SCHALKE 04-FC PORTO, 1-1
O FC Porto regressou pela terceira vez ao estádio onde se sagrou campeão europeu. Os Dragões, em três duelos forasteiros com o Schalke 04, continuam sem vencer. E desta vez perderam uma oportunidade soberana de sair com os três pontos no bornal. Oportunidades não faltaram para isso e em jogo jogado os azuis-e-brancos produziram o mais que suficiente para ganhar a partida.
A etapa inicial do encontro começou com os alemães a tentarem assumir o jogo, mas o FC Porto respondia à altura e chegava com alguma facilidade à baliza contrária. Aos 12 minutos, os Dragões têm a primeira grande oportunidade de se colocar na frente do marcador.
Um lançamento lateral para a área, efectuado por Alex Telles, foi interrompido por Naldo com a mão esquerda. O árbitro assinalou de pronto o pontapé de penalty. Alex Telles converteu o castigo máximo com pouca convicção e o marcador manteve-se inalterável.
Depois deste lance o jogo mudou um pouco. O Schalke 04 cresceu na partida, tornou-se mais agressivo e foi superior ao FC Porto. Os portistas sentiram a oportunidade desperdiçada e permitiram a ascensão germânica. Os Dragões foram um pouco apertados e não foram tão lúcidos nas saídas para o ataque. A falta de clarividência e alguma lentidão do meio-campo portista emperraram o jogo azul-e-branco.
No entanto, o Schalke 04, apesar de tentar o “assalto” à baliza de Casillas, não criou oportunidades dignas de registo. O intervalo ajudou a equipa portista a recuperar alguns índices de confiança para encarar a etapa complementar.
Numa jogada estudada, muito semelhante à que deu o golo ao FC Porto, na Turquia, na época passada, frente ao Besiktas, quase que abriu o marcador. Alex Telles simulou um livre para a grande área, colocou na direita, Otávio cruzou para entrada fulminante de Felipe. O remate do brasileiro bateu, casualmente e de uma forma extremamente feliz, na perna do Guarda-redes germânico. Segunda oportunidade de ouro para os homens de Sérgio Conceição se colocarem na liderança.
Os alemães procuraram responder, mas o FC Porto tinha o jogo relativamente controlado. Aos 63 minutos, o FC Porto beneficiou de um pontapé de canto, a bola foi aliviada pela defesa do Schalke 04, sobrou para Herrera que, de seguida, perdeu o esférico. Os alemães lançaram uma rápida transição ofensiva, apanhando em contrapé a equipa portista.
McKennie, lançado em profundidade, desmarcou Embolo na área e, perante Casillas, rematou para a baliza. Corona e Otávio em cima da linha não conseguiram reagir ao remate do jogador da equipa alemã.
Se o resultado era injusto até aqui, depois do golo germânico percebia-se que o FC Porto estava a ser demasiado castigado perante a sua ineficácia. Mas ainda havia muito jogo para se disputar. Os alemães, letais no contra-ataque, perante a equipa do FC Porto bastante subida no seu estilo de jogo, teriam agora ainda mais espaços para explorar.Mas aos jogadores de Sérgio Conceição não restava senão partir em busca do golo.
Alguma justiça chegou dez minutos volvidos. Marega, em disputa na grande área, ganhou a bola e foi tocado no tornozelo por um defesa contrário. Segunda grande penalidade prontamente assinalada pelo árbitro do jogo. Otávio chamou a si a responsabilidade de bater o lance. O médio brasileiro, muito bem, empatou o jogo colocando alguma justiça no marcador.
Oito minutos depois, o FC Porto teve novo lance de perigo na área da equipa de Gelsenkirchen. Canto batido por Alex Telles, bola rechaçada para a entrada da área e Otávio rematou para defesa aparatosa do Guarda-redes alemão. A equipa do Schalke 04 tinha a sorte pelo seu lado e tentou nos minutos finais apostar no jogo aéreo, mas sem resultados práticos.
Um empate muito pequenino na estreia da edição 2018-19 da UEFA Champions League é a sensação que fica entre todos os portistas. Apesar de tudo poderá ser um ponto importante para as contas finais da fase de grupos.
Destaques finais para o regresso de “Danilão”, essencial no meio campo azul-e-branco, e para a exibição segura e personalizada de Militão no centro da defesa portista.
O FC Porto vai preparar desde já o jogo com o V. Setúbal, no Bonfim, aprazado para a noite do próximo Sábado. A Champions League vai regressar nos inícios de Outubro com a recepção do FC Porto aos turcos do Galatasaray.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Não foi um jogo brilhante, mas consistente"
Aquele penálti...
“Antes de mais, temos consciência da prova em que estamos inseridos. Isto é a Liga dos Campeões e todos os jogos são difíceis, muito competitivos e frente a equipas com características diferentes daquelas a que estamos habituados em Portugal. Entrámos bem no jogo, tivemos uma grande oportunidade para marcar e, a partir dos 25 minutos, o Schalke apostou num jogo mais direto, mas estávamos precavidos. O Schalke marcou num lance em que há um ou outro erro individual. Não baixámos os braços e creio que fomos sempre superiores, mesmo não fazendo um jogo brilhante. Tivemos mais posse de bola, mais remates e ainda falhámos um penálti. Não foi um jogo brilhante, mas consistente. Foi pena não termos concretizado o penálti, pois acredito que até o jogo teria sido diferente.”
Danilo e o crescimento da equipa
“Preparamos os jogos sempre para ganhar. Não perder é positivo, mas ganhar era melhor. Procuramos sempre marcar posição quando entramos em campo, pois somos o FC Porto. Agora vamos pensar no Vitória de Setúbal, pois é o próximo adversário que temos. Somos uma equipa competitiva e é de louvar o regresso de um jogador importante para nós, o Danilo. Há coisas positivas e outras não tão boas, mas faz parte do crescimento da equipa. A haver um vencedor, na minha opinião, seria o FC Porto.”
O futuro próximo
“Tivemos o Éder Militão, que chegou há pouco tempo e que fez um belíssimo jogo na estreia na Liga dos Campeões, e o Danilo, que voltou agora após uma paragem de cinco meses e que fez um jogo fantástico. Há jogadores que ainda não estão na forma que quero e que sei que podem atingir, mas tudo vem com o trabalho. O futuro só depende de nós e daquilo que fazemos em campo. Estou muito otimista com o futuro próximo do FC Porto e tenho a certeza que voltaremos a ter o andamento da época passada. A forma como os jogadores interiorizam o trabalho é incrivél, e depois têm uma entrega ao jogo fantástica.”
Ambição na Liga dos Campeões
“Somos livres para sonharmos o que quisermos e isso é importante. Trabalhamos para ganhar, mas temos consciência de que a Liga dos Campeões é uma competição difícil e que está reservada para um grupo de equipas que sabemos quais são. Os que têm maior potencial financeiro devem sonhar ainda mais do que nós. Temos uma vontade enorme de ganhar todos os jogos, mas quero é ver a equipa a crescer. No mínimo, queremos passar a fase de grupos.”
RESUMO DO JOGO
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