30 dezembro, 2006

Feliz Ano Novo de 2007

O blog BiBó PoRtO, carago!! deseja a todos os seus Amigos, leitores e visitantes um Feliz Ano Novo de 2007, pleno de sucessos pessoais e profissionais com muito azul e branco à mistura!

Um abraço especial do bLuE bOy para todos vós.

PS - Como prometido, dia 1 de Janeiro teremos aqui novidades bem fresquinhas... mi aguardem!

FC Porto 2006/2007

'Nortada' do Miguel Sousa Tavares...

O FC Porto, de Jesualdo Ferreira, esmaga a concorrência: é a única equipa portuguesa que se mantém ao mais alto nível na Europa, depois de uma recuperação brilhante na fase de grupos da Champions; é o líder do Campeonato, com uma vantagem já simpática sobre os seus dois rivais directos; tem o maior número de golos marcados e o menor número de golos sofridos; lidera o troféu do melhor marcador, do melhor jogador do Campeonato e do jogador mais valioso; lidera o Troféu BES e o Troféu Disciplina; é a equipa com maior média de assistências por jogo e talvez a única de que não é possível dizer que deve um único ponto às arbitragens. Melhor, honestamente, era impossível. Parabéns a Jesualdo Ferreira e a todos os que contribuem para o sopro do dragão. De A a Z, eis o dicionário destes quatro meses de triunfo.

ADRIAANSE - A primeira e mais decisiva entrada deste dicionário. A sua saída, antes de disputado qualquer jogo oficial, foi a melhor notícia e a mais importante aquisição nesta temporada. Não era por acaso que todos os anti-portistas elogiavam tanto Adriaanse: a sua irracionalidade, teimosia e arrogância acabariam por desfazer uma grande equipa. Deve estar a roer-se de inveja por constatar que, com a mesmíssima equipa e um sistema de jogo natural, Jesualdo Ferreira pôs o FC Porto a vencer e a marcar golos, uniu a equipa e o balneário, recuperou jogadores banidos e fez as pazes com o público.

ADRIANO - Parece que está de saída para o Sporting Braga, confirmando que nunca seria mais do que um razoável suplente.

ALAN - Inconstante e inseguro, capaz de coisas boas e de trapalhadas sem sentido. Pode fazer melhor.

ANDERSON - Um dos três génios da equipa, o vértice central do triângulo verdadeiramente luxuoso: Pepe, Anderson, Quaresma. É um médio de ataque que só sabe jogar para a frente e em movimento constante. Com ele, não há paragens nem quebras de ritmo — é um carrossel alucinante que põe a cabeça em água aos adversários. Há muito que não via um jogador assim e penso que todos aqueles que, acima de tudo, gostam de ver grande futebol, só podem lamentar aquela entrada de Katsouranis que o retirou da nossa vista durante quatro ou cinco meses. Se voltar igual ao que era, vale seguramente uns 40 milhões de euros — sobretudo, se voltar antes dos decisivos jogos com o Chelsea.

ATITUDE - É o grande plus deste clube e das equipas que o vão representando, ano após ano. Os jogadores do FC Porto são melhores profissionais e têm mais respeito pelo clube e pelos adeptos que quaisquer outros. Vítor Baía é, neste momento, o exemplo: onde estão os vítor baías do Sporting ou do Benfica?

BOSINGWA - Também irregular e inconstante, mas a melhorar claramente. Fez-lhe bem ter finalmente concorrência — a de Fucile. Deveria tentar mais as derivações pelo meio porque é bom em drible e em progressão.

BRUNO ALVES - Em relação a ele e a Postiga, dou a mão à palmatória: nunca pensei que Jesualdo conseguisse transformá-los em bons jogadores. Talvez pelo contágio de Pepe ou pela segurança que as oportunidades de jogar lhe deram, Bruno Alves não tem nada a ver com o jogador da época transacta, que não sabia quando atacar a bola e que a despachava de qualquer maneira. Está a crescer, jogo após jogo.

BRUNO MORAIS - Um só jogo que lhe vi, ainda na pré-temporada, foi o suficiente para entender por que razão Mourinho o contratou. Apesar do azar e das lesões, apesar do renascimento de Postiga, Bruno Morais já deu indicações suficientes de que está ali um grande jogador, pronto a explodir. Que a sorte finalmente o acompanhe!

CAROLINA SALGADO - Não joga pelo FC Porto, mas joga e muito, pelos adversários. Quis, com a sua traição e o seu abjecto panfleto, manchar o trabalho de todos estes jogadores e técnicos, que se batiam no campo enquanto ela se exibia no camarote. Mas acredito que, no fim, a verdade virá ao de cima, embora a desonra e os danos já ninguém os apague.

CECH - Um bom jogador, não um extraordinário jogador. Ataca bem, defende pior. Mas tem terreno e idade para progredir.

CSKA MOSCOVO - A vitória decisiva, a demonstração que faltava de que este FC Porto é herdeiro dos grandes FC Porto que honraram este país e o nosso futebol. Por muito que isso custe a engolir a muitos.

DIEGO - Há um que saiu e bem, em minha opinião, e outro que vai entrar. O que saiu era o oposto de Anderson: travava o jogo, perdia-se em rodriguinhos inúteis e não sabia onde ficava a baliza do adversário.

DIOGO VALENTE - Parece que vai ser emprestado, mas gostaria de o ter visto mais vezes em jogo. Não deixa de ser impressionante pensar que, das sete aquisições feitas pelo FC Porto esta época — Paulo Ribeiro, Ezequias, João Paulo, Tarik Sektoui, Diogo Valente, Vieirinha (este promovido) e Fucile — só o último é regularmente utilizado.

DÍVIDAS DA SAD - Trinta milhões de euros declarados no último exercício: um descalabro que, fatalmente, terá de ser remediado, mais tarde ou mais cedo, com a venda dos anéis. Esta febre de comprar jogadores que não servem para nada a não ser para serem emprestados explica muita coisa. Só falta explicar para que os compram.

ESTÁDIO DO DRAGÃO - O mais bonito estádio de futebol que alguma vez vi. Uma das melhores obras de sempre da arquitectura portuguesa. E é sempre a primeira vez em cada regresso a casa.

EZEQUIAS - Quem o comprou que explique.

FUCILE - Ah, uma na mouche! Grande miúdo, grande personalidade, grande coragem! Vai deixar marca.

GOLOS - Afinal, não era o sistema maluco de Adriaanse que os conseguia. Este ano, de volta ao 4x3x3, o FC Porto só ficou em branco em jogos da Champions.

HÉLDER POSTIGA - A impossível ressurreição. Quem o viu nas três temporadas anteriores, custa-lhe a crer que seja o mesmo. Não é só ter começado a marcar golos, é tudo o resto: remata, corre, desmarca-se, tem alegria em jogar. Antes, não se mexia, não se dava a incómodos. Será para durar?

HELTON - A elegância na baliza e a rapidez de reflexos. Mas falta-lhe ainda uma coisa para me tranquilizar: aprender a sair às bolas altas como o Baía faz.

IBSON - Vale mais do que mostra. Valerá bem mais quando puser os olhos em Anderson e perceber que nenhuma jogada, por mais espectacular que seja, tem interesse se, no fim, a bola acaba nos pés dos adversários. Levante a cabeça e olhe para o jogo!

JESUALDO FERREIRA - Até que enfim, um treinador normal! Até que enfim, alguém para quem a inteligência supera a vaidade! Merece todo o crédito pela revolução tranquila que está a levar a cabo no FC Porto.

JORGE COSTA - Teve uma despedida despercebida e injusta mas há-de voltar, porque faz parte da vida deste clube.

JORGINHO - Um mistério eternamente por esclarecer: como é que era tão bom em Setúbal e é tão abúlico no Porto? Mas já teve oportunidades suficientes — só se pode queixar de si próprio.

JOÃO PAULO - Quem o comprou deveria ter alguma ideia: importa-se de dizer qual era?

KATSOURANIS - Joga pelos outros, mas sozinho causou-nos maiores danos do que todos os adversários e inimigos juntos. Quando for o jogo da Luz, é de esperar que Jesualdo deixe Quaresma no banco!

LISANDRO - Umas vezes bem, outras nem tanto. Ainda faz sentir saudades de Derlei.

LUCHO - Dois jogos de classe e dois golos portentosos — contra o Hamburgo e o Nacional. No resto, muito, muito aquém do que pode e sabe. Deve bem mais à equipa.

PAULO ASSUNÇÃO - Muito longe do nível da época passada e o meio-campo ressente-se disso.

PEDRO EMANUEL - Lesionado logo no início da época, vai ter um regresso difícil.

PEPE - Podem levar à conta de facciosismo clubístico mas é isto que eu penso e já vem de trás: é o melhor central do Mundo, na actualidade.

PAULO RIBEIRO - ?

PINTO DA COSTA - Enfrenta o seu ano de todos os perigos. Carolina e o défice são dois combates que não consentem subterfúgios.

RAUL MEIRELES - Claramente, o elemento mais fraco da equipa. Vagueia pelo campo, sem grande utilidade visível. Alguém estabeleceu que era um grande rematador de meia-distância: há seis meses que não acerta um remate na baliza.

REINALDO TELES - O homem que está lá sempre. For all seasons.

RICARDO COSTA - Sem lugar na equipa. De saída, normal, para Marselha.

RICARDO QUARESMA - Pegou no facho depois de Anderson cair em combate e levou a equipa atrás, mostrando que é o melhor futebolista português da actualidade e um dos melhores do Mundo nas suas várias posições. É um jogador absolutamente excepcional, como já o era no ano passado e há dois anos, e agora se percebe melhor o crime que foi deixá-lo de fora do Mundial-2006. Em lugar de explicações sem sentido, Scolari deveria pedir desculpa — a ele, aos portugueses e a todos os que gostam de futebol e não o puderam ver na Alemanha.

RUI BARROS - Missão cumprida. Mais uma. E a Supertaça no bolso.

SOKOTA - O mais azarado e o mais caro do clube.

TARIK SEKTOUI - Talvez um razoável suplente.

VIEIRINHA - A grande revelação da pré-época, a que Jesualdo não deu continuidade. E é pena, porque parece estar ali um grande jogador em potência.

VÍTOR BAÍA - Capitão do balneário, treinador adjunto oficioso, guarda-redes suplente, o que quiserem: Baía é a Torre dos Clérigos desta equipa, um jogador e um desportista como não há outro e já tenho saudade de o ver jogar.

# in Jornal “A BOLA”, 2006.12.27

29 dezembro, 2006

A carreira mês a mês... Novembro & Dezembro

Mês: Novembro-2006

01.11.2006: Liga Campeões, 4ª jornada, Hamburgo vs FC Porto (1-3)
Júrema pediu… a equipa cumpriu! Depois de um início complicado nesta fase da Liga dos Campeões, ao fim da 4ª jornada, com esta vitória conquistada na Alemanha, estávamos, quem diria?, na luta… pelo 1º lugar. A sensação que pairou no ar durante os 90 minutos de jogo é que efectivamente o FC Porto foi sempre melhor colectivamente e individualmente no terreno de jogo, tendo demonstrado uma grande tranquilidade. O registo individual deste jogo vai inteirinho para o golo monumental de Lucho ao terminar a 1ª parte e que inaugurou o marcador a nosso favor… um grande golo em qualquer parte do mundo. Além desse grande pormenor, com este resultado, no pior dos cenários, a Taça UEFA estava garantida.

06.11.2006: Liga Bwin, 9ª jornada, Setúbal vs FC Porto (0-3)
Um passeio junto ao Sado com uma entrada brutal em jogo. Aos 6 minutos de jogo, o resultado final do jogo estava quase definitivamente construído já com um score de 0-2 a nosso favor. A partir desse momento, foi como já disse, passear junto ao Sado e esperar tranquilamente pelo final do jogo, sem que tivéssemos que aguardar ainda pelos 77 minutos para assistir a mais um momento mágico de Quaresma, que na cobrança de um livre frontal, fez levar a bola qual missel em direcção à baliza adversária para fechar a contagem final de 0-3. Ao fim desta 9ª jornada, continuávamos isolados na liderança com 22 pontos, melhor ataque e melhor defesa… e com a alegada Anderson-dependência arquivada num qualquer baú perto de si.

19.11.2006: Liga Bwin, 10ª jornada, FC Porto vs Académica (2-1)
Uma vitória muito ‘briosa’ onde passamos de algum modo bem perto de uma goleada do tipo 6-1, 5-2, etc… mas em que o resultado final foi de apenas 2-1 e com uma ponta de sorte já quase no apito final do árbitro. Parecia uma daquelas noites em que quase se podia estar a jogar até ao dia seguinte, que parecia nunca conseguirmos vencer. Ainda bem que não foi assim. Digamos que é mesmo assim com vitórias destas que se conquistam campeonatos… estávamos no bom caminho.

21.11.2006: Liga Campeões, 5ª jornada, CSKA Moscovo vs FC Porto (0-2)
Uma Lokomotiv(a) chamada Dragão... mostrou-se em Moscovo. Fosse qual fosse o resultado deste jogo, nada ficaria já decidido, sendo necessário aguardar pela 6ª e última jornada para saber quais os classificados para os 1/8 final e a quem caberia continuar na Taça UEFA. Pela nossa força e qualidade de jogo demonstrada em Moscovo, poderíamos ter saído do Kremlin com uma goleada histórica. Não poderíamos pedir melhor do que aos 2’ minutos de jogo, estar já a vencer por 0-1. Até ao final da 1ª parte, poderíamos ter dado o completo knockout aos moscovitas, com 3 perdidas incríveis por parte dos nossos jogadores. Enquanto isso, os moscovitas mostravam-se espantados e amedrontados com a nossa qualidade de jogo. Já na 2ª parte, aos 66 minutos, Lucho fecha a contagem a nosso favor em 0-2. Até ao final do jogo, foi aguardar pacientemente e tranquilamente pelo último apito do árbitro. Tão importante quanto o resultado obtido, era a certeza que um empate caseiro na última jornada com a equipa do Arsenal, bastava para continuarmos na Liga dos Campeões.

26.11.2006: Liga Bwin, 11ª jornada, Belenenses vs FC Porto (0-1)
Uma vitória cinzenta e fria como essa noite. Importava conquistar os 3 pontos o que equivale a dizer que o objectivo final foi cumprido. Na ressaca dessa jornada europeia do nosso contentamento, quem esperava voltar a ver ópera, enganou-se redondamente.

Mês: Dezembro-2006

03.12.2006: Liga Bwin, 12ª jornada, FC Porto vs Boavista (2-0)
Um jogo que valeu principalmente pela gestão das vitórias… e dos 3 pontos com jogo. Apesar de uma forte entrada no jogo durante os 15 minutos iniciais, o resultado inicial arrastou-se até ao final da 1ª parte sem que sofresse qualquer alteração. Na entrada da 2ª parte, tivemos o nosso ‘Khadim’ de sorte para inaugurar o marcador com uma tremenda fífia. Aos 72 minutos, fechamos as contas em 2-0 através de Hélder Postiga. A partir desse momento, o jogo passou para a velocidade “gestão” até ao 90º minuto.

06.12.2006: Liga Campeões, 6ª jornada, FC Porto vs Arsenal (0-0)
Enquanto uns sonham, outros realizam. Objectivo cumprido com a passagem aos 1/8 final da Liga dos Campeões depois deste empate caseiro. Ricardo Quaresma vem que tentou mudar o marcador depois de 2 bolas nos postes da baliza do Arsenal, mas para aquela noite estava há muito escrito que o resultado final teria que ser forçosamente um empate que satisfizesse as principais pretensões de ambas as equipes. Com a excepção desses 2 lances de Quaresma, foi um jogo de passa, olha, troca, avança, recua, etc, etc… o objectivo principal foi atingido, por isso, nada mais tenho a dizer!!

11.12.2006: Liga Bwin, 13ª jornada, Nacional vs FC Porto (1-2)
Na ressaca de mais uma jornada europeia, vimos mais um “Lucho” na Choupana, onde obtivemos uma difícil e suada vitória. Foi um daqueles jogos, em que a perder por 1-0, foi necessária vestir o fato-macaco, buscar forças ao fundo do baú e mostrar a garra, atitude e fibra de que afinal os Dragões são feitos. Viramos o resultado a nosso favor nos últimos 15 minutos de jogo. Primeiro aos 75 minutos por Bruno Moraes, e depois a 1 minuto do final do jogo através de mais uma obra-prima de Lucho com direito a álbum de recordações. Pela atitude e bravura da 2ª parte, fez-se justiça no resultado final.

17.12.2006: Liga Bwin, 14ª jornada, FC Porto vs Paços Ferreira (4-0)
A caminho da paragem natalícia, nada como terminar o ano com os ‘passos’ certos e bem acompanhados por mais uma exibição de gala de Pepe, que ajudou a derrubar o castelo dos homens dos móveis com a obtenção de 2,5 golos. Um jogo que desde o 1º minuto teve uma única direcção: a baliza adversária. Fechamos o ano com a 7ª vitória consecutiva, 1º lugar isolado com 37 pontos, melhor ataque, melhor defesa e com passagem aos 1/8 final da Champions League. Melhor? nem na farmácia!

28 dezembro, 2006

Homenagem VIPortista

Enorme e Magnifico Presidente PdC,

Foi uma falha sem direito a desculpa por parte deste blog, o qual aproveito para me penitenciar, mas como já diz o ditado: 'mais vale tarde, que nunca'. Por isso, muitos parabéns pela passagem de mais um aniversário na frente dos destinos do nosso FC Porto... são estes os votos pessoais e profissionais que lhe queremos aqui dedicar, e na esperança que continue a tratar os nossos 'inimigos' agora mais que nunca: 'olho por olho, dente por dente'... sem piedade!

Oxalá tenha tido um excelente dia cheio de coisas doces, porque de 'salgados', está, e estamos todos nós, fartos!! Neste momento especial, aceite este forte abraço de carinho que lhe enviamos dos responsáveis, leitores e visitantes deste blog.

PS - ahhhh... e não se esqueça de autografar rapidinho os 4 livros da sua autobiografia que hoje lhe deixamos no 3º piso, ok?

A carreira mês a mês... Outubro

03.10.2006: Liga Bwin, 5ª jornada, Braga vs FC Porto (2-1)
Depois da derrota com o Arsenal em Londres, e principalmente pela paupérrima exibição ai demonstrada, o que todos nós esperávamos era ver neste jogo um assomo de orgulho ferido por parte dos azuis e brancos… engano puro! Mais 90 minutos, mais uma derrota e mais uma pobre exibição. Quem não corre e luta em busca da glória, arrisca-se a perder… e neste caso, bem! Neste jogo pudemos ver uma inovadora táctica, ou seja, onde os nossos jogadores, limitavam-se a defender à distância o transportador da bola e para este não se sentisse muito incomodado, faziam-no unicamente com os olhos. Resta-me dizer que foi um jogo em que se viu apenas uma coisa: muita falta de atitude!

15.10.2006: Liga Bwin, 6ª jornada, FC Porto vs Marítimo (3-0)
Este jogo, depois de 2 derrotas consecutivas (Arsenal e Braga), assumia uma dupla importância na antecâmara de 4 jogos cruciais para o FC Porto, frente ao Hamburgo, Sporting, Benfica e novamente Hamburgo.
Foi um FC Porto de nível médio (baixo) o que ganhou por 3 golos sem resposta perante os maritimistas, mas que acima de tudo, serviu para reforçar os índices de moralização para as guerras que se adivinhavam para breve.

18.10.2006: Liga Campeões, 3ª jornada, FC Porto vs Hamburgo (4-1)
Barriga cheia depois de apenas à 3ª jornada, termos conquistado a nossa primeira vitória nesta edição da Liga dos Campeões. Era um jogo de vida ou morte, dados os resultados obtidos nas anteriores jornadas com apenas 1 ponto conquistado.
Muito cedo se percebeu que esta equipe alemã era muito macia, o que por si só, nos acalentava muitas esperanças na obtenção de um resultado positivo, o que veio a acontecer com um score final de 4-1 e o regresso dos azuis e brancos à luta pela passagem aos 1/8 final.

23.10.2006: Liga Bwin, 7ª jornada, Sporting vs FC Porto (1-1)
Não perdemos, o que é sempre muito bom quando se é conquistado num terreno de um adversário directo ao título. Um jogo em que manifestamente se notou a ausência do prodígio Anderson em campo, tenho o nosso meio-campo sido falho de ideias ao longo dos 90 minutos. O FC Porto entrou a dominar territorialmente o jogo, impondo um ritmo lento e pausado ao jogo. Nesta toada fomos caminhando para o intervalo, quando num desacerto defensivo de nossa parte, o Sportêm chega à vantagem.
Com os acertos ofensivos feitos ao onze durante o intervalo, mais uma vez o FC Porto entrava a mandar no jogo, quando aos 47 minutos, Ricardo Quaresma empata a partida depois de mais uma fífia já habitual no Ricardinho do Intermarché… e explosão de alegria nas bancadas do WC XXI. ATÉ ao fim, foi um apoio non-stop aos bravos Dragões, que caso tivessem sido um pouco mais pressionantes, teriam ido em busca da vitória que estava mesmo ali à mão.
Mais uma ‘nice-trip’ cá dos je’s à Mourolândia, tendo o momento hilariante do fim de tarde sido a forma como cordialmente saudamos verbalmente durante uns largos minutos o Xôr Xôcolari que estava a uns escassos 25 mts de toda a massa azul e branca.

29.10.2006: Liga Bwin, 8ª jornada, FC Porto vs Benfica (3-2)
O jogo porque todos os portistas anseiam durante uma época desportiva. Na hora do jogo, nas bancadas do Estádio do Dragão encontravam-se mais de 50.000 adeptos de azul e branco vestidos, o que equivaleria a dizer que tinha vestida a sua melhor fatiota para uma noite de gala… e não é que foi mesmo? Anderson era a novidade nos onze, depois da sua ausência no WC XXI na jornada anterior.
Começado o jogo, fomos para cima deles, quais ‘touros enraivecidos’ até que aos 11 minutos de jogo, Hélder Postiga proporciona o primeiro momento de explosão de alegria nas bancadas. Passados 10 minutos, Quaresma à 2ª tentativa, faz a bola sobrevoar em arco toda a defensiva galinácea, fazendo a bola anichar-se na baliza e mais uma vez, com as bancadas do Dragão em alvoroço total.
Tamanho era o festival dado dentro do rectângulo verde pelos azuis e brancos, quando um sarrafeiro tal de seu nome ‘Katsouranis’ resolve arrumar com Anderson para o resto do jogo, com uma entrada assassina e a varrer… e o Lucilio Calabote mais uma vez, como sempre, a olhar para o lado.
Na 2ª parte, depois de uma perda momentânea do controle de jogo, quando damos conta, já o resultado estava em 2-2 e com apenas 9 minutos a restar para o fim do jogo.
Foi então hora de lançar Bruno Moraes em campo e aguardar pelo último minuto dos descontos (92 min)… a partir dali, aquele momento foi Epopeia, foi Ilíada, foi Odisseia, Lusíadas e Ilha dos Amores em 5 Cantos, foi Mensagem e Música no Coração. Mas foi sobretudo BraveHeart e o desafio do Guerreiro em Momentos de Glória. O Mundo a Nossos Pés. Foi e é a Insustentável Leveza do Ser. Foi filme, foi épico, foi comédia, foi ópera lírica, foi fábula, conto de mil e uma noites... foi Pullitzer, Nobel, Emmy, Florbela Espanca e Shakespeare. Foi obra! Foram ziliões de emoções e uma loucura total! Podemos dizer que vencemos um jogo que se calhar, já nem pensávamos em vencê-lo e passamos a líderes isolados do campeonato.
A nota negativa deste jogo como já disse atrás, foi a grave lesão de Anderson que facturou o perónio e agora, restava aguardar por 2007 para voltar a ver a sua magia num qualquer relvado perto de si.

Amanhã: A carreira mês a mês… Novembro & Dezembro

27 dezembro, 2006

A carreira mês a mês... Agosto & Setembro

Ora cá estou de regresso após mais uma época da «engorda», com muitas prendinhas pelo meio… foi bom, muito bom e espero que as vossas festas tenham também corrido do melhor modo.

Para esta semana, resolvi fazer uma breve análise dos jogos oficiais já realizados pelo FC Porto desde o início da época em Agosto passado. Mês a mês, recuaremos no tempo. Portanto, façam favor de me acompanhar nesta viagem, mas não «subirem às minhas costas» como pedia um destes dias o treinador do Spôrtem… eheheheh

Mês: Agosto-2006

09.08.2006: Demissão do treinador Co Adriaanse
Neste dia, através do site oficial, ficamos a saber que o «pequeno» General se tinha demitido depois de mais uma «birra» em pleno estágio na Holanda. Foi digamos o desfecho final do que há muito se adivinhava, dado o desencontro total entre os ideais da SAD e do treinador. Ainda no mesmo comunicado, éramos informados que Hélder Postiga tinha sido reintegrado no plantel a partir daquele momento. A 10 dias do início da época oficial, era uma situação complicada para a SAD resolver com a maior brevidade.

19.08.2006: Supertaça Nacional, FC Porto vs Setúbal (3-0)
Jogo realizado no Estádio Municipal de Leiria onde conquistamos a 15ª Supertaça Nacional. Depois de uma 1ª parte chata e pachorrenta, ainda com o «interino» Rui Barros a comandar as tropas, na 2ª parte já foi possível ver um cheirinho do que poderia ser o resto da temporada, onde 2 jovens se mostraram em muito bom nível: Anderson e Vieirinha. No geral, mais uma «nice-trip» cá para os je’s, onde mais uma vez imperou a total confraternização e diversão.

20.08.2006: Passagem de testemunho do «interino» ao novo «professor»
O Prof. Jesualdo Ferreira foi apresentado nesta data como o novo «comandante» do plantel do FC Porto pela mão de Pinto da Costa, depois de resgatado ao vizinho Boavista. O contrato era válido por uma época com opção de renovação (que entretanto, foi já renovado). Inicialmente, não era uma das minhas apostas, mas apenas e só por um motivo… treinava o Boavista. Para mim, o «professor» era um dos chamados treinadores portugueses com assinatura. As suas equipas tinham identidade e filosofia, princípios dos quais ele não abdicava. Por esses motivos óbvios, era lógica a escolha da nossa SAD, que pretendia continuar a ganhar sem deitar para o lixo o que de positivo restava da temporada passada, como fossem o rigor, os bons hábitos de trabalho e a disciplina. Depois, o «professor» sabia bem que ao mudar-se para as nossas cores, era a sua última oportunidade de ganhar algo como treinador principal, depois de já o ter conseguido, mas apenas como adjunto.

24.08.2006: Liga dos Campeões, sorteio
Calhou-nos no sorteio a entrada no grupo ‘G’ juntamente com o Arsenal (Inglaterra), CSKA Moscovo (Rússia) e Hamburgo (Alemanha). Não parecia de todo um grupo demasiado difícil, o que mais tarde se veio a confirmar. Apenas o Arsenal, numa primeira análise, poderia compartilhar connosco o prémio de cabeça-de-cartaz do grupo, mas olhando-se ao ocorrido na edição do ano transacto, nunca seria de confiar, o que equivaleria a dizer que todos os jogos teriam que ser jogados para se vencer.

26.08.2006: Liga Bwin, 1ª jornada, FC Porto vs Leiria (2-1)
Arrancava a Liga ‘Kaos’ (…ainda mexia o caso Mateus) com uma vitória caseira sobre o Leiria por 2-1. Neste jogo, se alguém esperava surpresas por parte do Prof. Jesualdo Ferreira, enganou-se redondamente, visto que este aproveitou, e bem na minha óptica, as rotinas de jogo que vinham já de trás. Mais importante que a exibição conseguida, foi a conquista dos 3 pontos em jogo, o que foi conseguido com maior ou menor esforço.

Mês: Setembro-2006

10.09.2006: Liga Bwin, 2ª jornada, Estrela Amadora vs FC Porto (0-3)
Num jogo realizado no «cesto do pão», vencemos facilmente a equipe estrelista como demonstra o resultado final. Depois dos primeiros 45 minutos não muito bem conseguidos, na 2ª parte entramos fortes e pressionantes, desmoronando por completo toda a estratégia defensiva da equipe adversária. Nota negativa deste jogo para a lesão grave de Ibson que o iria manter afastado por uns meses até ao seu regresso.

14.09.2006: Liga Campeões, 1ª jornada, FC Porto vs CSKA Moscovo (0-0)
Uma entrada na fase de grupos em «falso» com o empate caseiro na 1ª jornada. Recuando na história deste jogo, podemos lembrar-nos que apesar de tudo, foram criadas mais que oportunidades para ganhar este jogo, mas no final do jogo, restava o 0-0 inicial. Um daqueles jogos que apetece perguntar: meio copo cheio ou vazio?

18.09.2006: Liga Bwin, 3ª jornada, Naval vs FC Porto (0-2)
E ao fim da 3ª jornada, já navegávamos na liderança do campeonato com 9 pontos em 3 jogos. Uma entrada forte do FC Porto em jogo que permitiu marcar 2 golos e depois limitar-se a gerir essa vantagem até ao final, sem que a Naval fosse capaz de importunar a nossa defensiva.

23.09.2006: Liga Bwin, 4ª jornada, FC Porto vs BeiraMar (3-0)
No reencontro com Jardel com os adeptos do FC Porto, vencemos facilmente este jogo, apesar de uma 1ª parte lenta e desgarrada. Na 2ª parte, já depois das mudanças operadas ao intervalo pelo treinador, foi carregar sobre os alvi-negros e vergá-los a uma derrota por 3-0, sem discussão.

27.09.2006: Liga Campeões, 2ª jornada, Arsenal vs FC Porto (2-0)
Daqueles jogos que apetece dizer ’90 minutos de nada!’. Foi uma derrota justa e merecida, depois do medo e submissão demonstrada ao longo do tempo de jogo perante os 11 adversários. O Prof. Jesualdo Ferreira também não ficou bem na «fotografia» deste jogo ao mudar o sistema de jogo com a entrada de Ricardo Costa para o lado esquerdo da defesa. Mas o que se viu no geral foi tão mau, tão mau, que estar a apontar erros individuais até seria um despropósito… foi um jogo de nossa parte do «faz de conta».

Amanhã: Carreira mês a mês… Outubro

23 dezembro, 2006

Feliz Natal

Este ano, sendo o primeiro Natal do blog ‘BiBó PoRtO, carago!!”, não poderia deixar de desejar a todos os meus Amigos e visitantes/leitores que por aqui passam e me aturam os ‘meus escritos’, um SANTO E FELIZ NATAL passado perto dos que mais gostam... e com montes de prendinhas.

Não resisto... tenho mesmo que vos contar uma coisa muito triste… acreditem que para mim também é um momento dificil, mas alguém um dia tinha mesmo que vos contar a verdade, não é?… têm que ser muito fortes! preparados? então aqui vai: o PAI NATAL não existe! ohohohohoh

Um forte abraço de sincera amizade para todos vós aqui do bLuE bOy,

22 dezembro, 2006

Plantel & Mercado... ataque

LISANDRO - Quanto a mim, a fazer a melhor época desde a sua chegada ao Dragão. Avançado argentino bastante rápido e possante, apesar de possuir uma estatura um tanto ou quanto baixa. Trazia rótulo de goleador, mas no FC Porto tem sido utilizado sobretudo nas alas, o que o impede de aparecer na área para finalizar. Um jogador tipicamente sul-americano, se olharmos para a forma guerreira como discute cada lance . Digamos que um jogador bem ao meu estilo preferido.

VIEIRINHA - Ainda muito jovem, penso ter já despertado a atenção muito especial de qualquer portista que se preze, porque mesmo do pouco que ainda tivemos oportunidade de ver, é daqueles jogadores que é como algodão; não engana. Dada a sua juventude, tem ainda uma larga margem de progressão, até pela sua mais que validada qualidade técnica. Surpreendeu e muito no estágio de pré-época na Holanda, o que automaticamente lhe garantiu um lugar no plantel. Apenas ainda não compreendi o porquê das apostas em nulidades como Tarik ou Alain, em detrimento de Vieirinha. Aguardemos.

SOKOTA - Bem, este é daqueles casos considerados ‘perdidos’. Um jogador com muita raça e algum talento, mas que está permanentemente lesionado e na maioria dos casos, para longa duração. Acredito que seja dos jogadores mais caros do plantel nas últimas 2/3 décadas, dada a relação custo vs proveito. Continua lesionado e pouco mais há a dizer do que lhe desejar rápidas melhoras.


HÉLDER POSTIGA - Mais uma surpresa. Antes da sua saída para Londres (Tottenham) no inicio da época de 2004/05, era já uma das estrelas do FC Porto apenas com 19 anos, onde os seus dotes de futebolista começavam a revelar-se, tendo-se tornado além de um elemento decisivo nas vitórias do FC Porto, também um jogador cada vez mais querido dos adeptos portistas. Passou por um longo calvário em Inglaterra, onde nunca se conseguiu impor, tendo sido posteriormente emprestado ao Saint-Etienne (França), ainda no tempo de reinado de Co Adriaanse, onde voltou a não ser feliz. Findo o empréstimo, regressou ao FC Porto, para com a saída do treinador holandês, ter definitivamente conseguido ultrapassar a fase menos boa e voltar a facturar golos atrás de golos para o FC Porto.

ADRIANO - Depois de ter sido um dos indiscutíveis na época passada, com a lesão de início de época, perdeu o comboio da titularidade e também do banco de suplentes. É um daqueles avançados que são especialistas em finalizar e onde conseguiu obter grande sucesso. Esta época, as coisas não estão nada fáceis a manter-se o actual cenário. Não sei até que ponto, seria bom ou não talvez ser alvo de um empréstimo para não estar parado… não sei. Aguardemos por novidades no mercado de Inverno.

BRUNO MORAES - Finalmente o regresso aos relvados de um jovem futebolista em quem eu sempre depositei grandes e enormes esperanças, confirmadas na excelente época que fez em Setúbal há 2 épocas atrás. Tanto pode jogar a avançado-centro como a ponta-de-lança. Ao que parece, ultrapassadas que foram as constantes lesões das últimas 2 épocas, tem sido uma excelente 2ª opção para a linha avançada. Penso ser capaz de muito mais. Tenha essa sorte e definitivamente as lesões façam já parte do passado.

Possíveis Movimentações de Mercado:

Sinceramente, tenho um dilema: despachar o Sokota não é solução porque ninguém lhe pega, dado o seu recente histórico de lesões graves e outras menos graves, o que leva a crer que se manterá pelo Dragão até ao término do seu contrato.

Quanto a Adriano, como já disse atrás, não sei até que ponto será melhor para o jogador ou não manter-se no Dragão na actual situação em que se encontra, porque se nada de anormal acontecer, não passará de uma 3ª opção. Contudo, também é um facto que caso Postiga ou Bruno Moraes se lesionem, não temos assim tantas soluções para ponta-de-lança. É uma opção da SAD e do próprio jogador… a ver vamos o que vai acontecer nos próximos dias.

21 dezembro, 2006

Plantel & Mercado... meio-campo

IBSON - Um dos meus preferidos a meio campo pela qualidade técnica, visão e dinâmica de jogo que empresta ao ritmo de jogo do FC Porto. Contratado a meio da época de 2004/05, tornou-se rapidamente no jogador mais influente do meio-campo até ao final da época. Com a chegada de Lucho ao plantel, perdeu algum protagonismo, mas sempre que tem oportunidade de entrar na equipa, demonstra toda a sua qualidade. Hoje, apesar de não jogar com tanta regularidade, assume um papel preponderante no equilíbrio do meio-campo.

RAUL MEIRELES - Ora aqui está um médio-defensivo que muito admiro e que me enche as medidas. Combina força física com uma invejável cultura táctica. Apesar da forte concorrência a meio campo, tem conseguido ser uma aposta constante até este momento, quando em jogos de maior pendor ofensivo, até para aproveitar o seu excelente remate de longa distância. Com Paulo Assunção tem formado a meio campo uma barreira bem difícil de transpor, dupla que se completa muito bem, quando toca a defender.

PAULO ASSUNÇÃO - Mais um médio de cariz defensivo, um verdadeiro pivô do futebol moderno. Das suas qualidades destacam-se a sua polivalência, o seu posicionamento e a sua força física. Tacticamente, é um dos jogadores mais evoluídos no futebol português. Desde a sua contratação, salvo raras excepções, tem vindo a adquirir importância no meio campo portista. Pena é que não ‘consiga’ transportar essa mais valia quando o campo está mais inclinado para a baliza adversária… mas também não se lhe pode pedir tudo.

QUARESMA - O nosso mágico; o nosso Harry Potter. Um jogador capaz de fazer a mais louca acrobacia no terreno de jogo, deixando os seus adversários à beira de um ataque de nervos, tal a forma como lhes troca as voltas. Fez na época passada, a sua melhor época de que há memória, conseguindo acrescentar às suas enormes qualidades ao nível ofensivo, uma ‘humildade’ quando era hora de recuar e defender com unhas e dentes. Esta época, depois de um início de época morno, está de volta ao seu melhor nível.

TARIK SEKTIOUI - Mas alguém alguma vez entendeu quem foi o ‘iluminado’ que se lembrou de ir buscá-lo para o nosso plantel? Eu nunca entendi!! E continuo a não entender!! Já para experiência ‘negativa’, tivemos os compatriotas Chipo e mais recentemente, Sonkaya. È que o homem, apesar de esforçado, não defende, não ataca, não pressiona, nada, nada… uma nulidade total. Mais um negócio à ‘Adriaanse’.

ALAN - O meu outro ‘pato feio’ do plantel. Este homem consegue levar-me muitas vezes ao desespero, tal o bicho de carpinteiro que me provoca quando o vejo a jogar futebol. Nunca percebi esta contratação, e muito pior que isso, a insistência irritante em apostar no seu futebol trapalhão e inconsequente. Este é daqueles a quem, inexplicavelmente, nunca tive qualquer carinho, apesar de admitir que algumas vezes (poucas) me surpreende pelas coisas boas que traz à dinâmica da equipa. Mas pronto, não gosto dele, que vou fazer?

LUCHO - Contratado no inicio da época passada, ‘el comandante’ foi uma mais valia enorme para o plantel do FC Porto, tendo sido um dos jogadores-chave na conquista do campeonato da época passada, contribuindo com dez golos, sendo mesmo o melhor marcador da equipa. Esta época, apesar de não estar a ser um dos jogadores-chave, fruto talvez da falta de descanso, dado que é um dos indiscutíveis do onze base desde a época passada, continua a deixar o perfume do seu futebol por esses campos fora, com muita qualidade e visão de jogo.

ANDERSON - O ‘puto maravilha’ é já considerado um prodígio do futebol. Era, digo eu, porque um tal de ‘Katsouranis’ arrumou-o dos relvados no mínimo por 4 longos meses de paragem. Foi arrumado, varrido dos estádios e do nosso deslumbramento, para que no seu lugar fiquem os caceteiros ou os jogadores medíocres, de que alguns treinadores tanto gostam. E porquê? Porque era bom de mais, reduzia à insignificância os que tinham que o marcar e perseguir. Porque o seu talento ofendia a mediocridade, desequilibrava as forças em campo e desesperava o facciosismo clubístico. Esperamos voltar a ver em breve este miúdo a libertar todo o seu ‘génio’ num qualquer campo de futebol perto de si, porque são estes jogadores, estes artistas equipados de azul, que nos fazem gostar tanto do FC Porto… e porque não, de futebol.

JORGINHO - Uma sombra do jogador que encantou Setúbal há 2 épocas atrás, e neste caso, não se pode queixar de falta de oportunidades, que foras mais que muitas. Simplesmente, este é um daqueles casos a quem o peso da camisola do FC Porto faz mossa, e mossa bem pesada. Alterna o bom (raríssimas vezes) com o péssimo (vezes exageradas). Apostava muito na sua qualidade técnica, no acréscimo de qualidade que poderia trazer ao plante do FC Porto, enquanto 2ª opção para um nr. 10, mas hoje, olhando para trás, perdi completamente as esperanças. Apesar de tudo, continuo a nutrir alguma simpatia pelo jogador.

DIOGO VALENTE - Uma contratação de inicio de época que tem estado permanentemente no anonimato, com uma única aparição em jogo. Sinceramente, vejo nele alguns bons recursos técnicos, mas desde o inicio que não ‘apostava’ nesta contratação porquanto achava que não iria trazer nenhum acréscimo de qualidade ao plantel, o que olhando para o quadro actual, não pareço ter andado muito longe da realidade.

Possíveis Movimentações de Mercado:

A rever a necessidade de manter no plantel jogadores apenas para fazer número nos treinos, como Diogo Valente, Tarik Sektiou e Alan. Entre estes 3 excedentários, até pelos lugares que normalmente ocupam, dispensaria Diogo Valente e mais um entre Tarik ou Alan.

A entrar alguém, e havendo essa necessidade por parte do treinador, porque não pensar em recuperar Paulo Machado (Leiria) e Hélder Barbosa (Académica) para se ambientarem de forma gradual? No caso de Hélder Barbosa, aproveitar-se-ia até para recuperá-lo (sem pressas…) da lesão grave que sofreu há poucas semanas (penso mesmo que já estará a recuperar com o corpo médico do FC Porto, não tenho a certeza).

Amanhã: Plantel & Mercado... ataque

20 dezembro, 2006

Plantel & Mercado... defesa

Bosingwa - O speedy-gonzález da nossa defesa e quiçá, o melhor lateral direito a actuar em Portugal desde a saída de Paulo Ferreira para Londres. Antes da chegada ao Dragão, a sua posição habitual era médio defensivo, ou até mesmo muitas vezes a extremo, aproveitando-se dessa forma a sua polivalência. Dono de uma invulgar velocidade, e cada vez mais com um refinado rigor defensivo, conseguiu a partir da época passada reforçar a sua influência e assumir-se como indiscutível no onze titular.

Fucile - Chegado ao Dragão no inicio da época actual, na altura ainda por empréstimo, o que já não acontece neste momento, dado que o FC Porto accionou, e na minha opinião bem!, a cláusula de opção de compra por 400 mil euros, tem-se mostrado uma boa surpresa, com exibições bem conseguidas e com uma enorme margem de progressão. A piada desta contratação é que a sua posição habitat é lateral direito e o que vemos afinal é que tem sido utilizado regularmente no lado esquerdo da defesa… e com bom aproveitamento.

Ricardo Costa - Admito que este jogador sempre foi o meu ‘patinho feio’ do plantel do FC Porto… para mim, não é mais que uma eterna promessa, apesar de reconhecer nele ser um jogador com vastos recursos. Na grande maioria das vezes em que foi chamado a jogar, sempre comprometeu de alguma forma, principalmente quando utilizado na sua posição de origem (defesa-central). Quando encaminhado para as laterais, disfarçava muito bem as suas insuficiências com a forma guerreira como disputava as bolas. Dizem que estará de partida para França na reabertura de mercado. Por mim, não me irá deixar quaisquer saudades. Contudo, a acontecer, desejo-lhe boa sorte.

Pepe - Definitivamente a confirmação da excelência enquanto defesa-central. Neste momento, quanto a mim, já de classe mundial, com os tubarões da Europa já à espreita logo no primeiro virar da esquina. Admito e reconheço sem qualquer problema as injustiças com que o classifiquei na sua primeira época no FC Porto, corria o ano 2004/05. Hoje, resta-me reconhecer nele um Super-Pepe e desejar que ainda por cá se mantenha por mais alguns anos, o que acredito, cada vez será mais difícil… muito mais difícil.

Pedro Emanuel - O típico jogador que qualquer treinador gosta de ter no plantel… e os adeptos desse clube aprendem a respeitar e admirar. Dono de uma invulgar garra e espírito de conquista, desde a sua chegada em 2002/03, soube interpretar da melhor forma possível o que é ter a garra de um Dragão. Lesionou-se com gravidade ainda na pré-época, o que o tem mantido afastado dos relvados. Acredito que em breve, voltaremos a vê-lo num qualquer relvado perto de si a olhar os adversários com aquele seu olhar aterrador.

Bruno Alves A surpresa. Até há bem pouco tempo, costumava dizer muitas vezes na brincadeira entre amigos que a este não lhe faltava apenas um parafuso, mas sim todos! Não conseguia compreender como ele com todo aquele estilo possante e ‘animalesco’, não havia forma de colocar esse estilo ao serviço da equipa, servindo unicamente para erros comprometedores. Depois de algumas maluqueiras, talvez fruto da juventude, apareceu esta época mais tranquilo e a tentar demonstrar que todos estávamos enganados… oxalá!

João Paulo - Ora aqui está um jogador que há muito admiro, quer pela sua forma de jogar, quer pela sua polivalência, visto poder jogar ao mesmo nível, quer na posição de defesa ou como médio defensivo. Parece-me ter acusado de alguma forma a mudança de ares para o Dragão, não tendo ainda conseguido demonstrar toda a sua qualidade futebolística, ainda mais agravada pela lesão que teve na Holanda pouco antes do início do campeonato. Continuo a depositar muitas esperanças neste jogador.

Marek Cech Outro jogador também pelo qual nutro alguma simpatia. Tem alternado a titularidade com Fucile no lado esquerdo da defesa. Um jogador muito regular em termos da sua qualidade futebolística, tentando nunca complicar. Tem acontecido nalgumas vezes também ser utilizado a médio centro, onde tem cumprido. Na minha opinião, ofensivamente ganha para Fucile no lado esquerdo, perdendo na parte defensiva, por vezes, esquecendo-se de resguardar a sua rectaguarda.

Ezequias - Não discuto a qualidade deste jogador, até porque bem me recordo das suas exibições na época passada em Coimbra. Lembro-me apenas de o ter visto jogar em 1 jogo, e sinceramente continuo a achar, tal como aquando da contratação, não ter qualidade suficiente para compor o nosso plantel. Sei que nunca comprometeu, até porque só jogou 1 jogo, mas também nunca fez nada acima do normal. Mais uma daquelas contratações que nunca percebi o motivo, mas enfim.

Possíveis Movimentações de Mercado:

A confirmar-se a saída de Ricardo Costa, não vejo necessidade de qualquer contratação para o centro da defesa, até porque mantemos ainda no plantel 4 jogadores que quanto a mim, dão garante suficiente de tranquilidade até ao final da época: Pepe, Bruno Alves, Pedro Emanuel e João Paulo.

A confiar no que vem escrito na imprensa desportiva dos últimos dias, só percebo a contratação de um lateral esquerdo (Mareque, argentino), caso Ezequias venha a receber guia de marcha sem custos para a SAD, caso contrário, lá terei que voltar a duvidar do real interesse em algumas contratações… a ver vamos o que acontecerá nos próximos dias.

Amanhã: Plantel & Mercado... meio-campo

19 dezembro, 2006

Não bate a bota com a perdigota!

'Nortada' do Miguel Sousa Tavares...

A bota pode ser a do Ricardo Quaresma, o mais genial jogador do campeonato português — tal como já o era no ano passado, queira Scolari ou não queira. A perdigota pode ser a Dª Carolina Salgado, que actualmente simboliza muito bem aqueles que chegaram ao futebol por acaso ou caminhos ínvios, dele se alimentaram para tentarem ser alguém e que a ele só trouxeram vergonha e sujidade. Há quem prefira o futebol à maneira da Dª Carolina; eu prefiro-a à maneira do Ricardo Quaresma. Se vou para a bancada do estádio é por causa de jogadores como o Quaresma; se não me aproximo dos camarotes é por causa de pessoas como a Dª Carolina, que por lá habitam.

Há três anos que venho dizendo isto e peço desculpa por me repetir: o grande embaraço do Apito Dourado é que desde o início que se tornou óbvio, para quem tenha alguns conhecimentos de direito ou algumas preocupações em ver a justiça ser feita, que as expectativas que muitos alimentaram à sua conta não encontravam correspondência nos factos do processo. Ou, por outras palavras, o grande objectivo de 80 por cento daqueles que obcecantemente falam, escrevem e sonham com o — Apito Dourado — a saber, o entalanço de Pinto da Costa e do FC Porto — esbarram miseravelmente no pouco interesse que despertam as manigâncias do FC. Gondomar e de um pequeno exército de sombras gravitando à roda do major Valentim Loureiro. E isso, manifestamente, não interessa aos entusiastas do Apito Dourado: não é o Gondomar que interessa, é o FC Porto; não é Valentim Loureiro, é Pinto da Costa. Que chatice, não bater a bota com a perdigota!

Com grande esforço e voluntarismo, alguns magistrados do Ministério Público fizeram o que puderam para chegar onde a maioria queria: descobriu-se um árbitro que terá ido beber um café a casa de Pinto da Costa, antes de um palpitante FC Porto-Rio Ave para a Taça de Portugal, e outro que terá pedido a alguém que pediu a alguém ligado ao FC Porto duas meninas para se entreter antes de arbitrar o terrível FC Porto-Estrela da Amadora, disputado numa altura de 2004 em que o FC Porto já tinha uma vantagem irrecuperável para ser campeão e estava a dias de ganhar a Champions, enquanto o Estrela da Amadora já não tinha forma de evitar a despromoção. Eis um problema sério: como encontrar aqui interesse em corromper um árbitro, como descobrir o móbil do crime?

Segunda contrariedade: quem é que as escutas telefónicas revelaram como grande pivot do Apito Dourado, verdadeiro patrão do jogo de sombras do futebol português? Valentim Loureiro.

E quem é que deu o poder a Valentim Loureiro e com ele dividiu os cargos e influências na Liga de Clubes? O Benfica e Luís Filipe Vieira.

Quem é que as escutas apanharam a escolher com ele ao telefone o árbitro que convinha ao seu clube? Luís Filipe Vieira.

Quem é que lhe telefonou a pedir a interdição do campo do adversário e depois lhe prometeu «um beijinho» pelo favor feito? José Veiga.

Que chatice, querem ver que a Justiça é cega?

Mas eis que agora, subitamente, um siroco de esperança varre as almas justiceiras! Ainda nem tudo está perdido, ainda se pode fazer justiça! Graças à chegada aos acontecimentos de duas mulheres, já há benfiquistas que desabafam comigo que para o ano o FC Porto estará na II Divisão, tal como a Juventus, em Itália (já lá vai o tempo em que eles acreditavam poder vencer-nos: agora querem-nos é longe da vista e dos relvados...). Carolina Salgado, juram-me, vai ser a «testemunha-chave», «mulher de coragem», como atestam a Leonor Pinhão e aquele Dr. Bexiga, ex-vereador de Gondomar, que, depois de a ouvir confessar que contratou e pagou aos que lhe deram uma coça, chegou à conclusão que ela era «um exemplo cívico» (mais uma coça e ele ainda a propõe para a Ordem do Infante...). O povo espera, obviamente, que o governo abra uma excepção às restrições orçamentais e que aplique parte do dinheiro dos nossos impostos e do nosso trabalho a garantir adequada protecção e recompensa a esta testemunha preciosa, cuja credibilidade, desinteresse e carácter moral estão amplamente expostos naquela coisa edificante a que a Editora D. Quixote resolveu chamar «livro» e que deve ser, com certeza, um modelo daquilo que os novos admiradores da Dª Carolina gostariam de ver exposto acerca de si próprios, no dia em que os seus cônjuges resolvessem vingar-se deles. Valha-nos Carolina Salgado para perceber em que campo moral cada um se situa e como o futebol português é, de facto, o território do «vale tudo»! Mas o povo também espera que a Drª Maria José Morgado faça jus à sua fama de arrasa-criminosos e consiga descobrir finalmente o móbil do crime portista, nem que para isso tenha de mandar torturar, um por um, todos os árbitros portugueses, incluindo até Lucílio Baptista e todos os que apitaram jogos do Benfica, na gloriosa caminhada rumo ao título de 2004/05. Dela se espera bem mais do que aquele caricato episódio de um juiz de instrução a ouvir três peritos em arbitragem para ver se eles conseguiam detectar, no vídeo do célebre FC Porto-Estrela da Amadora (4-1), provas concludentes sobre a corrupção do árbitro, coisa que, estranhamente, não se tornou patente.

Mas há uma coisa que, nem que Cristo descesse à terra para dirigir pessoalmente as investigações do Apito Dourado, se conseguiria desfazer: é esta chatice da verdade do futebol jogado dentro dos relvados e que todas as semanas pode ser constatada por quem segue o assunto e ainda gosta de futebol. E aí, nesse território da verdade, o que a memória dos últimos largos anos nos diz é que, tirando esporádicos intervalos, o FC Porto é a melhor equipa portuguesa a léguas de distância das outras e uma das melhores equipas da Europa e do Mundo. Não deve ser coincidência que quem por lá passa, seja jogador ou treinador (e, em especial, se vindo dos rivais directos), não se cansa de repetir que ali encontrou uma organização, um espírito de equipa e uma cultura de vitória como em lado algum. E, depois, há equipas como a do Baía, do Ricardo Carvalho, do Deco, do Derlei, ou esta do Helton, do Pepe, do Quaresma e do Anderson, que todas as semanas mostram num canal perto de si que só por absoluto fanatismo e má-fé é que é possível pretender que não é a eles que se devem as vitórias, mas sim aos árbitros — aqui, na Europa e no Mundo.

O FC Porto de Jesualdo Ferreira acaba de encerrar de forma brilhante dois ciclos de jogos, com uma interrupção de dez dias pelo meio, em que foi o único representante português a ultrapassar a fase de grupos na Champions e se afirmou internamente como o grande candidato ao título. Foram 13 jogos, quase todos sem Anderson, alguns arrostando com arbitragens prejudiciais, outros encaixando a quase violência dos adversários, e apenas cedendo, no final, dois empates: um em Alvalade, no campo de um rival directo, e outro contra o Arsenal, em que só o azar impediu a vitória. Nunca o Apito Dourado deu tanto jeito para desviar as atenções!

# in Jornal “A BOLA”, 2006.12.19

Plantel & Mercado... baliza

Como só voltamos a jogar oficialmente no dia 07 de Janeiro para a Taça de Portugal, até lá, temos que nos distrair com algo e arranjar uns assuntos para nos debruçarmos e passarmos o tempo durante esta ausência prolongada de futebol no que toca ao azul-e-branco do Dragão.

Assim, até ao final desta semana, resolvi abordar o plantel do FC Porto, jogador a jogador, e mediante a sua disposição em campo (baliza, defesa, meio-campo e ataque) e potenciais movimentações de mercado. Na próxima semana, depois das rabanadas e das prendinhas de Natal, abordaremos uma análise à prestação futebolística do FC Porto, mês a mês, desde Agosto até ao Dezembro actual.

Espero que se divirtam e acompanhem-me nesta viagem às profundezas do Reino do Dragão...

HÉLTON - O actual nr. 1 na baliza azul e branca. Chegado ao Dragão no inicio da época passada, soube ser paciente ao ponto de ter passado muitas e boas horas sentado no banco de suplentes à espera de uma oportunidade para entrar no onze titular, até porque nessa altura, esse lugar estava entregue ao ainda actual melhor guarda-redes português, o Mítico ‘Vítor Baia’. Sinceramente, desde os tempos ainda idos de permanência em Leiria, sempre tive uma enorme admiração pelas suas qualidades que fariam dele um guarda-redes de classe mundial. Hoje, acho que podemos todos confirmar que a baliza do FC Porto está muito bem entregue, porquanto, além de ser um excelente profissional dotado de uma enorme elasticidade e bom domínio de bola, conseguiu refrear algumas ‘paragens de relógio’ que por vezes lhe eram usuais em Leiria e que custavam pontos à sua equipe. Apenas um senão e que ainda hoje se mantém, mesmo que tenha melhorado bastante nesse aspecto de então para cá, ou seja, o domínio insuficiente do jogo aéreo em que por vezes teima em ficar ‘pregado’ ao relvado em vez de sair ao encontro da bola… a melhorar.

VÍTOR BAIA - Que haverá para dizer do melhor guarda-redes português de todos os tempos?... do jogador mais titulado a nível mundial e que ainda se encontra em actividade já com 31 troféus conquistados e não 31 ‘chupa-chupas’?... acho que pouco mais há a dizer do que manifestar a nossa mais sincera e sentida homenagem ao grande homem, ao grande guarda-redes, ao grande profissional, ao grande Portista que é, e acredito sempre será, o Mítico Vítor Baia! O homem que um dia alguns (muitos!) ‘acéfalos’, ‘mentecaptos’ e ‘invejosos’ quiseram fazer crer não saber estar e ocupar o lugar de nr. 2 numa equipa, numa selecção, num grupo, num plantel… a resposta está aos olhos de todos, sem excepção, porque ‘pior do que o que não vê, é aquele que não quer ver’. Muitos fizeram-lhe o funeral antecipado ainda em 2000, logo após a 2ª lesão grave no joelho e hoje, depois de muito sofrimento, suor e lágrimas, ele ainda está cá para durar e continuar a honrar com mestria, sabedoria e orgulho imenso, como só ele sabe, a camisola do FC Porto. A minha sentida homenagem ao Enorme e Mítico ‘Vítor Baia’, na esperança de o ainda voltar a ver de dragão ao peito por muitos e longos anos… o meu sentido obrigado! O último reparo ao único defeito que encontro em Hélton que acima referi, é exactamente o oposto quando se fala de Vítor Baia, ou seja, o grande mestre e um perfeito Dragão Voador no jogo aéreo.

PAULO RIBEIRO - O terceiro guarda-redes. Este jovem de 22 anos, efectuou a sua formação no Vitória de Setúbal, tendo chegado às selecções mais jovens portuguesas, sendo o actual nr. 1 da selecção de Sub-21. Sem grandes hipóteses de brilhar, resta-lhe ser paciente e ser um ‘atento aprendiz’ junto dos mestres Hélton e Vítor Baia.


Possíveis Movimentações de Mercado:

Nada a alterar até ao final da época. Então depois, e a manter-se Hélton e Vítor Baia, porque não pensar em colocar Paulo Ribeiro a rodar num outro clube da 1ª Liga que lhe possa dar outra experiência e traquejo para patamares mais elevados de competitividade, para quem sabe, um dia, tentar conquistar a sua sorte no Dragão.

A não descurar a actual situação de Bruno Vale que está completamente ‘encostado’ em Leiria, pelo que urge rapidamente encontrar uma solução nesta reabertura de mercado que possa colocá-lo novamente em ‘acção’, já que na minha opinião, tem tudo para ser o futuro nr. 1 do FC Porto dentro dos próximos anos.

Amanhã: Plantel & Mercado... defesa

17 dezembro, 2006

Um Natal com os passos certos...


Competição: bwin 06/07 (14ª jornada)
Data: 17.12.2006
Local: Estádio do Dragão, Porto
FC Porto: Helton; Bosingwa, Pepe (Ricardo Costa), Bruno Alves e Marek Cech; Raul Meireles, Ibson (Bruno Moraes) e Lucho; Quaresma, Hélder Postiga e Lisandro (Vieirinha)
Golos: Pepe (24m e 68m), Hélder Postiga (42m) e Lucho González (86m)

No último jogo do ano para a equipa do FC Porto antes da paragem oficial da época natalícia e de fim de ano, nada como fechar em beleza com chapa ‘4’ perante a formação do Paços de Ferreira. O central Super-Pepe foi a grande figura do jogo ao participar em 3 golos da sua equipa, tendo marcado 2 golos. Os restantes golos ficaram a cargo do carteiro-Postiga e do almirante-Lucho.

Desde o 1º minuto que este foi um jogo de sentido único, tendo o FC Porto entrado em campo com um ritmo de jogo muito elevado, imprimindo grande velocidade e pressionando logo no seu meio-campo ofensivo. O Paços de Ferreira mostrava-se incapaz de reagir a este pressing, quando aos 24 minutos, o FC Porto inaugura o marcador através de Pepe com um cabeceamento pleno de oportunidade na área pacense.

Com várias situações de golo a sucederem-se na defensiva pacense, foi preciso aguardar quase até ao fim da 1ª parte, perto dos 42 minutos, para assistir a novo golo do FC Porto, desta vez através de Hélder Postiga que aproveitou da melhor forma mais um cabeceamento de Pepe que fez a bola bater com estrondo na barra e ficar à sua mercê para a recarga. Estávamos então no intervalo, não que sem antes o árbitro tivesse que expulsar o jogador Edson do Paços de Ferreira com vermelho directo depois de uma entrada violenta sobre Pepe a meio-campo.

Para a 2ª parte, Bruno Moraes entrou para o lugar de Ibson para forçar ainda mais o ataque à área defensiva do Paços de Ferreira, tendo o jogo continuado a decorrer num único sentido, o da baliza dos pacenses. Fruto desse constante sufoco, Pepe aos 68 minutos de jogo aproveita para bisar na partida e fazer o seu 2º golo, no seguimento de um canto com conta, peso e medida cobrado por Ricardo Quaresma.

A partir desse momento e até ao final da partida, assistiu-se a um ritmo de jogo mais pausado por parte dos portistas, mas sem nunca perder o sentido da baliza adversária. Quando já restavam apenas 4 minutos para o final do jogo, Lucho Gonzalez ‘molha a sopa’ e faz o 4º golo para o FC Porto, aproveitando uma oferta em bandeja d’oiro por parte de Ricardo Quaresma.

Fechamos o ano com a 7ª vitória consecutiva para a bwin 2006/07 e em 1º lugar isolado com 37 pontos, estando o 2º classificado (Sportêm) a 5 pontos de atraso. Temos o melhor ataque, a melhor defesa e estamos nos oitavos de final da Champions League. Melhor? nem na farmácia!

Azul MAIS Magnifico jogo do Super-Pepe, a defender, a atacar e a marcar.

Azul MENOS Mais um (!) penalty claro como água que ficou por marcar, que até apetece perguntar: “que mais é preciso acontecer para que se marque um penalty a favor do FC Porto? Partir uma perna? Matar um jogador?”… o que é demais, já cansa, carago!