05 abril, 2019

AU REVOIR BRAGA!


No assentar da poeira de uma dupla jornada com o Sporting de Braga, para campeonato e taça, podemos sorrir de contentamento com os objectivos plenamente cumpridos.

Como seria de esperar, dois jogos muito complicados, sendo que em ambos o Braga deu, como já era esperado, tudo o que sabe, não sabe, pode e não pode. Postura que seria de elogiar, caso de uma equipa eticamente correcta se tratasse. Infelizmente para as gentes da cidade de Braga, que decerto não merecerão ser conotadas com a mentalidade de certos treinadores e dirigentes da colectivade local, o que vimos do mau perder do Sporting de Braga contra FC Porto, com protestos mirabolantes, e até intervenções presidenciais, contrasta ao máximo com a bonomia, passividade e até contida satisfação, que têm quando são goleados nas visitas à casa-mãe Lisboeta. Enquanto assim for, todos os Bracarenses verdadeiros deverão se sentir envergonhados pela equipa que enverga o nome da cidade. Até quando?

Como comparação, uma palavra de apreço para Tondela, que no mesmo período temporal, se conseguiu libertar de amarras vermelhas invisíveis, e finalmente sua e dignifica o emblema em campo. Não pontuaram na Luz, mas lutaram até ao fim. Isso sim, é a verdade desportiva que se espera de todos, contra todos.

Sobre os jogos com o Braga, se os resultados foram bastante positivos, ambas exibições foram deveras sofríveis. Se para o campeonato, o bater do coração e a surpreendente isenção arbitral de Jorge Sousa (de admirar!), resgataram 3 preciosos pontos, para a Taça há que admitir que os números finais são muito lisonjeiros para o que se passou em campo, onde roçamos a nulidade naquele que foi provavelmente o nosso pior jogo da época. O que de preocupante esta dupla jornada nos traz, é que contra equipas com melhores recursos, não podemos estar dependentes do acerto do árbitro, ou de uma eficácia a rondar os 100%. É necessário mais. Criar oportunidades. Controlar o jogo. Nestes últimos aspectos, há muito que as debilidades grassam. Volto a lembrar que Julen Lopetegui ou Nuno Espírito Santo não tiveram a fortuna que Sérgio Conceição teve contra Braga, ou Roma, por exemplo. Para aqueles dois treinadores pré-VAR, penalties não existiam nas regras dos jogos em que o Porto entrava. Para vencer, tinham que criar oportunidades. Muitas oportunidades. Como tal, até pelo nosso passado, espera-se mais e melhor do FC Porto de Conceição. Confio no treinador para uma resposta positiva.

Uma sensação estranha que me passa, é que há décadas estou habituado a ser prejudicado por árbitros. Este recente acerto que o VAR trouxe às decisões (roubos?) dos árbitros, custa a acreditar e entranhar.  

Uma sensação estranha que deve passar também a todos os benfiquistas (e sportinguistas...). Tão habituados estão de serem beneficiados por àrbitros, e calejados de verem o FC Porto a ser ESPOLIADO de lances capitais jornada após jornada, é que este recente acerto que o VAR trouxe às decisões arbitrais também deve ser contra-natura aos seus princípios. Onde se viu decisões justas a favor de FC Porto!

Coitados!

Só assim se compreende a demência benfiquista, em alegar um suposto penalty de Corona sobre Wilson Eduardo no recente jogo para o campeonato, quando o mexicano se encolhe perante a investida do avançado bracarense, e é o próprio colega (!) do jogador angolano a rasteirar o mesmo. Ináudito. Mas assim é a visão deturpada vermelha, a atirar areia para os olhos de todos aqueles que gostam de viver na cegueira, e a fazer pressão sobre árbitros para um retorno a um tenebroso e mentiroso passado recente. Quando o fôlego se começa a esgotar em campo, o jogo sujo íntrinseco ao ADN encarnado vem ao de cima.

A provar isto, a recente eliminação da taça dos mais melhores do mundo, universo, e arredores, com o "mestre" Lage ao leme e o fantabulástico Felix na equipa, deve ser difícil de digerir. Basta um empatezinho no campeonato para a época passar de conto de fadas para pesadelo. Tic tac. Tic tac. Tic tac.

Cumprimentos Portistas.


PS. Após escrever esta crónica, tomei conhecimento da conferência de imprensa do Abel Ferreira. Humilde, apaziguadora e elogiosa para o FC Porto. Uma antítese total do que o presidente bracarense tinha feito no mesmo local, minutos antes, e divulgado na comunicação social.

Pergunto:
Porquê o interesse de ocultar este tipo de intervenções, que em tudo beneficiam o futebol?
Porquê só o sangue interessa aos vampiros dos média?
Fica questão.
E a ressalva para talvez uma pequena injustiça que tenha tido para o treinador do Braga no texto acima.

1 comentário:

  1. Concordo, SC tem de deixar de ser teimoso e perceber que o ``seu`` futebol e bom para certas alturas mas nao chega claramente para outras, sao os fatos que o provam, o ano passado la nos safamos no campeonato depois de o ter na mao e quase perdido, este ano igualsito embora indo a finais.
    Muito sinceramente SC se for inteligente deve mudar algo no seu jogo, ter um plano B para o controle do jogo, O PORTO DE SC NAO CONSEGUE CONTROLAR O JOGO A ROTAÇAO MEDIA, POR ESSA RAZAO TEMOS DE ESTAR A ESPERA DE UMA ESCORREGADELA DOS TOUPEIRAS QUANDO ISTO ESTAVA NO PAPINHO.
    SC nao e javardo nem hipocrita , mas e demsiado teimoso e convencido no ``seu`` futebol, claramente um jasus 2 a quem qualquer kelvin num lampejo derrota.

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