31 janeiro, 2009

“Obviamente não me demito!”

E eu acho muito bem.

Porque haveria Vitor Pereira de ceder aos caprichos do Sporting Clube de Portugal?

O Jornal de Notícias fez no passado dia 23 de Janeiro, um apanhado dos 10 casos mais mediáticos pelas piores razões: más arbitragens, segundo a opinião dos supostamente lesados.

Adivinhem lá quem é o clube com mais casos?

Se nos limitarmos aos casos da Liga, o Sporting bate todos os recordes com cinco jogos. Mas de perto acompahado pelos vizinhos da segunda circular. Apesar de este último e no jogo que o opôs ao Sporting Clube de Braga valer pelos outros todos.

“É a pior arbitragem da Liga até ao momento. Erros em demasia, e sempre contra o Braga…”

Mesquita Machado que não se fica por meios termos e sabendo nós da sua tempestuosidade, lançou o pânico ao divulgar que sabia de antemão que o árbitro nomeado para esse jogo não era o senhor Paulo Baptista.

Quem esfrega as mãos de contentamento com esta declaração bombástica ?

SLB naturalmente, que vê a pouca vergonha da arbitragem com o Braga ser relegada para segundo plano.

Mesquita Machado não esteve mal. Eu sou a favor de defendermos as nossas cores. Ele não fez mais do que isso. Mesmo quando se queixou da arbitragem contra o FC Porto.

A arbitragem em Portugal, não é pior nem melhor do que as restantes. Acredito que quem se dedica a ela, que o faz com a intenção supra de serem juizes no campo de futebol. O problema vem depois quando as “influências” se começam a fazer notar. Quando a verdade desportiva passa para segundo plano. Influências de quem não consegue ganhar em campo e usa todos os subterfúgios para o conseguir por meios obscuros.

Por isso, concordo com as palavras de Vitor Pereira: “Se as pessoas não acreditam no futebol, não vão ao futebol. (…) Quanto mais se mantiver este estado de espírito, mais condições há para os árbitros não apitarem na plenitude das suas faculdades.”

Já ninguem se espanta com o constante choradinho dos dirigentes sportinguistas.

Quanto aos encarnados, calaram-se após o “descalabro” de 11 de Janeiro, e até que andavam, sossegadinhos enquanto embalados por uma doce cantilena que os manteve em primeiro lugar durantes uns dias. Mas a superioridade de quem sabe, está de volta ao seu lugar. Não conhecemos outro lugar que não o primeiro. Não nos identificamos com a luta selo segundo lugar.

Somos Portistas, não há treinador meticuloso, jogadores em momentos menos bons, ou árbitros mais ou menos influênciados que nos neguem esse direito.

O Futebol Clube do Porto é hoje, o melhor clube de Portugal.

Este é o nosso lugar, contra tudo e contra todos se assim for necessário.

Heliantia

ps - Sim. Acredito nas arbitragens e na liderança de Vitor Pereira.

A (falta de) coluna do senador

    A coluna de hoje do senador vermelho do jornal A Bola fez-me recordar uma frase paradigmática de uma referência do futebol nacional. «Felizmente o Benfica, pelo menos, nunca teve esse contratempo da arbitragem». Ouvi-a da boca de Mário Coluna, no Trio d’Ataque desta semana. Se o Cervan a tivesse escutado, muito provavelmente optaria por outro conteúdo para o texto de hoje. Assim, expôs-se ao ridículo. O costume…

    O Cervan é da Invicta, mas não deve ter brincado muito na rua. Devia estar permanente fechado em casa a decorar cartilhas políticas. Só assim o Labaredas compreende que não tenha sido influenciado pelos constantes festejos do Dragão ao longo dos últimos 30 anos. O F.C. Porto é, acima de tudo, o clube do 25 de Abril, o clube do Portugal livre que permite, por exemplo, que este cidadão tenha sido eleito para cargos políticos. Ainda não deu conta, caro Sílvio?

    Onde estaria o «menino» Sílvio nos regressos apoteóticos de Viena e Tóquio? Como terá conseguido ficar indiferente ao «caos» gerado pelos heróis de Sevilha e Gelsenkirchen? Estava a roer-se de inveja, não era?

    «Felizmente o Benfica, pelo menos, nunca teve esse contratempo da arbitragem». Mário Coluna, que o senador não viu jogar, como de resto também não assistiu a nenhuma vitória internacional do seu clube, foi grande. O senador é pequeno. Tão curto que chega ao ponto de colocar uma foto sua maior que o texto que assina na revista que dirige. Tanta vaidade, tanta azia, tanta cegueira…

    O F.C. Porto é o presente, o senador é o passado. O F.C. Porto ganha muito, o emblema do senador perde muito. Os Portistas andam felizes, os outros andam frustrados. «Está tudo tão habituado, que já ninguém estranha». Bem dito, caro Sílvio! Touché.
fonte: fcporto.pt

30 janeiro, 2009

Merece comentário?

    Depois de uma entrada em cena que dispensou aviso prévio, tempo agora para as apresentações: sou o Labaredas e estou pronto para soltar fogo sobre temas da actualidade que envolve o F.C. Porto. Os Portistas podem esperar chamas atentas e oportunas. E há muito desvario para «chamuscar».

    O calendário desportivo avança e o F.C. Porto permanece em quatro frentes competitivas. Contra tudo e contra todas… as opiniões. À míngua de argumentos para desdizer os feitos da nossa equipa, os comentadores apostam cada vez mais na falta de vergonha. É uma enxurrada patética.

    Diz hoje um senhor que costuma debitar conhecimento na rádio do Estado e que até alimenta um blog, que o Nuno Gomes devia vir ao Dragão de elmo e armadura para enfrentar Bruno Alves…

    Na TV igualmente paga pelos portugueses, a tal onde as dúvidas são transformadas em penáltis inequívocos, até os pivots estão preocupados com o facto de um treinador ter sido mais brando do que antes na análise ao jogo da sua equipa contra o F.C. Porto. Pudera, até ele ficou com dúvidas, ao contrário do que sucedera na reclamação anterior…

    Outros ainda, no ambiente cabo que os amantes da bola pagam religiosamente para alimentar o negócio, confundem isenção com fanatismo, dando amiúde a cara como anti-fãs do F.C. Porto numa rubrica de jornal desportivo…

    Também no cabo, há um comentador que consegue ser o único habitante do planeta a não ver motivo para grande penalidade num lance em que o jogador do Braga é arrancado pela raiz. Haverá jarra para tamanha falta de visão?

    De quem narra os jogos da Taça de Portugal nem vale a pena falar… Não há palavras para descrever ou tempo para dispensar a quem se entusiasma com «o grande futebol» dos adversários do F.C. Porto, estejam eles a jogar bem ou não…

    Enfim, o costume. Acicatado pelos sucessos do F.C. Porto e exacerbado pela pobreza de espírito.
fonte: fcporto.pt

29 janeiro, 2009

Há mar e mar... há que jogar e ganhar!

assistência: 17.611 espectadores.

árbitros: João Ferreira (Setúbal), Luís Ramos e Rodrigo Pereira; Nuno Campos.

FC PORTO: Nuno; Fucile, Stepanov, Bruno Alves e Benítez; Lucho «cap», Raul Meireles e Guarin; Mariano, Hulk e Lisandro.
Substituições: Hulk por Rodríguez (62m), Mariano por Tomás Costa (74m).
Não utilizados: Ventura, Pedro Emanuel, Rolando, Bolatti e Farías.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

LEIXÕES: Beto; Laranjeiro, Nuno Silva, Élvis e Angulo; Roberto Sousa, Bruno China «cap» e Hugo Morais; Zé Manel, Chumbinho e Diogo Valente.
Substituições: Angulo por Nwoko (65m) e Diogo Valente por Sandro (80m).
Não utilizados: Berger, Ruben, Diogo Luís, Castanheira e Paulo Tavares.
Treinador: José Mota.

disciplina: cartão amarelo a Roberto Sousa (34m), Raul Meireles (87m), Bruno China (88m) e Sandro (90m).

golos: Mariano (5m).


De fazer corar muita gente. De querer tapar o sol com a peneira.

É o que me apetece e parece sensato concluir e dizer agora lendo "As Gordas" das Crónicas ressabiadas do costume, online, pós este jogo dos ¼ de final da taça de Portugal.

Não sei se viram o mesmo jogo que eu, mas o que eu vi foi um Jogo como se vêm poucos, que justificaram o bilhete, provavelmente. Apenas pecou por falta de golos, do FC Porto, claro!

Metade do que se viu ontem em campo, feito por certas equipas que agora só vêm jogar, e as primeiras páginas de imprensa hoje iriam ao rubro, quais Soraia Chaves em capas da Playboy.

Sobre o jogo.

O FC Porto apresenta-se praticamente num meio por meio, alguns titulares habituais mais "oficiais", outros que não deixam de ter o estatuto de titulares, mas para estas provas de segunda linha, salvaguardando que dentro das tais de segunda linha, esta Taça de Portugal é a mais importante. Pelo que sim senhor, pareceu-me bem, não seria por aqui que questionaria a legitimidade de Jesualdo na rotatividade de que se impunha.

Apresentados os onzes, soa o apito, rola a bola, sai o Leixões a jogar. As equipas apalpam terreno a ver o chão que pisam, num ritmo calmo e descontraído, molengão mesmo, pareciam embalados pelas ondas do mar, começava a enjoar, estávamos no minuto zero, seria assim até praticamente o minuto cinco...

Aos 4' - Lucho descortina Mariano à direita, que põe em Lisandro no centro da área Leixonense com a baliza extremamente tapada por vários defesas e guarda-redes, o tento de Lisandro ressalta nos defesas, sobra novamente para Mariano, e eu, que já antevia a minha vida a andar para trás, com a típica bola no poste, na barra ou desperdiçada, como tem sido mau agoiro desta época no início dos jogos, vixe Maria olhe que não! Vá-se lá saber porquê, desta vez Mariano - que tem vindo crescendo - resolve! Golo, aos cinco minutos. Nem esperei pela repetição, rebobinei a gravação para trás para ver bem se aquilo era verdade...

Há que reconhecer a frontalidade da equipa de José Mota. É ao que nos tem habituado este Leixões 2008/2009 renascido, jogo pelo jogo, olhos nos olhos, abomina "estratégias de autocarro" e assim eliminou o Benfica desta prova, assim nos roubou pontos para o campeonato, assim fez a campanha que fez em inicio de temporada, e não desaprendeu. Não obstante, é para jogos assim, abertos de parte a parte que este FC Porto renovado me parece melhor formatado. Contra os autocarros é que é o caraças! Pelo que se nos primeiros cinco minutos José Mota não havia entendido em retrair-se ao seu meio campo, não seria agora que passaria a faze-lo. Tinhamos jogo e espectáculo anunciado.

10' - Atrevida como já a conhecemos, a equipa do mar aproveita bem as bolas ganhas, joga-se pela lateral direita de Matosinhos, Nuno de forma fácil, saí da área na altura certa e anula a tentativa bem desenhada pelo leixões, começava o nosso o GR da Taça a mostrar serviço.

O FC Porto permite – e há quem chame a isto humildade (vide o início de jogo em Braga), há quem lhe reconheça posição estratégica de defesa - mas o que é certo é que Matosinhos povoa o meio campo do Porto e consegue 5/6 cruzamentos praticamente durante os próximos sete minutos.

17' - Como consequência da pressão alta imposta/admitida, o Leixões ganha mais um canto, Nuno mais uma vez bem, a sair e afastar de punhos em riste, espantando fantasmas para fora de sua área, mas o leixões cada vez mais acredita, continua na carga, e habilidoso, Diogo Valente saca, com boa matreirice, uma falta à Lucho, que lhe fez "duas festas" na camisola no limite da entrada da área. Valdemar Duarte, esse mestre-mor-do-bitaite-e-notas-de-rodapé, ocupação também designada em Portugal por «narrador/relator de jogos de futebol», via confirmados motivos para elogiar o critério do árbitro, apenas com muita pena, imagino eu, que a criteriosa falta não tivesse sido dentro de área. «Faltou um bocadinho assim» Terá comungado o homem com os seus botões... Azar, o livre nem sequer dá em nada, segue pra bingo. Rola a bola!

20' - O FC Porto lá começa a espalhar o jogo para o campo do vizinho, a defesa azul e branca sobe no terreno, e sim, eu também achava que os do Mar já haviam “abarcado” tempo demais por terras alheias, era a vez do FC Porto se fazer ao mar.

21' - Excelente jogada colectiva pela esquerda Portista, arrancada de Benítez, a cruzar para Lisandro no centro do terreno que atabalhoadamente, não consegue concretizar.

22' - O leixões, que até tinha o saldo a favor, com menos faltas cometidas , mais cruzamentos e remates a baliza, via-se agora obrigado a recorrer à falta grosseira, quais “traineiras” autênticas, para os do FC Porto parar. João Ferreira lá começa a avisar os do mar. E é esta a diferença que encontro no tal modo de defender, que chame-se o que quiser. O FC Porto soube-o fazer no devido tempo organizado, com recurso a falta cirúrgica se necessário, quando os papeis se invertem um Porto rápido nas transições, a trocar bem a bola, pode-se considerar que o Leixões não tinha outros meios nem argumentos para os parar, pelo que...

33' – Primeiro cartão amarelo da partida a Roberto Sousa, por entrada dura sobre Mariano.

34´- O jogo continuava a dar espectáculo, uma bola perdida por Bruno Alves na saída da nossa área que tentava virar para a direita do meio campo, é interceptada por Diogo Valente, que num rápido e curto contra-ataque, cruza pela esquerda na área, bola cabeceada, o leixões vê a jogada por Nuno negada. Bom ataque dos do mar, soberba defesa a ganhar!

37´ - A lateral esquerda do porto vai não volta a dar nas vistas, o Leixões continua a ir a jogo.

42´- Jogo dividido, FC Porto a praticar um futebol apoiado, troca a bola, jogo vivo, o Leixões responde com algumas outras vezes de oportunidades criadas ou “sobradas”. Partida imprevisível, equilibrada, jogo empatado em remates, «seis – seis» diz Valdemar-que-nunca-sabe-estar-calado, mas o empate que ele queria sei eu... tás cá com uma sorte...

44'- falta tirada a Hulk, duvidosa, muito duvidosa, penso eu, mas sem repetições, até porque entretanto ia-se para intervalo, que conveniente.

E foi mais ou menos isto, em traços gerais, o cronómetro da primeira parte e o que vi. Duas equipas que deram um bom espectáculo.

O melhor e algo mais desequilibrado estaria guardado para a segunda parte.

E entra um FC Porto diferente de atitude na segunda parte, não para defender mas para atacar, logo com uma boa jogada que acaba em remate perigoso. Ao contrário do Leixões na primeira parte, é só agora aos 48 minutos de jogo decorridos, que o FC Porto ganha o primeiro canto. Entretanto, mais dois minutos decorridos e temos tempo para ver Lisandro executar um grande remate de fora de área para defesa muito apertada de Beto - «Mais uma» - diz o Valdemar!

O FC Porto continua a insistir no ataque, Lisandro e companhia vai dando que fazer à defesa do Mar, aos 55' mais uma “traineirada” violenta e em força que deixou o nosso Lixa “lixado”. Faltou o cartão amarelo, até porque além da violência, impediu um promissor ataque. Mais um minuto, e aqui vai disto, desta vez o contemplado com a “traineirada” foi Hulk. Volta a faltar o amarelo. E como não há duas sem três, no minuto seguinte, mais uma falta por marcar, com Meireles estendido no chão, Na TVI ninguém viu nada nestes 4 minutos de traineiras atracadas... tudo bem o critério do apito era algo lato, deixava-se jogar.

Sessenta minutos de jogo, e às duas por três, Valdemar começa-se a entusiasmar (ainda mais) com o jogo, ou, perdão, com a possibilidade do FC Porto sofrer golo, mas Stepanov faz-lhe a desfeita de desviar o remate tenso de Diogo Valente, outra vez Diogo Valente, para canto.

62' – E o Professor troca Hulk por Rodriguez, e comenta o “adjunto” de microfone de Valdemar que «hulk não esteve bem na partida», não resistiu ao bitaite! Os mesmos que na quarta jornada desta Taça de Portugal passaram tempos infinitos a vomitar alarvices sobre o rapaz, até que ele os calou - comentadores, estádio, e país - naquele tal golo que eliminou o Sporting da prova. Portanto, expliquem lá ao senhor adjunto dos microfones, que há jogadores que NÃO sabem jogar mal. Têm é jogos menos conseguidos, vá!

Substituição portanto feita, e, não tem nada a ver, mas o jogo assume uma posição novamente mais repartida.

Aos 70´ Lisandro lembra-se de inventar com passe de calcanhar, bola perdida, equipa Portista aflita, acaba a jogada travada em falta, com um livre perigoso para a nossa baliza. Valeu-nos a falta também, de eficácia do marcador, bola contra a barreira.

74' – Mariano sai, Tomás Costa entra, e este último elemento mostra-se significativo para voltar a por as coisas no sentido certo, o FC Porto volta a “fazer-se ao mar”, com uma sofreguidão tal, que impressiona, e sem exageros, Guarin em área atacante, finta tudo e todos, até ele mesmo, volta para aqui, volta para ali, e - «esqueceu-se que o futebol tem baliza» - mais uma bela tirada de Valdemar, apesar de que esta até eu lhe perdoei, e acrescentei, «e mais 9 jogadores a quem passar. Espera-se mais um bocadinho naquelas voltas, que até o décimo elemento (Nuno) ia lá ajudar».

Mas a saga continua, há tempo para mais uma grande jogada de insistência à baliza de Matosinhos , Lucho põe a bola em Bruno Alves (vejam bem onde andava naquela altura o N.º2) que cruza a bola em jeito a fazer arco, Beto saí da baliza do Mar, há embrulhada na área, sobra outra vez para Lucho e aqui vai disto... olhó petardo, bola na trave... sai por cima.

O Leixões volta e meia neste quarto de hora final “desafogava-se”, ganha uma bola a meio campo saída de pontapé de baliza, mostra mais uma vez boa coordenação de ataque, ala esquerda a trabalhar, bola cruzada, cabeceada, e mais uma vez Nuno a cumprir, defesa soberba.

Mais dez minutos de Porto, Porto, Porto, mas marcar que é bom e eu gosto, nada. Tudo bem, ganhamos a partida, mas ainda teria de ouvir os bitateiros do microfone: «Não foi um jogo bem conseguido». Referiam-se como é lógico, ao desempenho do FC Porto.

Prontos! Eu dou-lhes o desconto. Para eles um jogo bem conseguido será deixar ganhar quem interessa em campo. De preferência de forma escandalosa e descarada. Temos pena que as equipas predilectas destes comentadores já não disputem a única prova (graças a Deus) que lhes cabe comentar (TVI).

Agora um Jogo, com duas boas equipas, a praticar um excelente futebol, onde há quem tenha que gerir muito bem o calendário face às várias frentes que disputa, que dá para acabar em festa de “olés” na bancada, e ganha a equipa que bem feito o balanço foi a que mereceu ganhar, «Não foi um jogo bem conseguido». Fazer-lhes o quê?

E foi uma espécie de tentativa de crónica do jogo. Agora deixo a caixa de comentários para os verdadeiros entendidos de bancada. Façam favor!

Melhor em Campo – Nuno. Parte-se do princípio que eleger o guarda-redes como melhor em campo significa um jogo encostado às redes da respectiva equipa. Ou que foi salvo, ou minorada a derrota de um jogo pela intervenção do GR. Não vou por aí, apenas de salientar, que das poucas vezes que Nuno foi chamado a intervir sempre defendeu, nunca comprometeu. Fossem os restantes elementos da equipa de tal eficácia a cumprir as suas missões nas respectivas posições, e teríamos 7 ou 8 golos marcados, meia dúzia de excelentes passes de ruptura, grandes “trincadelas”, bailados pelos flancos, etc... Portanto, mérito desta vez ao Nuno.

Pior em Campo - o relator/comentador do jogo, vale?

Atitude portista merecia outro desfecho

FC Porto 2-2 Feirense

Liga Intercalar 2008/09
28 de Janeiro de 2009
4ª jornada do Campeonato de Primavera (zona norte)

Estádio do CTFD PortoGaia, no Olival

FC PORTO: Ruca; Ivo Pinto, Roberto, Rafhael e Massari; Sérgio Oliveira, Amorim e Josué; Tarik «cap.», Rabiola e Chula.
Jogaram ainda: Bosingwa, Lucas, Jakubov e Ramon.
Não utilizados: Maia, Hugo e Alex.
Treinador: Rui Barros.

FEIRENSE: Thiago Schmidt; Marco Cadete, Junior Paulista, Mika e Bruno Parente; Tales «cap.», Diogo Cunha e Mércio; Vitinha, Moisés e André Soares.
Jogaram ainda: Filipe, Ludovic, João Ricardo e Jonathan.
Não utilizados: Carvalho, Nélson Martins e Stefan.
Treinador: Francisco Chaló.

disciplina: cartão amarelo a Sérgio Oliveira (85 min); cartão vermelho directo a Marco Cadete (30 min).

golos: Rafhael (a.g., 6 min), Tarik (9 min), Mércio (44 min) e Sérgio Oliveira (73 min)


Terminou com um empate a dois golos o dividido duelo entre F.C. Porto e Feirense, referente à quarta jornada do Campeonato de Primavera da Liga Intercalar. Apesar de terem sido dos Dragões as melhores oportunidades para alcançar o triunfo, a igualdade acabou por imperar no final dos 90 minutos.

A chuva intensa que se fez sentir ao longo de todo o encontro não impediu que a formação azul e branca, maioritariamente composta por jogadores das equipas jovens portistas, demonstrasse determinação e vontade de sucesso em doses elevadas, que apenas no resultado não ficaram reflectidas.

Ainda assim, foi a equipa visitante a entrar melhor no jogo, alcançando a vantagem através de um autogolo do defesa portista Rafhael. A resposta azul e branca tardou apenas três minutos e chegou pela insistência de Tarik, após um pontapé de canto cobrado por Josué.

Já depois dos forasteiros terem ficado em desvantagem numérica, por expulsão de Marco Cadete, foi contra a corrente da partida, que denotava domínio do F.C. Porto, que o Feirense alcançou nova vantagem, através de um livre directo de Mércio.

A etapa complementar teve domínio total azul e branco e sentido único para a baliza visitante, com diversas ocasiões soberanas a surgirem junto da zona de perigo da formação da Feira. Lucas deixou o aviso aos 70 minutos, que Sérgio Oliveira soube concretizar, três minutos mais tarde, depois de um entendimento colectivo perfeito do ataque portista.

Antes ainda do apito final, Tarik e Jakubov desperdiçaram oportunidades privilegiadas para atribuir o desfecho ajustado à contenda, que teve carácter e atitude superiores do F.C. Porto como balanço final.

fonte: fcporto.pt

Confira aqui o calendário desta nova competição no seu site oficial.

28 janeiro, 2009

Quartos de final... tempo de ganhar !!!

Tendencialmente, cria-se-me certa confusão pensar que o tempo é unicamente progressivo e não regressivo. Se o certo é que o espaço se altere consoante o meio em que nos encontramos, não deixo de ter para mim, que a evolução resulta de um processo de contrastes temporais, onde caminhar para o futuro passa por recuar subtilmente no passado.

Confusos!?! Desgastados?!?!... com este bombardeamento de tão complexo e invulgar conteúdo filosófico, afinal onde raio entram os Dragões e o Leixões nesta história toda!?!!!?

Há quem diga que o tempo tudo apaga, outros há que se refugiam numa de com o tempo tudo muda, muitos ambicionam que o tempo volte para trás, havendo sempre quem tenha receio de ver repetidos tempos antigos, complementar a tudo isto os Dejá Vu e a firme certeza que para progredir é preciso aprender com os erros do passado.

Hoje, o tempo é de Taça. Alguns prefeririam avançar no mesmo e ver a contenda como sendo a da final, nada que o percurso de ambos os conjuntos na prova até ao momento não pudesse objectivar, seria o repetir do ano 60/61, e ver repetidas estórias e histórias de tão ancestrais rivalidades desses tempos idos.

Bem mais próximo no tempo, está ainda bem presente o duelo para a Liga Sagres frente ao emblema Leixonense. É tempo de ver o que o tempo mudou, sendo que as diferenças não morrem no simples facto de os jogos se prenderem em características de competições tão diferentes.

Aceite-se o desafio e procurem-se as diferenças… do Leixões, já sabemos ser um opositor forjado às mão de um técnico experiente, matreiro e astuto, onde o rigor táctico e o arreganho na disputa de cada lance é consonante com a empatia que a sua mole adepta lhes transmite. Gente causticada pelas agruras do Mar, mas que tal e qual o centro nevrálgico do meio campo leixonense, faz das fraquezas força imensa, manietando cada investida adversária, Bruno China e Roberto Souza são só dois dos melhores exemplos e braços dessa camisa-de-forças que espartilha e estrangula o futebol ofensivo do opositor.

Aquando da visita ao Dragão, os do Mar tinham para além do assinalável bom futebol, um ataque relativamente realizador e um registo apreciável de triunfos fora de casa. Três meses volvidos, os comandados de José Mota denotam incapacidade concretizadora conhecendo como resultado mais corriqueiro a divisão de pontos, salvando-se a honra da boa organização defensiva onde Beto é o maior destaque como obstáculo aos intentos dos aríetes contrários.

Por essa altura da época, Wesley e Braga eram cabeças de cartaz. Hoje, o onze do técnico rubro-branco traduz naturais alterações quase todas provocadas pelo esforço estóico que o grupo vai fazendo para se confirmar como surpresa da época em curso. O tempo não perdoa e vai fazendo mossa. Assim, Braga e Vasco Fernandes são baixas por lesão para o jogo dos 1/4 de final.

Time is Money. Em Matosinhos, o tempo foi de fazer contas à vida e como tal Wesley é outra das ausências notadas, ele que já falhará a visita ao Dragão para a Liga. Predicado importante que transparece deste Leixões é o da velha sapiência de saber esperar e não desesperar no tempo, para os menos informados a turma matosinhense precisou sempre de 120 minutos ou mais para levar de vencidos os seus contendores nas 3 eliminatórias anteriores, os “encornados”, a corja descobriu rapidamente que depressa e bem há pouco quem.

Bem vistas as coisas, só com o passar do tempo de jogo no Dragão se poderão aferir das verdadeiras diferenças entre o tempo de agora e o de outrora, (25 de Outubro, aquando da 1ª volta da Liga Sagres), sendo certo que imutável permanecerá a dinâmica de grupo, a competência colectiva leixonense, onde e apesar do menor eloquente momento de elan, a vontade férrea de ganhar e a de repetir façanha por parte dos jogadores estará presente como obstáculo maior aos intentos dos Dragões.

O desenho táctico não andará muito longe do apresentado então a contar para o campeonato, a intenção será refrear ao máximo as intenções e o golo portista, apesar da estrutura de jogo de José Mota sempre pretender discutir o jogo palmo a palmo, as incumbências do superpovoamento da zona intermédia estarão bem presentes, não faltarão sobressaltos adstritos aos envolvimentos pelas laterais onde a presença constante de 2 alas, (Diogo Valente e Zé Manuel), bem abertos é ponto fulcral no momento ofensivo, sem uma referência na área, o futebol leixonense vive muito da apetência que os médios têm para aparecer na 2ª vaga e alvejar a baliza contrária de meia distância.

Quem também invoca o tempo como aliado é Jesualdo, ainda mal refeito do assalto à liderança consumada nessa vitória forasteira, o que mais era audível no discurso do timoneiro azul e branco era a palavra tempo... tempo para crescer, tempo para ganhar rotinas e competências organizacionais.

O tempo parece querer dar-lhe razão, depois de um tempo em que para alem da amálgama de erros, onde a cada passo caminhava para o precipício, onde de forma insidiosa roçava o estado Amorfo, Descrente, Abúlico e de Apatia incomensurável, veio um dia, um segundo de Lucho, e o tempo tudo levou!!!!

Vinte e Oito de Janeiro... o futuro da Taça joga-se aqui e agora. Este é mais um dos desafios de um eleante ciclo de elevado calibre competitivo, apesar de a cada jogo se notarem as diferenças entre o Fc Porto de inicio de época e este que se vêm apresentado. O tempo provou as carências no lugar de defesa esquerdo, Jesualdo parece apostado em regressar ao passado, só assim se justificando que nem Sapunaru nem Cissokho sejam opções para o confronto na Taça Millennium.

Quem também pediu messes ao tempo foram Hulk, Rodriguez e Fernando, cada qual à sua maneira, fez do precioso tempo de utilização, pedra de toque para melhorar os índices de rendimento pessoal. É quase certo que destas 3 unidades, só o incrível deverá aparecer como titular neste confronto, aumentando desta forma o grau de dificuldade para os Dragões.

A fase adiantada da prova não costuma ser concordante com teorias de rotatividade, o professor vê-se na contingência de preconizar algumas alterações não sendo seu timbre fugir muito ao modelo por si idealizado. A lesão de Fernando abre espaço a um lugar que tem tido dono, Rodriguez está em dúvida, o que pode atirar o professor para o plano alternativo.

Confesso que gostei de ver em Braga o Porto em 4x4x2, com Lucho a subir a sua performance, o duo da frente sente-se dinâmico suficiente para recepcionar os passes de ruptura que “el comandante” giza.

Os Dragões na cidade dos arcebispos revelaram uma faceta pouco vista por terras Lusas, não sei se é menos ou mais atractivo a verdade é que a estrutura aproximou Lisandro do interior da área, lugar onde é mais letal, potenciou a explosividade das transições e o reforçar de uma característica que ainda não tinha sentido no decurso da época, a robustez, solidez e segurança defensiva.

A época segue cronologicamente o queimar de etapas, como tal a exigência aumenta e a fase corrente da prova rainha do nosso futebol obedece a rígida regra de que quem perde não tem direito a nova oportunidade, é tempo de a considerar um objectivo prioritário, assim espero um Porto melhor e mais capaz sem lugar a insipidez ofensiva que tem sido apanágio dos últimos jogos em casa.

Já dizia Jean de la Fontaine, “Não adianta correr, é preciso partir a tempo”, e o tempo é de partir, porque o Dragão sabe sempre o lugar certo para onde ir… o Jamor espera por nós.

LISTA DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Nuno e Ventura.
Defesas: Benitez, Bruno Alves, Fucile, Pedro Emanuel, Rolando e Stepanov.
Médios: Bolatti, Guarín, Lucho, Raul Meireles e Tomás Costa.
Avançados: Cristian Rodriguez, Farias, Hulk, Lisandro e Mariano Gonzalez

Parabéns, RCBC!

São os votos do bLuE bOy, Lucho, Estilhaço, Paulo Pereira, MrCosmos, Bruno Pinto,
PortoMaravilha, Tiago, Sodani, Heliantia, Bruno Rocha, Dragon Soul, Fokinha e CJ.


Ele há Portistas priBilegiados! É o caso do nosso "ilhéu" RCBC.
Rodeado por todos os lados de AZUL, de céu e mar, e um mundo para conquistar!
E nesse ponto de Bista tás no clube certo companheiro.
Parabéns e um abraço da tua equipa blogueira, aí para a Ilha de São Miguel nos Açores.
[ ps: não sei se conhecias, mas Bale a pena Bere a Bersão acoriana de gema, do teu Bídeo Azule ]

27 janeiro, 2009

A minha primeira vez no pavilhão das Antas

A publicação deste vídeo estava já no meu pensamento desde o dia em que postei aqui o vídeo de 1999 quando o FCP se sagrou campeão Nacional de andebol 31 anos depois (pode recordar o post e o vídeo aqui e aqui), naquela que terá sido a maior enchente de sempre no Américo de Sá. Ora, hoje a recordação é noutra modalidade, trata-se do basquetebol e o jogo diz respeito ao 2º encontro da final do play-off 95-96 e também se disputou no já demolido pavilhão Dr. Américo de Sá, nas Antas.

O jogo decorreu na tarde do domingo, dia 26 de Maio de 1996, e marcou a minha estreia nesse «saudoso» pavilhão e posso dizer que fiquei desde logo viciado no desporto de pavilhão… Já tinha assistido em Braga a um jogo do FCP em andebol mas nunca tinha entrado, até esse domingo, no pavilhão das Antas embora já seguisse, apaixonadamente, todas as modalidades do FCP desde 1989, sensivelmente (o futebol já sigo desde 1986).

Eu e um colega, benfiquista moderado, chegamos já em cima da hora e recordo a excelente moldura humana presente. No dia anterior, o FC Porto tinha ganho o 1º jogo da final (77-67), procurando as 3 vitórias de forma a obter o título de campeão Nacional de basquetebol conseguido pela última vez em 1983. O adversário desta final era o Benfica de Mário Palma e era o actual heptacampeão Nacional.

O jogo a que assisti foi tremendo, emocionante, com uma ponta final de loucos… o Benfica foi liderando o marcador até aos últimos minutos mas com o FCPorto a nunca deixar que a desvantagem fosse irrecuperável. O nosso técnico Jorge Araújo (os adjuntos eram Alberto Babo e Rui Vanzeller) que já tinha conseguido suplantar a lesão de Kevin Nixon (substituído por Knight), conseguiu também nesse jogo superar a baixa de Marçal. A 4 minutos e meio do fim (é a partir desta altura que podem ver o vídeo) o Benfica consegue distanciar-se e atinge 7 pontos de vantagem (62-69). O pavilhão desespera e parece já não ser possível o tão ansiado 2-0.

Puro engano! A mística daquela equipa, a raça, o talento, a classe e a sua coragem vieram ao de cima e nesse período crítico o FC Porto faz um parcial de 16-0 que levou as Antas ao delírio absoluto. Há nessa fase um triplo absolutamente divinal de Rui Santos que decide, de vez o jogo e que provoca uma explosão tremenda dentro de um pavilhão ainda ansioso pelo que faltava do jogo. Segundos depois devolvem-me os meus óculos de sol que foram parar uns 4 ou 5 degraus abaixo do local onde estava sentado.

O FC Porto venceu por 82-76 e ficou a uma simples vitória do título. Saio feliz das Antas e não escondo o meu sorriso diante do colega que me acompanhou. Chama-me doente mas concorda que houve mérito deste Porto. Um Porto cheio de classe com o seu plantel a ser constituído pelos seguintes jogadores: Jared Miller (na 1ª foto), Rui Santos (na 2ª foto), Shane Knight, Nuno Marçal, Nuno Quidiongo, Paulo Pinto, Raul Santos, Fernando Sá, Ricardo Santos, Bruno Santos, João Tiago e João Rocha, todos eles sabiamente orientados por esse mestre do Basquetebol Nacional, Jorge Araújo.

Um Porto que na semana seguinte se sagrou efectivamente Campeão Nacional 13 anos depois em pleno pavilhão da Luz e no último jogo de Carlos Lisboa. Foi ao 4º jogo que os Dragões fizeram a tão ansiada festa (3-1) no domingo de 2 de Junho de 1996 (o Porto ganhou na Luz por 77-85). Espero que gostem de recordar este 2º jogo da final e esses minutos que tanto empolgaram os muitos adeptos Portistas presentes nas Antas. Segue-se então esse vídeo, com transmissão em directo pela RTP2 (duração de 18 minutos, incluindo esses minutos finais do jogo com 62-69 e essa recuperação fantástica do FCPorto), só possível com a ajuda do incansável MrCosmos que, uma vez mais, tornou «útil» uma velhinha cassete de vídeo do meu arquivo pessoal.


# para visualizar outros vídeos do blog, clicar aqui.

FC Porto consolida liderança em jornada muito positiva
(1º FC PORTO- 33 pts/12 jgs; 2º Benfica - 27 pts/12 jgs; 3º Belenenses - 25 pts/12 jgs)

  • São Bernardo, 23 - FC Porto, 27

Em Aveiro, o FC Porto continuou a sua caminhada triunfal neste campeonato Nacional numa jornada em que o seu mais directo perseguidor voltou a perder (o Benfica perdeu em casa do ABC por 31-24). Também o Sporting levou que contar, perdendo em Belém 36-34 com 15 golos de Pedro Spínola, reforço dos Dragões na próxima época. No jogo de Aveiro, o Porto liderou sempre o marcador com destaque para Eduardo Filipe com 10 golos seguido de Ricardo Moreira e Inácio Carmo com 5 cada e Filipe Mota com 4. No próximo domingo (16h), o FC Porto recebe na Póvoa de Varzim a forte equipa do Madeira SAD, jogo onde conto estar presente.

O FC Porto depois da eliminação nos quartos de final da taça de Portugal (post de sexta) emitiu um comunicado no site vetando a presença em futuros jogos do clube dos 2 árbitros Lisboetas decisivos no clássico de quinta feira. Ao mesmo tempo foram publicadas duras críticas à Federação e ao conluio cada vez mais evidente com o Benfica. Foi por isso, com evidente satisfação, que tomei conhecimento da eliminação dos encarnados na meia final de sábado diante da Ovarense. Na final os Vareiros derrotaram o Vagos por 92-87 após 2 prolongamentos. Sábado volta o campeonato com o FCPorto a receber (16h) o Sampaense em Matosinhos e no dia seguinte nova recepção, desta feita ao Angra(16h), 2 jogos de grande favoritismo para o FCPorto.

FC Porto com jogo importante em Porto Santo
(1º FC PORTO - 46 pts/20 jgs; 2º J.Viana -41 pts/20 jgs; 3º Benfica - 39 pts/20 jgs )


  • Candelária, 3 - FC Porto, 1

A meio da semana, o FC Porto tinha perdido pela 1ª vez na prova (post de quinta) e no sábado voltou a perder, desta feita nos Açores onde o Benfica também tinha perdido e por números mais dilatados (6-2). Com estas duas derrotas os Dragões viram diminuir perigosamente a diferença para o principal perseguidor, Juventude de Viana. São apenas 5 pontos de diferença e que obrigam os Dragões a triunfar em Porto Santo no próximo sábado (21h), adversário que empatou em Fânzeres (1-1). Faltam 6 jornadas e mais uma escorregadela não vinha nada a calhar. No jogo dos Açores o Porto ainda reduziu para 2-1 (Filipe Santos) mas no minuto seguinte o 3-1 acabou com um jogo onde o redes Açoriano fez uma magistral exibição.

Eduardo Filipe

O experiente lateral esquerdo do FC Porto foi a unidade mais em evidência na equipa de andebol dos Dragões no jogo de sábado em Aveiro. 10 golos tornaram a tarefa dos Portistas mais fácil num recinto sempre complicado e onde fomos afastados do play-off na época passada. Eduardo Filipe é o melhor marcador do FC Porto, à 13ª jornada, com 86 golos apontados.


Todos os resultados das camadas jovens e respectivas crónicas serão publicadas na próxima semana devido à especificidade própria do tema de destaque da crónica desta terça feira (título do basquetebol em 1996).


Um abraço do Lucho.

# post publicado em simultaneo no fórum fcporto.planetaportugal

26 janeiro, 2009

Onze minutos indomáveis

assistência: --- espectadores.

árbitros: Paulo Costa (Porto), João Santos e Vítor Carvalho; Vasco Santos.

SC BRAGA: Eduardo; João Pereira, Frechaut, Moisés e Evaldo; Mossoró, Vandinho e Luís Aguiar; Alan, Rentería e César Peixoto.
Substituições: Mossoró por Matheus (46m), César Peixoto por Meyong (46m) e Rentería por Orlando Sá (75m).
Não utilizados: Mário Felgueiras, Paulo César, Andrés Madrid e André Leone.
Treinador: Jorge Jesus.

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves e Cissokho; Lucho «cap», Fernando e Raul Meireles; Lisandro, Hulk e Rodríguez.
Substituições: Rodríguez por Tomás Costa (40m), Raul Meireles por Guarin (78m) e Hulk por Mariano (85m).
Não utilizados: Nuno, Pedro Emanuel, Farias e Sapunaru.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

disciplina: cartão amarelo a Rentería (15m), Raul Meireles (45m), Hulk (60m), Matheus (60m) e Fucile (82m).

golos: Rodríguez (20m), Lisandro (31m).


Nem campeão de Inverno, nem campeão da imprensa, nem tão pouco campeão da treta… apenas e só, campeão no fecho da 1ª volta da liga Sagres 2008/09 com a vitória esta noite por 0-2 sobre o SC Braga, regressando assim à liderança isolada do campeonato, aproveitando da melhor forma os erros alheios da dupla dos labregos a sul do Douro.

Fruto da convocatória lançada antes do jogo por Jesualdo Ferreira, esperava-se quiçá, apenas uma alteração no onze inicial com a entrada de Cissokho para a titularidade… assim se esperava, assim se veio a confirmar.

Era esperado um jogo com grau de dificuldade máxima para os Dragões, o que se veio a confirmar rapidamente com um inicio de jogo marcado claramente por um ascendente (natural) por parte do SC Braga, que conseguiu encostar os azuis à sua defensiva, criando algumas oportunidades de golo.

Fruto desta intensidade arsenalista, o FC Porto sentia muito dificuldades em estabilizar o seu jogo, com um futebol muito desligado entre os sectores, sendo até obrigado a praticar um futebol demasiado directo que pouco ou nenhum perigo criava.

Com o passar do tempo e a pressão dos da casa a baixar, por consequência inerente, o FC Porto começou a ter mais posse de bola, conseguindo ao mesmo tempo, controlar as operações no meio do campo, aparecendo nesta altura um Hulk em grande plano de destaque que com as suas arrancadas que são já uma imagem de marca, colocava a defensiva adversária em sentido.

E foi num destes lances protagonizados pelo próprio que o FC Porto chegou ao golo. Conseguido chegar à linha de fundo pelo lado esquerdo, cruza para o lado contrário apanhando Fucile no caminho que devolve a bola para a mesma zona, com Hulk a assistir Cristian Rodriguez de cabeça que depois de ajeitar a bola, remata para o primeiro golo da partida.

No seguimento deste lance, a toada da partida manteve-se com o FC Porto claramente por cima no jogo, continuando a criar oportunidades de golo para alargar a vantagem. Até que aos 31 minutos, depois de um erro crasso do central arsenalista, Moisés, deixa a bola à mercê de Lisandro que isolado frente a Eduardo, aumentou a vantagem para o FC Porto, colocando a partida agora em 0-2.

Até ao intervalo, poucos mais lances de perigo aconteceram, não sem que o FC Porto continuasse a ser mais objectivo, perigoso e eficaz do que os da casa.

Com uma vantagem de 2 golos na entrada para os segundos 45 minutos, não deixava de ser natural que o FC Porto procurasse na segunda metade, gerir o ritmo de jogo e ao mesmo tempo, tentar controlar qualquer investida arsenalista.

Nesta altura, destaque para uma grande jogada individual de Cissokho que tendo ultrapassado 4 adversários sempre com a bola colada aos pés, oferece o golo a Lisandro em bandeja d’oiro… não contando era com um falhanço clamoroso deste que com a baliza escancarada, enviou a bola para fora.

Depois desse lance, apenas a 15 minutos do final do jogo voltou a ocorrer frisson numa das áreas. Orlando Sá, avançado dos arsenalistas, deixou que Helton brilhasse numa excelente defesa.

Neste período, nota de destaque para 3 lances duvidosos na área azul-e-branca… no primeiro, Alain não aguentou a pressão de Cissokho, deixando-se cair já dentro da área (grupo, digo eu!)… no seguinte, Meyong tenta fazer uma chapelada a Helton, mas como a bola foi num sentido contrário, espera nitidamente o contacto de Hélton para se estatelar (grupo, digo eu!)… por fim, um cruzamento na linha que leva a bola a embater supostamente no braço de Guarin (será? ainda aguardo um plano televisivo que esclareça a minha dúvida).

Fim do jogo, 3 pontos conquistados, liderança isolada no final da primeira volta, o que já acontece pelo 4º ano consecutivo… e a azia alheia que vai aumentar e de que maneira por estes próximos dias… vai uma aposta? o que vale, é que não os ouço, não quero ouvir, nem tão pouco estou sequer interessado em ouvir. É deixá-los falar… sozinhos!!

25 janeiro, 2009

24 janeiro, 2009

Vencer na Pedreira… pra'tenuar males de Cegueira!!!

Infindáveis questiúnculas… assertivas umas, dissertivas outras, só uma coisa se me oferece dizer sobre o “ensaio” que têm levado os homens do apito nos últimos tempos!!!!

“Na cidade dos Padres, Putas e Paneleiros, Puta que os Pariu”, e mesmo antes que os amigos bloguistas desatem a dar segundas interpretações, nem isto é um ataque aos primeiros, nem tão pouco pretende ser um insulto directo aos habitantes de Braga.

Muitos não chegaram sequer a perceber o que está errado nesta Liga, sendo que para mim tal desabafo tem apenas o intuito de me fazer focalizar nas verdadeiras premissas do sucesso, quanto menos cartão lhes passarmos e mais jogarmos, mais perto estamos da velha máxima “o que não nos abate, torna-nos mais fortes”.

Janeiro segue frio e sombrio, e sendo certo que a nuvem mais escura paira mesmo sobre arbitragem, o final da 1ª volta promete ser quente.

A cidade dos Arcebispos, também ela conhecida por cidade dos cinco Pês, é o palco escolhido para o jogo de maior cartaz da jornada. Diz a tradição que as visitas a Braga são por norma sinónimo de dificuldades, desta feita o cenário não foge a regra, afianço mesmo que a viagem a pedreira será um verdadeiro caminho de pedras.

O Minho é ponto de partida para um ciclo com alto grau de dificuldade para os Dragões no que respeita ao consolidar das aspirações e objectivos da época em curso, os Minhotos afiguram-se pois como as primeiras pedras no sapato do Dragão rumo ao Tetra.

De Braga, já sabíamos existir o Bom Jesus, os Bracarenses são hoje por si só uma equipa de inegáveis méritos, um conjunto capaz, confiante, onde graça a ambição de poder ser interlocutor nas disputas pelos lugares cimeiros da tabela.

O técnico da formação arsenalista enjeita a utópica possibilidade da luta pelo título, mas não descura este jogo como veículo capaz de o colar ao pelotão da frente, assinando sem reservas a ideia de que este Braga está nos dias que correm à “altura dos melhores”.

Se é verdade que presunção e água benta, cada um toma a que quer, a verdade dos números, é quem melhor traduz, o quão verosímil é a afirmação. Imparáveis em casa, não perdem vai para cinco meses, fazendo do Estádio Axa uma inexpugnável fortaleza, mantendo as redes de Eduardo invioláveis há 459 minutos, sendo por demais evidentes as mais-valias desta equipa.

Haverá quem ache que este Braga é obra do acaso, há quem alvitre segredos por desvendar neste sucesso minhoto, o que ninguém duvidará é que o artificie desta obra tem um nome, Jorge Jesus… por mim considerado como um dos melhores estrategas de jogo, escalpeliza ao pormenor o adversário, adepto do rigor táctico, dotou os arsenalistas de uma personalidade e cunho muito próprio.

Defensivamente utiliza a marcação à zona como esquema preferencial na marcação aos avançados, com centrais rápidos e um quarteto que joga sempre com grandes apoios e muito agrupado onde não há lugar para o medo de errar.

Outra das ideias fortes deste Braga é a sua auto-suficiência no capítulo emocional o que permite demonstrar uma imagem exibicional cadenciada e muito personalizada, de grande competência estratégica e táctica.

Tacticamente Jorge Jesus foge contra natura ao pragmatismo reinante do futebol Luso, na Luz mudou o figurino optando pela mobilidade de um falso 2º ponta de lança, Meyong foi o preterido em detrimento de Mossoró, fugindo assim ao seu habitual 4x4x2, onde não aparece vincadamente um pivot defensivo mas onde existe marcadamente o labor do meio campo como alavanca do futebol bracarense. As faixas laterais quer em momento ofensivo quer defensivo são enérgicas abrindo bem aos flancos, funcionando sempre como suporte e 1ª linha defensiva.

Quem também aparece dissimulado tacticamente nesta estrutura de jogo de Jesus é o médio ofensivo, Luís Aguiar tem colhido forte aplauso no desempenho da função, onde acrescenta ainda a perigosidade das bolas paradas, pelo que não será de espantar o seu regresso ao onze para o confronto com os Dragões.

Há quem diga que os jogos se decidem nos detalhes, nos pormenores, pois bem o duelo na Pedreira será um confronto de cogitações tácticas, onde estou em crer não serão os detalhes mas sim os “pormaiores” de competências a decidir o vencedor.

Jesualdo já se sabe não colhe nas hostes azuis a melhor compreensão nas decisões, mas o seu a seu dono, e não sendo eu, um defensor inveterado do técnico azul e branco reconheço-lhe o mérito de montar estrategicamente e tacticamente bem o onze, já depois no que se segue, quanto a leitura do jogo no relvado é o que se sabe.

Fazendo fé nesta qualidade do mister, pelo menos acredito que não entramos a perder, o que aliado ao facto de estarem mais que avisados para o perigo das capacidades adversárias, se auto determina uma mudança de atitude nos Dragões, humildade, ambição e capacidade foram as ideias capitais do discurso de Jesualdo, sendo que é por demais evidente que só isso não é matéria suficiente para fugir ao medianismo exibicional demonstrado nos últimos confrontos.

Estruturalmente o cariz e timbre de jogo azul e branco não deve obedecer a grandes alterações, só Cissokho aparece como nova alternativa parecendo ter via aberta para a titularidade, será uma prova de fogo para alguém com tão pouco tempo de adaptação ao Fc Porto, depois das poupanças de algumas pedras basilares da equipa portista o núcleo duro está de regresso, ficando por saber quais os ganhos desta poupança física.

Ainda que todos reconheçam neste Fc Porto défices conjunturais em quase todos os sectores quando comparadas as performances desta, e de épocas anteriores, o que mais tem assolado as mentes azuis é a bipolaridade do ataque do Dragão.

Hulk, Lisandro e Rodriguez, têm sido explosivos quando o jogo é atirado para vertentes tácticas de transições fortes, ao invés quando o ataque é aposto contra porfiadas defesas a mecânica da fórmula resolvente de Jesualdo não oferece a necessária eficácia, sendo evidente que muitas das dificuldade se prendem com a escassez de jogo exterior, com a largura e profundidade que o futebol das alas não ostenta, a que não será alheia a falta e a pouca utilização de extremos.

Jesualdo deixou o repto, concedeu a seus pupilos o voto de confiança, alicerçado na capacidade de treino, sem ansiedade nem factores psicológicos capazes de inibir o seu tridente ofensivo, ate porque não se perspectiva nem uma vertente nem outra dos esquemas defensivos que colocam os Dragões em maior dificuldade, o regresso a equipa que mais garantias da ao Professor está mais que garantida, o 4x3x3, não fugirá as habituais nuances e permutas entre os homens mais avançados, com os habituais carregadores de piano na calha para a missão de assegurarem o equilíbrio entre transiçoes e momentos defensivo/ofensivo, aguarda-se um Lucho mais dinâmico capaz de pautar o jogo, e porque se marcar é preciso para ganhar, vai sendo tempo de o ultimo reduto cerrar fileiras e por cobro as desatenções e erros primários que tantos dissabores nos causam.

Não espero outra ambição nos azuis e brancos que não a de ganhar, fazendo votos para que na pedreira ninguém enferme pelo mal da cegueira…

LISTA DE CONVOCADOS:
Benítez, Bruno Alves, Cissokho, Farías, Fernando, Fucile, Guarin, Helton, Hulk, Lisandro, Lucho, Mariano, Nuno, Pedro Emanuel, Raul Meireles, Rodríguez, Rolando, Sapunaru e Tomás Costa.