31 março, 2016

OS DIAS DO FIM DO MUNDO.

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Que são. Estes.
Aqueles que vimos vivendo nos últimos três anos, equivalentes a mais de mil dias de horror, apocalipse, trevas e decadência moral (que a física ainda não se materializou… ainda não). Os dias do fim do nosso mundo. O mundo, nosso habitat natural, como nós o conhecíamos. Bonito que ele era. Perfeito, tão redondinho, azulinho.

Algum dia teria de ser, todos o sabíamos. Apenas esperávamos que o amanhã não fosse a véspera dele. Chutávamos a bola para a frente e esperávamos que isso fosse adiando a coisa, prolongando os minutos de jogo. Que a bola entrasse por algum golpe de sorte ou tiro certeiro de um qualquer jogador de empresário certo e nacionalidade incerta. E assim íamos indo.

Afinal o fim auto se anunciou e proclamou. Confortavelmente, instalou-se bem mais rápido do que o previsto. E, pelo volume da bagagem visível a olho nu e do tamanho do balde de pipocas, veio para ficar durante uns tempos. Largos. Botem largos nisso.

Serão meteoritos. Bué deles. Napalm. O cheiro primeiro, a recordação dele depois... Será chuva pardacenta, morrinhenta, alternando com dias armados em parvos de grandes e gordas nuvens cinzentas e outros de pura tempestade e inclemência. Será sol impiedoso e tórrido num deserto a atravessar, sem água, sinal de verde ou sombra de oásis fortuito. Será a ausência de luz, em mais um túnel escuro e sinuoso que teremos de ser capazes de atravessar e calcorrear até ao fim, indiferentes ou resistentes a tropeções sucessivos e às pancadas com a cabeça. Serão vales profundos e montanhas altas, quase sem oxigénio. Tudo subitamente inóspito. Já não redondinho. Com as cores de outros. Como é aquela frase que agora o universo SDiano apregoa como se não houvesse amanhã? Ah, sim. “Só os mais fortes sobrevivem. Nós seremos eternos”.

Pois é… o Amanhã não está garantido, gente. Teremos de lutar, combater por ele. Tentar que chegue rápido e que nos seja simpático. Até lá, será como disse. Agonia, muita. Dor atroz. Fenómenos climáticos extremos e extremados. Provações e privações. Provocações. Limpezas. Purgas. Sedimentações. Eliminações cirúrgicas. Formatações. Perseguições. Caças às bruxas. Injustiças. Exterminações. Perdas. Erradicação de toda a espécie de regimes e esquemas, estatutos de deuses e semideuses. Fontes de rendimentos e luxos e vício$ já secas. Galinhas com ovos normais, já não de ouro. A decadência finalmente física.

Sobreviveremos. E um Clube como o nosso saberá ser Eterno. É Eterno.
Isso sei. Recomeçaremos do quase zero, seguiremos e revisitaremos exemplos de sucesso felizmente ainda bem enraizados dentro de nós, reconstruiremos o que foi demolido intramuros. Voltaremos a erguer a Alma Azul e Branca. O Imenso Orgulho Tripeiro. O Famoso e Lendário Espírito, a Mítica Raça de Dragão. Com o mesmo ou outro Líder. No fundo, não interessa o nome: Fernando, André, Paulo, Pedro, Nuno, Ruka, Eduardo, Joaquim, Vasquinho, Rui, Vítor, Manelinho, Jorge ou José, o objectivo comum que todos partilhamos e partilharemos é o bem do clube que veneramos e amamos acima de tudo. O Mágico Emblema e a Mágica Camisola. Só isso perdura, acima de qualquer obra, gratidão, homem ou nome…

Quanto a mim, já tenho o meu plano de acção devidamente delineado, o meu kit de sobrevivência analisado e repensado para os tempos madrastos deste estúpido Armagedão, o nosso Apocalipse Now. Vou ficar mais zen, praticar a meditação, procurar implementar e interiorizar a calma e a total aceitação dos elementos que se nos atravessem à frente. Mantas fofinhas, guarda-chuvas, impermeáveis, tendas. Livros. Revistas. Contentores de kleenex. Lanternas recarregáveis, capacete com luz incorporada para a noite do longo túnel, óculos de sol, tank tops, um espelho, protector solar e GPS para a travessia das areias do deserto… coisas assim. Oxigénio, água, latas de atum. Baralhos de cartas não, que não gosto.

Vou continuar a ver jogos, a ouvir relatos, a torcer e a sofrer, a puxar cabelos, a atirar-me para o sofá, a dar saltos e pinotes, a criticar este ou aquele, mesmo o pateta do treinador, mas sempre com uma atitude profundamente holística, construtiva, serena e muito, fantasticamente, desesperadamente zen. Imbuída do motivacional espírito do “perder e ganhar tudo é desporto”, “não interessa ganhar, importa é participar”, “os campeões crescem nas derrotas”, “ri melhor quem ri por último”, “grão a grão, enche a galinha o papo”, whatever!, serei uma adepta fiel, apaixonada, equilibrada, pura e simplesmente desinteressada. Ou seja, alguém que não quer ficar no clube e com o clube porque ele ganha, mas ficar nele e com ele mesmo quando perde… fundamentalmente quando perde. Dar sem pedir nada em troca. Sem nada exigir. Um Portismo, um orgulho sempre maior.

Na saúde e na doença, Porto.
São estes os votos que hoje te faço, neste horrível texto que nunca quis escrever.
Demore um, quatro ou até mais anos. Décadas.
Bastará o teu emblema, vê-lo, adorá-lo, dar-lhe um mimo ou um beijo e tudo ficará bem.
Outros mundos virão.

Bonitos, redondinhos. Azulinhos.

30 março, 2016

ESTA EQUIPA NÃO É PARA VELHOS.

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Aproveitando a boleia do último artigo do meu colega de blog RCBC, a ideia de que temos um plantel de toscos e marretas, é quase um dado adquirido no universo portista. Como tal, pudesse o comum adepto ter o condão de gerir o plantel como lhe aprouvesse, em Junho próximo teríamos o balneário do Dragão a brilhar de forma mais cintilante do que as tijoleiras nos anúncios da TV.

Arrisco-me a dizer que provavelmente só Helton, Ruben Neves, André André, Danilo, Layun e talvez Maxi escapariam incólumes aos piaçabas da vassoura. Quanto aos restantes, uns mais unânimes, outros nem tanto, teriam porta aberta para outros destinos, segundo o senso de justiça popular.

Como se tem visto em tempos recentes, este caminho também não parece ser indesejado de todo para a direcção da SAD. Quanto mais rotação de jogadores, mais empresários, mediadores, fundos, comissionistas, administradores e até familiares contentes.

Se juntarmos a estas duas vontades, a necessidade premente de facturação, cuja emergência pode ser mais grave ou não, consoante a garantia mínima do 2º lugar no campeonato, e consequente acesso directo à Champions, temos em vista mais uma revolução para a época 2016/2017.

Do actual plantel, apenas 3 jogadores, sim isso mesmo, três jogadores têm mais de 3 épocas como séniores no FC Porto: Helton, Varela e Herrera. Sendo bastante provável a saída de Varela, e Herrera um dos activos mais valiosos do plantel, arriscamo-nos a começar a próxima temporada com 1 jogador (de banco) que saiba minimamente o que é uma equipa do FC Porto. Uma equipa que entre em todos os jogos com fome de vencer.

Como se pode criar uma equipa vencedora, quando os jogadores dessa equipa não sabem o que é vencer juntos?
    «No FC Porto o mais importante é perceber o espírito daquele grupo e aquela vontade de ganhar. Havia jogadores como o João Pinto e o Jaime Magalhães que tratavam logo de passar a mística do clube», diz Latapy numa entrevista saudosista sobre a sua passagem pelas Antas.
Quem vamos ter nós em campo para passar este espírito que Latapy refere? Só mesmo se pusermos Casillas a recordar os seus bons tempos no Real e na La Roja!

Dir-me-ão que no tempo do Artur Jorge e do Mourinho se fizeram profundas limpezas de balneário, com brilhantes resultados. Verdade!

Contudo, os jogadores no tempo do Artur Jorge, ou Mourinho, quando vinham para o Porto, não era apenas para brilhar nos jogos de Champions por um par de anos, o suficiente para adquirir um bilhete para um colosso da Europa. Eram jogadores que olhavam para os colegas de balneário e sentiam que tinham que lutar e suar muito para lhes ganhar o respeito (e o lugar). Ter sentados ao seu lado João Pinto, Jaime Magalhães e André, ou Vitor Baia, Paulinho Santos e Jorge Costa pesa no espírito de um jogador que chega ao clube. A experiência e os títulos dos mais velhos valoriza a camisola que vestem. E no momento da derrota, acredito que seria muito complicado olhar nos olhos qualquer um destes nomes.

Não sendo possível fabricar títulos para os que cá estão, podemos no entanto começar por tentar fabricar uma equipa para os ganhar. Assim, o primeiro passo para o sucesso da próxima época não é começar de novo do zero, acreditando em milagres e milagreiros. Não é contratar uma dúzia e meia de jogadores, cedendo duas outras. O primeiro passo para o sucesso será estabilizar uma estrutura base de equipa que possa receber e integrar novos colegas. E nas saídas, apostar no critério, com prioridade para quem sonha acordado com outras camisolas mais mediáticas.

Há posições orfãs de jogadores, e outras com jogadores a mais. Há jogadores do clube cá dentro sem qualidade suficiente para envergar a camisola, e outros jogadores do clube lá fora a esbanjar qualidade em equipas adversárias. Antes de se queimarem milhões em incógnitas e enchendo bolsos alheios, aposte-se no que já é nosso. Os rumores dos regressos de Ótavio e Rafa a confirmarem-se, são um passo no caminho certo.

A pintura do nosso presente pode não ser a mais bonita. Mas antes de terraplanar tudo, aproveitemos os alicerces. Foi sobre eles que crescemos e nos tornamos em quem somos.

Falando em alicerces, li recentemente esta declaração de Lucho Gonzalez:
    "... Tinha a ideia de acabar a carreira no FC Porto, mas depois fui para o Qatar e agora estou no River."
Se dúvidas haviam quanto à vontade do El Comandante em debandar da equipa a meio da temporada de 2014/2015, penso que ficam esclarecidas com esta frase. Quando Lucho voltou ao Porto, foi para ficar. Alguém lhe abriu a porta dos fundos e o convidou a sair.

Mais do que especular sobre causas, culpas ou responsáveis, deveríamos reflectir se não seria um investimento muito mais seguro mantermos na equipa uma voz respeitada, uma cabeça de génio, e uns pés de qualidade, mesmo que com menos velocidade, e só jogando a espaços, do que esbanjar 4 milhões em porteiros de discoteca vindos da Madeira?

29 março, 2016

FC PORTO NÃO FACILITOU EM BARCELOS.

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BASQUETEBOL

  • barcelos 57-93 FC PORTO
Estive em barcelos e assisti a uma vitória tranquila para o Porto, que apenas teve um pequeno período de desconcentração quando permitiu que os locais diminuissem a diferença de 16 para 6 pontos ainda na primeira metade. Depois, a equipa não mais facilitou e foi alargando cada vez mais a diferença até ao resultado final.

Nick Washburn (grande exibição) e Pedro Bastos (6 triplos) foram os dragões mais inspirados.

  • PRÓXIMOS JOGOS
Esta 5ª feira, jogo complicado (mas que temos de ganhar) em casa do galitos, pelas 20.15 (porto canal).



ANDEBOL

  • PRÓXIMOS JOGOS
Regressa o campeonato amanhã, 4ª feira, com o Porto a jogar em casa do benfica e a procurar igualar a meia-final do play-off. Dá no andeboltv e na btv às 20h30.

Depois, sábado, novo jogo com os encarnados nas meias-finais da taça pelas 17h00 (bola tv). A final (se ganharmos a nossa meia final jogaremos a partida decisiva frente a scp ou madeira) joga-se domingo, pelas 17h00 (bola tv). Todos os jogos em Almada.



HÓQUEI EM PATINS

  • PRÓXIMOS JOGOS
Jogo grande no dragão caixa, sábado, a partir das 18h00 (porto canal), com os dragões a receberem a oliveirense para a 2ª mão dos quartos de final da liga europeia. Temos de ganhar por mais de um golo de diferença. Lá estarei.



Um abraço do Lucho.

28 março, 2016

QUAL O REAL VALOR DO PLANTEL DO FC PORTO?

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A qualidade de um plantel é um dos vários fatores que influenciam o sucesso de um clube, bem como a competência do seu treinador, a organização da estrutura do clube e outros fatores que até nem são intrínsecos, nem controlados pelo próprio clube, como por exemplo, a atuação das equipas de arbitragem. Tudo isto, e mais alguns outros fatores que por razões de menor relevância não refiro agora, influi no desempenho de uma equipa, uns fatores com maior peso e relevância, outros menos relevantes e significativos. Mas tudo isto influi.

Aliás, se a qualidade de um plantel fosse o único fator que influenciasse o desempenho de uma equipa jamais a Europa teria assistido a tantas surpresas nas mais variadas competições ao longo desses anos, desde a recente luta entre Leicester e Totenham pela Premier deste ano, passando pelo 10º título de campeão espanhol do Atlético Madrid, pelo título de campeão inglês do Blackburn em 1995 ou até pelo título de campeão europeu do FC Porto em 1987, em todas estas situações (e noutras tantas…) a lógica da qualidade dos plantéis não imperou, tudo isto foram enormes surpresas face à qualidade de algumas das restantes equipas que foram derrotadas nessas competições.

Claro que historicamente observamos que os clubes com plantéis mais fortes ganham mais vezes, mas claramente há outros fatores que influenciam o sucesso desportivo de uma equipa. Esta é uma boa altura portanto para questionar e refletir sobre o seguinte: qual o real valor do plantel do FC Porto?

Desde o verão de 2015 até hoje, tenho ouvido aquilo que considero os maiores disparates em relação ao real valor do plantel do FC Porto. Confunde-se uma coisa muito simples aquando da análise à qualidade do atual plantel Portista, uma coisa é a qualidade teórica de um plantel, outra coisa COMPLETAMENTE DIFERENTE o rendimento desse plantel. Mas alguém duvida por exemplo que o plantel do Real Madrid é bem melhor que o do Atlético Madrid, que o plantel do City é várias vezes melhor que o do Leicester ou que o plantel do Manchester United é muito mal aproveitado?!?!

No início da época ouvi (ninguém me disse!) em alguns programas televisivos com comentadores supostamente profissionais (ou seja, gente que deveria emitir a sua opinião de forma séria) que o FC Porto teria um plantel para discutir a Champions League. Hoje em dia, já não são poucas as vezes em que ouço que este é o pior plantel do FC Porto dos últimos anos. Julgo com elevado grau de certeza que tanto uma coisa, como a outra são dois enormes disparates.

Mesmo considerando o plantel que iniciou a época, estamos a vários anos-luz de ter o melhor plantel do FC Porto dos últimos anos (1987? 2004? 2011?), como também não temos seguramente o pior plantel dos últimos anos. Obviamente que o atual plantel do FC Porto enferma de problemas, tem havido lesões e castigos em elevado número sobretudo a partir da chegada de Peseiro mas julgo que a verdade nua, crua e também muito triste para todos nós é a seguinte: com o plantel do início da época ou o atual plantel do FC Porto, seria exigível que:

1) A equipa jogasse bem melhor futebol do que joga e jogou até agora;

2) A equipa tivesse um modelo de jogo consistente e eficaz para jogar com 90% das equipas do campeonato português;

3) Respeitados os 2 pontos anteriores, a equipa tivesse mais pontos e melhor classificação no momento e não tivesse perdido 20 pontos em 27 jogos, estando a uns inimagináveis 6 pontos do 1º classificado.

Para além disso, importa comparar o plantel do FC Porto com o dos seus 2 rivais, ambos à nossa frente na classificação e um deles ainda em competição na Europa para perceber ainda melhor a falta de aproveitamento que tem sido feita ao atual plantel. Não discuto quem tem mais responsabilidades, não discuto se Peseiro nesta altura deveria colocar a equipa num patamar diferente, nem discuto agora sobre as responsabilidades (e em que medida) da SAD em todo este processo, mas há coisas que me parecem evidentes. E parece-me evidente que quando uma equipa está bem, organizada, bem treinada e vive num clima de comunhão com os adeptos, até o pior dos jogadores parece ser um bom jogador e entra bem na equipa porque existe um modelo com pés e cabeça e existe tranquilidade para se trabalhar.

No FC Porto tem sido exatamente o contrário, a desorganização que se tem assistido, os erros na escolha para o comando técnico e a intranquilidade que os adeptos transmitem à equipa assobiando por tudo e por nada, tudo tem contribuído para que os jogadores pareçam bem piores que aquilo que são. Logicamente que também há falta de qualidade indisfarçável em alguns jogadores, contratações do mais ridículo que há, mas reflitamos de forma honesta e racional.

Será Casillas pior que Júlio César ou Rui Patrício?

Serão Maxi e Layun piores que Eliseu, André Almeida, João Pereira ou Schelotto?

A diferença entre Martins Indi/Marcano/Maicon (que é responsável pelo tempo em que esteve, não mais que isso!) e Jardel, Lisandro Lopez, Rúben Semedo ou Coates será assim tão grande?

Chidozie não tem experiência de 1ª liga, mas Lindelof quantos jogos tinha na equipa A? E Danilo Pereira, haverá algum trinco no campeonato com mais qualidade do que ele?

Haverá dúvidas que André André, Herrera, Rúben Neves e Evandro equivaler-se-ão com maior ou menor desvantagem a Adrien, João Mário, Samaris, Fejsa, Bruno César ou Aquilani?

No ataque, aqui admito que é o único sector em que o FC Porto tem menos qualidade que os rivais. Creio que Aboubakar e Suk estão furos abaixo dos jogadores adversários nessas posições. Mas, caramba, Brahimi não tem qualidade? Aboubakar, apesar da instabilidade psicológica evidente, tem 17 golos marcados até ao momento, o que não é tão mau assim... Corona vale bem mais do que o que tem mostrado...

Em suma, considero que globalmente o FC Porto tem um plantel mais vasto que o dos seus rivais, que não tem nem o pior, nem o melhor plantel dos últimos anos mas que tem um plantel com qualidade suficiente para fazer bem mais e melhor do que tem feito até agora. Finalizo com uma questão retórica: como é possível nos últimos 2 anos com plantéis manifestamente superiores aos rivais não conseguirmos materializar essa superioridade dentro de campo?

Nota off-topic - O 25 de abril de 1974 conferiu felizmente a todos nós a hipótese de exprimirmos a nossa opinião sem nenhum tipo de constrangimento desde que dentro dos normais e aceitáveis limites numa vida em sociedade. Aquilo que todos nós participantes deste blog temos em comum é exatamente o amor pelo FC Porto, porque depois divergimos saudavelmente (se pensássemos todos o mesmo, para que serviam os espaços de debate e reflexão?) em muitos assuntos relacionados com o clube. Permitam-me só um aparte... Não pinto o quadro tão negro como alguns companheiros o fazem, não considero que esta SAD e este Presidente sejam a pior coisa à face da terra como alguns legitimamente defendem, agora considero que há problemas, erros e indecisões em alturas importantes nos últimos 3 anos que nos levaram para um rotundo fracasso, que acabe como acabar a presente época, permanecerá na análise final à época. Para tudo há uma solução e eu acredito piamente que é possível dar a volta ao texto, basta que se retome o rumo da competência que por exemplo nos levou ao tricampeonato de 2013 ou à Liga Europa em 2011. Não foi assim há tanto tempo, foi com esta SAD, com este Presidente e com alguns jogadores de qualidade similar aos que atualmente temos no nosso plantel. Uma coisa é certa, não é escavando mais que vamos sair do buraco em que nos encontramos, tal só acontecerá com inteligência, calma e muito sangue frio.

27 março, 2016

26 março, 2016

UM PRESIDENTE DE PAZ.

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Há uns anos, no final de uma conferência sobre a bluegosfera, co-organizada pelo BiBó PoRtO carago!!, acabamos o dia a beber uns finos, numa tarde de Espinho, à volta de uma mesa, onde havia uns amendoins e uns tremoços. Lembro-me de alguém ter dito que se o FC Porto mudasse, isto é, se deixasse de ser um clube de resistência, bairrista, anti-centralismo, pró- Norte e pró-cidade do Porto, desaparecia ou perdia a relevância que hoje (ainda) tem no panorama futebolístico português. No Norte, em especial na Invicta, um clube só sobreviveria com este sucesso – não apenas nacional, mas também europeu e mundial – se continuasse a fomentar estas ideias e esta cultura de resistência.

Aquelas palavras deixaram-me a pensar. Interiorizei isso: quando o FC Porto passasse a ser um clube dito “nacional” (seja lá o que isso significar), um clube simpático, um clube de salamaleques e protocolos, um clube de “bons rapazes”, desapareceria enquanto agremiação vencedora e portadora de mística. Passando a ser um clube normal, igual aos outros, sem nada que o diferencie dos demais, o FC Porto não se torna apenas mais um grande do futebol português. Ele passa a ser, a meu ver, menos um, quase irrelevante, sem peso, sem poder, sem influência, posto que o centralismo lisboeta é implacável com o resto do País desde tempos imemoriais. Por isso, das duas uma: ou se resiste e se cria uma cultura de resistência à velha maneira de Asterix e Obelix; ou se capitula.

Esta conversa veio-me à memória quando li e ouvi a recente questão da presença de um tal Serpa na Gala dos Dragões de Ouro. O Presidente Jorge Nuno Pinto da Costa, garantiu em Assembleia Geral perante os sócios presentes, que não sabia quem tinha convidado a referida figura.

Com esta “explicação”, o Presidente mais não fez que oferecer de mão beijada um presente aos seus detractores. Serpa não se fez rogado e tratou de, na presença de outro portista – Pedro Marques Lopes – colocar tudo em pratos limpos, envergonhando os sócios do FC Porto e contradizendo as palavras do Presidente. Disse mesmo, alto e bom som, que nos últimos tempos tem notado uma tentativa de aproximação do Presidente e do FC Porto enquanto emblema institucional ao jornal A Bola. Serpa disse isto com todas as letras, não por ficar contente com essa aproximação, mas por claramente saber que essa aproximação irrita e causa urticária à grande maioria dos portistas. E, ao fazer essa revelação, sabe que cava um fosso ainda maior entre os adeptos e a SAD portista. Aí tem, Sr. Presidente.

Além disso, não deixa de ser curioso analisar este convite feito a Serpa, pelo próprio Presidente, para os Dragões de Ouro, uma gala que cada vez é menos uma festa do portismo, mas mais uma feira de vaidades. Nos últimos anos, aliás, é notório que o Presidente tem tentado tornar-se mais próximo de figuras com quem antes guerreou ou manteve relações, no mínimo azedas. Serpa e A Bola são apenas mais um exemplo dessa subtil mudança da Direcção portista.

Onde antes se fez a guerra, cultiva-se agora a paz. Elogiam-se rivais nas páginas de órgãos de comunicação oficiais do clube, promove-se uma cultura de bem receber no nosso estádio, dirigem-se convites vários às mais variadas hostes e facções, organizam-se faustosas galas, etc. Em suma: o FC Porto tem vindo a assumir cada vez mais uma faceta institucional, “certinha”, simpática, educada, polida, morna, suave.

Um clube de paz e não de guerra. À imagem do seu Presidente. Nos últimos anos, se atentarmos bem, o nosso Presidente tem vindo a percorrer uma trajectória no sentido de fazer as pazes com aqueles com quem estava desamigado ou afastado. São vários os casos. Parece querer deixar, no ocaso da sua Presidência (cada vez mais claro isso…), uma imagem consensual, pacificadora, simpática e polida. Adquirir uma imagem nacional, plena, não tão ligada à guerra que travou nos anos 80 e 90 em prol do seu clube. O Presidente mudou muito, isso é claro. Não quer dizer que para melhor ou pior. É normal que, nesta fase e neste último mandato, o Presidente não queira deixar inimigos ou rivais. Pena que isso não se compadeça com os objectivos do FC Porto. Pena que, também a Sul, ninguém lhe vá dar mais valor por isso.

O FC Porto não precisa de paz. Em paz, o FC Porto morre ou desaparece como clube ganhador. O FC Porto precisa de desenterrar de novo o machado de guerra e partir com o seu exército para a luta. Infelizmente, duvida-se que este Presidente possa ou queira ainda ser o General das próximas batalhas.

Rodrigo de Almada Martins

25 março, 2016

24 março, 2016

O "INIMIGO" BAÍA...E 2016/17.

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Vítor Baía, foi e há-de ser sempre uma referência do nosso clube.
Teve um passado brilhante como atleta, com uma conduta insuspeita e um sem número de títulos conquistados.
Seguiu-se o percurso de dirigente, o qual terá terminado quando alegadamente achou que era tempo de subir na estrutura e quem manda no clube, entendeu que tal era ainda prematuro.
Ouvi-lo dizer que aspira a ser presidente do Futebol Clube do Porto é algo que nada me incomoda. Mas incomoda-me que uma referência como esta dê tantos tiros nos pés! Escolheu mal o local para falar, escolheu mal o timing para falar, desatou a enrolar-se no discurso e a cometer “gaffes” que acabam por o descredibilizar, além de surpreendentemente se auto-intitular como “a única voz discordante do clube”.
Ora, quem como eu vai a todas as Assembleias Gerais e nunca o vi em nenhuma, é óbvio que fico surpreso com estas declarações, e mais ainda quando depois de tudo isto, não marcou presença na última AG realizada há 15 dias. E não, não se especule sobre pressões e intimidações pois tudo isso é conversa para “boi dormir”. Primeiro por ser mentira, e segundo porque quem quer ser presidente de uma instituição desta dimensão não pode temer o confronto e ainda menos o contacto com os sócios, os únicos com poder para o escolher para tal função.

Mas meus caros, Vítor Baía e outros, parece terem sido promovidos à categoria de “inimigos” do clube, mas jamais o poderão ser. Este inimigo não se combate... convence-se! Nós não temos inimigos internos, podemos ter unicamente opiniões discordantes, e que saudades dos tempos em que ninguém ousava levantar a voz. Mas isso acontecia porque as pessoas estavam “convencidas” do rumo que o clube levava. Não perceber isso é não perceber nada do que é o FC Porto, é não ter percebido nada daquilo que se passou na última AG.
Para quem quis perceber, e só o pode ter feito quem esteve presente, pretende-se exigência, ambição e carácter, mas também união e coesão. É estranho que alguns não tenham estado presentes e todos os dias continuem a escrever como se soubessem tudo, e apenas continuem interessados em “atacar” o tal “inimigo” interno ao invés de atacar quem está do outro lado da barricada, quem nos destrata, quem nos maltrata, quem nos desrespeita e quem nos humilha.

Continuar a ter um Dragões Diário preocupado com Vítor Baía e as suas “gaffes” (infelizmente, quantas comete o nosso presidente??) é não ter percebido o recado.
Continuar a não falar do esquema vermelho controlador, é não ter percebido o recado.
Continuar a não falar de uma comunicação social centralista e prepotente, é não ter percebido o recado.
Continuar a não defender publicamente os adeptos é não ter percebido o recado.
Continuar preocupado com os paineleiros portistas é não ter percebido o recado.
E sobre isto apenas duas notas:
1) Porquê tantos elogios aos Super Dragões durante a última AG (seria medo daquilo que pudessem fazer ou dizer?) e depois nem uma palavra pública sobre as recentes multas de €300 que provocaram a reação da claque? Ai se isto fosse noutras paragens...!!!
2) Quando em 08-10-2015 aqui falei sobre a forma negligente com que a direção trata os portistas que marcam presença nos programas televisivos, não adivinhava que depois viesse o ataque tão veemente de Pinto da Costa. Sr. Presidente, se sempre negligenciou este meio de comunicação, se fez questão de em 13-10-2015 se demarcar definitivamente de todo e qualquer comentador, quer que depois todos digam “Amén” só porque sim?!

É que numa altura em que devíamos estar direcionados para os ataques de fora (Allô Serpa?!), para os verdadeiros inimigos do FC Porto, parece que quem manda, continua é entretido com estes jogos palacianos de luta pelo poder, de “secar” tudo à volta, de saber quem chega a quem, de saber quem chega aonde, e isso foi tudo o que os sócios disseram que estavam fartos.
Nesta altura, deveríamos era já estar a preparar 2016/17, tanto dentro como fora de campo, renovar a estrutura do futebol e do clube com gente nova, sangue novo, de portismo inquestionável, e que quisesse dar tudo pelo brasão abençoado.
Nesta altura, já deveríamos ter internamente decidido se Peseiro fica ou não, e tal não estar dependente da conquista de uma taça de Portugal.
Já deveríamos saber quem queremos manter deste plantel, quem serão as vendas a fazer, e ter os alvos bem definidos, para que fossem contratações sérias, corretas, cirúrgicas, com jogadores a fazerem pré-época.
Foi a isto que fomos habituados, foi a isto que Pinto da Costa nos habituou, é a isto que queremos voltar, é disto que temos saudades, é isto que tem faltado: rigor, planeamento, estratégia!

É nestes meses que se começa a jogar o sucesso da próxima época.
E esse sucesso, ou falta dele, julgará muito mais do que uma época desportiva. Julgará o bom senso de quem dirige e a sua inteligência. É que a AG passada foi muito clara, e só não percebeu a mensagem quem não quis... esperemos que quem tenha que perceber, não tenha ficado com dúvidas.

Um abraço.

23 março, 2016

UNIÃO… CONTRA A VOSSA REPRESSÃO!

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No sexto dia do presente ano civil, o FC Porto recebeu o Rio Ave no estádio do Dragão, em jogo a contar para o campeonato nacional. Quatro dias depois de termos perdido a liderança no Campo Grande e sob forte clima de tensão (recorde-se a chegada da equipa na madrugada de Domingo dia 3 de Janeiro), os Super Dragões reuniram-se e decidiram manifestar (mais uma vez) o seu apoio à equipa. Para que não restassem dúvidas que a claque caminhava ao lado dos jogadores, apoiando-os mais que os 90 minutos, foi decidido que iria ser feita uma “recepção” à equipa, desde o momento em que o autocarro saiu da VCI, até entrar na garagem do estádio.

E assim foi. Vários elementos marcaram presença nesse “cortejo”, grande parte dele dentro do túnel imediatamente antes do P1. Na altura, há dois meses e meio, essa acção foi muito bem recebida, não só pelos jogadores (que acabaram por empatar 1-1 no último jogo do Lopetegui como nosso treinador) como também pelos portistas em geral. E mesmo a comunicação social foi elogiosa nas notícias e deu destaque ao sucedido.

Naquele momento, tirando a pressão sofrida por um fotógrafo que estava a registar o momento, por parte da polícia, que queria ter acesso às fotografias (agora já se sabe porquê!), nenhum incidente foi registado. Os ultras cantaram, rodearam o autocarro, fizeram-se ouvir e puxaram pela sua equipa.

Ninguém foi identificado, nem sequer abordado por parte dos PSP’s presentes. Mais de dois meses depois, cerca de uma dúzia de elementos dos SD que lá estiveram, receberam nas suas residências multas de 300 euros para pagar, pelos 11 minutos em que atrasaram o trânsito.

Dois precedentes gravíssimos foram abertos. Antes de mais, o comunicado emitido pelos SD já diz tudo e basta assinar por baixo. Ainda assim, queria realçar esses dois pontos. Os Super Dragões são a primeira claque a nível nacional multada por provocar condicionamento no trânsito. Onde anda a PSP quando as outras claques o fazem, seja para apoiar ou insultar, ou mesmo quando é para festejar um campeonato? Estarei atento e se nada aconteceu até aqui, é bom que a partir de agora, todo e qualquer atraso na circulação automóvel provocado por um elemento de uma claque seja punido com multa prevista na lei.

Deixem de apontar só aos azuis e brancos!!

O segundo ponto é bem mais grave. Ora então se NINGUÉM FOI IDENTIFICADO, nem sequer abordado, como é que chegaram as multas aos elementos?!? É simplesmente uma provocação. Não basta os elementos serem conhecidos. Obviamente que se estão em todos os jogos e fazem parte da claque, são pessoas conhecidas à maioria que ande atenta e marque presença todos os jogos. Mas isso não pode servir de pretexto. Então imaginemos que da próxima vez, estão 100 pessoas numa acção parecida, vinte conhecidos e oitenta que a PSP nunca viu mais gordos, ninguém é identificado e a PSP faz queixa apenas dos vinte que conhece, é isso?!? Só porque sim?? Porque andam lá sempre??

É a repressão policial ao mais alto nível. Aquela que nos provoca uma raiva enorme, porque não sou terrorista nenhum e só porque vou aos jogos quase todos do meu Clube, não tenho que ser vigiado ou perseguido pelas autoridades. Não tenho que me identificar só porque gosto de ver os jogos de pé, a cantar, a bater palmas ou a agitar uma bandeira. Não tenho que ser revistado de modo diferente só porque a minha bancada é num sector ultra. Não têm que falar comigo de forma diferente só porque não sou um adepto “normal”.

Não sou nenhum delinquente que tenha de ficar enjaulado numa camioneta cada vez que o Porto joga fora, não puder ir à casa de banho durante a viagem e só poder sair da camioneta se entrar DIRECTAMENTE para o estádio.

E tantas, tantas outras coisas. Não é agindo assim que depois se vem pedir bons relacionamentos com os elementos das claques. Ainda a semana passada, durante o clássico com os lampiões em andebol, um estandarte pendurado no varandim foi, admito que sem querer, derrubado por um polícia. Um elemento deslocou-se ao local para o colocar no lugar e numa troca de palavras o agente em causa agarrou-o por um braço, partiu para a agressão e já o queria colocar fora do pavilhão, criando logo ali uma confusão desnecessária entre ultras e PSP.

As autoridades que façam o seu trabalho, que estão lá para isso mesmo e que nós façamos o nosso. É simples. Não precisamos de ser constantemente provocados por sermos “de uma claque”.

Cerca de 20 mil espectadores na recepção ao União da Madeira, em mais uma vitória sofridíssima do FCP. No último fim-de-semana, deslocação de quase 700 quilómetros dos nossos ultras, presentes e audíveis no Sado.

Connosco nunca estarás só!

Um abraço ultra.

22 março, 2016

ANDEBOL JOGA IMPORTANTE CARTADA DIA 30MAR.

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ANDEBOL

  • FC PORTO 31-32 benfica (a.p./26-26)
No jogo da passada 4ª feira, é evidente que o FC Porto sentiu as baixas, houve clara falta de ritmo competitivo, mas houve também dedo da dupla de arbitragem de leiria.

Os manos Martins foram sempre implacáveis com a nossa defesa e permissiva com a deles, e na parte final do prolongamento, inventaram uma falta atacante a Gilberto e um livre de7m numa falta fora da área com o jogador visitante a dar 5 passos e a deixar-se cair já depois lá dentro.

E assim se cozinhou uma derrota que obriga o FC Porto a ser muito melhor no dia 30 Março para empatar esta meia-final que só é decidida à melhor de 5 jogos, e por isso, pareceu-me euforia demasiada a demonstrada pelos forasteiros. Dia 30 Março, ajustaremos contas na Luz.

  • PRÓXIMOS JOGOS
O jogo 2 das meias-finais do play-off (campeonato) ocorrerá na luz no dia 30, numa eliminatória à melhor de 5 jogos, ou seja, 3 vitórias. Na outra meia-final, teremos um abc-scp (dois primeiros jogos a 23/3 em Braga e a 26/3 em Lisboa).



HÓQUEI EM PATINS

  • FC PORTO 9-2 braga
No jogo do passado sábado, vitória tranquila diante de um frágil Braga, com Gonçalo Alves a destacar-se com 4 golos. Continuamos a 8 pontos da liderança.

  • PRÓXIMOS JOGOS
No dia 2 de Abril temos esse importante e decisivo jogo da 2ª mão dos quartos-de-final da liga europeia em casa diante da Oliveirense (estamos em desvantagem por 3-4).

Já para o campeonato, regressamos no dia 6  Abril na visita ao recinto do sporting.

Por fim, no dia 9 Abril jogar-se-ão os oitavos-de-final da taça de portugal com o FC Porto a visitar os tigres de almeirim, e em caso de passagem, projecta-se um paço arcos-Porto nos quartos de final.



BASQUETEBOL

  • FC PORTO 100-46 barreirense
Vitória sem história diante do Barreirense com Washburn a destacar-se...

  • FC PORTO 70-73 ovarense
Derrota nas meias-finais da taça de portugal, num jogo em que o FC Porto até entrou bem no jogo, mas nos últimos 2 períodos, não soube adaptar-se ao critério da arbitragem junto do cesto (embora me parecesse que o campo esteve sempre inclinado e duas faltas escandalosas ficaram por assinalar sobre Washburn e outra sobre Troy com 69-70...).

Depois, o nervosismo não deixou a equipa voltar ao comando, e assim se perdeu o acesso a uma final que, viu-se depois, sem o FC Porto, também não teve interesse algum!

  • PRÓXIMOS JOGOS
Este sábado, jogo pelas 21h30 em Barcelos (Porto canal).



Um abraço do Lucho.

21 março, 2016

OS CÃES, A PROPAGANDA E O QUE NÃO QUERO VER NOS PRÓXIMOS 3 ANOS…

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No passado fim-de-semana, dois elementos de um clube rival afirmaram algo que considero interessante e que retrata perfeitamente aquilo que eu e muitos Portistas anónimos e não-avençados, que a única coisa que pedem em troca são vitórias do seu clube, defendemos há já muitos anos. Falo obviamente da enorme máquina de propaganda do clube do regime e tenho obviamente de fazer um elogio sincero: está de facto muito bem montada e atualmente mais oleada que nunca, a funcionar de modo excelente.

Jesus fala do que sabe, esteve lá 6 anos e percebe-se bem quando afirma: “há uma estratégia para dividir o Sporting e fazer crer que presidente e treinador estão de costas voltadas. Sei de onde vem essa estratégia. Vai ser difícil, eu sei de onde vim”. Por seu lado, Augusto Inácio nomeou um conjunto de pessoas a quem chamou de “cães de fila”, "cães" esses ao serviço de uma máquina de propaganda de cor encarnada. Direi apenas que a classificação dada por Inácio peca claramente por defeito porque alguns dos nomeados não passam de cães rafeiros, nojentos, ordinários e cobardes.

O meu grande desgosto, para além de ter de recorrer a elementos de outro clube para ilustrar uma situação que durante muitos anos se passou contra o FC Porto, é exatamente o facto desta cambada de "cães rafeiros" agora estar mais centrada no rival da 2ª circular do que no FC Porto. Como é evidente, o FC Porto da maneira como está, calado, acabrunhado e num triste e distante 3º lugar mete menos medo que a equipa que neste momento ocupa o 2º lugar. É triste e sintomático!!

Tirando a habitual forma nojenta de fazer comunicação social dos meios do costume, e essa forma está-lhes incutida no sangue, como por exemplo a “comovente” imagem deste fim-de-semana. Sim, é verdade que o FC Porto jogou muito pouco em Setúbal, apesar disso criou mais ocasiões de golo e acabou por merecer a vitória alcançada. No dia a seguir, e digo-o com conhecimento de causa pois vi o jogo, o que se viu foi o atual 1º classificado jogar menos ainda que o FC Porto e vencer ao cair do pano num jogo em que a maior parte das oportunidades de golo na 2º parte até pertenceu ao Boavista. Basta ver as capas dos jornais, bem como as análises aos 2 jogos para se perceber a diferença de tratamento entre o FC Porto e outros clubes.

Como referia há pouco, a maior parte dos “cães rafeiros” centra-se agora noutras latitudes que não o estádio do Dragão e isto é muito mau sinal. Tenho saudades dos tempos em que “eles” nos quiseram retirar da Champions League após termos sido campeões nacionais com quase 20 pontos de vantagem, dos tempos em que falavam todos os dias do apito dourado e vomitavam diariamente barbaridades contra o FC Porto. Eram os tempos em que nos temiam porque ganhávamos muito. Hoje em dia as manobras limitam-se ao essencial, sendo que quando o FC Porto começa a “chatear” muito lá vem a máquina de propaganda fazer o seu trabalhinho.

O FC Porto ganhou o estatuto de dominador do futebol português não através de falinhas mansas, de paz podre, de sermos amigos e bons companheiros dos rivais. Há "guerras" necessárias, hoje, no passado e no futuro, e a "guerra" contra a comunicação social centralista e afeta ao “regime” sempre foi uma das marcas distintas do FC Porto de Pinto da Costa. Ao longo dos 33 anos do reinado de Pinto da Costa, o FC Porto não ganhou sempre, teve até períodos de menor fulgor (1999 e 2002 por exemplo) mas creio que nunca perdeu a sua identidade lutadora e o seu espírito de “remar contra a maré”.

Assumo perfeitamente e sem qualquer problema que considero por princípio que o Homem que transformou um clube de dimensão regional noutro completamente diferente de dimensão mundial fará sempre parte da solução e não do problema, achando-se ele em condições de saúde para prosseguir na liderança do FC Porto. Mas ao abrigo da minha humilde contribuição neste espaço de opinião Portista, não posso deixar de dizer que:
  • Não quero ver nos próximos 3 anos, diretores de jornais assumidamente anti-Portistas serem convidados para eventos oficiais do clube;

  • Não quero ver nos próximos anos um clube gerido de fora para dentro;

  • Não quero ver decisões com base na opinião geral dos adeptos e dos assobiadores. Se um treinador tiver de ser demitido porque o Presidente não considera o seu futebol de qualidade, deverá sê-lo em condições normais no final ou no início de uma época, nunca a meio;

  • Não quero ver nos próximos anos um clube acabrunhado, calado e envergonhado perante situações em que se fosse o FC Porto o protagonista tal daria para os tais “cães rafeiros” levarem para os vários programas desportivos dossiers de centenas e centenas de páginas;

  • Não quero ver um clube sempre calado no que toca a arbitragens e a reagir tarde e por inércia. Para reagir tarde e a más horas, mais vale estarem calados. Um exemplo prático, ao longo de toda a época 14/15 um clube foi sistematicamente beneficiado pelas arbitragens, enquanto outros foram por vezes prejudicados. O FC Porto perdeu esse campeonato por 3 pontos, relembro que por exemplo no 1º jogo que perdeu pontos foi roubado em Guimarães onde anularam um golo LIMPO a Brahimi e apenas e só o treinador Julen Lopetegui levantou a voz contra as arbitragens. Só começar a falar dos árbitros quando o "barco já mete água por todos os lados", tem eficácia ZERO;

  • Não quero ver o treinador, seja ele qual for, só e abandonado na chegada ao aeroporto após uma eliminação nas competições europeias;

  • Não quero ver uma política desportiva errante e submissa a um treinador seja ele qual for, em que por exemplo se contratam jogadores da nacionalidade do treinador, que mais tarde se percebe que só vieram exatamente pelo facto de serem da mesma nacionalidade do treinador que os contratou, porque qualidade não têm nenhuma;

  • Não quero ver ninguém, seja ele quem for, a fugir das suas responsabilidades. As responsabilidades existem quando se ganha mas existem sobretudo quando se perde. Para bom entendedor...
É verdade que as coisas não estão nada fáceis, quer em termos exibicionais, quer em termos de classificação. É verdade que neste momento tudo parece estar cinzento, sombrio e que nada parece augurar algo de bom. Mas é fundamental acabar a época com honra e o máximo profissionalismo por parte de todos. Porém, não deixa de ser motivo de enorme reflexão, e se calhar uma das principais pela qual chegamos até aqui, que um jogador que representou o rival durante tantos anos e que tem apenas um ano de FC Porto, sofra um violento choque na cabeça que o obrigue até a levar pontos e lute em campo até ao fim, inclusive dando o corpo à bola e evitando o golo adversário mesmo no fim do jogo, e que depois outro jogador com imensos anos de clube, com títulos nacionais e até internacionais, abandone pura e simplesmente o terreno de jogo após um erro gravíssimo que colocou um clube em condições muito difíceis...

PS: Há 365 dias que um clube preenche cumulativamente duas condições em jogos a contar para o campeonato nacional: zero vermelhos a jogadores seus e zero penalties contra. Era bom que alguns rapazes, bem avençados por sinal, escarrapachassem publicamente isto na cara de tanto "cão rafeiro" que durante anos vomitaram barbaridades sobre o apito dourado. Isto de querer ir à guerra (em sentido figurado como é lógico) com rosas em vez de armas, pode ter resultados gravíssimos no futuro...

20 março, 2016

“BÊS” TRIUNFAM EM BARCELOS

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GIL VICENTE-FC PORTO B, 1-2

Segunda Liga, 37.ª jornada
20 de março de 2016
Estádio Cidade de Barcelos


Árbitro: Nuno Almeida (Algarve).
Assistentes: Paulo Ramos e Luís Ramos.
Quarto árbitro: Cristiano Pires.

GIL VICENTE: Serginho; Ricardinho, Sandro, Bruno Silva e Renan; Alphonse, Paulinho (cap.) e Vítor Gonçalves; Avto, Yartey e Simy.
Substituições: Alphonse por Vagner (62m), Bruno Silva por João Pedro (70m) e Sandro por Platiny (79m).
Não utilizados: Júlio, Jonathan, Pedro Lemos e Fatai.
Treinador: Nandinho.

FC PORTO B: José Sá; Víctor García, Verdasca, Palmer-Brown e Rodrigo; Tomás Podstawski, Franciso Ramos (cap.) e João Graça; Chikhaoui, Ruben Macedo e André Silva.
Substituições: Chikhaoui por Cláudio (46m), João Graça por Rui Moreira (79m) e André Silva por Sérgio Ribeiro (90m+2).
Não utilizados: João Costa, Jorge Fernandes, Nassim Zitouni e Leonardo.
Treinador: Luís Castro.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Graça (54m), Cláudio (60m), Simy (90m+1).
Disciplina: cartão amarelo a Ruben Macedo (63m e 74), Serginho (73m) e Renan (83); cartão vermelho, por acumulação, a Ruben Macedo (74m).

O FC Porto B bateu este domingo o Gil Vicente (2-1), no Estádio Cidade de Barcelos, em jogo referente à 37.ª jornada da Ledman LigaPro. Com golos de João Graça (54m) e Cláudio (60m), ainda que Simy tenha reduzido para os gilistas (90m+1), os Dragões somaram um triunfo que lhes permite manter a liderança da prova, agora com 67 pontos, mais um do que o Desportivo de Chaves, segundo classificado.

Não foi uma primeira parte fértil em oportunidades de golo e o nulo acabou por arrastar-se até ao intervalo, mas o melhor estava guardado para o segundo tempo. Aos 54 minutos, João Graça abriu o ativo e deu vantagem aos azuis e brancos, ampliada pouco depois por Cláudio (60m), que havia sido lançado por Luís Castro depois do descanso.

Os Dragões souberam resistir à expulsão de Ruben Macedo por acumulação de amarelos (73m) e ao golo do Gil Vicente apontado por Simy (90m+1), somando mais três pontos e impondo aos barcelenses a primeira derrota caseira no campeonato. Na próxima ronda, a 38.ª, o FC Porto B recebe o Académico de Viseu, no Estádio de Pedroso.

fonte: fcporto.pt



RESUMO DO JOGO

19 março, 2016

JUSTO! MAS PARA QUÊ COMPLICAR?

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SETÚBAL-FC PORTO, 0-1

Primeira Liga, 27ª jornada
sáb, 19 Março 2016 • 20:45
Estádio: Bonfim, Setúbal
Assistência: - espetadores


Árbitro: Manuel Mota (Braga)
Assistentes: Paulo Vieira e José Gomes
4.º Árbitro: Duarte Oliveira

SETÚBAL: Lukas Raeder, William Alves, Frederico Venâncio, Miguel Lourenço, Ruca, Arnold Issoko, Fábio Pacheco, Paulo Tavares (c), Makuszewski, André Claro, André Horta.
Suplentes: Miguel Lázaro, Tiago Valente, Hassan (66' Paulo Tavares), Costinha (66' André Claro), Gorupec, Vasco Costa (81' Makuszewski), Dani Soares.
Treinador: Quim Machado.

FC PORTO: Casillas, Maxi Pereira, Chidozie, Martins Indi, Layún, Danilo, Sérgio Oliveira, Herrera (c), Corona, Aboubakar, Brahimi.
Suplentes: Helton, Rúben Neves (89' Brahimi), Marega (74' Corona), José Ángel, Suk (76' Aboubakar), Víctor García, Francisco Ramos.
Treinador: José Peseiro.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Sérgio Oliveira (45').
Disciplina: cartão amarelo a Sérgio Oliveira (33'), Layún (35'), Costinha (79').

Uma boa entrada no jogo previa mais uma vitória tranquila, à semelhança do último jogo mas este Dragão não dá segurança e é preciso estar em alerta até ao fim do jogo para ver o que acontece.

Num estádio onde não perde há 33 anos, o FC Porto controlou o jogo até aos 75 minutos mas depois com o jogo partido pois o V. Setúbal tentou chegar ao empate, os Dragões pareceram manteiga na linha defensiva. As incursões à área portista passaram a ser constantes e o perigo cheirava.

O golo que sentenciou o jogo surgiu aos 45 minutos, mas até aí o FC Porto já justificava um resultado de dois ou três golos. O mal do FC Porto, neste momento, está em conseguir gerir o jogo mas para não passar por situações de aperto, o Dragão deve defender-se disso. E o Dragão, para não se expor a situações difíceis, só tem que “matar” o jogo quanto antes para não dar hipóteses e esperanças aos adversários.

Mesmo sem fazer um jogo intenso, perante um adversário fraco e bastante macio, o FC Porto ia criando oportunidades. Aboubakar, Brahimi e Herrera poderiam ter sentenciado o jogo mais cedo mas o desacerto e a falta de sorte estavam presentes como a chuva que caiu a espaços com bastante intensidade.

Sérgio Oliveira, o melhor em campo, poderia ter aumentado a contabilidade à passagem dos 60 minutos num lance semelhante ao que deu o golo mas desta vez o médio rematou para a bancada.

Depois, voltou a acontecer ao FC Porto o que lhe tinha acontecido no jogo com o União. Só que desta vez sem consequências de maior. Os sadinos fizeram duas substituições para virar o jogo e a equipa portista ficou atarantada. Continuou a jogar o mesmo jogo, obrigou a que jogo ficasse partido e expôs-se desnecessariamente.

O V. Setúbal causou algum frisson em duas incursões à área portista mas o grande susto aconteceu depois. Antes disso, o FC Porto teve a oportunidade de acabar com a incerteza no resultado. Numa bela jogada individual de Sérgio Oliveira pela direita que cruzou para a área, Brahimi abordou mal o lance e cabeceou como um amador para defesa fácil do guardião sadino.

Depois a equipa do Sado teve duas oportunidades reais para empatar. Aos 87 minutos, Hassan apareceu na área descaído sobre a direita e, num grande remate, permitiu a defesa de Casillas com o pé esquerdo e aos 92 minutos, em mais uma investida à área portista que mais parecia uma auto-estrada, num corte deficiente de Maxi, Fábio Pacheco, na pequena área, rematou por cima da baliza.

Com mais três pontos conquistados, o Dragão mantém a perseguição aos dois da frente. Sem depender de si, o FC Porto só tem de vencer os jogos e esperar que os outros, eventualmente, possam escorregar. Se ao título parece muito complicado chegar, pelo menos o 2º lugar seria importantíssimo alcançar.

O FC Porto defronta o Tondela na próxima jornada no Estádio do Dragão mas o jogo só se realiza dentro de quinze dias por causa dos compromissos da selecção nacional.



DECLARAÇÕES

José Peseiro: “Podíamos ter saído daqui com uma vitória mais tranquila”

José Peseiro lamentou as muitas oportunidades desperdiçadas pelo FC Porto frente ao Vitória de Setúbal, no Estádio do Bonfim, mas que ainda assim não impediram o triunfo azul e branco na 27.ª jornada da Liga NOS (1-0). O técnico portista considerou que o facto de o segundo golo não ter acontecido acabou por “puxar a pressão e o stress” para os Dragões, “justíssimos vencedores” do encontro.

“Entrámos muito bem e tivemos situações para fazer golo cedo que fizemos. Dominámos, criámos, procurámos desequilibrar o adversário e o 1-0 ao intervalo era escasso para tudo o que fizemos. Na segunda parte continuámos a controlar, ainda que com menos qualidade, e poderíamos ter resolvido o jogo mais cedo, mas acabámos por puxar a pressão e o stress para nós. Podíamos ter saído daqui com uma vitória mais tranquila, mas ganhámos, não sofremos e estamos satisfeitos”, afirmou José Peseiro após o desafio que opôs o FC Porto aos sadinos.

Relembrando que o Vitória de Setúbal criou apenas um lance de perigo, o treinador dos Dragões sublinhou a escassez do resultado. “O nosso adversário criou uma oportunidade de golo, e normalmente até é uma equipa que cria muitas dificuldades a jogar em casa. Ficámos a dever muitos golos a nós próprios e acabámos por criar a nós mesmos uma pressão que não seria expectável. Fomos justíssimos vencedores e o 1-0 acaba por ser escasso”, prosseguiu José peseiro, apontando desde já ao que se segue no campeonato.

“Agora vamos descansar o que pudermos e trabalhar para estarmos mais fortes contra o Tondela. Não dependemos de nós para nos chegarmos à frente, mas só dependemos de nós para jogar bem e ganhar os nossos jogo de forma a continuar na luta. Só podemos dominar o que acontece nos nossos jogos e o próximo é com o Tondela”, declarou o técnico portista, revelando ainda um misto de sentimentos em relação aos jogadores que irão partir rumo aos compromissos das respetivas seleções nacionais.

“Gostaria de ter os jogadores mais tempo, de forma a trabalharmos melhor as ideias que temos para o nosso estilo de jogo. Não teremos essa possibilidade porque a nossa riqueza faz com que muitos jogadores vão para as seleções. Espero que os lecionadores recuperem e que os que vão para as seleções não venham lesionados, para conseguirmos estar mais fortes contra o Tondela”, finalizou José Peseiro.



ARBITRAGEM



RESUMO DO JOGO