28 novembro, 2018

ENTRE A NATA DO FUTEBOL EUROPEU.


FC PORTO-SCHALKE04, 3-1

O FC Porto continua a prestigiar o futebol português além-fronteiras. Os Dragões continuam a pertencer à nata do futebol europeu, batendo-se por um lugar entre as melhores equipas da Europa. Ao quinto jogo da fase de grupos da Champions League, os azuis-e-brancos alcançaram o apuramento para os oitavos-de-final da prova e asseguraram o primeiro lugar do seu grupo.

Com esta performance, o FC Porto vai figurar como cabeça-de-série no próximo sorteio da Champions League. Mas antes disso, há prestígio a defender e milhões para conquistar. Para terminar a fase de grupos, os Dragões terão de cumprir mais um jogo na Turquia, diante do Galatasaray.


O jogo com o Schalke 04 iniciou-se com a certeza de que o FC Porto figuraria no próximo sorteio da UEFA. Faltaria saber se a questão do primeiro lugar ficaria ou não definida esta noite, no Estádio do Dragão. O certo é que essa questão ficou bem explícita e cabe aos azuis-e-brancos ocupar, com todo o mérito, o primeiro posto do Grupo D.

A primeira parte do jogo com os alemães foi complicada e bastante difícil de jogar. A equipa germânica montou um esquema tático de preenchimento das suas peças por todo o relvado do Dragão e pressionou o FC Porto desde o seu primeiro momento de construção. Os primeiros quinze minutos mostraram um jogo muito disputado no meio-campo portista, apesar do Schalke 04 não ter criado qualquer oportunidade de perigo para a baliza de Casillas.

Sérgio Conceição apostou no onze que venceu o Lokomotiv, na última jornada da fase de grupos. A equipa estava bastante equilibrada, mas tinha grandes dificuldades para sair para o ataque, logo no início da sua fase de construção.


Só aos 16 minutos é que o FC Porto chegou à baliza alemã com uma oportunidade de registo. Óliver e Marega combinaram na área, a bola foi aliviada por um defesa contrário e Danilo rematou fortíssimo para defesa de recurso do Guarda-redes Fahrmann. Quatro minutos depois, os Dragões tiveram a melhor oportunidade da primeira parte. Danilo rematou fortíssimo à entrada da área contra Marega. O maliano recuperou a bola e, em arco, rematou ao ângulo superior da baliza contrária. Fahrmann, com a ponta dos dedos, sacudiu para canto.

Depois o jogo voltou ao equilíbrio inicial, a ser muito disputado a meio-campo. As equipas voltaram a anular-se numa zona mais central do relvado. O intervalo chegava com algum sabor a injustiça.

A etapa complementar trouxe um FC Porto completamente transfigurado. Aos 52 minutos, o FC Porto abria o marcador, numa boa jogada pela direita. A bola sobrou para Óliver e Militão, num grande movimento de cabeça capaz de fazer manchetes nos jornais da capital se jogasse por outro clube, colocou a bola no canto inferior da baliza germânica. O mais difícil estava feito, mas os Dragões sabiam que não poderiam baixar o ritmo da partida.


Três minutos volvidos, jogada entre Corona e Brahimi pela direita colocou o mexicano na cara do golo e estava feito o 2-0. Dragão em festa e cada vez mais próximo de conquistar o primeiro lugar do Grupo. O FC Porto manteve a toada de ataque e procurou o terceiro golo, mas já sem aquela intensidade inicial da etapa complementar.

A equipa do Schalke 04 respondeu no minuto seguinte ao segundo golo com um remate à entrada da área, para Casillas defender a preceito. Um lance que criou algum susto para as hostes portistas.

No entanto, aos 60 minutos, surgiu um dos grandes momentos da noite a que só faltou o golo. Brahimi cruzou para Herrera, na grande área, e o mexicano de cabeça assistiu Felipe que, num pontapé de bicicleta, rematou com estrondo à trave. Um golo que, a concretizar-se, entraria, de certeza, para a galeria dos melhores golos da história da Champions League.

Até ao fim, o FC Porto controlou o jogo e não deu qualquer veleidade à equipa de Gelsenkirchen, excepto na parte final (88 minutos) quando Óliver Torres tocou a bola com a mão na área, na sequência de um cruzamento da esquerda do ataque germânico.


Pontapé de penalti prontamente assinalado pelo árbitro da partida. Na conversão, Bentaleb reduziu o marcador e voltou a colocar os alemães em jogo. No entanto, nos últimos minutos do tempo de compensação, Marega sentenciou a partida após um passe de Otávio que aproveitou uma má decisão de um jogador contrário.

Em cinco jogos, o FC Porto tem quatro vitórias e um empate e mais de 65 milhões contabilizados até ao momento, podendo aproximar-se dos 70 milhões em caso de vitória em Istambul na próxima jornada.

Destaques finais para as grandes exibições de Militão e de Felipe e para a grande dinâmica da equipa, principalmente na etapa complementar.

O FC Porto prepara de imediato o jogo com o Boavista, no Estádio do Bessa, no próximo Domingo, onde defende a liderança da Liga NOS. Aos Dragões não se exige mais do que a vitória no campo dos axadrezados.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Fizemos uma segunda parte fantástica"

Exibição consistente
“Criámos duas ou três ocasiões na primeira parte e não foi nada justo ir para o intervalo com o empate. Não me lembro de uma oportunidade de golo do adversário na primeira parte. Retificámos algumas coisas, os jogadores perceberam e fizemos uma segunda parte fantástica. Fizemos dois golos e podíamos ter feito mais dois ou três. Depois sofremos o golo de penálti, que podia ter abanado a equipa. Mas há um ambiente de confiança e isso nota-se dentro de campo. Fizemos uma segunda parte de grande nível, fizemos uma exibição consistente e estamos felizes com o apuramento.”

Variabilidade ofensiva
“Claro que gostava de contar com toda a gente, teria mais boas dores de cabeça, mas com os jogadores que temos à disposição, temos uma diversidade grande de soluções no processo ofensivo. Essa variabilidade no nosso processo ofensivo permite colmatar a ausência de um ou outro jogador. Mas obviamente que gostava de ter contado com o Aboubakar e o Soares nesta fase de grupos.”


O lance do golo de Militão
“Os esquemas táticos, as bolas paradas fazem parte dessa tal diversidade ofensiva. Era para o Óliver chutar de primeira, mas perdeu o timing e cruzou. Quando não rematou, ainda lhe chamei alguns nomes no banco, mas depois vi o golo e ficou tudo bem.”

Onde pode chegar o FC Porto na Champions?
“Podemos chegar amanhã ao Olival e preparar o jogo do Bessa no domingo.”



RESUMO DO JOGO

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