30 setembro, 2009

Duelo Ibérico...

... role o Esférico, um golo muda o genérico!!!

Driblado o Clássico, o Dragão mal tem tempo para recuperar o fôlego. Por esta altura do ano, os azuis e brancos já sabem que é assim.

O anfiteatro portista já não estranha o horário, por entre o gáudio e assimétricos níveis de adrenalina, soa o hino, por momentos todos se detêm num mesmo “sonho”, erguer o máximo troféu das competições europeias.

Até Madrid, o caminho far-se-á de encontros e reencontros. Queimado o arranque em terras de sua majestade, a contenda na cidade Invicta, reveste-se de uma natureza apetecível, que não sendo de vida ou morte, como os 1/8 de final da época anterior, a derrota coloca qualquer um dos emblemas em maus lençóis.

Dragões e Colchoneros partilham poucos pontos comuns, seja qual for o ângulo de visão.

Aos rojiblancos são reconhecidos vários handicaps de cariz negativo, o colectivo enferma por um esmorecimento, cujos resultados últimos não permitem aferir do real valor deste peso pesado da liga de nuestros hermanos.

Se o peso do Atlético e das suas figuras, fosse até à data mais prático e menos teórico, por certo grande maioria das linhas seguintes emanariam medo e eu ver-me ia “obrigado” por conseguinte a escrever esta antevisão a medo.

Maxi Rodriguez, Forlan e/ou Kun Aguero, entre outros, só por si, são agentes vivos de intimidação em qualquer grande área, algo que o parco pecúlio, (7 golos), exprime de forma errónea.

Na verdade, e à luz dos demolidores números de 2009/2010, os de Madrid só não correm o risco de morrer às mãos deste Fc Porto, porque a bola é redonda e o futebol tem nesse capricho temática apaixonante.

A Abel Resino, o Estádio do Dragão parece local ideal para iniciar a “remontada” e somar 3 pontos.

Os Colchoneros têm na defesa o principal foco de problemas, a linha defensiva ainda não encontrou pontos de estabilidade, facto ao qual o técnico espanhol não será alheio, pois tem testado várias unidades como solução.

Apesar das tentativas frustradas de dar consistência, o sector recuado insiste em mostrar um posicionamento adiantado, com grandes espaços nas costas, onde nem o uso da lei do fora de jogo como prática defensiva, os põe a coberto de múltiplos lances de golo.

A nível interno, tem sido mais ou menos relevante a incapacidade do meio campo em filtrar jogo, pouco pressionantes, a criatividade também não tem colhido elogios, chegando as críticas ao ponto de considerar o miolo rojiblanco de pouca classe, apesar de multifacetado nas missões e sentido táctico de jogo.

Mas nem só de factos impositivos se faz este Atlético. Os dados estatísticos suportam capacidade e lembram que de Espanha, “nem bons ventos nem bons casamentos”. Esta equipa, depois de 11 anos afastada da alta-roda, tem um trajecto fora de portas quase irrepreensível, onde não conhece o amargo da derrota, algo que entronca nas manifestas dificuldades de vitórias caseiras do Dragão, quando confrontado em duelos ibéricos.

É um Atlético ferido no orgulho, mas capaz de oferecer perigo a um Dragão ainda em fase de crescimento, ciente das debilidades, mas conhecedor dos pontos fortes dos anfitriões, o técnico rival procurará fechar todos os caminhos para a sua baliza evitando as transições explosivas, com o reforço da zona central.

A inclusão de mais uma unidade de meio campo, conferirá mais trunfos aos visitantes no manietar das acções de jogo azul, sendo certo que desta vez, Abel Resino não abrirá mão da dupla de ataque Uruguaio/Argentina, como inimiga pública nº1 do Dragão.

Se a equipa espanhola vive fase menos positiva, os azuis e brancos recuperaram parte da sua auto-estima frente aos Leões, fruto de 15 minutos fortes como impacto inicial em comunhão com a melhor versão de Hulk.

A um FC Porto titubeante, quer no capítulo do passe, quer no capítulo da continuidade de um ritmo de jogo, este jogo da Champions junta a dor de cabeça que é não ter a chave do sistema azul e branco, Fernando.

A contenda perspectiva uma alteração comportamental do triângulo de meio campo. Jesualdo não abriu o jogo e são, pelo menos, 3 as ideias que se perfilam como solução de recurso. O menino brasileiro que fez esquecer o trinco/pivô que habita os mesmos terrenos na barricada oposta, não é repetível em acções por nenhuma outra unidade do plantel.

Meireles é influente nos mecanismos de transição, mas nos tempos que correm, não apresenta dimensão física, capaz de o fazer desdobrar na multiplicidade conjunta de acções de jogo inerente às linhas recuadas e de tamponamento de jogo adversário.

Guarin, mesmo que mais dotado fisicamente, apresenta dificuldades de disciplina táctica para ser jogador de posição 6.

Tomás Costa, nunca foi nem será referência medular do jogo colectivo, fonte de inúmeras faltas, comporta ainda um estigma de dificuldade na posse, onde os passes transviados, são imagem pouco consentânea com um futebol que se quer de toque curto e muita ligação entre sectores.

Maicon seria a surpresa, mas com Jesualdo, tudo é possível, sobretudo se tivermos em conta o prisma da disciplina táctica como visão de um jogo agarrado tacitamente à falta de criatividade, sem grandes espaços, onde só a inclusão de Belluschi pode conferir um traço inteligente em zonas de último passe, mais capaz de nos deixar menos reféns e dependentes da capacidade de Hulk nas transições.

A Falcao, pedem-se os golos que traduzam não só o factor casa, mas também a classe de uma equipa que procura emancipar o colectivo como força maior de um equilíbrio e harmonia de processos.

Os Dragões procuram ainda uma identidade capaz de expressar um futebol desequilibrador, mesmo com Mariano a baralhar as frequências no domínio do conceito técnico de bem receber uma bola, capaz de espartilhar em diagonais mortíferas a pouco coesa defensiva rival, tornando desta forma o desfecho menos imprevisível.

LISTA DE CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Beto.
Defesas: Bruno Alves, Fucile, Rolando, Alvaro Pereira, Maicon e Sapunaru.
Médios: Raul Meireles, Guarín, Belluschi, Valeri, Dias e Tomás Costa.
Avançados: Falcão, Mariano, Hulk e Farías.

BiBó Melhor Jogador 2009/10, carago! - ronda 8

Após o jogo em Braga, a escolha do melhor jogador não era fácil, tendo em conta a prestação da equipa. E num jogo em que vários jogadores rondaram o "fraco", a medalha de ouro e prata foram bastante consensuais, enquanto que para a de bronze, a luta foi bastante concorrida. O mais votado e conquistador dos 5 pontos, foi Fernando, com 73 votos. Na 2ª posição, ficou Varela, com 47 votos. Já no 3º posto, ficou Rolando com 8 votos, conquistando assim um ponto.

Para a ronda que diz respeito ao jogo com o nosso rival Sporting, e que acabou com uma vitória por 1 a 0, a nosso favor, podem votar nos seguintes jogadores:

    Helton, Fucile, Rolando, Bruno Alves, Alvaro Pereira, Fernando, Meireles, Belluschi, Mariano, Falcao, Hulk, Tomás Costa, Farías e Valeri.
Boas votações e um grande abraço,
Tiago Teixeira

29 setembro, 2009

Cansado, afónico, mas feliz...

No último sábado, eu e mais uns quantos Dragões, deslocamo-nos até Viana do Castelo para assistir ao vivo à supertaça de hóquei em patins entre FC Porto e Benfica. Apesar da diferença de adeptos não ser muito grande (o azul e branco estava em minoria, embora não muito significativa), mesmo assim julgo que o apoio dado ao FC Porto foi bem maior que o protagonizado pelos rivais de encarnado.

Este núcleo de adeptos que integra membros deste blog e do fórum do portal dos Dragões, assiste aos jogos de forma apaixonada, fervorosa e distingue-se de outros apenas pelo facto de ser para todos nós indiferente qual a modalidade em questão. Basta que a camisola seja a do nosso FC Porto, para que todos comunguemos do mesmo espírito, da mesma raça, da mesma entrega.

Os jogadores das modalidades do FC Porto (andebol, basket e hóquei) já nos conhecem e sabem reconhecer o nosso apoio e devoção. E por isso foi sem surpresa que, depois da vitória diante do Benfica, os jogadores de hóquei do FC Porto vieram ao nosso sector festejar connosco e deixando-nos até segurar no trofeu!!!

Depois da festa aceleramos até ao Dragão e a maior parte de nós nem chegou a tempo de ver o golo de Falcao... mas, como um amigo me dizia, no sábado: "Óh Lucho, valeu a pena esta aventura, este amor ao nosso clube, o reconhecimento da equipa de hóquei, a partilha de sentimentos entre adeptos e jogadores, tudo isso suplanta em muito o facto de não vermos o golo da equipa de futebol". É preciso acrescentar mais alguma coisa? O FC Porto é a nossa vida! E por este clube fazemos tudo!!!

Cheguei ao Dragão depois de grande correria, cansado, quase afónico, mas muito orgulhoso e feliz (apenas com aquele nó na garganta pelo resultado do andebol). E saí de lá ainda mais feliz. Num só dia, abatemos águias e leões em duas modalidades distintas!!!

Alguém viu por aí o Campeão Nacional de Andebol?

  • FC Porto, 29 - Xico Andebol, 33

O FCPorto terá sentido a minha falta? Não costumo faltar a um jogo em casa, mas desta vez, teve mesmo que ser (fui ver a supertaça de hóquei). Diz quem viu que foi mau demais para ser verdade. Obradovic pede tempo para construir uma equipa, mas na minha opinião, há alguns senhores, que escuso de nomear, que não perderam tempo algum a destruir a bela equipa que o nosso clube tinha na época anterior. E mais não digo, porque gosto muito de andebol e do meu clube. Continuo a acreditar nos jogadores da nossa equipa. Os mais experientes têm que assumir a liderança do grupo e dar a volta por cima. Sábado em Águas Santas (18h), há que ganhar!

FC Porto de Moncho Lopez promete tardes mágicas no Dragãozinho!

  • FC Porto, 49 - Dínamo Moscovo, 52

Em dia de eleições, o FC Porto apresentou-se aos adeptos com uma bela exibição e perante um grande adversário que só ganhou com 1 triplo a 3 segundos do fim. Stempin, André Bessa e Carlos Andrade brilharam e levaram ao rubro os muitos adeptos presentes. "Isto promete", era o que mais se ouvia no belíssimo anfiteatro Portista. Sábado recebemos o Maia (18h) para o 1º jogo do trofeú A.Pratas, e no domingo, vamos a Penafiel (17h). Não deixe de ver este excelente vídeo (de um colega do fórum), com os melhores momentos do jogo de domingo no Dragão Caixa.

FC Porto vence 17ª supertaça com 2ºparte de luxo...



  • FC Porto, 6 - Benfica, 4

Em Viana do Castelo, assistiu-se a um emocionante jogo de hóquei entre duas grandes equipas, mas ficou mais uma vez bem demonstrado que uma delas, é bem superior à outra. O FC Porto de Franklim Pais, até nem entrou bem e esteve a perder por duas vezes, mas reagiu sempre com muita garra, e Pedro Moreira e Emanuel Garcia trataram de igualar o marcador num período onde um dos árbitros, «estava a jogar equipado à Benfica».

Na 2ª metade, Pedro Gil fez o 3-2 e veio ao sector onde eu e os restantes companheiros de viagem estávamos para festejar efusivamente connosco a alegria do seu 1º golo oficial, nesta 2ª passagem pelo FCPorto. Jorge Silva fez o 4º e André Azevedo o 5º, e a euforia entre os adeptos foi tanta, que alguns quase entravam em ringue... nesta altura, se a eficácia fosse outra, o Benfica tinha sido humilhado e tinha levado uns 8 ou 9, mas em 2 golos fortuitos, os encarnados reduziram a 1 minuto e meio do fim para 5-4. No entanto, o desespero na tentativa de igualar o marcador, levou os jogadores e técnicos do Benfica a acusarem nitidamente a pressão, tentando que os árbitros fossem na onda (a tal onda que se nota no futebol), mas quem se afundou nesse "alto mar" foi mesmo a equipa Lisboeta que acabou por sofrer mais um golo que decidiu definitivamente o jogo.

No final, os jogadores do FC Porto ergueram a supertaça e fizeram a festa com os seus fieis adeptos em clima de grande euforia e partilha de sentimentos. A humildade dos octocampeões é de registar, pois não é qualquer equipa que vem saudar os adeptos e inclusivamente lhes entrega a taça!!!

Pois bem, eu posso hoje dizer que toquei na supertaça e também eu me senti um dos vencedores na tarde de sábado!!! Ninguém estava ali a pensar que ia chegar tarde ao futebol (nem vi o golo), pois o momento era para ser vivido naquele instante e para memória futura. Obrigado Campeões!!! Esta, foi a 17ª supertaça ganha pelo hóquei do FC Porto em 27 edições (Benfica tem 5, Barcelos 4 e Sporting 1). Foi a 5ª vitória consecutiva do FC Porto nesta competição, mas de 84 a 92, temos um registo de 9 vitórias seguidas!!! Ajoelhem-se perante o Campeão, gritamos nós para os adeptos lampiões, que silenciosamente, abandonavam o pavilhão de Viana do Castelo...

Emanuel Garcia

O FC Porto começou a época a ganhar mais um troféu, e neste jogo, há a salientar a boa exibição de Pedro Gil, Edo Bosch e Jorge Silva. Mas quem mais brilhou, foi o Argentino Emanuel Garcia que marcou o 2º golo, importantíssimo, a segundos do intervalo (2-2) e acabou por descansar os adeptos no minuto final, apontando o 6-4 na recarga a um livre directo. O nosso camisola 84 está cada vez mais eficaz junto da área e faz lembrar muitas vezes o oportuno Tó Neves. Com Garcia em campo (mesmo limitado com uma pequena lesão no joelho), o FC Porto fica bem mais perigoso... O FCPorto joga este fim de semana no torneio de Braga, defrontando 6ª o HC Braga (21.45h), e no sábado, há os jogos de 3º e 4º (16h) e a grande final (17h45) diante de Barcelos ou Oliveirense. Depois do Torneio do Porto e da supertaça, já se aguarda mais um caneco!!!

Saudações azuis e brancas, Lucho.

Yero começa a facturar...

Mais um fim de semana 100% vitorioso das nossas formações jovens nos nacionais de FUTEBOL.

A formação dos Sub-19, tinha pela segunda semana consecutiva, uma difícil deslocação ao Minho, desta vez para defrontar o Sp. Braga. Num jogo complicado, a grande figura do dia foi o senegalês, Yero, ao facturar os dois golos que deram a vitória à formação azul e branca.

Os Sub-19 apresentaram o seguinte onze: Maia; Bosingwa, Rámon, Abdoulaye e David; Ricardo Dias, Edu e Amorim (Engin Bekdemir, 29'); Caetano (Pipo, 78'), Alex e Yero (Claro, 90').

Os Sub-17, derrotaram com relativa facilidade a equipa do Candal por 2-0. Num jogo que tive a oportunidade de assistir, viu-se um jogo onde a equipa Portista dominou por completo o desafio e que não precisou de forçar muito para levar de vencida a equipa gaiense. Destaque para o pequenino, Tó-Zé. Mostrou magníficos pormenores. Jogou e fez jogar. Um jogador a ter em atenção.

A equipa orientada por Pedro Emanuel apresentou o seguinte onze: Igor; Ruben, Tiago Ferreira, André Teixeira e Gil; Paulo Jorge (João Novais, 60'), Alves e To-Zé; Catarino, Alex (Ricardo Grey, 49') e Lupeta( Fábio Martins, 65').

A formação do Padroense, depois do empate na 1ª ronda, continua a sua senda vitoriosa. Desta vez, a "vítima" foi o Vizela que sucumbiu por 4-1. Esta equipa, constituída na maioria pelos sub-15 da época passada, e que foi alvo de algumas criticas, continua a surpreender pela positiva neste inicio de época. Frederic, jogador que foi dispensado pelo Sporting e que o FC Porto foi buscar, continua a dar nas vistas ao marcar mais um golo este fim de semana (o 5º na prova).

Para terminar, os Sub-15 aplicaram, pela segunda semana consecutiva, a chapa 8 ao seu adversário, Freamunde. Jogo sem história, aliás como a maioria deles nesta 1ª fase, infelizmente...

Aqui fica o onze utilizado: Paulo Jorge, João Oliveira, André Ribeiro, Marcelo e Luis Rafael; Vitor Andrade (Podstawski, 35'), João Graça (João Santos, 55') e Belinha (Rochinha, 48'); Nuno Santos (Francisco Costa, 35'), Babibiky (Caminata, 35') e Ivo.


No ANDEBOL, destaque para a equipa júnior que deu uma excelente réplica à formação do Belenenses (um dos grandes favoritos), sendo derrotada apenas por 3 golos de diferença (33-36).

Destaque mais uma vez para Belmiro Alves, autor de 9 golos.

Um abraço e até para a semana.
PedroPorto

Ligas Privadas 2009/2010 [actualização]

LIGA RECORD 2009/2010

Como certamente já terão conhecimento, já se encontra disponível a criação de ligas privadas do Record bet365.com, pelo que foram já criadas as ligas privadas do blog “BiBó PoRtO, carago”, a «profissional» e a «geral».

  • se a «profissional» estará reservada a jogadores que cumpram os seguintes pressupostos:

  • custo de adesão - 10 caragos por equipa.
    pagamento da inscrição - transferência bancária ou multibanco.
    número de equipas por concorrente - ilimitado.
    custos de organização ou outros - não se aplicam.
    prémios - o valor total das inscrições é aplicado integralmente nos prémios semanais ao longo das 27 jornadas (2,5% do valor total das inscrições) e acumulado final para o vencedor (30% do valor total das inscrições).
    pagamento dos prémios - após conclusão da última jornada da liga sagres 2009/10.


  • a «geral», estará aberta a quem o assim pretender, nos seguintes moldes:

  • custo de adesão - grátis.
    prémios - tshirt e cachecol oficial do blog para o vencedor do acumulado final.
Todos os interessados em aderir a qualquer uma delas, ou ambas, se for o caso, é favor informar da pretensão para o email do blog, blogdoblueboy@gmail.com, a partir do qual, enviaremos o respectivo convite em forma de link, através do site oficial, para o endereço de email que nos indicarem e faça parte da v/ inscrição no site oficial, onde bastará depois que o aceitem para serem incorporados na respectiva liga privada.



OUTRAS LIGAS PRIVADAS

  • liga privada no MAIS FUTEBOL egolo

  • custo de adesão - grátis.
    prémios - tshirt e cachecol oficial do blog para o vencedor do acumulado final.
    código de inscrição na liga privada - YERCN8


  • liga privada no UEFA FANTASY FOOTBALL

  • custo de adesão - grátis.
    prémios - tshirt e cachecol oficial do blog para o vencedor do acumulado final.
    código de inscrição na liga privada - 4325-1351

28 setembro, 2009

Críticas

Sempre que o FC Porto perde um ou dois jogos, algo raro, a euforia instala-se no país, sendo que os nossos adversários demonstram prontamente uma alegria incontida e exaltada, já que a estes não interessa como está o seu clube, mas sim interessa que o FC Porto perca. É um fenómeno muito interessante e que denota também que Portugal em termos desportivos é um país maioritariamente frustrado e sedento de vitórias… é uma sede de vitórias cega e gananciosa, que não olha a meios para atingir os fins. Não interessa como, apenas interessa que outro ganhe a não ser o mesmo de sempre: o FC Porto.

Paralelamente, há um outro fenómeno de que vos gostaria de falar: o da contestação interna no FC Porto. É um fenómeno igualmente interessante, se bem que mais residual e insignificante. Neste contexto, depois das duas derrotas consecutivas do FC Porto, uma frente ao líder da Liga Inglesa, e outra frente ao líder da Liga Portuguesa (que ao contrário do que parece, é o BRAGA), logo surgiram os habituais líderes da contestação interna portista, contestação essa que considero ter a maior justificação e adequação a um clube como o FC Porto, senão vejamos:

  • nos últimos 22 anos, ganhamos 2 e não 3 Taças dos Campeões Europeus;

  • nos últimos 7 anos, ganhamos 6 títulos nacionais [caramba, devíamos ter ganho 7 títulos em 7 anos!];

  • nos últimos anos, ganhamos uma Taça UEFA [inacreditável, devíamos ter ganho umas 5 ou 6 de seguida];

  • somos o melhor clube vendedor da Europa, o que comprova a desorganização e o oportunismo da nossa SAD ao longo deste últimos anos.

Expostas estas razões pelas quais eu, e todos os Portistas, devemos criticar fortemente o FC Porto, também me vejo na obrigação de dizer que talvez pelos adeptos do FC Porto serem tão exigentes é que o FC Porto ganha tão pouco. Somos adeptos que não nos contentamos com apenas vitórias (lembram-se do Adrianse em que ganhávamos e era um monte de críticas?), também queremos boas exibições, golos e espectáculo, ao contrário de outros relativamente aos quais “se não for de uma maneira, então é de outra”.

Há uma coisa que dói, e dói imenso a muitos e muitos adeptos de clubes adversários: o FC Porto ganha muito mais que os outros e acabou completamente com a hegemonia de dois clubes do Sul que sozinhos, e segundo dizem os “estudos”, representam mais de 80% da população portuguesa. Só que, como eu costumo dizer, eles podem ter 6 milhões, 100 milhões ou 300 milhões de adeptos, que os adeptos do FC Porto sendo em menor número, são de muito maior qualidade, e na sua maioria têm aquilo a que muitas vezes falta aos tais milhões de adeptos de que falei, isto é, um cérebro e três dedos de testa. Mas enfim, esta seria uma discussão sociológica acerca da superioridade do FC Porto sobre todos os outros…

Finalmente, e para aqueles que estão mais distraídos, incluindo alguns adeptos do meu próprio clube, gostaria de fazer uma pequena análise à presente edição da Liga Portuguesa: o Braga é, de facto, a melhor equipa com 6 vitórias noutros tantos jogos. O FC Porto está a 5 pontos do líder e a 3 pontos do 2º classificado. O FC Porto nas primeiras 6 jornadas, já defrontou o Braga (líder do campeonato), o Sporting (2º classificado da Liga anterior) e o Nacional (uma das melhores equipas portuguesas, inclusive presente na Liga Europa). O 2º classificado defrontou 4 equipas que neste momento se encontram abaixo do 11º lugar, apesar de se encontrar destacadíssimo no campeonato das goleadas. Tudo o resto são histórias para entreter pessoas menos inteligentes. Para bom entendedor…

Livre (in)directo - Liga 09/10, semana 6

FCPorto 1-0 SportingCP

Duarte Gomes. O árbitro da AFLisboa, teve um jogo complicado no Dragão, mas que conseguiu resolver quase todos os lances com bastante calma. Vamos então aos lances do jogo.

Raul Meireles, ao minuto 11, rasteira de forma imprudente, Liedson. Cartão amarelo bem exibido ao médio portista.

Minuto 16. Polga agarra Falcao. O jogador do Sporting deveria ter visto o cartão amarelo por tal falta. Mal aqui o árbitro.

Minuto 36. Abel rasteira Hulk, cortando um ataque prometedor. Advertência justíssima ao jogador do Sporting

Minuto 42, Raúl Meireles rasteira Abel. Não sendo uma jogada em que o jogador do FC Porto corta um ataque prometedor, nem rasteira o adversário de forma imprudente, não vejo que tenha sido motivo para segunda advertência e consequente expulsão. Bem a equipa de arbitragem.

Minuto 51, Polga rasteira Hulk no lance de grande penalidade. Nada a dizer a nível técnico e disciplinar.

Minuto 56. Fucile vê amarelo. Numa primeira instância, o árbitro da partida, bem, dá a lei da vantagem, para a seguir advertir o defesa portista por ter rasteirado o adversário de forma imprudente.

Ao minuto 59, fora de jogo assinalado a Postiga. O fora de jogo foi correctamente assinalado porque apesar do jogador não se ter interessado pelo lance, a bola efectivamente tocou no jogador, daí a falta. Mas o mais interessante foi que foi o árbitro que assinalou o fora de jogo e só depois deu a indicação ao árbitro assistente para este o assinalar. De referir que o árbitro tem tais poderes para assinalar o fora de jogo, mesmo que o árbitro assistente não tenha feito.

Ao minuto 71, Liedson cai na área do FCPorto depois de toque de Bruno Alves. Liedson aproveita a presença do jogador portista para se atirar para a relva, bem o árbitro da partida.

Minuto 78, Tomás Costa advertido por Duarte Gomes. Na minha opinião, a advertência não terá sido pelo jogador do FCPorto ter tocado a bola com a mão no momento do corte, mas sim, por comportamento anti-desportivo, por ter continuado a discutir o lance mesmo depois de parado, com João Moutinho.

Minuto 91, Miguel Veloso vê segundo cartão amarelo. Na minha opinião, o árbitro esteve bem ao advertir pela segunda vez o jogador do Sporting. Nada a dizer.

Avaliação global da equipa de arbitragem: 8,5. Um jogo seguro da equipa de arbitragem, com um nível de dificuldade acrescido. Pequenas faltas tiraram a possibilidade da perfeição no trabalho da equipa. Nota não foi superior por não ter saído uma amarelo mais cedo à equipa do Sporting.



SLBenfica 5–0 LeixõesSC

João Capela. Primeiro jogo com os três grandes esta época. Vamos aos lances capitais.

Minuto 12, Aimar faz falta sobre Hugo Morais. Árbitro esteve mal em não assinalar falta, mas se o tivesse feito, na minha opinião, não deveria ter advertido o jogador benfiquista.

Minuto 19, Ramirez atinge Pouga com o joelho. Deveria o jogador do Benfica ter sido advertido por carregar o adversário de forma imprudente. O jogador do Leixões foi depois advertido, juntamente com Luizão por comportamento anti-desportivo, por se terem envolvido numa discussão. Bem aqui o árbitro.

Minuto 25, Pouga carrega Di Maria à entrada da área. Sanção técnica e disciplinar exemplar pela equipa de arbitragem. Pouga bem expulso.

Ao minuto 35, Tucker é advertido por ter pedido um cartão amarelo para Ramirez. O árbitro da partida esteve bem ao seguir as recomendações da Liga para este ano.

Minuto 45+2. Aimar é advertido. João Capela com excesso de zelo no amarelo ao jogador do Benfica. Sinceramente, não percebi a razão da advertência. Terá sido por ter mexido a bola depois do árbitro ter dito onde era a colocação da mesma? Se foi por essa razão, excesso de zelo do árbitro.

Minuto 54, Aimar cai na área do Leixões. Nuno Silva não faz qualquer falta sobre o jogador encarnado, este que acaba por cair quando sente o jogador leixonense por perto. Tal como não considerei falta no lance do Dragão que opôs Bruno Alves a Liedson, também não considero falta neste lance. Tendo sido falta, a sanção disciplinar é a correcta visto que era uma jogada de golo iminente, em que Aimar tem a bola controlada e está numa posição frontal à baliza sem oposição que não o guarda-redes.

Minuto 78, Ramirez cai na área do Leixões. Bem o árbitro em nada assinalar. Foi mais forte o jogador forasteiro a disputar a bola.

Minuto 89, Benitez rasteira de forma imprudente, Fábio Coentrão. Deveria ter sido advertido o jogador leixonense, mas o árbitro deixou passar.

Avaliação global da equipa de arbitragem: 4,5. Alguns cartões mal dados e a grande penalidade mal assinalada ditaram o resultado desta avaliação. João Capela revelou falta de experiência em jogos envolvendo equipas grandes.

116 anos de (B)itórias!

No dia 28 de Setembro de 1893, um comerciante de vinho do Porto descobriu o futebol numa viagem a Inglaterra e decidiu fundar por cá um clube. O seu nome foi António Nicolau d'Almeida e hoje, esteja onde estiver, certamente estará orgulhoso por ver como o "seu" clube cresceu e se tornou um dos maiores do mundo.

Ao longo destes anos todos nem tudo foi fácil, porque em 116 anos é óbvio que as coisas nem sempre correm bem. E é também verdade que a muitos não convém que as coisas nos corram da melhor maneira. Mas contra tudo e contra todos este clube continuou a crescer, e as dificuldades nunca hão-de deixar de existir, mas ainda bem que assim é. Quem ganha mete medo, quem ganha é importuno, quem ganha chateia os outros e quem ganha é o FC Porto.

Podemos bem dizer que somos um clube eclético. Temos títulos em tudo quanto é modalidade. Futebol, andebol, hóquei em patins, hóquei de campo, ginástica, natação, boxe, bilhar... é um sem fim de modalidades que já puderam presenciar ou que ainda vão presenciando a infindável grandeza do nosso clube.

Cada dia que passa o nosso orgulho em fazer parte deste grande clube vai aumentando. Todos os dias mais uma vitória, mais uma adversidade passada, mais uma volta dada por cima.

A vencer desde 1893.

importante: no âmbito das celebrações do 116º aniversário, durante o dia de hoje, o FC Porto disponibiliza a todos os interessados, lugares Dragon Seat a 50% de desconto para a época 2009/2010... confirma aqui.

27 setembro, 2009

Com a marca de Hulk

assistência: 46.511 espectadores.

árbitros: Duarte Gomes (Lisboa), Venâncio Tomé e José Lima; Cosme Machado.

FC PORTO: Helton; Fucile, Rolando, Bruno Alves «cap» e Alvaro Pereira; Belluschi, Fernando e Raul Meireles; Mariano, Falcao e Hulk.
Substituições: Mariano por Tomás Costa (71m), Falcao por Farías (77m) e Raul Meireles por Valeri (83m).
Não utilizados: Beto, Guarín, Maicon e Sapunaru.
Treinador: Jesualdo Ferreira.

SPORTING: Rui Patrício; Abel, Carriço, Polga e Grimi; Miguel Veloso; Vukcevic, Matias Fernández e João Moutinho; Liedson e Hélder Postiga.
Substituições: Grimi por Pereirinha (46m), Matias Fernández por Tonel (55m) e Hélder Postiga por Caicedo (78m).
Não utilizados: Tiago, Adrien Silva, Ângulo e Yannick Djaló.
Treinador: Paulo Bento.

disciplina: cartão amarelo a Raul Meireles (12m), Miguel Veloso (26 e 90m), Polga (34 e 52m), Abel (36m), Fucile (56m), Bruno Alves (65m), Tomás Costa (79m); cartão vermelho a Polga (52m) e Miguel Veloso (90m).

golos: Falcao (3m).


Um clássico é sempre um clássico. É um lugar-comum, mas o futebol é feito deles. E, mesmo sendo usual ouvir a mesma retórica, nem por isso deixa de ser verdadeira. Um jogo entre rivais é mais do que uma mera partida de futebol. É uma luta, quase insana. Pela honra. Pela glória. Pela conquista. Pelo triunfo.

A ansiedade, nas horas antecedentes, toma um ritmo galopante. O estômago tolhido. A boca seca. A palma das mãos transpiradas. O nó na garganta, que torna quase hercúleo o acto de engolir. É uma agonia dilacerante, que só é curada com um antídoto: a vitória das nossas cores.

Numa espécie de deja-vu, os azuis e brancos estavam obrigados a vencer. Encostados à parede, depois da derrota em Braga, sabiam de antemão que um resultado negativo, neste reencontro com o losango de Paulo Bento, ditaria um avanço difícil de rechaçar aos eufóricos encarnados.

As horas anteriores ao desafio tinham colocado Jesualdo, à boa maneira de Almodovar, “à beira de um ataque de nervos”. Não bastava a obrigatoriedade de uma vitória. Não chegava o grau de exigência do desafio. As lesões apareceram, traiçoeiras, como se ironizassem com os esforços do técnico portista. Varela, uma das pedras nucleares do ataque dos Dragões, lesionado num treino, delapidou a equipa da sua capacidade inventiva de explorar os flancos. O seu substituto natural [é algo estranho dizer isto de um titular indiscutível da temporada do tetra], Rodriguez, viu-se igualmente afastado das luzes da ribalta, num regresso desejado e ansiado.

E agora, deverá ter pensado o decano treinador, num momentâneo acto de desespero. O que fazer?

A solução mais óbvia [avançada com o costumeiro dedo certeiro pelo Bruno, aqui no blogue] passava pela inclusão de Mariano, colocado no lado esquerdo (pese a atrapalhação exasperante do argentino, na maioria dos lances, a sua polivalência é indesmentível e preciosa], com Hulk na direita [sendo que essas colocações não eram estanques, com trocas regulares entre ambos].

O onze inicial portista tinha, no entanto, uma semi-surpresa reservada. A saída dos titulares de Guarín, por troca com Belluschi. Jesualdo procurava, desde logo, capitalizar a qualidade técnica inegável do argentino, capaz de potenciar as transições organizadas, na ligação meio-campo/ataque.

Com a [esperada] moldura humana a dar um colorido especial ao palco do jogo, os Dragões entraram a todo o gás [lá está mais um lugar-comum], mostrando trazer a lição de casa bem estudada. No lado oposto, após uma prolongada ausência, estava Grimi, plantado no flanco esquerdo da defesa leonina. Foi por ali, minando aquela potencial fragilidade, que os portistas engendraram os primeiros lances de ataque. Dez minutos diabólicos, que poderiam ter, definitivamente, sentenciado a partida. Acha que exagero, caro leitor?

Mas não. Conte pelos dedos:

  • Marcava o cronómetro um mísero minuto de jogo quando uma recuperação de bola [magistral, acrescente-se] de Belluschi permitiu que Hulk arrancasse veloz em direcção ao alvo. Já no meio-campo ofensivo, com duas linhas de passe bem abertas, num 3-1 favorável aos da casa, o passe açucarado do brasileiro encontra Falcao isolado, no lado direito. O colombiano, pouco lesto, permite a aproximação da defesa contrária, finalizando com um remate incipiente, desperdiçando o golo inaugural.

  • Ainda não se tinham esgotado dos ecos da frustração, nas bancadas, e já o incansável Hulk quebrava literalmente os rins a Polga, seu compatriota, perto da linha de fundo. A marcação do livre redundou na explosão desejada. Um cruzamento a preceito, e a cabeça redentora de Falcao a colocar a bola bem no fundo das redes de Rui Patrício. Materializava-se o inicio fulgurante portista, num golo madrugador.

  • Aos 8 minutos, os mesmos protagonistas, num lance com sorte diferente. Hulk a criar espaços, dinamitando a intranquila defesa sportinguista, endossando a bola para Falcao rematar, em posição privilegiada, permitindo a defesa atormentada do keeper leonino.

Pairava no ar a ideia de que “isto” seria fácil. Mas “isto” é um jogo de futebol. Tal como num tango, é jogado por dois parceiros distintos. O Sporting recompôs-se, paulatinamente. Primeiro, numa mais agressiva marcação aos médios portistas. Depois, imprimindo uma maior velocidade ao jogo, tentando sempre aproveitar as laterais para cruzamentos venenosos para a área adversária, onde se encontrava a dupla atacante: Liedson e Postiga.

O equilíbrio, nota dominante, tornou o jogo numa espécie de equilíbrio precário de forças. Com marcações individuais, sabia-se que um movimento desestabilizador poderia fazer perigar toda uma estratégia. Foi assim no tento portista, com Polga incapaz, por duas vezes, de cumprir a marcação destinada a parar Hulk.

O Porto, mais por necessidade do que por estratégia, tornou-se uma equipa cautelosa, apostando [quase] tudo nas transições rápidas. Com a dinâmica leonina a conseguir, a espaços, sobrepor-se ao rigor táctico portista, Helton começou a ver a sua baliza a ser assediada, com regularidade.

Tremeu, quando Postiga fuzilou de cabeça a trave da baliza. Foi temerário, ao arrojar-se de forma afoita a uma bola disparada com requinte por Matias Fernandez. Assistiu, vacilante, ao pressing final dos leões, no final da 1ª parte.

O apito de Duarte Gomes, convidando os intervenientes a um descanso, colocava os detentores do título nacional numa encruzilhada. A vivacidade trazida ao encontro, no seu início, era já uma saudosa recordação, com o velho rival a superiorizar-se, bastas vezes, na zona nevrálgica do campo, através do trabalho de Moutinho e Miguel Veloso.

Pudesse o árbitro da partida adivinhar o futuro e teria, talvez, terminado a partida naquele benfazejo sossego de 15 minutos. A segunda metade não trouxe nada de futebol, no sentido do espectáculo. Um jogo nervoso, quezilento, repleto de pequenas faltas e picardias constantes, vivido permanentemente em clima de sobressalto. E tudo poderia ter sido diferente, se…

É mais um lugar-comum. A utilização abusiva, por parte do adepto, do se. Se aquela bola tivesse entrado. Se ela não batesse na barra. Se.

Hoje poderemos fazer o mesmo. Se Falcao tivesse ludibriado Rui Patrício, na marcação de uma grande-penalidade, o jogo teria sido diferente. E, provavelmente, com um resultado mais robusto, favorável aos Dragões.

Se tínhamos terminado a primeira metade acossados, a segunda começou quase como a resposta a uma prece. Um penalty, nascido de mais um lance gizado por Hulk, com direito a jackpot. Penalty e cartão vermelho a Polga. Pumba. Com quem tira um coelho da cartola, o brasileiro ofertou o fim do jogo. Bastava, para isso, concretizar aquele pontapé. Pois.

O resto da história já se sabe. Falcao falhou. E o Porto sofreu. Demonstrou, é certo, um enorme espírito de combatividade. De luta. De enorme coração e capacidade de sofrimento.

Mas preferia que tivesse mostrado algo mais. Nomeadamente, a capacidade inata a uma equipa que joga em superioridade numérica de controlar a partida. Apenas isso. É um dogma futebolístico. O jogo controla-se com posse de bola e, preferencialmente, no meio-campo adversário. A equipa, por incapacidade ou estratégia, preferiu o resguardo, permitindo algumas veleidades perigosas a um adversário, verdade seja dita, que nunca se entregou.

O apito final, de Duarte Gomes, apenas finalizou uma partida já há muito moribunda. Com um justo vencedor.

Melhor em campo: Há dúvidas? Hulk, claro. O brasileiro é impressionante. Ponto. As características individuais soberbas. Ponto. Velocidade de passada e execução, explosão, força e capacidade técnica decoram o imenso rol de características do avançado portista. Continua, no entanto, a ser um diamante por lapidar. Habitualmente limitado na tomada de decisões, abusando de um individualismo exagerado, hoje foi a antítese desse talento tantas vezes desperdiçado. Jogando para a equipa, criando espaços para os companheiros, optando quase sempre bem no momento da decisão, o super-herói regressou em pleno, cimentando o seu papel quase transcendental nesta equipa.

Caso existisse uma distribuição de medalhas, a de prata teria dono. Helton. Causticado, novamente, após Braga, considerado [erroneamente, quanto a mim] como o principal réu na derrota na cidade dos Arcebispos, o guardião brasileiro respondeu às críticas de melhor forma: com uma exibição [quase] irrepreensível. Tendo como única macula a saída extemporânea a uma cruzamento, criando uma situação de enorme embaraço para a sua baliza, Helton teve duas defesas cruciais. Com um pé, opondo-se com sucesso a Matigol. Depois, atento e felino, impedindo um auto-golo de Alvaro Pereira, agarrando o esférico quase em cima do risco fatal. Seguro no jogo aéreo, Helton provou continuar a ser o melhor para a função, dentro do plantel às ordens de Jesualdo.

Arbitragem: Contestado em surdina, durante a semana, pelos mesmos de sempre, Duarte Gomes recebeu um presente envenenado, ao ser nomeado para esta partida. O ar sereno com que abordou os lances, no entanto, provaram que a discussão em redor do seu nome não o afectou. Bem na marcação da grande-penalidade e nas duas expulsões, o juiz de campo saiu de consciência tranquila do Estádio do Dragão. As inúmeras intervenções, no capitulo disciplinar, não lhe podem ser imputadas. Limitou-se a cumprir escrupulosamente as leis do jogo. Para os entendidos, que tanto dissertaram, ao longo dos últimos dias, sobre a Lei XII, fica a ideia de que Duarte Gomes as sabe todas, de cor e salteado.

26 setembro, 2009

Clássico d'eleição!?!? ou não... voto Dragão!

Quando se pensava que a Pedreira pudesse ser bálsamo revigorante, onde o regresso às vitórias marcasse o reinício do ciclo de vida e o retomar das rotinas, o Dragão exibiu-se de forma abúlica, melancólica e soturna, como que aludindo à estação Outonal que irrompeu esta semana, deixando a massa adepta azul e branca nostálgica e à beira da depressão.

“Alguém vai pagar”… é nesta frase histórica de Mourinho, que ameaça tornar-se parangona clássica do subconsciente emocional Portista, que ganho ânimo, ainda que a mesma seja visão redutora da antevisão do Clássico.

Manda a tradição recente dos clássicos, (ainda que invertida a ordem caseira dos embates), entre Dragões e Leões, que a antecâmara competitiva esteja envolta de episódios de derrotas consecutivas e/ou exibições sombrias.

A pretérita temporada foi expoente máximo do que escrevo, após a derrocada no Emirates Stadium, o Dragão limpou a face. No mês seguinte, e numa conjuntura de desaires sucessivos, o caldo ameaçava entornar-se, desta feita, a vitória por pontapés da marca de grande penalidade, oxigenaram o Dragão e o professor pôde respirar de alívio.

É inútil tergiversar, o Clássico da 6ª jornada encerra novamente a obrigatoriedade azul e branca de sacudir a pressão, cortando novo sucedâneo de derrotas e exibições cinzentas, tornando lógico que a natureza destes jogos encerrem muitas mais vicissitudes que não tão somente, os 3 pontos.

Os Viscondes vivem dias de intrigalhadas internas, os nervos à flor da pele, crispam a outrora coesão/solidez defensiva, não sendo de estranhar a pouca eloquência exibicional, cujo ciclo de 4 vitórias, se saldou por pouca competência e aflitiva qualidade de jogo, mas se fez muito de crença, sofrimento e suor.

Surpresa táctica, seria Paulo Bento prescindir do seu 4x4x2 losango de conteúdo estanque e estático, desprovido de imprevisibilidade e dinâmica capaz de elevar o jogo para níveis de competitividade que passem para lá do lugar de vice-campeão.

Norma estruturante da configuração em diamante, tem sido Miguel Veloso habitar o vértice mais recuado e Moutinho numa espécie de nr. 10, podendo derivar em acções pelos flancos. Vukcevic e Angulo têm sido os interiores do desenho táctico, denotando notórias fragilidades na cobertura dos espaços entre linhas no miolo.

Caneira era umas das soluções face à permissividade dos flancos defensivos, imagem de marca neste início de época verde, a que se junta a debilidade ao nível do jogo aéreo, onde é justo dizer-se, Carriço resplandece e emerge como unidade de maior crescimento e maturação ao nível do sector recuado.

O futebol calimeriano vive à imagem do seu técnico, equilibrado, apelando à posse e inteligência, privilégio pelo rigor táctico, feito de progressão faseada, mas onde o seu bloco carece ainda de segurança de processos e denota uma obscuridade latente na ocupação do espaço ofensivo.

Contrariamente ao que os lagartos evidenciam, o princípio activo do losango, é um manancial de futebol bem mais atractivo, que basicamente, origina fortes apoios e a normal criação de 3 linhas, mas que não colhe observância no posicionamento evasivo de algumas unidades leoninas, traduzindo-se em menor qualidade e inépcia dos movimentos horizontais que preconizem largura de acção.

Vale aos leões a infatigável veia concretizadora de Liedson, que resolve os problemas de cariz ofensivo, sendo espelho mentiroso de uma propensão didáctica pouco colectiva.

Grosso modo, o onze sportinguista augura mexidas, Matigol e Yannick, perfilam-se como possíveis titulares, ficando a tónica da surpresa cingida ao eleito para defesa esquerdo.

Transversal à ideia de vitória azul e branca, está subjacente a vontade de o Dragão manter contacto com a dianteira, mesmo que pela frente tenha um Leão de espírito indómito.

Clássico é clássico, e este merece que Jesualdo dispa a imagem de técnico colado ao estudo táctico, feito de estratégias defensivas onde imperam o receio e o calculismo.

Se o Domingo configura tempo de outras decisões, o Clássico, não tendo ainda capital importância, terá que consubstanciar em definitivo a nossa linha de decisão face as várias dualidades em confrontação.

Robustez de jogo versus criatividade, dimensão física versus capacidade técnica, intuição pela baliza adversária versus inocuidade ofensiva, são inequações para as quais Jesualdo deverá encontrar fórmulas resolventes de forma a colocar este FC Porto num patamar de jogo mais relevante e condizente com as 5 quinas que ostenta.

Mais ou menos consensual, Belluschi seria sempre presença perene do centro nevrálgico dos azuis e brancos. O talentoso alvi-celeste, dotado de um sem número de argumentos ofensivos, incorpora assumidamente projecção atacante por contraste com a sua capacidade defensiva, o que aliado ao pouco poder de choque, influencia de forma mais ou menos abrangente os equilíbrios tácticos como solução para um meio campo feito só de 3 unidades.

Guarin pode, por força das suas características físicas e capacidade de remate na meia distância, propiciar pontos de contacto entre as transições, no entanto, será sempre um elemento antagónico e completa negação de um futebol criativo feito de rupturas, onde a espontaneidade ligue com o futebol rectilíneo e vertical numa eleante e elegante capacidade construtiva.

A ideia Guarin ou Mariano Gonzalez, como elementos muleta de Meireles e Fernando, colam por certo num esboço do Professor que prime por jogadores de requisitos onde impere a cultura táctica e inflexibilidade na variedade de acções, mas por certo castrador de um futebol desejado, capaz de mostrar imprevisibilidade, toque curto e desequilibrante, onde os verdadeiros criativos aparecem contextualizados nos movimentos colectivos de futebol veloz e objectivo, mais similar ao legado deixado por esses ícones, Lucho e Lisandro.

A adopção de um empreendorismo capaz de pautar os ritmos de jogo ao nível da zona nevrálgica, mesmo com Meireles em déficit cinético/dinâmico, no conceito moderno de médio box-to-box, trará inteligível subversão da rigidez e realismo táctico, em competência colectiva e coerência de acções individuais.

Se a lesão de Varela diminuia o espectro de aproveitamento das debilidades nas laterais leoninas, “Cebola” foi um duro golpe na possibilidade de um tridente próximo da ideia pensada desde início de temporada, (Rodriguez, Falcao e Hulk), adensando mais os labirintos e encruzilhadas tácticas na mente do professor.

São contrariedades a mais, o momento menos pacífico, agita ainda mais multiplicidade de indefinições que orbitam o clássico, o onze vai sofrer mexidas, a quebra das rotinas colectivas traduzem incertezas e juntam-se a outros dilemas que entorpecem a dinâmica de vitória azul.

Os golos esquisitos e muito consentidos, colhem algum beneplácito na atitude displicente e de objectiva falta de concentração. A defesa, com expressão máxima no capitão, ainda não atingiu um nível exuberante de capacidade férrea e coriácea. Os laterais, expressam uma ambígua profundidade ofensiva, denotando dificuldades em fechar por dentro e obstar aos cruzamentos das faixas, obrigando à desmultiplicação e redobrada atenção dos elementos do miolo.

Os Clássicos, são por inerência, jogos de incerteza, há quem os designe por jogos de tripla, as estatisticas e a razão dos números nem sempre explicam tudo, funcionam um pouco como as sondagens, tanto ajudam no diluir como no adensar da pressão. Eu, convicto Portista, toda a semana me vi percorrido por um feeling positivo, saudosista é certo, mas que me atiram para memórias de clássicos de eleição, (4-1 da era Mourinho ou um 3-0, com Doriva a fazer os três golos), ocasião, não me faz tolerar outro desfecho que não seja a vitória do Dragão…

LISTA DE CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Beto.

Defesas: Bruno Alves, Rolando, Fucile, Álvaro Pereira, Maicon e Sapunaru.

Médios: Fernando, Raúl Meireles, Belluschi, Valeri, Mariano, Tomás Costa e Guarín.

Avançados: Hulk, Farias e Falcão.

25 setembro, 2009

FRASCO

António Manuel Frasco Vieira, nasceu a 16 de Janeiro de 1955 em Leça da Palmeira, Matosinhos. Foi precisamente no clube de Matosinhos que nasceu para o futebol naquela que foi uma das maiores “canteras” do futebol português: “Os bebés de Matosinhos” comandados por Óscar Marques. (nota: o primeiro desporto de Frasco, foi o basquetebol, onde Óscar Marques o foi recrutar)

Estreou-se na 1ª divisão com apenas 18 anos na época de 1973-74 ainda como avançado passando depois para o meio campo onde se destacaria e começaria a ser cobiçado pelos grandes do futebol português. No entanto, o Porto só o conseguiu contratar na época de 1978/79. Ainda assim, e apesar de sua baixa estatura (1,68 m), “Mestre” Pedroto confiou plenamente no jovem Frasco e, no seu ano de estreia com a camisola azul e branca, foi titular em todos os 30 jogos do campeonato marcando 2 golos sendo o jogador mais utilizado tornando-se decisivo na conquista do bi-campeonato. A direcção do clube, para o premiar pela excelente época, ofereceu-lhe um apartamento.

Era um centro campista com uma técnica fantástica e, apesar da sua baixa estatura, era muito raçudo e uma autêntica “carraça” na hora de defender com uma disponibilidade física impressionante para um jogador da sua estatura. Jogador de uma entrega notável revelava-se extraordinário quando era preciso guardar a bola e controlar o jogo. Protegia-a como ninguém sendo muito difícil tirarem-lha e ainda tinha verdadeiras características de um “Sempre-em-pé”. No entanto, era também excelente a transportar a bola para a frente. Ganhava muitas faltas bem perto da área dos adversários que muitas vezes se transformavam em golo.

Para além de ter ganho todos os títulos internos com o Porto (4 campeonatos, 2 Taças e 3 Supertaças), Frasco foi titular na primeira final europeia que o Porto disputou e perdeu para a Juventus. Em 1987, na final da Champions contra o Bayern, substituiu Inácio aos 65 minutos e foi, juntamente com Juary (também ele uma substituição acertada de Artur Jorge), fundamental na reviravolta. Juary mete a bola em Frasco perto da grande área, este tira um alemão da frente e devolve a bola a Juary já dentro da área que por sua vez a coloca em Madjer para este fazer um dos golos mais bonitos e mais importantes de toda a história do Futebol Clube do Porto. Esteve ainda na única Supertaça Europeia ganha pelo Porto, ainda a duas mãos, frente ao Ajax sendo titular em Amesterdão e esteve também no Japão, na Taça Intercontinental, frente ao Peñarol onde não chegou a jogar.

Com a qualidade das suas exibições rapidamente chegou à Selecção Nacional onde se estreou em 1979 e na qual fez 23 jogos. Fez parte de uma fantástica Selecção que chegaria às meias-finais do Europeu de 1984 maioritariamente constituída por jogadores do Porto e que só perdeu com a equipa anfitriã, a França, no último minuto do prolongamento com um golo do manhoso Platini.

Serviu o clube sempre com enorme dedicação. Aliás, na época de 1985/86, no jogo do título com o Covilhã, aceitou jogar apesar de ter acabado de perder o pai vítima de um naufrágio em alto mar.

Há ainda uma frase que lhe é atribuída e que se mantém sempre actual:

    “Sem o 25 de Abril nem 20 Pintos da Costa nos valeriam.”
Saiu do Porto na época de 1989/90 já com 34 anos depois de 11 temporadas ao serviço do clube. Ainda jogou mais um ano ajudando o Leixões a subir à Divisão de Honra. Foi treinador de alguns clubes de divisões secundárias e, em 2006, foi convidado a integrar o quadro de técnicos dos escalões de formação do Futebol Clube do Porto onde ainda permanece nos sub19.