra: MORDAZ!
Se nada havia já para ganhar, mais não fosse do que demonstrar em campo a nossa superioridade, mas acima de tudo, o nosso nobre e imenso orgulho de TRIcampeão, foi um Super-Lisandro que, mais uma vez (!!) para não variar, levou ao delírio as bancadas, bisando na partida e elevando a sua conta pessoal para 24 golos, tantos quantos a diferença pontual a que os «infiéis» ficaram do TRIcampeão… é caso para perguntar: “de quem se irá agora lembrar o Orelhas-Mor de chamar à razão para justificar mais uma banhada… no campo… e num ritmo azul-e-branco, a fazer lembrar o futebol de praia em Copacabana?”.
No onze escolhido pelo Prof. Jesualdo Ferreira, nenhuma surpresa de última hora, mantendo todas as primeiras escolhas. Apito inicial… e os primeiro acordes vocais vindos da bancada com os «olés» a cada passe, a cada desmarcação, a cada trivela, a cada cabeceamento, a qualquer simulação, etc… tudo fácil, natural e sem aquela pitada de sal que normalmente norteia um clássico, mas também verdade seja dita, se o assim o é, não é por nossa culpa, porque do outro lado, nas últimas décadas, quer equipem de (b)ermelho, quer de (b)erde, a miséria é tanta, que até chega a meter dó ver uma mescla de pedintes que vivem única e exclusivamente da opulência de um passado já longínquo… e quando era tudo ainda a preto e branco.
Ecoavam ainda os primeiros «olés», quando no meio de toda essa euforia, se gritou pela primeira vez “goooooolo” e por obra e graça do suspeito habitual, Lisandro López, que logo aos 7 minutos, e mostrando que não estava ali para passear o «fato de gala», no seu primeiro remate, depois de partir os rins a Nelson, rematou forte e cruzado, inaugurando o marcador (1-0) e levando ao delírio as bancadas pela primeira vez nessa noite.
Melhor entrada, dadas as contingências do jogo, não se poderia pedir. Quando se esperava um assalto à muralha defensiva adversária, procurando a humilhação, e sempre num ambiente de festa, o que se viu, foi um FC Porto a continuar no seu ritmo «de brinca na areia de Copacabana», obrigando o adversário a correr atrás da bola e com insistência, recorrendo a faltas sistemáticas para travar o ímpeto azul-e-branco.
Com o decorrer do jogo, o jogo foi-se tornando mais equilibrado, até com alguns assomos de coragem por parte do adversário, mas sem nunca incomodar seriamente a baliza defendida por Hélton. Neste período, Tarik teve nos pés, duas boas oportunidades para ampliar a vantagem, mas sem sucesso.
Entretanto, chegado o intervalo… altura em que, deram entrada no estádio os 150 (quantos? tenho de voltar prá escola, só pode!) representantes dos 6 milhões (bláblábláblá)… de facto, é caso para dizer que "demasiado «asnos» para desistir!". Ninguém os viu, ninguém os ouviu e ninguém deu por eles…
Na reentrada para os segundos 45 minutos, foi novamente um FC Porto a entrar melhor e a mais uma vez (bruxo!), tomar conta do jogo, criando lances de verdadeiro perigo na defensiva adversária, que só não resultaram em golo por manifesta infelicidade.
Ainda e sempre num ritmo pausado, bem ritmados pelos «olés» das bancadas, e numa altura em que parecia que o adversário iria perder o «sul», com a agressividade a aumentar e de que maneira os seus níveis, aos 80 minutos, o FC Porto chegou ao golo da tranquilidade novamente através de Lisandro López que recebendo a bola na entrada da área, rematou forte e colocado ao poste mais distante de Quim, que nada mais podia fazer do que se esticar… e sentir na pele o dilatar da vantagem para 2-0.
Dali, e até final, nada mais a assinalar, senão os contínuos e sistemáticos «olés», uma clara demonstração de classe do TRIcampeão… e tempo ainda para Binya ir tomar banho mais cedo, por «atacar» as pernas de Lisandro, recebendo com isso o 2º amarelo já em cima do apito final.
Acabado o jogo, era tempo de todo o estádio e a uma voz única, se despedir dos «infiéis» ao som dos Trabalhadores do Comércio, com especial incidência no refrão da música debitada pelas colunas do anfiteatro: “chamem a policia, óhóhóh, chamem a policia, que eu não pago…”. Que melhor fim de festa se poderia pedir? Apenas e só, (mais) um momento único para mais tarde recordar!
Em jeito de pedido de final de festa, apenas deixar aqui um recadinho de pé-de-orelha ao nosso treinador, Prof. Jesualdo Ferreira: “no próximo jogo, e como precaução de lesões de peças-chave do onze, seria pedir muito se escalonasse um onze assim, digamos que, composto de juniores e juvenis?”. É que eu estou mesmo muito preocupado que algum jogador do núcleo-duro se lesione… e como o dia 18 de Maio é já «amanhã», era de bom-tom precaver alguma situação anómala. É mesmo só por precaução, nada mais que isso... prometo que não tem nada a ver com a luta pelo 2º lugar e consequente acesso directo à «Champions»... prometo!!
azul + : Lisandro (VIPortista), Lucho, Bruno Alves e Fucile.
azul - : Quaresma e Tarik.
Arbitragem: Bruno Paixão (Setúbal), António Godinho e Paulo Ramos. Arbitragem normal, sem grandes ondas… até na expulsão certa de Bynia em cima do apito final, por fazer «tiro ao meco» nas pernas de Lisandro.