05 agosto, 2013

Reviravolta sobre o Nápoles

http://bibo-porto-carago.blogspot.pt/

Nápoles-FC Porto, 1-3

Taça Emirates
4 de Agosto de 2013.
Estádio Emirates, em Londres.


Árbitro: Anthony Taylor (Inglaterra).
Assistentes: Peter Bankes e Gary Beswick.

NÁPOLES: Rafael; Zuniga, Fernández, Gamberini e Radosevic; Dossena, Dzemaili (cap.) e Calaiò; Callejón, Mertens e Pandev.
Substituições: Hamsik e Higuaín por Radosevic e Calaio (ao intervalo), Maggio por Pandev (56m), Raul Albiol por Gamberini (62m), Behrami por Callejón (74m) e Novothny por Zuniga (83m).
Treinador: Rafa Benítez.

FC PORTO: Helton (cap.); Fucile, Otamendi, Mangala e Alex Sandro; Fernando, Herrera e Josué; Varela, Ghilas e Quintero.
Substituições: Ricardo por Alex Sandro (65m), Iturbe por Quintero (72m), Carlos Eduardo e Licá por Josué e Varela (77m), Diego Reyes por Ghilas (83m) e Tiago Rodrigues por Herrera (89m).
Treinador: Paulo Fonseca.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Pandev (43m, pen.), Ghilas (50m), Fernández (68m) e Licá (78m).
Disciplina: cartão amarelo a Dossena (64m).

Após cinco triunfos, o FC Porto perdeu este sábado o primeiro desafio da pré-época, frente ao Galatasaray, na Taça Emirates, em Londres. Um golo de Felipe Melo, na conversão de uma grande penalidade, aos 71 minutos, deu o triunfo aos turcos, num encontro em que foram precisamente os penáltis desperdiçados a trair a boa exibição dos Dragões.

Mais do que mostrar um futebol avassalador, pede-se às equipas, nesta altura da época, para apresentarem ideias, princípios, entrosamento e evolução progressiva. Foi isso que ficou patente na exibição dos Dragões, especialmente na primeira parte. A pressão sobre o meio-campo constante foi intensa, a organização defensiva forte e registaram-se ainda boas combinações no ataque. Só não se pode pedir uma máquina 100 por cento oleada e incisiva.

O FC Porto venceu hoje o vice-campeão italiano Nápoles, por 3-1, no segundo e último dia de competição da Emirates Cup de futebol, que se disputa em Londres.

Depois de ter recolhido ao intervalo a perder por 1-0, os portistas conseguiram operar a reviravolta no marcador graças aos tentos de Ghilas, Licá e a um autogolo de Fernandez.

A equipa portuguesa limpou assim a imagem da derrota de sábado, frente ao Galatasary, por 1-0, e somou a sétima vitória nesta pré-temporada, num jogo em que o reforço Quintero deu nas vistas.

Para este desafio, o técnico dos "dragões", Paulo Fonseca, promoveu várias alterações no "onze" titular, em relação à partida sábado, frente ao Galatasaray, mantendo apenas Alex Sandro e Varela nas escolhas iniciais, e apostando nos reforços Josué, Herrera, Quintero e Ghilas.

A renovação da equipa acabou por não disfarçar alguns problemas de entrosamento, visíveis na produção portista no primeiro tempo, em que, tirando algumas iniciativas do reforço Quintero, pouco mais se viu.

Do outro lado, os italianos também não deslumbraram, tentando viver das iniciativas de Pandev, jogador macedónio que já na fase final da primeira parte se revelou decisivo.

Depois de ter sido travado na área portista por Fernando, em falta para castigo máximo, o próprio avançado encarregou-se da marcação do penálti, apontando o 1-0 (42 minutos) com que se chegou ao intervalo.

Para a etapa complementar, o FC Porto mostrou melhor qualidade, e depois do equilíbrio de forças do primeiro tempo consegui impor-se no desafio, e chegar mais vez à baliza napolitana.

Ghilas fez um primeiro aviso à defesa italiana e concretizou a ameaça pouco depois, aproveitando uma boa abertura de Quintero para empatar (50).

O golo galvanizou a equipa lusa, que manteve a pressão sobre um adversário empenhado apenas em explorar o contra-ataque e, com uma postura mais ambiciosa, conseguiu operar a reviravolta.

Varela ganhou espaço pelo corredor direito e o cruzamento na tentativa de servir Ghilas acabou por bater no jogador do Nápoles Fernandez e trair o guardião Rafael, dando a vantagem aos "azuis e brancos".

Mesmo na frente, e apesar das alterações promovidas por Paulo Fonseca, o FC Porto não abrandou o ritmo, ampliando a vantagem com justiça a 12 minutos do final, através de Licá, que aproveitou mais um erro defensivo do Nápoles para recuperar o esférico e selar o 3-1 final.

Com este resultado, a equipa portuguesa termina sua prestação na Emirates Cep com seis pontos, três referentes à vitória, e um por cada golo marcado.



DECLARAÇÕES

Paulo Fonseca: "Fizemos um bom torneio"

“Só sofremos golos de grande penalidade frente a duas excelentes equipas, e isso é algo que nos deve deixar orgulhosos. No cômputo geral, creio que fizemos um bom torneio e deixámos excelentes indicações, pelo que só tenho de estar optimista e confiante quanto à nossa evolução como equipa”.

“Tivemos bons momentos na primeira parte, mas fomos francamente superiores na segunda, na qual chegámos à vantagem por mérito próprio. Parece-me que até poderíamos ter feito mais golos, mas soubemos controlar o jogo e até aproveitámos para lançar alguns jovens num ambiente como este”.

Juan Quintero:

“Acima de tudo, estou feliz por ter tido a oportunidade de ajudar a equipa a conseguir este triunfo, que é muito importante para nos dar ainda mais confiança. Sinto-me bem e jogo onde o treinador quiser. Quero ajudar o FC Porto a ganhar e a conquistar títulos. E no próximo fim-de-semana temos mais um para conquistar”.



RESUMO DO JOGO

11 comentários:

  1. Primeiros 45min mto pouco esclarecidos... com a etapa complementar mto mais agradável, esclarecida e com golos para o FC Porto.

    Acabaram-se as experiências...

    Venha o dia 10Ago e a supertaça!

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  2. Bom jogo com excelente segunda parte dos Dragões (“segunda parte de luxo”, diz um jornal de Lisboa!). Não ganhámos a um qualquer 18.º classificado num campeonato (que derrotou o 2.º da Liga Nacional!), mas ao 2.º da Liga Italiana que é um forte candidato ao ceptro da época que vai começar.
    Destaques – Quintero: fantástico, um verdadeiro craque! Tem lugar garantido na equipa titular. Herrera: excelentes pormenores. Fernando: imprescindível. Otamendi: (quase) imperial! Helton: continua a ser uma garantia. Varela: bom jogo!
    O FC Porto caminha, a passo seguros, para uma boa participação em todas as competições da época que se avizinha.
    Uma palavra para a falange de apoio portista no estádio: grandes Dragões! Obrigado, adeptos queridos.
    BIBÓ PORTO!

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  3. ... já daquela Cup Qualquer Coisa nada se ouve. Ou quase. Será para lamber as feridas?!

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  4. O balanço geral que faço da participação do FC Porto na Emirates Cup é francamente positivo. Não só pelos bons sinais que foram dados pela equipa, mas também pelos problemas revelados. E não há melhor altura para uma equipa revelar problemas do que na pré-época, altura em que se diagnosticam os problemas, reflete-se sobre eles e obviamente se tenta corrigi-los antes do início da época a “sério”, o que no caso do FC Porto é já daqui a pouco mais de 5 dias!

    Destes 180 minutos frente a duas equipas de excelente valia, qualquer uma delas munida de “meninos” como Drogba, Sneider, Higuain, Hamsik, etc, viram-se várias coisas de relevante no que ao FC Porto diz respeito. Mesmo com um ritmo baixo, típico dos jogos de pré-época, deu para ver já o nível de organização tática e técnica da equipa de PF, bem como os jogadores que teoricamente estarão em melhores condições de agarrar já a titularidade. Retive alguns pontos, nomeadamente:

    1) Consistência defensiva razoavelmente boa, apesar dos 2 penalties cometidos. Otamendi em grande forma.

    2) Fernando para render o seu máximo tem de jogar sozinho. Não me parece que o duplo pivot defensivo melhore minimamente o esquema tático do 4X3X3 adotado pelo FC Porto há já vários anos. Na 2ª parte do jogo com o Nápoles, com a libertação de Herrera para zonas mais avançadas, fazendo bem a transição entre o meio-campo e o ataque, e a permanência de Fernando numa zona mais recuada do meio-campo as coisas funcionaram bem melhor.


    3) Gostei de Quintero. Bom toque de bola, bom passe, inteligência dentro de campo. Não vou embarcar em euforias tipicamente lampiãs de que já temos um grande jogador, etc, etc, mas do que vi, gostei das características que Quintero apresenta.

    4) Parece evidente e indisfarçável que o problema chamado “penalties” já atingiu uma gravidade que não é admissível para um clube de pote 1 de Champions League. O ano passado os vários penalties falhados poderiam ter custado o título, não fosse a recuperação final fantástica, bem como o descalabro do costume do “exterminador implacável”. Este ano de uma vez por todas há que resolver o problema. Na minha modesta opinião um bom começo para o resolver será retirar definitivamente Jackson da marcação de penalties e treinar (até à exaustão se possível!) novos marcadores. Uma equipa não pode ter uma taxa de sucesso de 50/60% no acerto dos penalties porque mais cedo ou mais tarde, num teimoso 0/0 numa qualquer jornada do campeonato, ou numa eliminatória equilibrada da Champions que se tenha de decidir por penalties (lembram-se do Shalke 04 em 2008) o problema dos penalties irá colocar-se. Não será assim tão difícil, já que o dia tem 24 horas, treinar penalties nas dezenas de treinos semanais que o clube tem.

    Como resultado final de tudo isto, um honroso 2º lugar num torneio com 4 grandes equipas europeias e um conjunto de boas indicações que reforçaram a minha confiança nesta equipa e neste treinador. Que no dia 10 a nossa sala de trofeus fique com mais um!




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  5. E só mais um comentário… É o nojo do costume a ORDINÁRIA comunicação social do sul nos seus comentários à participação do FC Porto num dos mais prestigiados torneios de pré-época da Europa, em que o FC Porto espetou 3 ao vice-campeão italiano, o temido Nápoles.

    Desde “FC Porto aproveitou brindes italianos” até a uma cirúrgica desvalorização em relação à boa vitória frente aos italianos, já vi de tudo nas horas que se seguiram ao jogo. Mas o que me tem dado imenso gozo é a enorme vontade dos pasquins (o rascord que agora é dirigido pelo nojento do querido manha) em ver Jackson vendido e Bernard no Shakthar.

    É vê-los a espumar da boca inquietos que o Nápoles dê os 40 M€ e que o Bernard lá assine pelos ucranianos… É vê-los com a azia do costume, nojentos como sempre, desonestos como o habitual e facciosos até dizer chega… Mas compreendo, como grande parte dos adeptos neste país à beira-mar plantado não passam de nojentos mais interessados na trica e fofoquice do que no futebol jogado (já que a maior parte deles vê os seus clubes a “apanharem” forte e feio há já muitos anos) é normal que para nojentos o mais indicado seja uma comunicação social também ela nojenta…

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