31 agosto, 2007

A europa do futebol está de regresso

Realizou-se ontem no Principado do Mónaco, o sorteio da fase de grupos da edição 2007/08 da Liga dos Campeões, tendo ao FC Porto calhado em sorteio integrar o grupo A, conjuntamente com: Liverpool (Inglaterra), Marselha (França) e Besitkas (Turquia). Assim de relance, mas obviamente nunca confiando, parece-me um grupo perfeitamente ao alcance do FC Porto para a passagem à fase seguinte.

Se o Liverpool dispensa qualquer tipo de apresentação e os 2 jogos a realizar serão de tripla obrigatória, haverá que olhar muito positivamente quanto aos jogos a disputar com os franceses do Marselha, mas principalmente, e porque entendo estar aqui a “chave da passagem”, os jogos a realizar com os turcos do Besitkas terão obrigatoriamente que ser encarados com muito rigor e profissionalismo por parte dos nossos jogadores, caso contrário, e conhecendo-se a mais que garantida e ‘incansável bravura turca’, poderemos sofrer amargos dissabores.

Eu acredito que estamos já com um pé... a caminho dos oitavos. A ver vamos como os ‘nossos meninos’ agora se portam e encaram os 90 minutos de cada um destes 6 jogos. Como sempre, eu aposto todas as minhas fichas nos nossos 'fazedores de sonhos'.

Aqui está o nosso calendário de jogos:

18.09.2007 - FC Porto vs Liverpool
03.10.2007 - Besiktas vs FC Porto
24.10.2007 - Marselha vs FC Porto
06.11.2007 - FC Porto vs Marselha
28.11.2007 - Liverpool vs FC Porto
11.12.2007 - FC Porto vs Besiktas

30 agosto, 2007

Ser portista

O que é ser portista? Como, onde, porquê, começou esta paixão tão arrebatadora? Quando é que cada um de nós foi tocado pelo Divino, num fenómeno tão metafísico, quase como se de uma conversão religiosa se tratasse?

Todos nós teremos experiências similares…ou nem por isso. Não será exagerado de dizer, nem de afirmar, mas acredito piamente que já nasci Dragão. Não é um exercício muito especulativo, dado que os genes foram passados, na minha família, de geração em geração. De avô para pai, deste para mim, perpetuado agora em dois rebentos, já sócios, sentindo desde a nascença o orgulho, a responsabilidade, mas também o fardo, de pertencerem não a um clube, mas a uma forma de VIDA.

Confesso que, no meu caso, era com algum espanto que via o meu avô, religiosamente colado a um transístor, aos Domingos, com a avidez estampada no rosto, bebendo concentrado as palavras que as ondas hertzianas traziam até ele. Eu, petiz, vivendo ainda num mundo de fantasia, imerso em brincadeiras próprias da infância, estranhava o comportamento de homens maduros, capazes de praguejar entre dentes, murmurando preces, vendo-os explodir, umas vezes em manifestações coléricas, com o ódio espelhado no olhar. Outras, parecendo que regrediam na idade, pulando de felicidade, punhos cerrados, gritos roucos que se soltavam de gargantas ressequidas. E a palavra mágica, a que comecei a associar esses estados de euforia: GOOOOLOOOOO DO POOOOOOOORRRTTOOOO!

Tempos felizes esses, chutando bolas de trapo, como se o Mundo, o meu Mundo, fosse apenas constituído por aquilo. O amor parental, servindo de almofada a angústias quotidianas, uma bola e a baliza. Que felicidade…

Até a um ano específico. Um ano em que senti, e vi, o que significava ser portista. 1978. Tinha eu 7 anos. Pode alguém, homem feito, regressar a um dia, ou uma noite, como era o caso, amiúde, lembrando-se de pormenores que três décadas não apagaram? Pode…

Foi um Domingo especial. Sentia-se uma electricidade no ar, como uma corrente magnética, capaz de suspender o tempo. O relógio parecia estranhamente parado. O tempo, esse, movia-se mais devagar do que de costume. O meu pai, rosto fechado, com a crispação a enrugar-lhe os olhos, respondendo quase mecanicamente a interpelações constantes da minha parte. A minha mãe, pressurosa, procurando evitar focos de conflito, quando a irritação paterna ameaçava transbordar. Nunca mais me esqueço das pessoas por quem passava, em Arouca. Rostos sorumbáticos, expressões indecifráveis, uma tensão crescente que se sentia, quase palpável. Eu, sentado nos degraus de casa dos meus avós, pressentindo que aquele era um dia diferente. O meu pai e o patriarca da família, ambos fechados dentro do carro, ouvindo o relato. Vidros abertos, cigarro atrás de cigarro, fumados num transe hipnótico pelo meu avô. Como se trazidas de longe, as vozes dos comentadores, dando eco a um anseio de toda uma geração. O Porto jogava com o Braga. Indescritível a algazarra gerada, quando as boas novas foram trazidas. Percebi que tinha chegado o fim. A partir dali, seria o primeiro dia do resto da minha vida. Aquele momento, sonhado durante 19 anos, pelo meu pai. O que é ser portista? Nesse dia aprendi. É chorar de alegria, com as lágrimas escorrendo pelo rosto, gerações diferentes abraçadas, irmanadas numa causa, sentindo o orgulho de ver a bandeira azul e branca a tremeluzir, ao vento, desafiando os adversários. Ver a felicidade estampada em rostos habitualmente circunspectos, os olhos a brilhar de êxtase, os risos nervosos soltados, enquanto, mais uma vez, os claxons dos carros faziam o seu barulho infernal. Eu, pequeno, encolhido num banco traseiro, vendo uma festa que parecia não ter fim. Um cortejo de automóveis que parecia saído de um filme surrealista. As cores - impossível ficar indiferente - azuis e brancas, agitadas freneticamente por transeuntes eufóricos, num misto de alucinação colectiva e adoração religiosa.

"Ser do Porto é ganhar sempre, não é papá?", já me perguntou a Filipa, na ingenuidade típica dos 5 anos, enquanto vai memorizando nomes tão díspares como Adriano e Helton, Quaresma ou Bosingwa. E eu, protector como um Dragão para a sua cria que ainda não cospe fogo, já lhe disse: "É mais do que isso, Pipa"! Não, nunca se tratou de vencer mais, pelo menos no meu caso. É algo endémico. Algo que me angustia, quando somos vilmente atacados. Algo que me comove, que exalta as minhas paixões, quando vejo aqueles deuses de azul vestidos, lutando em terras distantes, com o emblema orgulhosamente estampado no peito, pletórico. A alegria que me invade, quando vencemos, o orgulho que ameaça transbordar do peito. É, acima de tudo, AMOR. Uma paixão, sempre de chama acesa, sempre pujante na sua manifestação. [obrigado a ti pai. obrigado a ti, avô. por me terem ensinado os mandamentos desta nossa religião. por terem sabiamente amparado o meu percurso. até hoje. por terem estado lá, naqueles momentos de angústia, quando o archibald matou o sonho nas antas. ou antes, naquele café, com a turba a comemorar, quando o aek nos humilhou. por me terem ensinado que ser do porto era mais do que uma vitória. mesmo quando a derrota, como aquela na final, aos pés da juventus, me magoou tanto. por me terem secado as lágrimas. por terem comemorado comigo. eu e tu aqui pai. o avô lá em cima. onde assistiu à consagração máxima do nosso clube. obrigado aos dois]

E pensar que tudo começou naquele dia, em 1978...

ps - desde o passado fim de semana, apenas e só bloggers registados poderão aqui comentar, pelo que caso pretendas registar-te (e se ainda não o és), contacta-nos via email que explicaremos na volta o modo de o fazer... é fácil, grátis, mas infelizmente não dá milhões.

pps - no decorrer da próxima semana, vamos abrir oficialmente as inscrições para as nossas ligas privadas das edições deste ano da Liga Record 2007/08 e da UEFA Champions League Fantasy Football 2007/08... poderão juntar-se a nós de 2 formas completamente distintas: apenas e só por 'desporto' ou então, e contra um pagamento residual da respectiva inscrição, lutarem até ao final pelos prémios finais reservados aos 3 primeiros classificados de cada uma das ligas privadas, individualmente. Mas por ora, fiquem na expectativa, porque em breve, daremos todas as explicações.

29 agosto, 2007

Palavra mágica

Pois, aquela palavra mágica que todos nós adoramos ouvir e mais ainda, de gritar a viva voz!
Férias, carago. Tamos no ir. Não sei para onde mas tb. não interessa. Uma praia qualquer, com água 'au point' (leia-se ao puan), caipirinha ou/e Superbock (não é a do Brasileiro) na mão.

E como a mochila está pronta e não me apetece bitaitar sobre futebol deixo-vos uma imagem e um Bídeo. Uma imagem para que sonhem com cenários paradisíacos e um Bídeo para aqueles que gostam de discutir os 4-4-2 e os 4-3-3, embora este seja do tipo tudo ao molhe e fé em Deus.

Tamos no ir e pode até ser que quando voltarmos as coisas tenham mudado.

O Sargentão treinador do FC Porto.
O Rentería a titular indiscutível no FC Porto.
O Eng. Belmiro detentor da maioria das acções do FC Porto.
O Sr. Veiga a fornecer contratações bombásticas ao FC Porto.
A TVI a dar 10 minutos de entrada do telejornal ao FC Porto.
O Sr. Lucílio a efectuar uma arbitragem sem polémicas.
O Sr. Lacroix a marcar uma falta a favor do Quaresma.
A TAP com voos directos para o Porto
A D. Ana com protecção policial.
A BOLA com capa azul.

Tempo de acordar.
Liguem então o som, reparem na garrafa do Estebes e divirtam-se.



Boas Férias
Estilhaço

ps - desde o passado fim de semana, apenas e só bloggers registados poderão aqui comentar, pelo que caso pretendas registar-te (e se ainda não o és), contacta-nos via email que explicaremos na volta o modo de o fazer... é fácil, grátis, mas infelizmente não dá milhões.

pps - na noite da próxima 5ª feira, vamos abrir oficialmente as inscrições para as nossas ligas privadas das edições deste ano da Liga Record 2007/08 e da UEFA Champions League Fantasy Football 2007/08... poderão juntar-se a nós de 2 formas completamente distintas: apenas e só por 'desporto' ou então, e contra um pagamento residual da respectiva inscrição, lutarem até ao final pelos prémios finais reservados aos 3 primeiros classificados de cada uma das ligas privadas, individualmente. Mas por ora, fiquem na expectativa, porque em breve, daremos todas as explicações.

28 agosto, 2007

Ingratidão

Jorge Nuno Pinto da Costa, na entrevista dada à SIC Notícias em 9 de Agosto, afirmou que a Cidade do Porto está mais passiva que nunca. De facto, o Porto está silenciado, amordaçado, conformado, subserviente e sem reacção. Os bancos e entidades seguradoras, entre outros exemplos, passaram as suas sedes para Lisboa e a nossa Câmara Municipal parece ser cada vez mais inócua e inexistente. A imprensa é cada vez mais sulista e centralista. Todos estamos de acordo quando se diz que a única voz de reacção ao centralismo exacerbado de Lisboa provém de Pinto da Costa e do FC Porto.

Em 2001, quando o actual Presidente da Câmara ganhou as eleições estava eu longe de imaginar os conflitos que desde logo procurou que existissem com a Direcção do FCPorto. Dificultou a construção do Estádio, chegou mesmo a colocá-la em risco, fechou as portas da Câmara aos festejos habituais do clube após cada vitória. Ignorou a maior Instituição da Cidade e do País, procurou com isso, nas palavras de Pinto da Costa, obter simpatias em Lisboa que lhe poderão ser úteis quando se candidatar à Presidência do Partido em 2009. Quando se chega ao cúmulo de nem sequer homenagear os heróis de Sevilha e Gelsenkirchen...

Há cerca de 2 meses na RTP, o Presidente da Câmara disse que o FC Porto não precisava dele para nada pois tem ganho quase tudo, ano após ano. É verdade. Mas a Cidade gosta de reconhecer os méritos dos seus. Ou não? E o que faz o Porto? Reconhece? O Porto Câmara não reconhece, o Porto Povo esse sim, está de alma e coração com os seus heróis. Já estive algumas vezes na Avenida dos Aliados a festejar os feitos e glórias do meu FC Porto e apreciei a atitude de outros Autarcas (ver foto de 1993 com uma enorme multidão azul e branca). Este não se quer misturar com o futebol. Obrigou-nos a festejar na Alameda do Dragão. O impacto não é o mesmo. A Cidade tem o seu coração nos Aliados. E o FC Porto, têm de admitir, é o grande baluarte desta Cidade que em tempos foi imponente mas que continua a ser bela e apaixonante. Será que em 2008 festejaremos o título nos Aliados? É a pergunta que fica.


Quem vem e atravessa o rio
junto à serra do Pilar
vê um velho casario
que se estende ate ao mar.

Quem te vê ao vir da ponte
és cascata, são-joanina
dirigida sobre um monte
no meio da neblina.

Por ruelas e calçadas
da Ribeira até à Foz
por pedras sujas e gastas
e lampiões tristes e sós.

E esse teu ar grave e sério
dum rosto e cantaria
que nos oculta o mistério
dessa luz bela e sombria

Ver-te assim abandonada
nesse timbre pardacento
nesse teu jeito fechado
de quem mói um sentimento

E é sempre a primeira vez
em cada regresso a casa
rever-te nessa altivez
de milhafre ferido na asa.

(letra de uma canção lindíssima dedicada à Cidade Invicta, Porto Sentido de Rui Veloso)

Saudações azuis e brancas,
Lucho.

ps - Esta crónica não tem qualquer interesse político subjacente e serve tão só para falarmos um pouco sobre a relação entre o Porto Cidade e o Porto Clube. A propósito, quando estiverem a ler este texto, este vosso amigo «Lucho» estará em Barcelona, outra fantástica Cidade, que tentarei explorar e ao mesmo tempo dar um mergulho no Mediterrâneo. E se vir o Deco, prometo que vou tentar convencê-lo a voltar para o Porto :)

pps - Quando escrevi esta crónica não tinha ainda decorrido o Porto-Sporting da 2ª jornada da BwinLiga. Espero que não me estraguem as férias. [nota do administrador: não Lucho, não estragou nadinha carago!!]

ppps - desde o passado fim de semana, apenas e só bloggers registados poderão aqui comentar, pelo que caso pretendas registar-te (e se ainda não o és), contacta-nos via email que explicaremos na volta o modo de o fazer... é fácil, grátis, mas infelizmente não dá milhões.

pppps - o Gil mudou-se de armas e bagagens com as mesmas cores para o Durus Caladh, portanto é favor passar lá para o cumprimentar, tá certo?

26 agosto, 2007

Com superioridade... e de dentes bem lavados


competição: bwin LIGA 2007/08, 2ª jornada
data: 26.08.2007
local: Estádio do Dragão, Porto
espectadores: 49.709
fc porto: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel «cap» e Fucile; Lucho, Paulo Assunção e Raul Meireles (Mariano Gonzalez, 67m); Tarik (Postiga, 46m), Lisandro (Bolatti, 85m) e Quaresma
golos: Raul Meireles (53m)

Depois da derrota na Supertaça Cândido de Oliveira há 15 dias atrás, torna-se imperativo ganhar este jogo por vários motivos: vingar a Supertaça, matar a novela Jesualdo vs Paulo Bento, colocar os Viscondes do Lumiar no seu devido lugar e acima de tudo, logo à 2ª jornada, criar um fosso para os mais directos adversários… foi atingido esse objectivo com muito esforço e transpiração com uma vitória por 1-0, contando por vitórias os 2 jogos até agora realizados. E não é que somos já líderes destacados, a par do Marítimo, com 6 pontos?

Para o onze titular, o Prof. Jesualdo Ferreira apresentou uma meia-surpresa com a inclusão de Tarik para as alas, deslocando Lisandro Lopez para o centro do ataque, quando se pensava ser Postiga o escolhido para essa função em face do impedimento do habitual titular Adriano que se lesionou na semana passada em Braga. Não digo que foi uma aposta completamente errada, até pela aplicação que Tarik deu ao jogo, mas fico sempre com a sensação que este foi chão que já deu uvas e que não podemos esperar dali grandes coisas.

Com um controle absoluto do centro do terreno, o FC Porto foi completamente superior em toda a 1ª parte, na minha opinião, muito por obra e graça do tridente do nosso meio-campo com Paulo Assunção, Raul Meireles e Lucho que secaram completamente as pedras mais valiosas do meio-campo adversário.

Ainda que seja de opinião que neste jogo Quaresma esteve demasiado desinspirado para o habitual, e com isso tenha dado muito pouco jogo para a equipe e até mesmo para ele próprio, salvo um livre (mais um!) superiormente marcado perto da meia hora de jogo e que fez a bola em arco embater na trave da baliza defendida por Stojkovic, é verdade que muito do nosso jogo ofensivo é canalizado para os seus pés, esperando-se sempre dali um qualquer passe de mágica que possa desbloquear um resultado, o que, hoje, não se viu (ou pelo menos eu não vi!).

O adversário estava por esta altura completamente manietado, quando Tarik consegue com um adiantamento de bola junto à linha de grande área, deixa o defesa adversário colado ao relvado e cruza para o meio da baliza, com Lisandro a não conseguir encostar o pé na bola para inaugurar o marcador. Sempre com um sinal mais dos azuis, o intervalo chegou com o resultado em 0-0.

Para a 2ª parte, Postiga entrou para o lugar de Tarik, recompondo-se as peças na ofensiva do FC Porto, e diga-se de passagem, Postiga trouxe uma maior clarividência à frente de ataque, com uma maior mobilidade do que com Lisandro e acima de tudo, com remates em direcção à baliza adversária.

Sentia-se nesta fase um ligeiro encostar às cordas por parte do adversário, até pela pressão alta que estamos a fazer no relvado, quando numa disputa de bola, Polga discute a bola com Postiga e desvia-a em direcção à defensiva, com Tonel a deixá-la passar para Stojkovic, que pressionado por Postiga e com alguma hesitação pelo meio, agarra a bola. O árbitro, e muito bem!, não podia fazer mais que marcar livre indirecto a 2 metros da linha de golo.

Na sequência do livre, e quando todos esperavam o toque de Lucho para remate de Quaresma (pela imagens vê-se grande parte dos jogadores a deslocar-se para o lado deste), este endossa de costas a bola para Raul Meireles que com um remate em arco, consegue fazer passar a bola entre uma muralha de jogadores adversários, fazendo o 1-0, estavam decorridos 53 minutos de jogo.

Apesar da natural reacção adversária, até fruto de algumas substituições operadas, o FC Porto continuava a controlar o jogo no meio campo, com Raul Meireles novamente em plano de destaque… até que é substituído perto dos 70 minutos (só o percebo caso fossem problemas físicos, o que me pareceu efectivamente, pois vi-o a sair a coxear, de outra forma, não percebo, e passo já a explicar) e a partir deste momento, o meio-campo do FC Porto nunca mais conseguir fazer de tampão ao jogo adversário, passando a bola a rolar cada vez no nosso meio-campo defensivo, até porque Mariano González, colocado ao meio, parecia-me completamente deslocado, não sendo água nem vinho e com isso, o nosso futebol ressentia-se e de que maneira.

Os minutos foram passando e com maior ou menor apreensão, já nesta altura com Bolatti em campo, o final do jogo chegou com a manutenção da preciosa vantagem e para descanso de todos os presentes no Estádio do Dragão.

Como eu digo no título, no que toca a ‘lavagem de dentes’, estamos quites… jogaram e perderam com dranquilidade, mai'nada!

azul + : Raul Meireles (man of the match), Fucile, Bruno Alves, Paulo Assunção, Lisandro e Postiga.

azul - : Quaresma e Hélton.

arbitragem: Pedro ‘geloso’ Proença bem que tentou fazer pela vida, amarelando um azul (Quaresma) à primeira oportunidade, depois de fazer vista grossa a todas as anteriores cometidas pelos lagartos… Derlei, porque não foi expulso depois de protestar, protestar e voltar a protestar?... de resto, muito bem na marcação de livre indirecto no atraso de bola de Polga (pronto, já sei, os Viscondes do Lumiar lá vão aparecer com o tique do coitadinho para justificar o que não tem justificação, vai uma aposta? vejam lá que até o aziado do Coroado diz que foi corte!? haja paciência para aguentar estes aziados).

»

ps – desde este fim de semana, apenas e só bloggers registados poderão aqui comentar, pelo que caso pretendas registar-te, contacta-me via email que explicarei na volta o modo de o fazeres... é muito simples.

25 agosto, 2007

Sportêm, um clube diferente… para pior!

“Penso que não assistimos a uma arbitragem isenta. A forma como o Pedro Henriques controlou a partida não foi a melhor. Costumam elogiar o seu estilo mas não foi uma arbitragem à inglesa”, palavras a após a derrota na final do torneio do Guadiana.
Soares Franco, 06.08.2007 - presidente do Sportêm

"É importante começar a época com o pé direito", palavras após a vitória na Supertaça Cândido de Oliveira.
Soares Franco, 11.08.2007 - presidente do Sportêm

“De forma suave, essa pressão em relação à arbitragem está a ser feita ao ser lembrado esse lance.”
Paulo Bento, 22.08.2007 - treinador do Sportêm

Estas 3 declarações atestam de facto a “pureza da seriedade” dos eternos donos da verdade desportiva em PORTOgal, uns tais de condes e viscondes do Lumiar. Não têm onde cair mortos, mas vá lá, de emproados e coquetes da societé, têm para dar e para vender. Penso até mesmo que Soares Franco está completamente equivocado; ele começaram foi a época, “não com o pé direito, mas sim com a mão de Tonel”.

A pergunta que aqui se coloca é muito simples. Mas será que as declarações proferidas em 06.08.2007, não teriam já um alvo previamente bem definido e que passados uns dias adiante, se veio a verificar terem razão de ser?

Se atentarem pormenorizadamente na (mal disfarçada) alteração de discurso entre as 3 declarações acima transcritas, poderão ver que de vítima, se passa a esquecido, distraído ou como lhe queiram chamar, para de novo voltar a um estado mais light da vitimização… veremos domingo, os efeitos de tal discurso.

“Se foi suave pressão foi bem feito. De facto, o Sporting nunca faz pressão. Nunca acontece nada com o Sporting. As pessoas têm memória curta. Não vou falar nem na Supertaça nem no Bruno Paixão".
Prof. Jesualdo Ferreira, 24.08.2007 - treinador do FC Porto

Aqui, levanto o chapéu ao discurso ontem proferido pelo nosso treinador. Foi directo ao assunto, e sem dar hipóteses de reacção, rematou o assunto de uma forma plena de ironia, sem que com isso, lhe possam apontar um ‘sim’ ou um ‘não’. Respondeu da forma que respondeu e quanto a mim, muito bem.

Agora, seria bom que soubesse capitalizar a nosso favor este discurso de vitimização dos eternos coitadinhos do futebol PORTOguês e incutisse nos jogadores uma responsabilidade e uma vontade férrea não de vingança, porque esse é um tema secundário, mas tão só, o espírito de vitória e conquista, que é o que todos esperamos para o próximo domingo.

Bicadas ao dragão e a Jesualdo

O tema "Uma boa higiene oral" serviu de mote para o Sporting recordar, a poucos minutos da recepção à Académica, a vitória sobre o F. C. Porto na Supertaça. Em clara alusão às declarações do treinador dos dragões, Jesualdo Ferreira, que afirmou que ganhar, no F. C. Porto, era como lavar os dentes, o filme dos melhores momentos do jogo era intercalado com informação de "serviço público uma boa higiéne oral". Entre cada lance de perigo do Sporting no jogo de sábado passado em Leiria, surgia nos ecrãs gigantes alguns conselhos para ter uma boa higiene oral. "Lave os dentes pelo menos duas vezes por dia", "use diariamente fio dental" ou "uma boa escovagem dura entre três e cinco minutos" foram algumas das bicadas ao rival.

Jornal de Noticias, Sábado, 18 de Agosto de 2007
Li esta noticia e fiquei boquiaberto. Mas isto terá mesmo acontecido? o nível já desceu até aqui, num clube que se diz da ‘nobreza real’?

De facto, eles costumam apregoar aos sete ventos que são um clube elitista, de condes e viscondes, da nobreza real, etc, etc, e que para além de tudo isso, e esta é uma das suas imagens de marca, dizem eles que são "um clube diferente".

Eu não podia estar mais de acordo, porque eles são mesmo diferentes, mas para muito pior, porque para além de ganharem (muito) menos que os outros, em vez de me provocarem qualquer mossa, chego é a sentir pena deles por tão ressabiados que andam e com ares de inveja e ridicularia.

Espero que para domingo se mantenha a máxima “cá se fazem, cá se pagam”.

Para finalizar, esta seria a minha aposta para o nosso onze para defrontar o Sportêm no próximo domingo em casa. E vocês, estão de acordo ou nem por isso?

ponto de encontro habitual para domingo: r/c Dolce Vita, na TasquinhaBar bem ao lado das ninas da Vodafone

24 agosto, 2007

100.00 visitas, obrigado!

É tempo de comemorar, de reflectir, de inovar e de agradecer.

Comemorar porque o blog atingiu na passada 3ª feira, dia 21 de Agosto de 2007, as 100.000 visitas, número inimaginável de atingir quando há pouco mais de um ano, em Maio de 2006 iniciei este blog. O blog sempre foi pensado e estruturado para levar o FC Porto até todos os portistas. Pensava eu então nessa altura, que com maior ou menor esforço, que conseguiria chegar até meia dúzia de amigos e familiares.

Mas afinal, fui surpreendido com o mundo e o orgulho portista, onde estão os amigos, os familiares, os portistas anónimos, os portistas ausentes, os portistas presentes e, também, aos portistas espalhados pelos quatro cantos do mundo. É bom saber que todos, de uma forma ou de outra, vêm beber a este blog as informações e opiniões que disponibilizamos, ou simplesmente conviver.

Durante a caminhada destes 15 meses (455 dias), fiz amigos, alguns que vim a conhecer pessoalmente, mas a grande maioria, são amigos que só lhes conheço o nome, mas que sei que são companheiros de viagem, nesta viagem pelo coração do Dragão adentro. Depois, há também os outros companheiros de viagem que são os muitos blogs dedicados e alusivos ao FC Porto que proliferam actualmente em toda a blogosfera e que a todos eles, com maior ou menor dedicação pessoal, merecem o nosso apoio e agradecimento.

Se é tempo de comemorar, é tempo também de reflectir.

Sempre foi importante para o blog saber a quem chegava, por isso, foi colocado desde o início um contador, bem como outros meios disponíveis da NET para saber quem me acompanha nesta viagem.

Reflectindo e analisando os dados disponíveis, tive a certeza que há Portistas espalhados pelo nosso PORTOgal, do Norte ao Sul, passando pelas ilhas, mas também por todo o mundo, principalmente em quase toda a Europa, Brasil, Estados Unidos e Canadá.

Este número de visitas e a sua origem acarreta ao blog algumas responsabilidades, o que se torna num pesado fardo de transportar. Para o suportar tento sempre fazer o melhor que posso e sei, mas sempre dentro dos limites de um projecto pessoal e da total despreocupação financeira que me move; o que faço, faço por paixão e amor ao meu FC Porto, nada mais me move!

Ás vezes, posso não ser claro e fluente, com um português que prime pela correcção sintáctica, semântica e ortográfica, mas de uma coisa podem ter a certeza e repito - faço o melhor que posso e sei, mas sobretudo faço esta viagem com e por gosto, ainda para mais quando sei que não estou sozinho e sou acompanhado por muitos amigos.

Ao reflectir, saltamos para as inovações, pelo que comunico que a partir de hoje, está disponível um novo método para um funcionamento normal deste espaço e que abaixo passo a explicar mais em pormenor.

Todos os textos até hoje publicados, e num total de 505 posts, finalmente encontram-se devidamente catalogados com os respectivos marcadores caso a caso, pelo que podem verificar aqui ao lado na zona de links, lá bem abaixo, com o título Olhó Marcador, carago!’. Chamo só a atenção para que o número máximo de textos catalogados com um determinado marcador e passível de visualização é de 30 textos, o que em alguns casos, diga-se de passagem, já ultrapassou (ex: divulgação (34), enc(o)rnados (44), miguel sousa tavares (48), etc).

[ADENDA] Pronto, estava a ver que não... só esperava mesmo que 'alguém' se queixasse da inovação e como tal, a partir deste momento, voltamos aos antigamentes, ou seja, TODOS, mas TODOS SEM EXCEPÇÃO, podem aqui continuar a comentar livremente, mesmo que por vezes a nossa caixa de comentários possa ser conspurcado com os défices mentais de determinados gRunHoS, mas com a certeza que o 'lápis azul' continuará sempre muito atento.

Por fim, os agradecimentos.

Em primeiro lugar, ao núcleo duro que no início deste projecto, sempre esteve na primeira linha na defesa da honra e bom nome do nosso FC Porto e ao mesmo tempo, deste espaço de discussão. São eles o Bicho, o Miau, o Caxana, o Desvira e o Xeio_d_Xono.

De seguida, e aqui de uma forma muito especial e por muito me aturarem ao longo desta viagem, aos nossos ilustres e honrosos bitaiteiros que me acompanham: o Estilhaço, o Lucho, o Paulo Pereira, o RCBC, a Fokinha, o CJ e o Teixeira, onde todos juntos, mas cada qual com a sua total e inequívoca liberdade de expressão, formamos uma excelente e dedicada equipe de trabalho. Não posso deixar também de agradecer ao MeirelesPortuense que em determinado período deste blog deu uma perninha, e ao nosso recente ex-bitaiteiro que nos deixou por motivos profissionais, o Sr_António.

Por fim, um enorme obrigado a todos aqueles que nos visitam e que muitas das vezes comentam, fazendo-nos companhia nesta viagem. Continuo a contar convosco para o resto da viagem, com a certeza que também podem continuar a contar connosco.

aKeLe aBrAçO Portista para todos vocês...

Pois, é claro que não me podia despedir sem aqui vos deixar a «nossa» prendazita pelas 100.000 visitas ao nosso blog, ambientes de trabalho alusivos a este blog para colocarem nos vossos pc’s, trabalhos estes da autoria do Estilhaço e do Gonetw, que aqui agradeço mais uma vez publicamente o seu empenho e dedicação.

-

-

- querem mais wallpapers? passem aqui no Portistas de Bancada e deliciem-se -

ps - só por mera preguiça ainda não o tinha feito, mas finalmente terminei o registo de todos os bilhetes de futebol que tenho para troca (nacionais e internacionais do FC Porto, outros nacionais e internacionais e também da selecção nacional) devidamente listados em ficheiro Excel. Portanto, se houver por aqui algum ‘doido salutar’ como eu que goste destas maluquices de coleccionar bilhetes de jogos de futebol, é só contactar-me via email a pedir o envio dessa listagem em ficheiro e ao mesmo tempo me informe os bilhetes que tem disponível para troca, porque em caso de meu interesse, logo tentaremos encontrar uma plataforma de entendimento entre as partes.

ps –
[nova actualização] são já 21 aliados na divulgação do [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com a colocação do banner respectivo nos seus espaços de discussão. São eles o Portistas de Bancada, Estádio do Dragão, O Gil, Dragalhadas do Dragão, Mundo Azul e Branco, Sangue Azul, Dragão Nortenho, Sou Portista com Orgulho, FC Mangalhões, DragãoPentaCampeão, Blog do Dragão Azul, Bi-Campeões do Mundo, Anti-Lampião, Tribunal do Futebol, BlogHistórias, Alfrodo, Jornal O Portuense, FCP Mirandela, Blog do Portista... e desde hoje também, o FCP Dragões e o Roubos de Futebol... se estás interessado em aderir a esta causa em prol da 'honra e bom nome do nosso FC Porto', solicita-nos por e-mail o código do banner.

Ahhhhhh, só mais uma coisinha para finalizar. Em breve, vamos lançar aqui um novo concurso de ideias para não variar. Aguardem-nos…

E se o meu pai fosse benfiquista?

Esta é uma pergunta que me passa pela cabeça muitas vezes.

Quando nasci, o FC Porto preparava-se para ganhar a Taça dos Campeões Europeus. Foi a partir daí que o FC Porto cobrou outro protagonismo. Começamos a ganhar tudo o que era possível ganhar, e desde então, são títulos atrás de títulos, alegrias atrás de alegrias.

Se eu tivesse sido do Benfica, não saberia o que é ver os meus ídolos levantarem uma taça dos Campeões Europeus, uma taça UEFA, uma taça Intercontinental. Não teria festejado o Penta.

Não estaría hoje a escrever este post, se calhar até nem ligaria ao futebol, porque para ver o meu clube perder, então seria sócia do Paris Saint Germain, que está mais perto de minha casa!

Se o meu pai não tivesse sido portista, eu também talvez não o seria hoje, mas muitas vezes digo-me, que teria mudado de clube (e não importa se o meu pai me deserdasse lol), porque eu gosto de vangloriar-me de tudo o que diz respeito a Portugal (menos a selecção, que é desilusão atrás de desilusão), e se eu fosse benfiquista, acho que era mais vergonha que eu sentiria.

Por isso hoje agradeço ao meu pai o facto de eu ser portista, mesmo se às vezes é difícil ter que aguentar certos comentários, desprezos e mentiras. Mas assim, pelo menos, gasto o dinheiro em bilhetes para jogos, e não para remédios contra a azia.

23 agosto, 2007

Aves de rapina

Num dos meus artigos recentes, surgiu lá um comentário de um elemento daquela fauna que pulula pela internet: anónimo, pouco culto, com argumentação algo brejeira e de intelectualidade boçal. Mas, honra lhe seja feita, o dito cujo deu-me uma ideia para um futuro artigo. Dizia o indivíduo:

Pois, pois, pois…blá, blá, blá…sempre a mesma coisa, sempre com a mania que são santinhos…e depois é o que se vê…roubam jogadores a outros clubes, com desculpas esfarrapadas (e estou a referir-me a Farias), metem em tribunal quem se atreve a falar de vocês, numa clara demonstração de coacção, como aos Gatos Fedorentos, mas depois não gostam quando vos envestigam… deviam ir todos presos…”.

“Roubar jogadores? Nós?”, devo ter exclamado na altura, sentindo o aguilhão da honra ferida a aferroar-me o espírito. Lições de moral só leva quem quer, por isso, arregacei as mangas e tratei de efectuar umas investigações.

Os mais decanos jornalistas gostam de referir-se ao Benfica como um clube respeitável, em que os seus dirigentes – como Borges Coutinho – usavam de uma ética transparente na condução do clube e nas relações mantidas com os adversários. A minha investigação não chegou, confesso, tão longe, mas esses elogios sempre me pareceram algo descabidos (vide a forma como Eusébio foi contratado, com raptos rocambolescos no aeroporto).

Um dos exemplos de golpaças espertalhaças sucedeu sob a égide de Manuel Damásio, com a tentativa de rescisão de um dos símbolos leoninos de então, Jorge Cadete. O esquema mal-amanhado envolveu os “puritanos” dirigentes de ambos os clubes – ambos os dois, como diria o Orelhas – em trocas de acusações que atingiram o seu epicentro naquele programa inenarrável, chamado “ donos da bola”. Num folhetim digno de novela mexicana, Santana Lopes acusava, em directo, Gaspar Ramos e Paulo Barbosa como os cérebros por detrás da rescisão do avançado leonino. Manuel Damásio, apesar das negações compungidas de Gaspar Ramos, na comunicação social, saiu-se com esta, em 29 de Janeiro de 1996, publicada no “Público”: “Cadete pode jogar este ano no Benfica…se o treinador quiser…”.

Pois, o treinador até que podia, mas a Comissão Paritária da Liga é que não esteve pelos ajustes, não reconhecendo justa causa a Cadete para a rescisão. O valor indemnizatório, estabelecido pelo acórdão, inviabilizou desde logo a propalada transferência. Mas isto foi apenas o início de uma epopeia…

Epopeia não cantada por Camões no seu épico, pois as diatribes que rodeavam estas manigâncias fariam corar de vergonha qualquer um com um mínimo de pudor. A seguir a Cadete, foi a vez de outro clube de Lisboa sentir na pele a “ética” dos dirigentes encarnados. Mauro Airez, argentino figura de proa na equipa do Belenenses, rescinde com a alegação de…salários em atraso. Neste caso, depois da pressão, com ecos diários na imprensa, dos dirigentes benfiquistas, a Comissão Paritária liberta o jogador, que se muda de armas e bagagens para a 2ª circular, em Janeiro de 96.

Contentes com o sucesso da operação, não tarda nova rescisão, desta feita com contornos inovadores. Se Ernesto Farías alegou a inadaptação da esposa à altitude de Toluca, Tiago, o médio caceteiro do Marítimo, não lhe ficou atrás na criatividade do argumento utilizado: medo de andar de avião ou, mais honestamente, de aterrar na pista da Madeira. A “grandeza moral” dos sucessores de Borges Coutinho ficou bem patente na cirúrgica altura em que tudo se passou: 10 de Fevereiro de 1997. A data pode não dizer grande coisa ao comum dos adeptos do pontapé na bola mas, numa análise mais aprofundada, permitida facilmente hoje em dia pela facilidade de obtenção de informações no ciberespaço, ficamos a saber que o Marítimo, um dia depois, jogou com o…

Se aqui o leitor exclamou desabridamente “Benfica”, fique desde já a saber que…ACERTOU! Ou seja, o afóbico jogador rescinde com a sua entidade patronal, na véspera do encontro com o seu futuro patrão. Confusos? É a “exemplar” forma de actuar daquele que se auto-proclama o “mais grande” clube português. Mais confusos ficamos se lermos as declarações prestadas pelo supra-sumo do clube das águias, Manuel Damásio, ao jornal "a Bola": "Não estamos interessados no jogador e o Benfca nada tem a ver com a rescisão. Não actuamos dessa forma e não são esses os nossos métodos". Num daqueles seriados televisivos, passados nas salas de tribunais, esta veemente declaração até poderia convencer o mais incauto jurado. Não fosse o diabo tecê-las, o presidente do Benfica, em declarações a outro pasquim, o "Record", aliava-se inclusivé ao Altíssimo, proferindo:"o Benfica não tem religiosamente nada a ver com o pedido de rescisão de Tiago". Deus é que não deve ter achado grande piada a esta colagem...

Como tanto despudor não podia ficar impune, foi um irritado presidente dos madeirenses o autor da acusação, publicada nas páginas do "Público": "O Tiago foi aliciado pelo Benfica por intermédio dos senhores José Veiga, Toni e Manuel José para rescindir com o Marítimo na véspera do nosso jogo na Luz". Para que não ficassem dúvidas, o presidente dos insulares, Rui Fontes, rematou a entrevista com um remate certeiro: "Foi a este estado que chegou o Benfica, antigamente dirigido por grandes senhores". Para bom entendedor, meia palavra basta. O jogador acabou por assinar contrato com os encarnados em 21 de Março de 1997.

Comercialmente, a estratégia seguida depois pelo Benfica, pode ser considerada brilhante. Se resultou com Tiago, porque não com outros, devem ter pensado os "irmãos metralha" lá do sítio. Dito e feito. O futebol português entrou numa nova era. Tiago já era passado, veio depois Jordão - proveniente do Estrela da Amadora - e Nuno Gomes, o amaricado jogador do Boavista. Aqui, verdade seja dita, não houve nenhuma rescisão. O destaque justifica-se apenas e só pela altura em que ambas foram concretizadas. "A locomotiva contra a suspeição" voltava a apitar, e logo duas vezes, antes das deslocações aos campos dos rivais em questão. Grande ética, não haja dúvidas...

Um dos exemplos supremos da "espertice", numa operação com contornos bem portugueses, no que à arte do "desenrascanço" diz respeito. Paulo Madeira, jogador do Belenenses, contratado pelos encarnados, sem pagar um tostão ao clube da cruz de cristo. Nada mais fácil, como qualquer manual de aprendiz de trapaceiro explica, no capítulo respectivo. Leva-se o tosco jogador para um clube anónimo, de preferência a vegetar numa divisão secundária espanhola, evitando dessa forma o pagamento de qualquer indemnização e depois, umas semanas passadas, quando a "poeira" já tiver acentado, promove-se o regresso do jogador. Assim, quem se "lixa é o mexilhão"...

Já estão enfadados? Para o final, guardei um pormenor - mais um - que atesta bem o modus operandi do clube dos galináceos. José Fonte era jogador do Setúbal. Era titular. O Setúbal ia jogar com o Benfica. José da Fonte rescindiu na véspera do jogo. Sensação de deja vu? Pois, é o que dá ser pouco variado no método mas, para todos os efeitos, o que conta é a eficiência. E, como se tem visto, resulta sempre. Para a história, ficou mais uma vitória benfiquista. José Fonte assinou de seguida pelos encarnados. O que distingue este caso dos outros, numa espécie de moral da história, algo hilariante: Chumbita Nunes, investido da função de bobo da corte, agradeceu publicamente ao Benfica por, pasme-se, conduta honrada durante o processo!!!

Pergunto eu: será que passou pelo cérebro de ameba do dirigente sadino que o Benfica, nessa "conduta honrada", possa ter acelerado a rescisão do jogador, na véspera do encontro, ou será mais uma coincidência?

Para finalizar, ainda recordo os ecos desse jornal, tido como sério, composto por jornalistas que se vêem como tribunos impolutos, "a Bola", numa chuva de elogios aos encarnados, realçando a nobreza de caracter por...indemnizarem o Vitória de Setúbal. Lê-se e não se acredita. É o requiem da moral e bons costumes!

22 agosto, 2007

A Terra do Nunca

Uma simples história.
Esta é uma história simples, tão simples como outra qualquer.
E como qualquer e toda a história, começa por 'Era uma vez' e pela vontade de alguém a escrever. E apenas e tão só vontade, porque a inspiração há muito se esfumou.

Ora bem, deixemo-nos lá de estórias e passemos à história dessa história.

Era uma vez um menino que quando questionado sobre o que queria ser quando fosse grande não hesitava em afirmar, com o seu sorriso traquina e covinha no queixo, que queria ser um grande jogador de futebol, ter na garagem um Ferrari cor de rosa choque e em casa uma loira natural, de formas perfeitas e com medidas proporcionais.

... ...

Uns anitos depois fomos encontrá-lo a jogar matrecos na Feira Popular, aonde tinha chegado num Volvo alaranjado dos stcp, a comentar activamente com a sua esposa o possível benefício da implantação de algumas (bastantes) gramas de silicone e da oxigenação dos pelos que cobrem o couro cabeludo.

Ora esta é a tal história simples e dedicada a uns 6 milhões de Meninos Perdidos que continuam a viver os seus sonhos de infância. Persistem em viver na sua Terra do Nunca que continua pequena demais para a sua grandeza.

E porque o futuro não é mais o que costumava ser tem agora um Peter Pan na sua versão Dumbesca, que nem sequer necessita de asitas para voar e passa os dias a apitar.
A Wendy, já resgatada pelo Peter Pan, tornou-se escritora.
A fada Sininho fartou-se, ou fartaram-se dela. Bateu com a porta e foi-se embora enquanto que o Capitão Gancho quer pagar murcho pelo que foi comprado teso.

Um bem haja para estes Meninos pois já todos fomos, um dia, assim.
E seria triste, muito triste e quase impossível imaginar a Terra do Nunca vazia de Meninos Perdidos que se recusam a crescer e que continuam a acreditar no seu Peter Pan.

O Bom, o Bom e o Bom

O que faltou no programa da RTP.
O palmarés está desactualizado, a fonte todos sabem qual é (prefácio do livro 'Largos dias tem cem anos' escrito pelo, na altura, Presidente da UEFA Lennart Johansson).
“A paixão pelo futebol, a paixão pelo clube, a paixão pela comunidade: três paixões que definem a vida extraordinária de Jorge Nuno Pinto da Costa, O Homem do Norte.
No extremo ocidental da Europa e parafraseando o grande Camões, onde a terra dá lugar ao mar, nas movimentadas margem do Rio Douro, Jorge Pinto da Costa conseguiu construir uma potência do futebol europeu, o F.C. do Porto.
Nada fazia prever o papel proeminente que o F.C. do Porto alcançaria no futebol mundial.
Actualmente, esta é uma das mais pequenas cidades do continente a ter um Campeão Europeu. Foi necessário a vontade de ferro de um homem para projectar os Dragões no palco principal do futebol na Europa. A vontade de ferro de um homem e o calcanhar de um outro, oriundo do lado sul do mediterrâneo, transformaram uma noite de Primavera do ano de 1987, no Estádio do Prater, em Viena, no nascimento de uma nova lenda do futebol.
O futebol português sempre foi dominado por três clubes: dois de Lisboa, o Benfica e o Sporting, e um do Porto o F.C. do Porto. Desde que se tornou presidente em Abril de 1982, Jorge Nuno Pinto da Costa conseguiu treze títulos de Campeão Nacional, oito taças de Portugal e treze Supertaças. O mapa do futebol foi virado de pernas para o ar. O domínio dos clubes lisboetas foi apagado.
E se acrescentarmos a este resultados duas Taças dos Campeões Europeus, uma Intercontinental (talvez duas brevemente), Uma Taça UEFA e uma Supertaça Europeia, podemos facilmente concluir que o mapa do futebol europeu está a deslocar-se para Sudoeste.
Jorge Nuno Pinto da Costa é verdadeiramente um homem de excepção. Na família do futebol, o seu carisma, a sua personalidade poderosa e a sua singular argúcia geraram controvérsia, mas, acima de tudo, uma enorme admiração. O F.C. do Porto sempre foi a sua prioridade. Ele pertence verdadeiramente ao restrito grupo dos grandes criadores de impérios, ao escasso número de grandes presidentes, juntamente com algumas lendas do futebol das gerações passadas, como Santiago Bernabeu e Ângelo Moratti.”
É isto que cria inveja, muita inveja.
E ainda mais azia, muito mais azia.
Embrulhem...

Alaó,
Estilhaço

21 agosto, 2007

Cenas do primeiro capítulo

‘Nortada' do Miguel Sousa Tavares

O Apito Encarnado é inspirado pela Direcção Portista

1 - Arrancou o campeonato e, segundo deduzi da leitura de A BOLA de ontem, prepara-se já a primeira chicotada da época e no Benfica. As próximas horas (talvez já quando este texto sair) revelarão se o despedimento de Fernando Santos é uma notícia confirmada, um desejo do seu autor ou ambas as coisas.

Fernando Santos é crucificado por ser o elo mais fraco da cadeia e o mais fácil de servir como bode expiatório. Não vou discutir se ele é ou não bom treinador — isso é, sobretudo, uma questão subjectiva e que não seria elegante abordar agora. O que sei é que há uns vinte anos que os treinadores do Benfica pagam pelos desejos eternamente adiados de regresso aos gloriosos tempos do Glorioso. Mas, nesses vinte anos, também não vi que o Benfica tenha tido um único presidente à altura dessa tarefa. Se agora, por exempo, é só o futebol que falha, e a nível da equipa profissional, cabe perguntar em que outro escalão do futebol é que o Benfica foi campeão na época que passou ou em que outra modalidade desportiva foi campeão? Em nenhum e em nenhuma. Donde, todos os treinadores do Benfica são incompetentes e só a Direcção está acima de qualquer crítica. A verdade é que, nos clubes portugueses, e não apenas no Benfica, só há duas espécies de amovíveis: os treinadores e os bons jogadores — que vão e vêm ao sabor das circunstâncias e das oportunidades. Já os presidentes e os maus jogadores, esses, não há quem os remova.

Fernando Santos foi aposta pessoal de Luís Filipe Vieira. José Veiga também e, segundo nos informaram, foi ele quem escolheu os reforços para esta época. Com muita publicidade a ajudar, convenceram os benfiquistas de que, como disse Vieira, esta era «a melhor equipa da década». Isso permitiu a Vieira vender o Simão (que estava para o Benfica como o Quaresma está para o Porto) por 20 milhões, depois de ter jurado que só vendia por 25. Permitiu-lhe vender o Manuel Fernandes no próprio dia do jogo decisivo da Champions, depois de ter garantido que não o vendia e apresentar em troca o Freddy Adu — o «novo Eusébio», um suposto «fenómeno» cobiçado por Manchester, Arsenal e Chelsea, e que o génio de Veiga permitiu comprar pela pechincha de 1,5 milhões de euros. Assim decretado que esta era uma equipa de sonho, restava esperar pelo espectáculo e resultados correspondentes. Como eles não apareceram logo, a culpa só pode ser do treinador, pois que, por definição, o presidente é infalível.

Não há nada como governar sem crítica nem escrutínio. Que o diga Pinto da Costa. E que o diga Luís Filipe Vieira, que conta com 80 por cento da imprensa desportiva eternamente a incensá-lo, promovê-lo e absolvê-lo de todas as asneiras cometidas, num exercício diário de bajulação e subserviência que não abona nada a corporação dos jornalistas desportivos.

2 - Um FC Porto transfigurado para melhor em relação ao da Supertaça, venceu com categoria, vontade e toda a justiça do mundo o difícil jogo de estreia em Braga. Eu esperava mais do Braga e menos do Porto, mas felizmente sucedeu o contrário. Desculpem-me a imodéstia, mas sinto-me um bocadinho responsável pela vitória: de há três anos para cá, tenho-me batido incansavelmente em defesa de Ricardo Quaresma e para que o clube o não venda. Começei a fazê-lo ainda quando Co Adriaanse, com o apoio generalizado da crítica, o remetia ao banco de suplentes, com a justificação de que ele «não defendia». Depois de uma época em que Quaresma foi responsável por 50 por cento das assistências para golo, ei-lo que começa esta arrancando sozinho com a vitória em Braga. Depois das vendas de Pepe e de Anderson, se o venderem também, se lhe partirem uma perna ou se o CD da Liga voltar a tomá-lo de ponta, a equipa encosta. Por mais que Jesualdo fale no «colectivo», que até se portou muito bem em Braga.

3 - A suspensão de Lisandro López pelo CD da Federação é um caso de total falta de vergonha e um aparente prenúncio de que este vai ser mais um ano a pagar a factura do Apito Dourado. Que venha esse julgamento e depressa, para que sejam restabelecidas as condições de igualdade na disputa das competições!

4 - E, por falar em Apito Dourado, vou dizer uma coisa que ninguém, na barricada oposta, seria capaz de dizer, em sentido contrário: cheira-me que o tal relatório anónimo baptizado de Apito Encarnado não passa de uma manobra inspirada pela Direcção portista.

Mas, dito isto, também não entendo a consternação das vestais da «moral desportiva» com o facto de o procurador-geral da República ter decidido abrir um inquérito aos factos constantes do dito relatório. E, por várias razões. Primeiro, porque as acusações feitas são demasiado graves para que o procurador lhes passasse simplesmente uma esponja por cima. Segundo, porque é fácil de adivinhar que o inquérito concluirá que nada é verdade. E terceiro, porque, tendo o dr. Pinto Monteiro, acabado de entrar em funções, determinado a reabertura da instrução em processos arquivados contra Pinto da Costa, com base unicamente no livro de Carolina Salgado — (de que hoje não restam dúvidas de que foi inspirado, congeminado e escrito a mando de altos cérebros benfiquistas) — não se percebe como poderia ele mandar para o lixo este relatório, sob o argumento de que se tratava de uma simples manobra clubística.

Acontece que o relatório Apito Encarnado, sendo anónimo e provavelmente falso quanto à sua origem, não deixa, contudo, de colocar questões pertinentes, muitas das quais eu próprio aqui tenho colocado. Por exemplo (e são apenas alguns exemplos): por que razão umas escutas foram motivo de investigação e outras não? Por que razão dois jogos do FC Porto, sem qualquer importância nem influência no campeonato de então foram declarados suspeitos e outros muito mais importantes e decisivos o não foram? Por que razão o único crime provado com a obra literária da dª Carolina — a sua auto-incriminação nas agressões ao dr. Ricardo Bexiga — ainda não levou a que ela fosse constituída arguida, continuando antes a gozar do estatuto de testemunha privilegiada e com direito a protecção pessoal paga com o dinheiro dos meus impostos? Por que razão a dª Carolina — com o curriculum vitae e as motivações de vingança que se conhecem — é uma testemunha tão credível para a dra. Maria José Morgado, e a irmã, sem passado nem motivações correspondentes, é apenas uma difamadora, quando se atreve a vir a público desmentir a maninha?

5 - Sábado não estarei cá para ver o FC Porto-Sporting. Não vou fazer antevisões, mas vou deixar um desejo que muito vai irritar os sportinguistas, mas paciência: desejo que nenhuma decisão do árbitro determine o resultado. É que, independentemente de eu achar que o FC Porto jogou mal e perdeu por culpa própria os dois últimos confrontos com o Sporting, em ambos os jogos o resultado final foi influenciado por decisões de arbitragem. Na final da Supertaça, e por todos reconhecido, ficou por marcar um penalty contra o Sporting a castigar um desvio de Tonel com a mão. E, no jogo determinante do campeonato passado, no Dragão, o golo da vitória leonina resultou da conversão de um livre que não existiu, em contraste com o flagrante penalty cometido no último minuto por Polga e que Pedro Henriques, sob o síndroma Apito Dourado, não teve coragem de marcar.

Aliás, quem me segue, sabe que há muitos anos que eu tenho esta tese: no meio da eterna guerra Benfica-Porto, de Apito Dourado para aqui e Apito Encarnado para ali, quem tem verdadeiramente saído a ganhar é o Sporting. Sempre prontos a apresentarem-se como os «cavalheiros do futebol», sempre a protestar contra as arbitragens quando perdem e sempre calados quando são beneficiados, os sportinguistas têm sido, ano após ano, os contemplados com o maior número de erros favoráveis das arbitragens e sempre ajudados, quando jogam em Alvalade, por um caseirismo doentio dos árbitros, sob pressão das bancadas. Por isso é que, nos jogos internacionais, eles são sempre surpreendidos por arbitragens a que não estão habituados. Mas uma tese é uma tese — cada um pode ter a sua.

# jornal “A BOLA” de 2007.08.21

3 ilustres «Dragões»

Esta é uma crónica que servirá, tão só, para agradecer e, já agora, divulgar o percurso glorioso destes 3 homens ao serviço do nosso clube. Eles serão, a exemplo da época anterior, os técnicos das 3 modalidades principais do nosso clube a seguir ao futebol. Estou a falar de Alberto Babo (basquetebol), Carlos Resende (andebol) e Franklim Pais (hóquei em patins).

Alberto Babo:

Portista ferrenho, ligado ao clube desde muito novo. Jogou basquetebol no nosso clube em épocas idas, penso que terá até jogado com o vice-Presidente Fernando Gomes e com Dale Dover, essa estrela que encantou os amantes da modalidade. Depois passou para treinador das nossas camadas jovens e para adjunto de Jorge Araújo na equipa principal. Venceu inúmeros trofeus pelo nosso clube, ganhou campeonatos ao lado de Jorge Araújo, recordo o de 95/96 que terminou com um jejum de 13 anos, e que foi ganho ao Benfica de Mário Palma com um parcial de 3-1 com a última vitória a ser garantida na Luz com uma grande exibição de Jared Miller. Dias antes tinha estado nas Antas a ver o 2º jogo da final em que o Porto bateu o Benfica por 82-76 com uma ponta final estupenda e um triplo do outro Mundo de Rui Santos. Depois, Babo passou a técnico principal e ganhou pelo Porto o título de 98/99 batendo na final o Illiabum entre outros trofeus Nacionais arrecadados. Saiu do Clube Portista em 2002 e foi para Queluz, onde perdeu para o Porto o título de 2004 mas foi campeão pelos Sintrenses em 2005. Regressou ao Porto na época 2006/07 e ganhou a Taça de Portugal perdendo o título na negra para a Ovarense. Acrescento ainda que já o vi várias vezes a observar jogos das camadas jovens do Porto e até de outras modalidades onde apoia o clube como qualquer um de nós. Frequenta com assiduidade o fórum do Portal dos Dragões.


Carlos Resende:

Natural de Lisboa, cedo se rendeu aos encantos da Invicta. Veio dos juniores do Sporting e logo se afirmou no FCPorto. É considerado por todos o melhor jogador Português de todos os tempos. Esteve em grandes equipas do Porto na década de 90 com António Cunha a treinador, vi grandes jogos ao lado de Alexandre Barbosa, Ussati e Pokourkine. Esteve na equipa que ganhou a Taça de Portugal ao Benfica em 1994 depois de muitos anos de jejum quanto a títulos internos, foi o melhor dessa final que teve em Jesper Degn o marcador do golo decisivo no último segundo. Depois saiu e foi para o ABC onde finalmente se sagrou campeão. Estava na equipa Bracarense quando o FCPorto se sagrou campeão (1999) após 31 anos de sofrimento. Voltou depois ao clube do seu coração para não mais sair. Foi tricampeão nacional pelo nosso clube de 2002 a 2004 e ganhou outros trofeus Nacionais. Fez parte da melhor equipa de sempre dos Dragões (2003) e foi considerado num campeonato da Europa o melhor lateral esquerdo. Terminou a carreira em 2006 com a conquista da Taça frente ao Sporting e iniciou-se logo (em 2006/07) como técnico principal no FCPorto tendo ganho a Taça de Portugal ao Benfica logo na sua época de estreia. Portista convicto, é vê-lo em vários jogos do hóquei ou do basket de cachecol ao pescoço.

Franklim Pais:

Tive o privilégio de assistir a alguns jogos daquela equipa fantástica do FCPorto que venceu quase tudo o que havia para ganhar no hóquei Nacional (é curioso que actualmente também já vamos no hexa). Em 9 campeonatos ganharam 8. Isto passou-se de 1982 a 1991 e o FCPorto tinha na altura aqueles deuses do hóquei, Vítor Hugo, Vítor Bruno, Allende, Realista, Alves, Tó Neves e na baliza estava aquele imenso Franklim Pais. Um guarda redes fantástico que dava toda a segurança aos geniais colegas de equipa. Franklim ganhou tudo o que era possível, Taças dos Campeões, campeonatos, taças de Portugal, taça das taças, supertaça Europeia, campeonatos do Mundo e da Europa em selecções... Quando terminou a carreira, em 1996 depois de ganhar nessa época a Taça Cers e a Taça de Portugal, passou para adjunto do FCPorto estando na equipa técnica liderada por Livramento (1999) que trouxe de novo, passados 8 anos, o título para a Invicta. No ano seguinte foi bicampeão com Cristiano Pereira e em finais de 2001 assumiu a pasta de treinador principal tendo desde aí, e como todos sabemos, ganho os 6 últimos títulos Nacionais, entre outros triunfos. Nesta última época além do (hexa)campeonato venceu ainda a supertaça sendo, em absoluto, uma aposta ganha pelo Sr. Ilídio Pinto. Como diz Franklim, Portista de gema, jogo a jogo o FCPorto vai demonstrando o seu valor e no final, digo eu, ganha quase sempre.


É um privilégio, para nós Portistas, que o nosso clube tenha no comando das nossas «naus» 3 fantásticos «comandantes». Se à competência, mais que evidente, destes 3 homens acrescentarmos o Portismo exacerbado que é público em todos eles, então é caso para nos darmos por muito satisfeitos. Na verdade, também contam com 3 capitães de equipa que os deixam «descansados», FIlipe Santos (hóquei), Manuel Arezes (Andebol) e Paulo Cunha (basquetebol), 3 grandes jogadores e também 3 Portistas convictos. Que todos eles consigam atingir os objectivos propostos que passam por vencer todas as provas Nacionais e ir o mais longe possível nas provas Europeias. No andebol o clube regressa, 5 anos depois, à Europa (Taça das Taças) enquanto no hóquei procuraremos, uma vez mais, o apuramento para a final four da Champions. No basquetebol o Porto voltou a recusar a presença numa prova Europeia por motivos orçamentais. Dia 15/9 começa a Liga de Andebol e dia 29/9 a de hóquei ficando para Outubro o início da Liga de Basquetebol.

Saudações azuis e brancas,
Lucho.

ps - Já aqui tinha divulgado os treinadores das camadas jovens (futebol) do FCPorto. Faltava apenas dizer que nos juniores o técnico principal será o Holandês Patrick Greveraars, ex-PSV. O Porto inicia o campeonato, no próximo sábado, em Vizela. Os juvenis (treinados por José Guilherme) iniciam o seu campeonato no domingo em S.João da Madeira enquanto os iniciados (treinados por J.C.Brandão) jogam a 1ª jornada em Gondomar no dia16/9.


pps -
O génio de Quaresma decidiu o jogo em Braga e o FCPorto iniciou da melhor forma o seu percurso rumo ao tri. Dois golaços do nosso Harry Potter deram-nos a vitória num campo onde se registou a 1ª derrota no campeonato transacto. Lucho também regressou em grande e o meio campo parecia outro. A FPF, sulista e centralista, afastou Lisandro do jogo de Braga mas contem que será ele o nosso ponta de lança para domingo. Por último, apetece-me confessar-vos que dei 3 berros no sábado, nos 2 golos de Quaresma e no golo do Leixões. Que bem me soube aquele desaire dos Mouros. Embrulhem.


20 agosto, 2007

Quaresma, o Mágico

Já tinha dito no último post aqui publicado aquilo que pensava sobre Quaresma e as responsabilidades que lhe têm sido imputadas na construção e invenção de lances ofensivos do FC Porto… responsabilidades essas que me parecem, continuo a dizê-lo, excessivas.

Desse modo, e de uma forma totalmente evidente, o jogo de sábado voltou a mostrar, mais uma vez, demasiada qualidade, magia e classe do “Harry Potter” (como alguém disse um dia!)… Nada mais nada menos do que dois golos em lances de pura genialidade, sendo que num desses lances foi mesmo Quaresma a ganhar (depois de ter dado cabo dos rins do lateral direito bracarense…) a falta que depois originou o livre superiormente cobrado pelo extremo português!!! Melhor era impossível.

Acima de tudo, e até porque a análise mais detalhada e rigorosa do jogo já aqui foi feita pelo meu colega BlueBoy, a minha crónica de hoje visa exaltar e elogiar aquilo que de à três anos a esta parte tenho visto num GRANDE jogador do nosso clube, alguém que cada vez mais admiro e venero pela sua devoção ao clube (sim, Quaresma REJEITOU sair para Madrid, provavelmente para ganhar muito mais!!), pelos seus dribles “mágicos” e estonteantes para os adversários e pelo seu infindável rol de espectaculares fintas e números de autêntica “magia”!

Além disso, de que serve ter um bom guarda-redes, uma defesa estável e um meio campo trabalhador e consistente se depois não houver criatividade e espectáculo que permita que os espectadores se sintam deliciados e cheguem à conclusão que valeu a pena pagar o bilhete?!?! Quaresma é daqueles jogadores que nos fazem acreditar que o futebol, além de um cada vez mais complexo e ramificado negócio, é uma grande oportunidade para as pessoas se divertirem e desfrutarem de um espectáculo em que valha a pena ir, independentemente dos cada vez mais caros preços dos bilhetes que dão direito a assistir a um jogo de futebol.

Por tudo isso, e por mais muitas outras coisas, depois da saída de Anderson e olhando para o restante plantel, Quaresma parece ser o mais forte e provável candidato a nos deliciar com estes “pequenos pormenores” que decidem jogos e fascinam os espectadores!!!! A saída de Quaresma, do meu ponto de vista, seria uma enorme perda para o clube e para o campeonato português… ainda bem que não saiu até agora… esperemos, ansiosamente, até ao fim do prazo de transferências.

ps - Se fosse um jogador de um qualquer clube da capital a ser castigado no 1º jogo do campeonato nacional disputado no meio do mês de Agosto devido a uma expulsão num jogo amigável disputado no início de Julho, quando este mesmo jogador já tinha cumprido castigo, como mandam as regras da FIFA, no jogo a seguir, provavelmente haveria matéria para um qualquer processo de investigação em que o FC Porto e o seu presidente seria examinados, investigados e escutados até ao mais ínfimo pormenor! Mas também já nada me surpreende…

19 agosto, 2007

O mau, o vilão e a RTP

A RTP exibiu anteontem à noite, em 'prime-time', um documentário sobre Pinto da Costa, intitulado "O bom, o mau e o vilão", (o "bom", como se verá à frente, estava naturalmente a mais) na que terá sido a peça pretensamente jornalística mais parcial da televisão portuguesa dos últimos anos, em que apenas pretendeu - e conseguiu - ridicularizar Pinto da Costa e o Porto.

É difícil entender o que leva a RTP, que até tem um passado de subserviência ao F.C. Porto, aos seus rivais Benfica e Sporting, mas também ao poder político, a decidir-se pela exibição em horário nobre de um pretenso documentário que se limita a recolher e a exibir as piores imagens das últimas três décadas do F.C. Porto, mesmo que não tenham absolutamente nada a ver com Pinto da Costa (uns dois ou três minutos com o episódio da camisola rasgada de Rui Jorge por José Mourinho, situação em que o presidente do F.C. Porto não foi tido nem achado), numa espécie de "worst off" do F.C. Porto.

Logo no início, a narradora informa-nos de que os amigos não quiseram falar, porque Pinto da Costa está de relações cortadas com a RTP e a partir daí, como que aproveitando a deixa, tudo serve para deixar mal na fotografia o presidente do F.C. Porto e quem mais se lhe aproxime - lamentável a insinuação sobre Alípio Dias, quando se diz que foi o Crédito Predial Português que prestou a garantia bancária que travou a penhora do Estádio das Antas. Alípio Dias era então presidente do banco e aparece a abraçar Pinto da Costa e logo a seguir a narradora conclui, insinuante "Hoje é presidente do Conselho Superior do F.C. Porto".

Ao longo de uma hora o tom é sempre de desdém, seja pela imensa série de vitórias nacionais e internacionais da equipa de futebol, que mais não são do que uma nota de rodapé no programa, o que é estranho quando se trata da biografia de um dirigente desportivo, seja pelo gosto por poesia, seja pelas relações afectivas do protagonista, hoje bem conhecidas de todos, quanto mais não seja pelo mediatismo do livro da ex-companheira Carolina Salgado. De resto, não deixa de ser sintomático que o único ex-treinador do F.C. Porto a falar no documentário seja Octávio Machado, ele que é o único dos ex-treinadores a dizer mal de Pinto da Costa. Bobby Robson, Victor Fernandez, Artur Jorge, Carlos Alberto Silva, Quinito, Ivic, António Oliveira, Fernando Santos treinaram o clube. Todos já tantas e tantas vezes falaram publicamente bem de Pinto da Costa, mas a RTP só recolheu o testemunho de Octávio Machado. Coincidência.

Pinto da Costa está sob investigação, as escutas conhecidas são, no mínimo, comprometedoras e não abonam nada a favor do presidente do F.C. Porto. A justiça, cedo ou tarde, se encarregará de demonstrar a responsabilidade de Pinto da Costa. A RTP, no entanto, considera que se trata de serviço público fazer o julgamento televisivo, apresentando uma hora de emissão em que o melhor que se ouve é quando Jorge Costa diz que o F.C. Porto é obra de Pinto da Costa. Goste- -se ou não, é capaz de haver um bocadito mais de coisas a dizer, como acentuar o sucesso desportivo do clube, as contratações bem feitas, que permitiram, por exemplo, aproveitar Deco e Maniche, dois proscritos do Benfica, fazê-los campeões da Europa e transferi-los por milhões de euros, etc, etc.

A perspectiva de serviço público da RTP é tanto mais curiosa se recordarmos que em 2003, no ano em que o F.C. Porto venceu a Taça UEFA, o canal público não transmitiu os jogos em casa do clube, não porque algum concorrente se tenha antecipado e comprado os direitos, mas apenas porque a RTP considerou que era dinheiro mal gasto. O critério, curiosamente, já não foi o mesmo em 2005, quando o Sporting foi à final da Taça UEFA, ou na época passada, quando o Benfica chegou aos quartos-de-final. Neste caso, a RTP até chegou a transmitir as meias-finais na RTP-N porque já tinha comprado o jogo em casa do Werder Bremen, adversário da equipa portuguesa, caso esta tivesse chegado às meias-finais. Isto para não falar do Verão de 2003, quando a RTP se preparava para não transmitir a final da Supertaça europeia, entre F.C. Porto e Valência, alegando, primeiro, que o jogo não era oficial, depois, que não se tratava de final.

Aliás, para que estas coisas sejam realmente transparentes - e a RTP é uma empresa pública, subsidiada por todos nós, com obrigação de boas práticas e contas claras -, a estação deveria, por exemplo, tornar público quanto pagou pela transmissão de jogos do F.C. Porto, do Benfica e do Sporting nos últimos cinco, dez ou 15 anos. Todos perceberíamos melhor o conceito de serviço público para a RTP e o documentário de anteontem à noite.

Jornal de Noticias - Sáb, 18 de Agosto de 2007
#
artigo de opinião de Francisco J. Marques

18 agosto, 2007

Quaresma… decide!

competição: bwin LIGA 2007/08, 1ª jornada
data: 18.08.2007
local: Estádio Municipal, em Braga
FC Porto: Helton; Bosingwa, Bruno Alves, Pedro Emanuel «cap.» e Cech; Lucho González (Leandro Lima, 67 min), Paulo Assunção e Raul Meireles; Tarik (Mariano, 61m), Adriano (Postiga, 36m) e Quaresma
golos: Quaresma (34m e 84m), João Pinto (49m)

Depois do desaire da semana passada para a Supertaça Cândido de Oliveira, este era um jogo para ‘lavar a cara’ e o FC Porto não deixou o seu crédito por mãos alheias, tendo vencido em Braga por 1-2, com Quaresma em grande noite de destaque ao marcar os 2 golos do FC Porto, e que golos, carago!

O onze escalonado pelo Prof. Jesualdo Ferreira trouxe uma meia-surpresa com Tarik a ocupar o lugar do castigado Lisandro, sendo que Marek Cech ocupava o lugar de Fucile na esquerda, e Lucho reaparecia novamente no meio-campo para fazer companhia a Paulo Assunção e Raul Meireles. No resto, tudo normal.

O FC Porto, surpreendentemente, ou talvez não, entrou forte no jogo, encostando os bracarenses para a sua defensiva, que tinham o seu jogo completamente anulado, principalmente por fruto do grande acerto do nosso meio-campo, quer defensivo, e até mesmo ofensivo, que controlava as operações com algum à vontade, para surpresa minha.

Lá na frente, Tarik estava a ser uma boa surpresa, pelo esticar de jogo que estava a dar ao lado direito do ataque, e com Quaresma a querer mostrar serviço. Adriano, ia lutando como é seu hábito entre os centrais bracarenses, criando aqui e acolá, algumas dificuldades.

À passagem dos 32 min, e quando o FC Porto já tinha conseguido impor o seu futebol, Raul Meireles foi derrubado na entrada da grande área, um pouco ainda afastado. Na cobrança do livre, Quaresma com um potente remate, faz 0-1, com o guarda redes adversário a pouco mais que fazer do que tocar a bola de raspão.

Pouco depois, Adriano lesiona-se e é substituído por Postiga, que teve um regresso ao FC Porto bastante positivo e a prometer estragos em caso de novas oportunidades… mas será que as vai ter? Sinceramente, é hora de definir claramente se Postiga está «in» ou está «out». Chegou o intervalo com o resultado justo para o que se tinha visto em campo nos primeiros 45 minutos.

Começada a 2ª parte, logo na entrada, aos 49 minutos, João Pinto iguala o marcador e coloca o resultado em 1-1, tendo o FC Porto nos minutos seguintes vivido alguma desorientação táctica, o que originou uma ligeira superioridade por parte do adversário. Rapidamente se tranquilizou para novamente ficar em cima no jogo e voltar a encostar o adversário para a sua defensiva.

Nos entretantos, o Prof. Jesualdo Ferreira coloca em campo Mariano González para a saída de Tarik, com este a encostar-se na direita do ataque, e posteriormente, Leandro Lima para o lugar de Lucho que estava já a dar as últimas em termos de disponibilidade física, mas que verdade seja dita, com ele no meio-campo, a música é outra, carago!

As jogadas de perigo e o pressing azul-e-branco sobre a defensiva bracarense ia-se avolumando, até que aos 83 min, Quaresma na marcação de um novo livre directo, desta vez completamente descaído para a esquerda, com mais um míssil teleguiado coloca a bola no canto superior esquerdo e faz o 1-2, resultado que se manteve até ao apito final.

Com este resultado, conquistamos os 3 primeiros pontos possíveis na presente bwin LIGA 2007/08 (e ganhamos já 3 pontos relativamente à época passada, pois tínhamos perdido em Braga por igual marca) e vamos agora aguardar tranquilamente pelo próximo jogo, desta vez no nosso Estádio do Dragão, para receber o Sporting e quem sabe, fazê-los pagar e logo com juros, a derrota na Supertaça.

azul + : Bosingwa de regresso ao normal, Paulo Assunção consistente, Raul Meireles a correr kilómetros, Lucho com pinceladas de classe, Quaresma a soltar magia… e Postiga mexido qb, quem diria, não?

azul - : determinados períodos de jogo em que Quaresma chega a ser irritante com a insistência em querer ser o ‘dono da bola’, quando tem mais 10 colagas em campo… e não querendo apontar o dedo a ninguém, mas quem foi o inteligente que mandou colocar Leandro Lima à direita, com a deslocação de Mariano para o meio? Aviso já: eu não fui!

arbitragem: O ‘João Pode Ser’ bem que tentou, bem que olhava para o lado quando lhe convinha, mas lá saiu de campo tristinho por não ter tido oportunidade de fazer o ‘frete’ ao seu Padrinho, o ‘traficante dos pneus rosa choque’.



ps – [nova actualização] são já 19 aliados na divulgação do [CoNtRa dOSsiEr] "o apito Bermelho" com a colocação do banner respectivo nos seus espaços de discussão. São eles o Portistas de Bancada, Estádio do Dragão, O Gil, Dragalhadas do Dragão, Mundo Azul e Branco, Sangue Azul, Dragão Nortenho, Sou Portista com Orgulho, FC Mangalhões, DragãoPentaCampeão, Blog do Dragão Azul, Bi-Campeões do Mundo, Anti-Lampião, Tribunal do Futebol, BlogHistórias, Alfrodo, Jornal O Portuense e desde hoje também, o FCP Mirandela e o Blog do Portista ... se estás interessado em aderir a esta causa em prol da 'honra e bom nome do nosso FC Porto', solicita-nos por e-mail o código do banner.

pps – quanto ao concurso de ideias que está em curso, e aos 5 cérebros do photoshop, agradecia me informassem via email do ponto de situação dos vossos trabalhos, até porque estamos a chegar ao tempo limite… o meu obrigado.