18 janeiro, 2019

PASSEIO POR TRÁS-OS-MONTES.


CHAVES-FC PORTO, 1-4

O FC Porto iniciou a segunda volta da Liga NOS com uma vitória concludente em Trás-os-Montes. A equipa de Sérgio Conceição jogou em Chaves, com o último classificado, e levou o desafio a sério, com grande concentração e empenho de todos os jogadores. O resultado foi expressivo, evidenciando claramente a diferença de qualidade entre as equipas, tal como já se tinha verificado na primeira volta.

Sérgio Conceição apostou no habitual 4x4x2, com um quarteto defensivo já muito desejado, desde a chegada de Pepe. Militão ocupou a faixa direita e Felipe e Pepe formaram a dupla de centrais, com Telles na esquerda. No meio-campo, Óliver preencheu a vaga de Danilo (lesionado) e formou uma dupla com Herrera bastante dinâmica. Aliás, o médio espanhol fez uma exibição fantástica. De resto, jogaram os habituais do costume, com Brahimi e Corona nas alas e Soares e Marega na frente de ataque.


O FC Porto pegou no jogo desde o minuto inicial, sem dar quaisquer hipóteses à equipa flaviense. No entanto, o Chaves chegou com perigo à baliza de Casillas, em transições ofensivas, quer antes, quer depois do primeiro golo portista.

Aos 24 minutos, Alex Telles cobrou um pontapé de canto na esquerda, Marega desviou de cabeça e Soares, oportuno, rematou para as malhas da baliza contrária. O Chaves esboçou uma reacção e Casillas teve que se aplicar para evitar um golo certo da equipa flaviense.

Depois de algum abrandamento, o FC Porto voltou a acercar-se da baliza do Desp. Chaves. A três minutos do intervalo, Corona desmarcou Marega na área e o maliano cruzou atrasado para entrada fulminante de Soares. O bis do avançado brasileiro fazia com que o FC Porto chegasse ao intervalo com uma boa vantagem.


Na etapa complementar, o FC Porto cumpriu o que Sérgio Conceição pretendia que os seus pupilos concretizassem no Estádio do Mar. Controlo absoluto da partida. Não o fez na plenitude, mas foi um controlo e gestão quase perfeitos do jogo. A zona do meio campo portista estava autenticamente sem utilização dado que os campeões nacionais dominavam o jogo e a bola no meio campo adversário.

Aos 68 minutos, Soares ampliou o resultado para 0-3, já depois de ter desperdiçado uma soberana oportunidade minutos antes. O Desp. Chaves rendia-se completamente mas oito minutos volvidos, a equipa da casa foi presenteada com uma grande penalidade cometida por Pepe que me deixa dúvidas. Bruno Gallo converteu o castigo máximo e reduziu o marcador para 1-3.

Sérgio Conceição começava a fazer a gestão dos seus activos. Retirou Felipe e fez entrar Mbemba, passando Militão para o centro da defesa e depois entrou Fernando para a vaga de Brahimi e, mais tarde, Adrián rendeu Corona.


Fernando desperdiçou uma bela oportunidade para fazer o quarto golo, mas redimiu-se bem perto do final quando isolado, antecipou-se a Nuno André Coelho, picou a bola sobre António Filipe e sobre a linha de baliza pressionou o central do Chaves a cortar a bola para o interior da própria baliza. O jogo terminou pouco depois com os Dragões a somarem mais três pontos. A Liga NOS regressa dentro de semana e meia com o FC Porto a receber o Belenenses.

Entretanto, os campeões nacionais vão disputar a Final Four da Taça da Liga na próxima Terça-feira, no Estádio Municipal de Braga. Os azuis-e-brancos defrontam o Benfica e, em caso de vitória, vão disputar a final, no próximo Sábado, diante do vencedor da outra meia-final que vai ser disputada entre o Braga e o Sporting.




DECLARAÇÕES

Sérgio Conceição: "Coletivo muito forte em praticamente todos os momentos do jogo"

Eficácia da defesa ao ataque
“A eficácia está ligada ao nosso processo ofensivo, mas associado ao equilíbrio defensivo que tivemos ao longo do jogo. Foi um jogo muito consistente da minha equipa, no que é atacar a baliza e criar oportunidades de golo. Tivemos ainda mais ocasiões para fazer mais do que os quatro golos. Fizemos um bom jogo, onde fomos inteligentes para chegar a situações de cruzamento. O Chaves apresentou-se com um bloco baixo, com os dois setores mais recuados muito juntos, o que deixou pouco espaço por dentro. Isso implicaria que a equipa tivesse que circular a bola de uma forma rápida, com largura e com eficácia, e aproveitar o curto espaço que tínhamos atrás da linha defensiva, principalmente nas movimentações de fora para dentro, tal como o Corona fez no nosso terceiro golo, após o passe do Herrera. Soubemos dar a volta às dificuldades que o Chaves nos impos, fizemos um bom jogo a todos os níveis, mesmo a nível defensivo, nunca deixamos o Chaves sair para o ataque com perigo, estivemos sempre de uma forma equilibrada no jogo. Parabéns aos jogadores, porque conseguiram depois de dois dias, e quando digo dois dias é porque só saímos de Matosinhos depois da meia-noite, darem esta resposta e conseguirem não ter nenhuma quebra na segunda parte. Sofremos aquele grupo, mas queríamos vencer de forma limpa. Analisarão o penalti, mas para mim não existe grande penalidade. Teríamos saído daqui com uma exibição praticamente perfeita. Paciência, para a próxima temos de estar um pouco mais atentos”.

Sem desacelerar
“A minha equipa está trabalhada para procurar sempre a baliza adversária, para não fazer uma gestão de jogo de uma forma passiva, que eu não gosto. Não quero que deixem as coisas andar. Quando aconteceu o 3-1, volto a frisar, daquilo que vi não me pareceu penalti, tivemos de correr mais e procurar mais algum conforto no marcador. Não foi o caso, mas eles sabem que eu não gosto dessa forma passiva de estar em campo. No entanto, temos de olhar para aquilo que foram os últimos jogos e o acumular de alguma fadiga. Os jogadores sabiam que estávamos a vencer por 3-0 e o jogo estava praticamente controlado.”


Gestão de Felipe
“Estava muito cansado, mas não é só o cansaço, também é a fadiga física e mental. Notei em dois ou três lances que ele perdeu um bocadinho a concentração e era melhor tirá-lo para não arriscar.”

O desgaste do calendário
“No futebol, correr cansa. É normal que eles estejam mais cansados, mas faz parte daquilo que são este acumular de jogos. Estamos preparados para isso, temos um excelente departamento médico, onde temos tudo à disposição. Iremos trabalhar para que os jogadores estejam na melhor forma para a próxima partida.”

Golos de Soares enaltecem o coletivo
“As oportunidades surgem quando o coletivo é forte. Vemos um coletivo muito forte em praticamente todos os momentos do jogo. Os jogadores que estão na frente fazem golos, a linha defensiva demonstrou uma eficácia incrível, tirando aquele lance duvidoso do penalti. O Óliver e o Herrera fizeram um jogo monstruoso naquilo que é o sentido posicional, com e sem bola, foi fantástico. A equipa esteve muito bem, e isso faz com que haja jogadores que sobressaiam. Normalmente, fazem golos, mas eu dou tanta importância aos jogadores que defendem como aqueles que atacam. Está tudo associado.”



RESUMO DO JOGO

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