A data no calendário convida-nos irresistivelmente a balanços, e eu, qual gentleman incapaz de contrariar a sua dama, assim acatarei a sugestão.
Dark Ages
Exatamente! 2016 foi o equivalente portista da Idade Média.
Se o basquetebol ainda nos deu um título digno das grandes histórias hollywoodescas, e a equipa B outra coroa, a qual a tratamos com excesso de distanciamento para o feito que significou, a verdade é que o percurso da equipa principal de futebol, nossa menina dos olhos, esteve longe de nos dar os motivos de festejo por que tanto ansiamos.
Banalidade. Contestação. Fatalidade. Este foi o nosso 2016.
Se descontarmos aquela noite romana, em que o kung fu dos jogadores giallorossi cedo atirou para o tapete muitos dos receios que tínhamos na eliminatória de acesso à Champions, só me lembro de 2 jogos que me fizeram verdadeiramente vibrar e sorrir: na Luz, e contra o Marafona... perdão, Braga.
Resumir as alegrias portistas num ano civil, a dois jogos de campeonato, é algo verdadeiramente inaudito (de mau) para as nossas cores.
Não alcançando a grandeza de um Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Dante ou Boccacio, o trabalho de alma e união que Nuno Espírito Santo está a incutir ao plantel, e que se vai alastrando lentamente às bancadas, é porventura a maior conquista deste malfadado ano. Não sei se capaz de alcançar títulos, mas suficiente para nos devolver o orgulho no nosso brasão, e fazer-nos acreditar que o pior Porto já passou.
Que o FC Porto continue a lutar e a nos orgulhar em campo, de preferência com conquistas, são os meus votos desPortistas para 2017.
Homens de Negro
Não poderia deixar o ano finalizar sem uma pequena reflexão sobre estes personagens.
Inúmeras vezes ouvimos e lemos os senhores da APAF e do Conselho de Arbitragem a comparar o erro do árbitro ao do avançado, defesa ou treinador. Esta aparente motivação humanista é simplesmente a alegação mais hipócrita que podemos ouvir no mundo do futebol. Como bem sabemos, treinador que erre 3 ou 4 vezes tem sobre as suas costas o estalido do chicote. Jogador que erre 3 ou 4 vezes tem o banco à sua espera. Presidente que erre 3 ou 4 vezes, tem a insatisfação dos sócios consigo. Porque raio é que árbitro que erre 3 ou 4 vezes continua impune?
Mais do que desculpas ou críticas, o quadro acima deveria ser motivo de VERGONHA para toda a classe da arbitragem. Errar uma ou outra vez é humano. Errar muitas vezes para os mesmos, deixa de ser erro para passar a ser uma tendência. As tendências, como sabemos, não se formam espontaneamente. Têm intenções por detrás.
Se querem ser respeitados, os árbitros deverão dar-se ao respeito. Deveriam ser eles os primeiros a exigir a divulgação das suas avaliações e avaliadores. Deveriam ser eles os primeiros a não pactuar com interesses obscuros. Enquanto estes senhores preferirem ostracizar-se à sociedade, nunca terão o prestígio que deveria ser a sua finalidade última.
Aos senhores árbitros desejo que 2017 possa trazer a qualidade, que tão distante tem andado dos vossos apitos.
Para todos vocês, leitores do BiBó PoRtO, carago!!, votos de Bom Ano Novo!
Dark Ages
Exatamente! 2016 foi o equivalente portista da Idade Média.
Se o basquetebol ainda nos deu um título digno das grandes histórias hollywoodescas, e a equipa B outra coroa, a qual a tratamos com excesso de distanciamento para o feito que significou, a verdade é que o percurso da equipa principal de futebol, nossa menina dos olhos, esteve longe de nos dar os motivos de festejo por que tanto ansiamos.
Banalidade. Contestação. Fatalidade. Este foi o nosso 2016.
Se descontarmos aquela noite romana, em que o kung fu dos jogadores giallorossi cedo atirou para o tapete muitos dos receios que tínhamos na eliminatória de acesso à Champions, só me lembro de 2 jogos que me fizeram verdadeiramente vibrar e sorrir: na Luz, e contra o Marafona... perdão, Braga.
Resumir as alegrias portistas num ano civil, a dois jogos de campeonato, é algo verdadeiramente inaudito (de mau) para as nossas cores.
Não alcançando a grandeza de um Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Dante ou Boccacio, o trabalho de alma e união que Nuno Espírito Santo está a incutir ao plantel, e que se vai alastrando lentamente às bancadas, é porventura a maior conquista deste malfadado ano. Não sei se capaz de alcançar títulos, mas suficiente para nos devolver o orgulho no nosso brasão, e fazer-nos acreditar que o pior Porto já passou.
Que o FC Porto continue a lutar e a nos orgulhar em campo, de preferência com conquistas, são os meus votos desPortistas para 2017.
Homens de Negro
Não poderia deixar o ano finalizar sem uma pequena reflexão sobre estes personagens.
Inúmeras vezes ouvimos e lemos os senhores da APAF e do Conselho de Arbitragem a comparar o erro do árbitro ao do avançado, defesa ou treinador. Esta aparente motivação humanista é simplesmente a alegação mais hipócrita que podemos ouvir no mundo do futebol. Como bem sabemos, treinador que erre 3 ou 4 vezes tem sobre as suas costas o estalido do chicote. Jogador que erre 3 ou 4 vezes tem o banco à sua espera. Presidente que erre 3 ou 4 vezes, tem a insatisfação dos sócios consigo. Porque raio é que árbitro que erre 3 ou 4 vezes continua impune?
Mais do que desculpas ou críticas, o quadro acima deveria ser motivo de VERGONHA para toda a classe da arbitragem. Errar uma ou outra vez é humano. Errar muitas vezes para os mesmos, deixa de ser erro para passar a ser uma tendência. As tendências, como sabemos, não se formam espontaneamente. Têm intenções por detrás.
Qual a justificação de Vasco Santos para não marcar este penalty escandaloso sobre Maxi, no recente FC Porto - Chaves? Um cisco no olho? Ou simplesmente não quis/não pôde marcar? |
Aos senhores árbitros desejo que 2017 possa trazer a qualidade, que tão distante tem andado dos vossos apitos.
Para todos vocês, leitores do BiBó PoRtO, carago!!, votos de Bom Ano Novo!
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