sporting-FC PORTO, 1-1 (3-1 gp)
O FC Porto tem que ir à bruxa. Não há um jogo em que o Dragão tenha que ir ao desempate por pontapés de grande penalidade e que não esteja condenado ao fracasso. Na época passada assim foi com o rival de hoje e por duas vezes. Este ano voltou a acontecer a mesmíssima coisa. Por outro lado, os campeões nacionais continuam sem vencer esta prova, a competição que os azuis-e-brancos sempre desvalorizaram ao longo dos anos. Em três finais, os Dragões perderam outras tantas.
Sérgio Conceição apostou no mesmo onze utilizado quatro dias antes frente ao Benfica. No banco, Manafá estreou-se nas convocatórias e Soares teve que sair, devido a uma indisposição, ocupando Danilo a vaga. A expectativa era de que se pudesse assistir a uma final aberta, à semelhança do que aconteceu no jogo com o Benfica. Mas o que se viu na primeira parte foi um pouco do que se viu em Alvalade há umas semanas.
O Sporting pressionou o FC Porto na sua fase inicial de construção e os Dragões foram obrigados a fazer jogo directo com lançamentos em profundidade. No entanto, em algumas situações, a defesa portista esteve mal com passes mal medidos que poderiam ter trazido alguns dissabores.
Corona estava algo endiabrado na direita do ataque portista e colocava em água a defesa leonina. Só na hora da definição é que o mexicano pecou e daí perderem-se algumas situações de perigo iminente. No entanto, o extremo portista proporcionou a André Pereira a melhor oportunidade de toda a primeira parte. Num cruzamento com conta, peso e medida para a cabeça do atacante português, a bola saiu a rasar a trave. Na resposta, o Sporting rematou a rasar o poste de Vaná com um livre batido por Bruno Fernandes.
A etapa complementar foi completamente diferente. O FC Porto empurrou o Sporting para o seu meio-campo e dominou o jogo com quis. Os leoninos recuaram linhas, jogaram em bloco baixo e espreitavam o contra-ataque, mas a produção ofensiva tornava-se muito curta. O Dragão não permitia a subida do adversário. Apesar disso, as oportunidades de golo continuavam a escassear, ficando-se pelas ameaças. Fernando Andrade entrava em jogo para o lugar do apagado André Pereira, mas a bola não chegava à baliza de Renan Ribeiro.
Até que aos 79 minutos, Herrera ensaiou um remate de fora da área, a bola levava efeito e provocou uma defesa incompleta do Guarda-redes leonino. Na recarga, Fernando Andrade empurrou o esférico para a baliza e entregava, praticamente, a taça ao FC Porto. Festa e euforia em Braga com os Dragões a colocarem-se em vantagem a pouco mais de dez minutos de jogo.
Sentia-se no estádio que o jogo estava decidido e muito bem controlado. Só que, no melhor pano, cai a nódoa. Num lance de falta de concentração da defensiva portista, o Sporting obteve o empate caído do céu. Após tentativa de cruzamento do lado esquerdo do ataque verde-e-branco, Militão, em cima da linha de fundo e de forma a tentar evitar pontapé de canto, cabeceou para a entrada da área. A bola foi amortecida por Herrera para Óliver. O médio espanhol quando se preparava para pontapear na bola, deixou-se antecipar por Diaby e acertou na perna do seu adversário.
Com recurso ao VAR, o árbitro só tinha de assinalar grande penalidade. Bas Dost empatou o jogo e levou a decisão para as grandes penalidades. Mais uma vez a equipa portista foi derrotada desta forma. O FC Porto entregou o ouro ao “bandido” quando estava com quase duas mãos na taça. E assim se perde uma competição. Uma taça foi perdida por uma desatenção, mas agora há que arregaçar as mangas porque estão a chegar as primeiras grandes decisões da época e há que arrepiar caminho.
Próximo compromisso já na Quarta-feira, com a recepção ao Belenenses a contar para a 20ª Jornada da Liga NOS.
DECLARAÇÕES
Sérgio Conceição: "Queremos dar uma boa resposta frente ao Belenenses"
FC Porto foi mais forte
“Todas as derrotas são difíceis de engolir, principalmente quando sentimos que fomos mais fortes e que merecíamos ganhar. Foi uma primeira parte equilibrada, mas sempre com ascendente do nosso lado, com aquela oportunidade do André Pereira. Na segunda parte não houve nenhum remate enquadrado do Sporting, tirando a situação do penálti. Fomos superiores, com o Sporting muitas vezes a quebrar o ritmo de jogo, a intensidade do jogo, a querer arrastar o jogo para o levar para os penáltis. Custa perder desta forma, porque era um título que queríamos conquistar. Mas há que seguir em frente e pensar já no próximo objetivo, no jogo de quarta-feira. Queremos dar uma boa resposta frente ao Belenenses.”
As grandes penalidades
“Nós treinamos todos os pormenores e todas as situações que podem decidir um jogo. Treinamos os penáltis, a dinâmica ofensiva, situações defensivas também. Tudo. Depois, o jogo dita outra coisa diferente. Também treinámos os penáltis antes do jogo do Benfica, mas naquele momento, naquela hora, tudo aquilo que é fazer o golo, pode ser uma coisa diferente do que acontece nos treinos. Nestes três jogos, quem foi superior? O FC Porto. Mas no fim o que conta é o resultado, e hoje quem ganhou foi o Sporting. Se é justo? Pelo que disse, não.”
As paragens constantes do jogo
“Somos uma equipa habituada um ritmo alto, queremos sempre um jogo vivo, e muitas vezes o jogo foi quebrado por faltas. Numas vezes, justificando-se as paragens, em outras nem tanto. O árbitro, como queria segurar o jogo, como foi muito pressionado, acho que parou o jogo em demasia. Não foram apenas os jogadores da equipa adversária.”
O que disse aos jogadores na roda
“Disse-lhes para olhar em frente e olhar para o próximo jogo, para olhar também para trás, para quem nos estava a aplaudir enquanto fazíamos a roda, e para os esperam de nós uma resposta muito positiva na quarta-feira, num jogo para o campeonato, que é o próximo objetivo”.
RESUMO DO JOGO
verdade. mas o porto nunca rematou a baliza adversaria, quando rematou marcou. Este tipo de jogo de SC nao chega para equipas que defendem e depois tem bons jogadores , a insistencia em herrera quando esta com os bofes de fora, a colocaçao de danilo que vem de uma lesao, a falta de controle de jogo no meio campo, SC tem de saber mudar o chip, com os defesas que temos porque nao conseguimos segurar o jogo quando estamos a ganhar, o sporting apertou nos ultimos minutos e aquilo parecia tudo sem nexo. Sc e o maior responsavel pela derrota por inercia e teimosia, NAO TEMOS MEDIOS QUE REMATEM , NAO TEMOS AVANÇADOS QUE REMATEM, quando nao saem bolas paradas a coisa nao funciona, quando anulam Marega a coisa nao fuciona. Com o belenenses vai ser o mesmo. Hernani para que naquele jogo, sergio oliveira ostracisado para que se nos deu o campeonato o ano passado. NAO GOSTO DESTE EXCESSO DE EMOTIVIDADE DE SC, REFLETE SE NA MARCAÇAO DE PENALTI, REFLETE SE NAS ATITUDES DO ADJUNTO QUE ME PARECE UM POUCO PREPOTENTE, SC ESTA HA DOIS ANOS NO PORTO, GANHOU UM CAMPEONATO, CHAMOU O PUBLICO COM A EMOTIVIDADE, MAS FINAIS COM EQUIPAS DA MESMA IGUALHA SC NAO VAI GANHAR UMA SENAO CORRIGIR O CONTROLE DE JOGO.
ResponderEliminarJA AGORA SC JA DEVIA SABER QUE NO PORTO FINAIS SAO PARA SE GANHAR, nao para jogar bem, ter muito dominio, ser melhor que o adversario. O plantel e vasto e bom e nao se podem excluir e embirrar com jogadores so porque sim.
Este futebol de so avançados e defesas nao ganha os grandes jogos e os toupeiras começam a perceber isso e a atacar nesse ponto. Corona nao e medio, brahimi nao e medio, rematam pouco ou nada, oliver nao remata, danilo nao remata, herrera e o unico que remata mas nao pode ser o faz tudo. Manafa deveria ter entrado em vez de hernani e deslocar militao para o meio.
Os penalties nao se percebe ou melhor percebe se , NOS REMATAMOS MUITO POUCO A BALIZA, atacamos muito mas rematamos pouco.
Espero que contra o belenenses as coisas mudem e SC perceba que o seu estilo de jogo tem lacunas graves.