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REPRESSÃO POLICIAL, VERGONHA INTERNACIONAL!
Após o encontro para a Liga Europa no San Mamés, entre as formações do Atlético de Bilbao e do Schalke 04, e na sequência de alguns desacatos entre adeptos de ambas as equipas, um polícia espanhol decidiu acabar com a “brincadeira” alvejando directamente na cabeça com uma bala de borracha, um jovem adepto basco. Este jovem ficou três dias em coma no hospital, vindo a falecer na passada terça-feira. A medicina legal já apurou que a fractura do crânio e a hemorragia cerebral pela qual entrou em coma foram causadas pelo impacto da bala de borracha.
Este assassino policial espanhol junta-se assim Luigi Spaccarotella, que em Novembro de 2007 também atingiu mortalmente um jovem adepto, nesse caso Gabriele Sandri, da Lázio de Roma. Quando se cumpriram quatro anos deste sucedido, há cinco meses atrás, fiz questão de o mencionar aqui no blogue, numa crónica.
A repressão policial está bem viva infelizmente, um pouco por todo o lado, não só em Portugal como se pode verificar. A ansia e a raiva desta animais fardados é constante e quando podem não hesitam em deixar a sua marca no corpo de alguém que tenha um cachecol ao pescoço! Este jovem espanhol saiu de casa na quinta-feira da última semana para ir apoiar a sua equipa e não mais regressará… quem se responsabiliza?!?
As autoridades já abriram um inquérito para averiguar o sucedido mas se acabar da mesma forma que acabou o caso do Gabbo, o polícia vai-se ficar a rir, literalmente. Li esta notícia em um ou dois jornais online, mas por exemplo, quando foram os incidentes num jogo no Egipto à uns meses, abriram-se telejornais!! Antes do derby entre solteiros e casados, de segunda-feira, comentava-se se as crianças deviam ou não ir ao futebol, eu acho que não, enquanto estes animais estiveram por perto! Eles são o verdadeiro perigo e o que põe em causa a normalidade num estádio de futebol.
Outro exemplo, este ano no jogo do campeonato no estádio sem luz começam à “paulada” selvaticamente nos ultras do FC Porto, sem que nada o fizesse prever! Em Braga no Sábado, no fim do jogo, um “spotter” dirige-se à bancada e acerta na cabeça de dois ou três bracarenses. Pelo menos este já foi suspenso pela PSP. Entre muitos, muitos outros exemplos…
Andamos nós semanalmente a ter que lidar com estes energúmenos sem qualquer educação, para depois ainda sermos considerados os maus da fita pela esmagadora maioria da opinião pública. A vítima desta vez foi Iñigo Cabacas, pergunto eu agora, quando param de se meter com os adeptos?! Justicia para Iñigo Cabacas! Por sempre, descansa en paz Iñigo!
LIBERTÁ PER GLI ULTRAS!
Virando agora o disco para a nossa prestação na pedreira… rebentámos com aquilo, mais um “show”!! Que grande invasão, não me lembro de ver nada assim em Braga, demonstração de grande amor ao clube por parte dos ultras do FC Porto. Arrisco-me a apontar mais de 4000 elementos presentes, entre Super Dragões, Colectivo e simples adeptos que lá se fizeram deslocar! Uma das melhores deslocações da temporada, sem sombra de dúvidas. Mesmo em véspera de Páscoa, nada nos afastou do nosso clube! Nem mesmo a mim, que aqui tinha vincado a semana passada que este iria falhar, mas um volta-face nos acontecimentos à última da hora permitiu que também lá me deslocasse!
Uma “transferta” ao nosso melhor nível, pintámos a cidade dos arcebispos de azul e branco. Tanto de carro como de camioneta, o destino de todos era o mesmo: o AXA!! Na segunda-feira anterior já não havia um único bilhete no estádio do Dragão, foram todos vendidos durante o fim-de-semana. Os dias custaram a passar mas finalmente lá chegou o momento: Sábado durante a tarde rumaria na A3, em direcção ao Minho. Uma multidão cá fora, a melhor assistência desta época e uma das melhores se sempre. A zona destinada aos adeptos do FC Porto estava lotada, as roulottes eram poucas para tanta gente. Convivia-se e ansiava-se pelo apito inicial.
A pouco menos de uma hora do início o pessoal começou a encaminhar-se para as portas onde iriamos entrar. Os cânticos já se faziam ouvir, principalmente quando se formavam as filas para as revistas. Na parte de baixo da bancada ficaram cerca de 2000, enquanto na parte de cima, pelas fotos que vejo, dá a sensação de serem ainda mais, daí os mais de 4000…
É uma verdadeira mancha azul e branca na pedreira que impressionou os próprios jogadores quando entraram em campo. Mais uma vez os apoiámos com todas as nossas forças, conquistámos três pontos extremamente importantes rumo ao XXVI e fizemos uma grande festa. Só tenho pena que haja jogadores que apenas fisicamente estejam presentes, enquanto psicologicamente já estão a imaginar a sua nova casa a partir de Junho.
Logo durante o aquecimento começámo-nos a fazer sentir e desde aí não mais parámos. A proximidade com que naquele estádio ficamos dos adeptos da casa, torna o jogo ainda mais picante. Durante os noventa minutos apoia-se e empurra-se o mágico para a vitória e também se trocam as inevitáveis picardias. Se alguém procura os melhores ultras nacionais eles estiverem naquele sector visitante, tanto em ciam como em baixo. Um ambiente magnífico, em certos momentos parecia que estávamos a jogar em casa. Todo o material esteve presente na Curva Portista, desde as faixas das claques/núcleos às bandeiras e estandartes. A acrescentar a isto, tanto à entrada das equipas, como nos festejos do golo, como logo após o apito final, houve “tochada” e alguns fumos.
Nos sectores da casa fumarada também há entrada das equipas. Melhor os Red Boys no apoio à equipa de Leonardo Jardim, os Bracara Legion dá-me a ideia que até cantam bastante, mas são pouquinhos. Pena tenho de não voltar a ver com frequência (como acontecia quando me apaixonei por isto!!) as frases nos sectores das claques. Consta-me que é mais uma grande vitória do futebol moderno.
Estiveram mais de 25 mil presentes neste grande espetáculo, dentro e fora do campo. Os minutos finais foram vividos intensamente, tendo os nossos adeptos abafado completamente a pedreira. Soa o apito final e enquanto reinava a loucura nas nossas bancadas, os jogadores correm na nossa direcção, como que a dedicar-nos a vitória! Uns mais expressivos do que outros, a minha grande vénia vai para o Dr. Nélson Puga, sempre um dos mais efusivos, que de punhos cerrados erguia-nos os braços a agradecer. Este homem da casa faz isto em praticamente todos os jogos, é um orgulho ver o nosso esforço reconhecido.
No final do jogo ficámos praticamente uma hora retidos. Apenas um pequeno momento de tensão, quando o CI, para variar, já se preparava para investir sobre nós (sabe-se lá porquê!), algumas cadeiras ganharam asas na direcção deles mas tudo rapidamente ficou sanado. Entre sorrisos e gargalhadas, saímos do estádio a cantar “PORTO!”. Apenas quatro ou cinco camionetas, o grosso do pessoal mobilizou-se todo de carro, um verdadeiro passeio a Braga! Nisso caríssimos bracarenses, não chegam aos calcanhares dos vossos “amigos” espanhóis!
Regresso à Invicta tranquilo, todos prontíssimos para estas últimas quatro jornadas. Quatro autênticas finais, que temos que vencer para sermos novamente campeões.
Não vos falho. Não me falhem também.
EU QUERO VER O PORTO SER CAMPEÃO,
ESTA ALEGRIA, NO CORAÇÃO!
Um abraço ultra.
Após o encontro para a Liga Europa no San Mamés, entre as formações do Atlético de Bilbao e do Schalke 04, e na sequência de alguns desacatos entre adeptos de ambas as equipas, um polícia espanhol decidiu acabar com a “brincadeira” alvejando directamente na cabeça com uma bala de borracha, um jovem adepto basco. Este jovem ficou três dias em coma no hospital, vindo a falecer na passada terça-feira. A medicina legal já apurou que a fractura do crânio e a hemorragia cerebral pela qual entrou em coma foram causadas pelo impacto da bala de borracha.
Este assassino policial espanhol junta-se assim Luigi Spaccarotella, que em Novembro de 2007 também atingiu mortalmente um jovem adepto, nesse caso Gabriele Sandri, da Lázio de Roma. Quando se cumpriram quatro anos deste sucedido, há cinco meses atrás, fiz questão de o mencionar aqui no blogue, numa crónica.
A repressão policial está bem viva infelizmente, um pouco por todo o lado, não só em Portugal como se pode verificar. A ansia e a raiva desta animais fardados é constante e quando podem não hesitam em deixar a sua marca no corpo de alguém que tenha um cachecol ao pescoço! Este jovem espanhol saiu de casa na quinta-feira da última semana para ir apoiar a sua equipa e não mais regressará… quem se responsabiliza?!?
As autoridades já abriram um inquérito para averiguar o sucedido mas se acabar da mesma forma que acabou o caso do Gabbo, o polícia vai-se ficar a rir, literalmente. Li esta notícia em um ou dois jornais online, mas por exemplo, quando foram os incidentes num jogo no Egipto à uns meses, abriram-se telejornais!! Antes do derby entre solteiros e casados, de segunda-feira, comentava-se se as crianças deviam ou não ir ao futebol, eu acho que não, enquanto estes animais estiveram por perto! Eles são o verdadeiro perigo e o que põe em causa a normalidade num estádio de futebol.
Outro exemplo, este ano no jogo do campeonato no estádio sem luz começam à “paulada” selvaticamente nos ultras do FC Porto, sem que nada o fizesse prever! Em Braga no Sábado, no fim do jogo, um “spotter” dirige-se à bancada e acerta na cabeça de dois ou três bracarenses. Pelo menos este já foi suspenso pela PSP. Entre muitos, muitos outros exemplos…
Andamos nós semanalmente a ter que lidar com estes energúmenos sem qualquer educação, para depois ainda sermos considerados os maus da fita pela esmagadora maioria da opinião pública. A vítima desta vez foi Iñigo Cabacas, pergunto eu agora, quando param de se meter com os adeptos?! Justicia para Iñigo Cabacas! Por sempre, descansa en paz Iñigo!
LIBERTÁ PER GLI ULTRAS!
Virando agora o disco para a nossa prestação na pedreira… rebentámos com aquilo, mais um “show”!! Que grande invasão, não me lembro de ver nada assim em Braga, demonstração de grande amor ao clube por parte dos ultras do FC Porto. Arrisco-me a apontar mais de 4000 elementos presentes, entre Super Dragões, Colectivo e simples adeptos que lá se fizeram deslocar! Uma das melhores deslocações da temporada, sem sombra de dúvidas. Mesmo em véspera de Páscoa, nada nos afastou do nosso clube! Nem mesmo a mim, que aqui tinha vincado a semana passada que este iria falhar, mas um volta-face nos acontecimentos à última da hora permitiu que também lá me deslocasse!Uma “transferta” ao nosso melhor nível, pintámos a cidade dos arcebispos de azul e branco. Tanto de carro como de camioneta, o destino de todos era o mesmo: o AXA!! Na segunda-feira anterior já não havia um único bilhete no estádio do Dragão, foram todos vendidos durante o fim-de-semana. Os dias custaram a passar mas finalmente lá chegou o momento: Sábado durante a tarde rumaria na A3, em direcção ao Minho. Uma multidão cá fora, a melhor assistência desta época e uma das melhores se sempre. A zona destinada aos adeptos do FC Porto estava lotada, as roulottes eram poucas para tanta gente. Convivia-se e ansiava-se pelo apito inicial.
A pouco menos de uma hora do início o pessoal começou a encaminhar-se para as portas onde iriamos entrar. Os cânticos já se faziam ouvir, principalmente quando se formavam as filas para as revistas. Na parte de baixo da bancada ficaram cerca de 2000, enquanto na parte de cima, pelas fotos que vejo, dá a sensação de serem ainda mais, daí os mais de 4000…É uma verdadeira mancha azul e branca na pedreira que impressionou os próprios jogadores quando entraram em campo. Mais uma vez os apoiámos com todas as nossas forças, conquistámos três pontos extremamente importantes rumo ao XXVI e fizemos uma grande festa. Só tenho pena que haja jogadores que apenas fisicamente estejam presentes, enquanto psicologicamente já estão a imaginar a sua nova casa a partir de Junho.
Logo durante o aquecimento começámo-nos a fazer sentir e desde aí não mais parámos. A proximidade com que naquele estádio ficamos dos adeptos da casa, torna o jogo ainda mais picante. Durante os noventa minutos apoia-se e empurra-se o mágico para a vitória e também se trocam as inevitáveis picardias. Se alguém procura os melhores ultras nacionais eles estiverem naquele sector visitante, tanto em ciam como em baixo. Um ambiente magnífico, em certos momentos parecia que estávamos a jogar em casa. Todo o material esteve presente na Curva Portista, desde as faixas das claques/núcleos às bandeiras e estandartes. A acrescentar a isto, tanto à entrada das equipas, como nos festejos do golo, como logo após o apito final, houve “tochada” e alguns fumos.
Nos sectores da casa fumarada também há entrada das equipas. Melhor os Red Boys no apoio à equipa de Leonardo Jardim, os Bracara Legion dá-me a ideia que até cantam bastante, mas são pouquinhos. Pena tenho de não voltar a ver com frequência (como acontecia quando me apaixonei por isto!!) as frases nos sectores das claques. Consta-me que é mais uma grande vitória do futebol moderno.Estiveram mais de 25 mil presentes neste grande espetáculo, dentro e fora do campo. Os minutos finais foram vividos intensamente, tendo os nossos adeptos abafado completamente a pedreira. Soa o apito final e enquanto reinava a loucura nas nossas bancadas, os jogadores correm na nossa direcção, como que a dedicar-nos a vitória! Uns mais expressivos do que outros, a minha grande vénia vai para o Dr. Nélson Puga, sempre um dos mais efusivos, que de punhos cerrados erguia-nos os braços a agradecer. Este homem da casa faz isto em praticamente todos os jogos, é um orgulho ver o nosso esforço reconhecido.
No final do jogo ficámos praticamente uma hora retidos. Apenas um pequeno momento de tensão, quando o CI, para variar, já se preparava para investir sobre nós (sabe-se lá porquê!), algumas cadeiras ganharam asas na direcção deles mas tudo rapidamente ficou sanado. Entre sorrisos e gargalhadas, saímos do estádio a cantar “PORTO!”. Apenas quatro ou cinco camionetas, o grosso do pessoal mobilizou-se todo de carro, um verdadeiro passeio a Braga! Nisso caríssimos bracarenses, não chegam aos calcanhares dos vossos “amigos” espanhóis!Regresso à Invicta tranquilo, todos prontíssimos para estas últimas quatro jornadas. Quatro autênticas finais, que temos que vencer para sermos novamente campeões.
Não vos falho. Não me falhem também.
EU QUERO VER O PORTO SER CAMPEÃO,
ESTA ALEGRIA, NO CORAÇÃO!
Um abraço ultra.
Bom dia,
ResponderEliminarEste tema versa sobre um assunto difícil de abordar e que merece algum cuidado.
É verdade que as forças de autoridade muitas vezes parecem mais forças de provocação e refletem a sua frustração e ainda mais grave ódio, como alguns portistas já (infelizmente) conhecem. Quando vemos um comandante dessas forças dizer aos média que “ …esses adeptos energúmenos do Norte…” , quando um policia portista (compreende-se o anonimato) escrever neste blogue que os “polícias “ são escolhidos para nas deslocações ao Sul do FCP, algo vai mal e nada se passa . No entanto também não poderia deixar de referenciar que há adeptos que no mínimo não se sabem comportar. Evidentemente que essas forças policiais deveriam saber controlar os excessos e não passarem para agentes provocadores.
Passamos um tempo difícil socialmente com muita injustiça social. Assim sendo deveriam ( e exige-se) que as forças policiais tivessem a sapiência necessária a para prevenir e atuarem sem acicatar, para evitar situações lamentáveis como as aqui relatadas.
Para terminar, eu admiro os portistas que acompanham o FCP sabendo antecipadamente que estar sujeitos a essa todas vicissitudes.
Saudações