Ele há dias assim

E claro, como início, uma palavra para os nossos adversários, pois sem eles a festa não teria sido tão brava. É verdade que ainda faltam 8 mas que não se animem pois para o ano há mais. E caso tudo lhes corra mal novamente, que escrevam mais um livro, que lancem mais um filme, que armem mais umas confusões no túnel ou, em último caso, que chamem a Polícia. Que chamem a Polícia que nós não pagamos.

O dia amanheceu quente. Os 17 graus às oito da manhã para uma máxima de 24 era prova mais que provada que até o S. Pedro não tinha dispensado, via sms e com um crédito de 4 Euros na sua conta, o seu dragon seat.

-"É já a seguir!", deve ter comentado entre dentes, logo após ter recebido tal sms.

Pelas 17.30 apontamos ao Dragão e era já fácil de notar, no trajecto, os uniforme azuis e brancos, à espera do autocarro, em viaturas artilhadas ou mesmo a pé. Na Alameda o ambiente era de S. João, barracas de cachorros e panados, stands de venda de camisolas e afins, candonga de bilhetes e até uma Senhora que quase me insultou quando recusei comprar um cachecol do tri com receio que desse azar.

Uns minutos, poucos, antes do início da partida lá corremos, nós e mais uns 50.136, para os nossos lugares bem a tempo de levantar a cartolina para a linda coreografia que estava preparada. Tinha até balões (talvez por rimar com melões) azuis e brancos.

Não demorou nada para o início da festa com não um, mas dois golos tipo rajada. O segundo bem a meio de uma onda que deu bastantes voltas ao estádio. Afinou-se, de seguida, a voz e brindaram-se os artistas, um a um, com as respectivas melodias, não faltando sequer a do ´Pinto da Costa olé' nem tão pouco a do sempre fiel camisola 99.

E ainda antes do intervalo o pessoal do Colectivo detonou uma bomba. E que grande bomba!

No intervalo lá se queimou um cigarrito e colocou-se a conversa em dia com os habituais companheiros de bancada.

A segunda parte serviu para ver mais dois pares de golos, entoar os respectivos cânticos de campeões, aplaudir as saídas dos jogadores e comentar qual era a táctica que se estava a utilizar. Iria até jurar que com a saída do Bosingwa chegou-se a jogar apenas com 3 defesas. Deu ainda para dois amarelos a limpar (?) e quando, após o apito final, já se pensava que era para sair para a Alameda deu surpresa. Um palco já com a inscrição de tri, um 2 e um 3 de tamanho considerável apareceram, num ápice, montados no centro do terreno. Volta de honra, papelinhos azuis e brancos lançados do alto, três lança-chamas, luzes apagadas e os guerreiros do Dragão chamados, um a um e com acompanhamento vídeo, ao centro, no palco. Terminou como começou, com o hino do FC Porto.

Seriam assim umas 23.30 quando saímos para a Alameda onde a festa iria continuar.
E não é que já se vendiam cachecóis para o Tetra?! Tentei passar despercebido pois temi que fosse a mesma Senhora a quem eu tinha recusado a compra do Tri.
O resto fica para contar noutra altura... ou talvez não.

Ele há dias assim.
São os dias do Dragão!