31 outubro, 2012

No FC Porto não basta ganhar... é só a única coisa!

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Sei que já todos falaram sobre a marca do nosso Presidente à frente dos destinos do clube, sei que foi dissecado o assunto por vários jornais, mas não me perdoaria se não falava sobre o nosso Presidente.

Um marca impressionante a dos 1000 jogos como Presidente. Engraçado que a marca é atingida no local (Estádio da Amoreira - Estoril) onde foi o seu jogo número um à frente dos destinos do nosso clube, embora nesta engraçada coincidência, as circunstâncias da altura e as de agora sejam completamente contrárias.

Hoje, apesar da conjuntura económica, o FC Porto vive um desafogo financeiro. Na altura, e segundo relatos do mesmo Presidente, não havia dinheiro nem sequer para mandar “tocar um ceguinho”, a luta com o sul começava naquela altura e claro, poucos ou mesmo ninguém dava algum crédito ao FC Porto, que era aquilo que chamávamos de clube simpático.

Até que o nosso Presidente, depois de Abril de 1982, toma conta do barco e limpa a casa de uma vez por todas. Começamos por montar com o dinheiro que havia, boas equipas bem orientadas na altura pelo Mestre Pedroto, ladeado por gente extremamente competente como Morais, Professor Zé Neto, Professor Hernâni Gonçalves (Bitaites). Estavam aqui lançadas as bases de um Porto que viria a dar cartas em Portugal e na Europa.

Mesmo com alguns contratempos, com todos em Lisboa (Santa Aliança) contra Pedroto e até mesmo a própria doença do Treinador, chegamos a uma final em Basileia, acabamos por perder, é verdade (nem tudo eram rosas), mas éramos uns inexperientes nestas andanças e foi ali que aprendemos alguma coisa. Esta, para mim, é uma forma de estar com a qual me identifico. Errar e cair todos o fazem; agora levantar, só aqueles que aprendem com o trambolhão.

O Homem dos 1000 jogos, o nosso grande Presidente, conta uma episódio fabuloso sobre a final de Basileia. Os nossos jogadores andavam tão preocupados com as entrevistas e os contratos com marcas desportivas, que perderam a concentração da final. A partir dali, aprendemos, e nunca mais voltamos a fazer o mesmo.

Lá íamos aos bocados tirando jogadores da formação, formar gente de barba rija, encontrar nas camadas jovens dos outros os craques como Futre, trazendo sempre uma vedeta como Madjer. Assim aos bocadinhos e 4 anos depois, lá estávamos nós em Viena depois de arrumarmos os valentes de Kiev (na altura tinha uma equipa do outro mundo), e com a nossa humildade, sendo claramente o under-dog daquela final, fizemos um jogo de uma vida. Ali, marcamos a nossa primeira passada histórica na Europa.

Meses depois, arrecadávamos a Supertaça Europeia. Alguns meses depois, estávamos em Tóquio a jogar em sistema "todo terreno" num manto branco, e mais uma vez, a levantar um troféu que em Portugal, só o FC Porto tem, e logo a dobrar.

Até ao final dos anos 80, duas finais europeias, e formar aquilo que conhecemos mais tarde como "jogadores à Porto", legado no futebol Europeu e Mundial.

Nos 90´s, continua a nossa saga, desta feita, para manter a força do clube a nível interno. É que até 93, era o agora ganho eu, agora ganhas tu. Eis que Pinto da Costa, depois de algumas escolhas não muito felizes como o regresso de Ivic ou até mesmo o Quinito (mas só não falha quem não faz escolhas), foi buscar um treinador despedido do cemitério dos treinadores: Bobby Robson.

Com calma e cuidado, até porque o futebol passou por momentos complicados a nível económico e até mesmo em rota de colisão com o Estado, e quem levava por tabela era sempre o nosso clube que servia sempre como exemplo, até que batemos o pé e o Estado lá deu um passo atrás, porque viu que cá em cima, nem tudo é a Câmara Municipal do Porto dos dias de hoje. Subserviência não é conhecida para estes lados.

Mas de repente, inventamos um Penta. Não há muitos clubes e Presidentes que possam apresentar isto no curriculum, então em Portugal...

Aqui, lá nos fomos lançando de novo na Europa. As Antas, nos 90´s, era um barreira mesmo para os grandes. Fomos longe na Taça das taças; no ano seguinte, ficamos pela fase de grupos da Champions; depois, no ano seguinte, fomos parados pelo Manchester e mais tarde, fomos mesmo roubados indecentemente contra o Munich numa meia-final.

Nestes anos do Penta, também começaram algumas campanhas vergonhosas na comunicação social: foram os porcos da bola, presidentes que lá tiveram os seus minutos de fama como o Dr. Barata, as lutas com os Santas e os Damásios, e claro, a guerra aberta com Lisboa, mais uma vez.

Depois do Penta, passamos uns tempos complicados. Apesar de bons planteis, tivemos sempre azar com os comandantes da mesma. Bom, até nisto tivemos sorte. Depois de 3 anos sem ganhar, havia sede e fome de ganhar. Havia orgulho ferido! Pinto da Costa colocou mãos à obra e mais uma vez, vai ao inimigo resgatar a segunda peça que levaria o clube ao topo da Europa. Depois de Deco e Maniche, fomos buscar ao Leiria, o homem que foi despedido pelo bêbado de serviço que pairava no galinheiro.

Eis que, passamos dois anos de autêntica loucura. Vitórias históricas em Atenas e nas Antas frente à Lazio, passar por finais da Taça UEFA ganhas num jogo louco que nos lança de novo na Europa, até reviravoltas em Marselha, a loucura de Old Trafford e na Corunha até Genselkirchen onde levantamos o tão ansiado caneco pela segunda vez. Aí, fizemos o nosso porquinho mealheiro que dura até hoje como forma de fazer dinheiro no clube, o tão elogiado "comprar barato » vender caro".

Ora, não há ninguém que tenha sucesso em Portugal que não seja alvo de problemas alheios à sua vida. Rebentam os apitos e apupos, entre outras campanhas badalhocas que deram em coisa nenhuma, mas o objectivo foi cumprido, pois lá conseguiram ganhar um campeonatozito...

Mas o hábito de ganhar e a sapiência do Presidente continuaram ao serviço do clube. Depois de limpar o seu nome na Justiça, e afastar de uma vez por todas as más companhias, eis que lança alguém para vir limpar o balneário.

Desde a época com os 3 treinadores numa só época, em que na Direcção nem sequer podiam falar entre eles, pois estavam todos sob escuta, não podiam discutir o caso entre eles, porque estavam todos no processo do apito... mas, acabou bem rápido.

Lá se delinearam estratégias, porque nada acontece por acaso no nosso clube. Começamos a comprar nos mercados sul-americanos à procura de jovens estrelas e a esquecer os jogadores Portugueses. Isto tem uma explicação. Os problemas que tivemos com a selecção foram tantos, que formando no nosso clube, só gente de carácter que não se deixe levar pelas modas.

O Nosso Presidente. Nesta altura, já tinha um estádio feito, lança um Pavilhão para as modalidades (promessa que cumpriu à risca) e lançou de novo o FC Porto na Europa, quer a nível de mercado, quer a nível competitivo. Nem vale a pena tentarem estragar o nome do clube com teorias do apito... qualidade, vê-se ao vivo e a cores, em directo na TV e transmitido para todo mundo.

Mais um TRI no palmares, e decide dar uma oportunidade ao miúdo (apelido que Jesus um dia se dirigiu ao Villas Boas), onde fizemos um ano de nuvens, um campeonato sem derrotas, um 5-0 ao eterno rival, uma final da Liga Europa ganha depois de grandes jogos Europeus, vencer a taça de Portugal, começando com aquele show de bola em Aveiro contra o eterno rival que já tinha o jogo ganho no jornal A Bola... no relvado, é que foi mais complicado.

Mas isto teve um interrupção. O jovem treinador decidiu ir embora para outras paragens, e mais uma vez, numa decisão arriscada, o Presidente eleva o treinador adjunto a Treinador principal. Seja com criticas ou assobios, nunca desistiu deste treinador, aliás, é com ele que faz o seu jogo número 1000 no Estoril e mostra ser mais uma vez uma aposta ganha por parte do Presidente.

30 anos depois, realidades bem diferentes. Os inimigos continuam os mesmos, mas o Homem, o Presidente, esse, continua igual! Quantas pessoas conhecem com aquela idade que mostre esta lucidez, mesmo na altura de dizer o seu 11 de sempre?

Pinto da Costa é muito responsável por esta forma de ser do FC Porto, pois nunca nos cansamos de ganhar. Ele, é responsável por hoje estarmos como estamos e o criador do lema:

“No FC Porto não basta ganhar... é só a única coisa!”
Bíblia do FC Porto

Meus Amigos, grande abraço Tripeiro e muito... muito Portista.

30 outubro, 2012

O regresso de Tiago Rocha e um Laurentino inspirado…

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O FC Porto passou sem problemas em Águas Santas com uma vitória folgada na noite da última quarta-feira, jogo que presenciei ao vivo, acompanhando pela rádio o que se passava no futebol também com jogo aliciante (e igualmente vitorioso) nessa noite.

O regresso do pivot Tiago Rocha (lesionado desde a pré-época) foi determinante, assim como a inspiração de Hugo Laurentino, finalmente a reaparecer em grande estilo, num início de época em que os nossos guardiões do andebol teimavam em se esconder.

Também com direito a destaque nesta introdução ao meu post, fica o golo absolutamente magistral de Pedro Moreira no nosso jogo de hóquei frente ao Espinho este domingo. Uma obra de arte, dois dias depois de ter nascido o seu 1º filho. Parabéns Pedro!



ANDEBOL
  • Águas Santas 26-35 FC Porto
Grande vitória do FC Porto na Maia, terreno onde outros ainda lá irão jogar.

Ao intervalo, o FC Porto já vencia por 9-19, com grande intensidade defensiva e um brilhante Laurentino (56% de eficácia), o regresso do imponente Tiago Rocha (6 golos) e a eficácia notável de Ricardo Moreira (7 golos). Spínola com 5 golos, Gilberto e Mota com 4 também se destacaram.

O FC Porto chegou a estar a vencer por 12, mas Obradovic geriu o plantel e deu oportunidade a toda a gente de jogar, e por isso, o ritmo abrandou na parte final. Como disse Obradovic: "Com Tiago, é mesmo outra música".

O próximo jogo será frente ao Sporting no Dragão Caixa, dia 10 de Novembro, pelas 18h30. Os Dragões estão isolados no 2º posto a apenas 2 pontos da liderança.

Este fim-de-semana, há jogo importante da Selecção A em Espinho diante da Macedónia (domingo 17h00 na RTP2), sendo que na quinta-feira, Portugal joga em Sevilha com a Espanha (apuramento para Europeu 2014).



HÓQUEI EM PATINS
  • FC Porto 10-1 Ac.Espinho
Grande goleada no Dragão Caixa no último domingo, frente a um adversário que nos costuma dificultar muito a vida.

Ao intervalo, havia apenas 2-0, mas na 2ª metade, o ritmo avassalador dos pupilos de Tó Neves foi fazendo estragos evidentes. Chegou a estar 6-0, e acabou 10-1, com Tiago Losna a marcar 3 golos, Reinaldo Ventura, Vitor Hugo e Jorge Silva 2, e com um só golo, mas claramente como o melhor da tarde, aparece Pedro Moreira numa execução genial de um livre directo.



Jogo tranquilo em que houve até oportunidade para os jovens Diogo Seixas e Miguel Costa se estrearem em face das ausências de Caio (castigado até fim de Janeiro) e Hélder Nunes (nos Sub20 de Portugal).

À 4ª jornada, o FC Porto assume finalmente o 1º lugar da tabela com os mesmos pontos (mas melhor diferença de golos) de Oliveirense e Benfica.

No próximo sábado, pelas 18h00, há jogo em casa do Limianos, onde há duas épocas atrás, muitas dificuldades passamos em jogo da taça de Portugal.

Também se ficou a saber este sábado que o nosso grupo da Liga Europeia fica definitivamente composto por FC Porto, Lodi, Omer e Noia, depois de absolverem o Liceo. Na 1ª jornada, a 10 de Novembro, jogamos no recinto do Lodi em Itália.



BASQUETEBOL

No basquetebol, a nossa equipa Sénior/sub20 jogou na passada quinta-feira num jogo de treino contra a equipa do FC Gaia (escalão Sénior), que compete na CNB1. O resultado foi de 81-64 a nosso favor.

Destaque para o poste Francisco Rothes, com 16 pontos e 11 ressaltos. Também em bom plano, José Pedro Miranda com 15 pontos, e Pedro Bastos com 13.

Na Taça de Portugal, nos 16 avos de final que se jogam a 7 de Novembro, o Dragon Force FCP ficou ontem a saber que dia 7/11 desloca-se a Lisboa para defrontar o Atlético (21h30).


Um abraço do Lucho.

Um recorde de ausências

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Realizou-se na passada 5ª feira, a Assembleia Geral para aprovação do Relatório e Contas do Futebol Clube do Porto (note-se, Clube e não SAD) relativo ao período compreendido entre 1 de Julho de 2011 e 30 de Junho de 2012. Tendo estado presente nos últimos 20 anos em todas as AG´s do Clube, nunca tinha assistido a uma AG com tão pouco número de associados: excluindo os membros dos órgãos sociais e funcionários do Clube, não estariam mais de 30 sócios presentes. Seguramente, será possível identificar as razões para tal situação (certamente com culpas quer para o Clube, quer para os sócios), no entanto, não é agora o momento certo para abordar tal assunto.

O que se trata agora é de olhar para as contas do Clube e salientar o que de mais relevante se me afigura dizer.

PRIMEIRO: o resultado líquido apresentado – prejuízo de 10.099.395 € - deriva não tanto da actividade desenvolvida, com os gastos e rendimentos gerados, mas sobretudo dos resultados das empresas suas participadas, em função da percentagem detida, tal como exige o novo normativo contabilístico. Ou seja, o resultado líquido negativo de 10.099.395 € foi fortemente influenciado pelos resultados das participadas em 11.667.318 €, o que significa que, se não fosse considerado o desempenho das participadas, o resultado obtido seria positivo em 1.567.923 €.

Então, quais as participadas e em que montantes contribuíram negativamente para o resultado? Eis a relação:

SEGUNDO: quanto às modalidades, como habitualmente os seus resultados foram negativos, sendo discriminados assim:

TERCEIRO: de positivo, há que referir que o número de sócios entre 30/06/2011 e 30/06/2012 aumentou de 104.328 para 108.347, sendo acompanhado pelo aumento das receitas associativas (quotas) de 4.961.473 € para 5.065.349 €. Neste ponto, é importante salientar que foi no decorrer do exercício implementada uma medida no sentido da redistribuição interna das receitas de quotização dos associados entre o Clube e a FCP Futebol SAD, passando o Clube a reter 75%, ficando 25% para a SAD, sendo que anteriormente a relação era exatamente a inversa.

QUARTO: quanto à situação patrimonial, destaca-se a robustez do capital próprio (isto é, o excedente do ativo em relação ao passivo), atingindo o montante de 63.607.211 €. Este capital próprio tem vindo a ser bastante penalizado pelos ajustamentos nas participações financeiras, tal como referido no primeiro ponto. A sua evolução nos últimos anos tem sido a seguinte:

nota: a quebra brusca de 2009 para 2010, deve-se à aplicação pela 1ª vez do normativo contabilístico sobre participações financeiras.

QUINTO: o passivo total é de 38.638.391 €, devendo notar-se que neste total está incluído o montante de 12.625.595 € referente à dívida do Clube à SAD, tratando-se portanto de um passivo interno. Quanto ao passivo bancário, vence juros a taxas indexadas à Euribor com baixos spreads (entre 1,25% e 3,5%) e refere-se ao Pavilhão Dragão Caixa (cerca de 8 milhões de euros em dívida à CGD), ao Vitalis Park (cerca de 900.000 € em dívida ao BCP) e às instalações da antiga sede (cerca de 850.000 € em dívida ao BES).

Eis, pois, de modo muito sucinto, aquilo que de mais interesse me parece poderá suscitar naqueles Portistas que não puderam estar presentes na AG e que gostam de estar atualizados nestes assuntos das contas.


nota: o blog BPc agradece ao JCHS a elaboração deste artigo.

29 outubro, 2012

Nacional é o próximo adversário na Taça de Portugal

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O FC Porto vai deslocar-se à Madeira para defrontar o Nacional, ditou o sorteio da quarta eliminatória da Taça de Portugal, realizado esta segunda-feira na sede da Federação Portuguesa de Futebol.

Os Dragões visitam a Choupana pela segunda vez nesta competição, depois de terem triunfado por 3-0, em 1980/81, em jogo dos oitavos-de-final da prova.

A pedido dos bicampeões nacionais, é previsível que o encontro se realize a 17 de Novembro, estando a hora ainda por definir.

Fernando Gomes diz que o FC Porto teve pouca sorte no sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, que ditou a deslocação dos azuis-e-brancos à Choupana, para defrontar o Nacional.

«O Nacional era uma das equipas mais fortes que nos podia sair. É da primeira Liga, nunca é fácil jogar na Choupana. No ano passado atingiram as meias-finais e, seguramente, quererão fazer melhor este ano», reagiu o representante do FC Porto no sorteio da prova rainha.

Apesar de reconhecer que o Nacional «não está a fazer o que pensava para esta época», Fernando Gomes destacou o regresso ao comando técnico da equipa madeirense de Manuel Machado, «um treinador que conhece bem a casa».

«Vai ser uma eliminatória difícil. Sorteio é sorteio. Tudo faremos para seguir em frente porque a Taça de Portugal é um dos objetivos que temos para esta época», sublinhou.

fonte: fcporto.pt

Pinto da Costa, mil jogos no Campeonato!

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1.000 jogos no Campeonato, mil vezes o nosso orgulho de Dragão! 1.000 e muitas mais razões para estarmos felizes!

Parabéns grande Presidente! Bem-haja, senhor Jorge Pinto da Costa.

Pinto da Costa é “só” o dirigente desportivo mais titulado do Mundo! Na nobre missão, o êxito lavrado!

Fernando Moreira (Dragão Azul Forte)

Vira o disco e toca o Cha Cha Cha

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Estoril 1-2 FC Porto

Liga 2012/13, 7.ª jornada.
28 de Outubro de 2012.
Estádio António Coimbra da Mota, no Estoril.
Assistência: 8.434 espectadores.


Árbitro: João Capela (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Santos e Pedro Garcia.
Quarto árbitro: Luís Reforço.

ESTORIL: Vagner; Anderson Luís, Steven Vitória, Bruno Nascimento e Jefferson; Diogo Amado, Gonçalo e Evandro; Carlitos, Licá e Gerso.
Substituições: Evandro por Carlos Eduardo (61m), Gerso por Luís Leal (63m) e Diogo Amado por João Paulo (77m).
Não utilizados: Renan, Mano, João Pedro e Hugo Leal.
Treinador: Fabiano Pessoa.

FC PORTO: Helton; Danilo, Maicon, Otamendi e Mangala; Fernando, João Moutinho e Lucho (cap.); Varela, Jackson Martínez e James.
Substituições: Varela por Atsu (72m), James por Rolando (86m) e Lucho por Defour (90m+2).
Não utilizados: Fabiano, Castro, Iturbe e Kelvin.
Treinador: Vítor Pereira.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Steven Vitória (10m), Varela (57m) e Jackson Martínez (61m).
Cartão amarelo: Fernando (69m).

Após longa paragem na Liga para compromissos da Selecção Nacional e Taça de Portugal e moralizados por uma óptima campanha na Champions, o Porto tinha pela frente um jogo difícil, fora, com o Estoril Praia. Uma equipa complicada de derrotar, com bons princípios e bem fundamentados, boas ideias de jogo e que irá com certeza fazer um campeonato mais ou menos tranquilo.

Do nosso lado, Vítor Pereira manteve o mesmo 11 do último jogo, procurando manter rotinas na equipa e dar dinâmicas fortes desde o apito inicial de forma a não complicar o jogo. Era importante vencer, não só pelas vitórias dos rivais já nesta jornada, mas também por ser jogo fora do Dragão e não termos vencido o último jogo na condição de visitante.

Boa entrada com um lance perigoso de Varela logo aos 2minutos de jogo, o qual poderia ter dado outra cara a este encontro. Com um Estoril a jogar bem e a pressionar alto, sem deixar pensar a 1ª fase de construção do Porto, obrigando quase sempre a decidir mal o passe por parte dos jogadores mais recuados.

Na sequência de um canto oferecido por Fernando, hoje em noite pouco feliz, num lance que poderia fazer melhor oferece de bandeja um lance de perigo ao Estoril. Canto batido e golo do Estoril à passagem dos 10’, por Steven Vitória. Apatia total do defesa zonal do Porto.

Era necessário correr atrás do prejuízo e foi tentando o Porto chegar ao golo desperdiçando algumas oportunidades de golo, nomeadamente Jackson e Otamendi que falha um desvio escandaloso ao 2º poste atirando contra o mesmo. Quando o Porto se conseguia organizar no meio-campo adversário a organização do Estoril aparecia e com a lentidão na circulação não era possível fazer melhor, arrastando-se o jogo até final da 1ª parte.

Nada mudamos ao intervalo a não ser a atitude e mentalidade que era necessário entrar muito mais forte e agressivos para poder mudar o jogo a nosso favor. Assim foi e em 15 minutos fizemos a reviravolta no jogo.

Rápidos, dinâmicos, encostando o adversário à sua zona mais recuada, não conseguindo lançar contra-ataques. Aos 57minutos, Jackson trabalha bem na direita no 1x1 e mais forte cruza ao 2º poste para Varela cabecear para o empate no jogo. O mais difícil que seria o golo do empate surgiu cedo, sendo muito importante este momento no jogo. Ainda se festejava o primeiro e já o Porto andava perto da baliza de Vagner. Num livre batido para a área por Moutinho, Jackson aparece solto e de cabeça novamente, faz o 1-2 a favor do Porto. Bom movimento e melhor finalização continuam a fazer dele a grande referência ofensiva desta equipa. Ultrapassou Falcao com 9 golos nos 11 primeiros jogos, mas calma...

Mantivemos a toada por mais alguns minutos e depois a ficha desligou-se novamente, voltando os erros infantis principalmente na decisão e a falta de regularidade no passe que dificultou a circulação e posse de bola, características deste FC Porto. No entanto, controlámos sempre o Estoril longe da nossa área, mas foi necessário Vítor Pereira ajustar defensivamente a equipa com a entrada de Rolando para 3º central de forma a não correr riscos, quando faltavam 5’ para os 90.

Até final o jogo correu de forma tranquila, com o resultado final feito aos 60 minutos e uma vitória mais que justa e que peca por momentos de pouca qualidade da nossa equipa. Temos tido dificuldades excessivas nos jogos fora de portas, algo que deve ser corrigido rapidamente, pois em 4 jornadas 5 golos sofridos e vitórias pela margem mínima.

Continuamos na liderança partilhada e é importante firmeza para manter o lugar.

Melhor em campo: Jackson.



DECLARAÇÕES

Vítor Pereira:

O treinador Vítor Pereira dedicou a difícil vitória no terreno do Estoril (2-1) a Jorge Nuno Pinto da Costa, por ocasião do seu milésimo encontro no campeonato nacional como presidente dos Dragões. O técnico sublinhou a entrada forte do FC Porto na segunda parte, que permitiu dar a volta a uma situação de “alguma ansiedade”.

Reacção na segunda parte
“Vimo-nos a perder muito cedo no jogo e depois era natural que houvesse uma ou outra oportunidade, mas faltava mais intensidade nas acções defensivas, mais agressividade, pressionar mais alto, ‘apertar’ mais com o Estoril. Foi isso que fizemos na segunda parte.”

Luta contra ansiedade
“A alegria vem fundamentalmente pela forma como o triunfo foi conseguido. Depois de estarmos a perder por 1-0, e sabendo que um golo não chegava, é natural que se tenha gerado alguma ansiedade. Tivemos uma entrada forte na segunda parte, conseguimos dar a volta e depois podíamos ter feito mais golos.”

A corrida do título
“Esta corrida está muito longe de chegar ao fim. Temos de ser consistentes e ir somando pontos para na parte final ver quem tem argumentos para chegar ao titulo.”

Dedicatória especial
“Foi importante chegar aqui e poder dedicar, no jogo 1000, a vitória ao presidente, que já teve tantas conquistas. Este espírito de vencedor, de quem é ambicioso, é-nos transmitido na pessoa do presidente. Não há ninguém que queira ganhar mais do que ele.”

Jackson quer «continuar a marcar»
Também Jackson Martínez, que apontou o segundo tento portista, prestou declarações no final do encontro: “Foi uma vitória muito importante. Pensamos em nós e não nos nossos rivais e queremos fazer o nosso trabalho, independentemente dos outros. Foi um jogo muito difícil, perante uma equipa complicada. Na segunda parte tivemos uma atitude diferente, querendo ganhar. Na primeira parte, não tivemos a eficácia necessária. O mais importante são os três pontos, mas, como goleador, é importante continuar a marcar e a equipa fica mais perto de ganhar”.



RESUMO DO JOGO

28 outubro, 2012

FC Porto B derrotado na Tapadinha

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Atlético 2-1 FC Porto B

II Liga 2012/13, 11.ª jornada
28 de Outubro de 2012.
Estádio da Tapadinha, em Lisboa.
Assistência: cerca de 1000 espectadores.


Árbitro: Rui Silva (Vila Real).

ATLÉTICO: Leão, Luís Dias, Paulo Renato, Hugo Carreira, Vítor Moreno, Taira, Marco Bicho, Vasco Varão (Hugo Pina, 86), Hernâni (Adilso, 69), Lito (Quinaz, 46) e Ailton.
Substituições:
Quinaz por Lito (46m), Adilso por Hernâni (69m) e Hugo Pina por Vasco Varão (86m).
Não utilizados: Janota, Mauro, Julian e Tininho.
Treinador: António Pereira.

FC PORTO B: Stevanovic, David Bruno, Abdoulaye, Tiago Ferreira, Quiñones, Edú (Pedro Moreira, 73), Sérgio Oliveira, Mikel (Sebá, 66), Tozé, Dellatorre (Frederic, 57) e Vion.
Substituições: Frederic por Dellatorre (57m), Sebá por Mikel (66m) e Pedro Moreira por Edu (73m).
Não utilizados: Eloi, Zé António, Fábio Martins e Diogo Mateus.
Treinador: Rui Gomes.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Ailton (61m), Hernâni (66m) e Sérgio Oliveira (73m).
Cartões amarelos: Delatorre (45+3), Sérgio Oliveira (66), Quiñones (83), Paulo Renato (84), Quinaz (90) e Hugo Pina (90+2).

O FC Porto B perdeu este domingo no terreno do Atlético, por 1-2, em jogo da 11.ª jornada da Segunda Liga, um resultado com sabor amargo, tendo em conta o pressing final da equipa de Rui Gomes.

Depois de uma primeira parte sem grandes lances de perigo, o Atlético adiantou-se logo no início da segunda parte, com um golo de Ailton (61m). Cinco minutos depois, novo golo do Atlético, com Hernâni a marcar na transformação de um livre directo.

A perder por dois golos, o FC Porto B foi para a frente e reduziu o marcador aos 73 minutos, com Sérgio Oliveira a marcar com um remate de fora da área. Seguiu-se uma intensa pressão do FC Porto B, mas a bola teimou em não entrar, acabando a equipa por sofrer uma derrota amarga.

fonte: fcporto.pt

CLASSIFICAÇÃO II LIGA
1º - Sporting B 10j, 8v, 1e, 1d, 25pts
19º - Porto B, 11j, 1v, 5e, 5d, 8pts



RESUMO DO JOGO

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O regresso à piscina dos grandes!

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Depois da visita de estudo a Vizela, o aluno voltou para a piscina dos grandes e nadou como um campeão. Ao contrário do que aconteceu a caminho de Viena nas Antas, o Dragão esteve longe de estar cheio (talvez reflexo de uma tal de crise). Não estou a dizer que o Dinamo de Kiev é uma equipa forte. O Miguel Veloso tem lugar na equipa. O Spartak de Moscovo é que é! Mas enfim. Valeu bem a pena o bilhete. O Varela jogou bem e até marcou um golo. Gostei de ver o João Moutinho pouco interventivo no jogo. Chamem-me esquisito, mas gosto de assistir a acontecimentos raros. A seguir à passagem do Halley, ver Moutinho ter uma exibição cinzenta é o fenómeno raro que mais aprecio. De vez em quando, sabe bem para ter a certeza que o rapaz afinal é humano.

A defesa que tanta solidez nos tem dado continua a vacilar nos lances de bola parada onde a bola normalmente só pára no fundo das redes. Estamos a um empate da qualificação. No entanto, diz-me a experiência que o aluno que estuda para o 10 normalmente reprova, por isso concentração máxima. Curiosamente, o Hulk já foi embora há uma data de tempo e nós continuamos a somar vitórias atrás de vitórias. Chiça, que ainda não é desta que o Futebol Clube do Porto fica refém de um só jogador, não é, caros comentadores de bancada?

Sinceramente, não estou muito preocupado com o que o Porto vai fazer na Champions este ano, pois sei quem em 2014 quando a final for no nosso Salão de Festas, aí sim vamos ganhar! Se não for este ano, é para o próximo!

O Futebol Clube do Porto representou bem a si próprio a nível europeu. Os outros dois cujo o nome tenho asco de pronunciar representaram bem o futebol português. Devo, portanto, dar os meus sinceros parabéns os vermelhos e lagartos que continuam empenhadíssimos na sua missão de enxovalhar o futebol português. E ainda dizem que aquela gente não têm objectivos.

Enquanto por cá vão dizendo que Jackson Martinez é “um bom jogador”. Lá fora, chamam-lhe “matador letal”. A seguir às sobrancelhas, são estes pequenos pormenores que gosto de realçar. Olhando para a cor da pele há quem se apresse a dizer que Martinez não é Falcao. Olhando para a cor dos números talvez Martinez não deva nada a Falcao. 8 golos em 10 jogos. É caso para dizer: Falcao não fez melhor.

"Queremos manter-nos na frente na Champions e no campeonato"

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Vítor Pereira teve, esta sexta-feira, uma conversa franca com os jornalistas, na conferência de imprensa de antevisão da deslocação ao Estoril (domingo, 20h15). O técnico abordou a possível estratégia do adversário e as dificuldades provocadas pelo calendário, mas a ideia forte foi outra: o FC Porto não quer abdicar do raro estatuto de liderar o grupo da Champions e a Liga portuguesa.

Que comentário lhe merece o jogo 1000 do presidente Pinto da Costa?
Mais do que o jogo 1000, importa falar de um presidente com muitas conquistas acumuladas. Se fosse o jogo 1000 sem conquistas, este número não teria valor. É uma marca que apraz registar.

Que tipo de jogo espera no Estoril?
A ideia que tenho de equipas como Estoril, Rio Ave e Gil Vicente ilustra aquilo que são as qualidades do treinador português e das equipas portuguesas de média qualidade. São formações com treinadores astutos na forma como abordam o jogo: defendem bem, de forma organizada, com muita entreajuda quando defrontam equipas de nível superior. A qualidade das acções ofensivas centra-se no momento da transição: algumas têm jogadores que exploram melhor esses momentos e que têm mais critério quando recuperam a bola. Para além disso, aproveitam os lances de bola parada. São argumentos válidos para conquistar pontos, porque quem for demagógico e não os apresentar geralmente não sobrevive. Refiro-me ao Rio Ave e Gil Vicente porque foram equipas que nos retiraram pontos com esses argumentos.
As nossas armas são a agressividade defensiva e ofensiva e o controle dos momentos de perda de bola. É importante saber controlar a profundidade, imprimir um ritmo forte na circulação de bola e criar situações de ruptura, um contra um e tabelas. São essas situações que nos permitem entrar nestas defesas compactas. Não é com um jogo lento e denunciado que se consegue desestruturar e encontrar situações de penetração em equipas que se organizam da forma como o Estoril se deve apresentar. O campo do Estoril também não é como o do Dragão e isso cria algumas dificuldades.

Não há o perigo da equipa procurar o controlo depois do 1-0 e depois sofrer com isso?
Todos temos consciência, como equipa, de que para vencer adversários como o Estoril, em sua casa, temos de estar ao nosso melhor nível. Muitas vezes, somos nós que subentendemos a gestão e o controlo; não admitimos que o adversário nos obrigou a jogar assim. A gestão e o controlo podem não ser demérito da nossa equipa e sim mérito do adversário. Noutras situações, baixar o ritmo permite ao adversário chegar sempre a tempo no fecho dos espaços, interceptar bolas que não deveria e ganhar confiança em determinados momentos. Foi isso que aconteceu com Gil Vicente e Rio Ave.

É ingrato trabalhar numa grande equipa durante a paragem das selecções?
Posso fazer-vos um retrato: trabalhamos com seis, sete ou oito jogadores e com alguns atletas da nossa equipa B. Os espaços reduzem-se. O ritmo que uma competição exigente nos dá é muito diferente, apesar de treinarmos com intensidade e competitividade. Os factores motivacionais também caem, porque há algum relaxamento. Nas selecções, aqueles que jogam mantêm algum ritmo, mas num contexto diferente. Depois, há aqueles que vão, não jogam e fazem dois ou três treinos, com a intensidade que se exige, durante duas semanas e meia. Não é fácil "cair" na Liga dos Campeões e manter o mesmo nível que vínhamos a demonstrar, durante 90 minutos.

É preciso repensar os calendários?
Sinceramente, julgo que sim.

O que tem sido mais agradável na equipa esta época, em comparação com o ano passado?
Tenho sentido uma equipa do ponto de vista afectivo mais ligada e uma receptividade ao trabalho ainda maior. Tudo isso contribui para nos mantermos no lote estrito de equipas que comandam os seus grupos na Liga dos Campeões mas também os respectivos campeonatos. Comandar na Champions sem comandar no campeonato não nos deixaria satisfeitos. Vamos procurar mantermo-nos assim.

Para além dos problemas das selecções e dos calendários, o actual estado do relvado do Dragão também prejudica a equipa?
A empresa que trata do nosso relvado é a melhor que já tive oportunidade de observar, mas tenho que admitir que no ano passado tínhamos um relvado de altíssimo nível e este ano há dificuldades. Para um jogo rápido, de qualidade e com mau tempo, não é uma situação fácil. Face ao tipo de dificuldades que os adversários nos colocam no Dragão, seria preferível ter uma relva rápida e consistente. Neste momento ainda não é possível, mas acredito que no futuro isso ainda vai acontecer.

O que o desagradou tanto no jogo da Taça frente ao Santa Eulália?
Não estou a fugir do jogo da Taça. Vou, com todo o gosto, abordar o tema quando voltarmos à Taça, até para sublinhar o mérito do Santa Eulália.

A opinião que tinha sobre o Jackson tem sido excedida pela positiva?
É preferível colocar-vos a questão, porque já o observava há muito tempo. Estão surpreendidos? O que veio ele acrescentar ao nosso jogo? Eu mantenho a mesma opinião sobre ele e já lá vão dois anos desde que o conheço.

fonte: fcporto.pt



LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Helton e Fabiano;
Defesas: Danilo, Mangala, Otamendi, Maicon, Rolando
Médios: Lucho, Fernando, João Moutinho, Defour, Castro, Iturbe e James;
Avançados: Jackson, Atsu, Varela e Kelvin.

27 outubro, 2012

Um Sábado ultra!

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Lá dedicámos, mais uma vez, um dia inteiro de apoio ao mágico Porto. O que para muitos é considerado uma “doença” ou até mesmo um desperdício de tempo, é por nós encarado como a única forma de estar neste mundo. O último Sábado foi passado na companhia dos meus, de manhã à noite, com o objectivo de apoiar o FC Porto em três modalidades distintas: futebol, andebol e hóquei em patins!

Num só dia fizemos vários km’s, andamos a “correr” de um lado para o outro, comemos à pressa, e chegámos a casa já depois da meia-noite. Acreditem que vale a pena.

Não foi a primeira vez que vimos três jogos num dia, nem dois jogos fora também no mesmo dia, mas não me lembro de alguma vez o ter feito, com um jogo em casa pelo meio. Passo então a relatar a grande aventura! O dia começa às 10h. O encontro com a malta foi ao final da manhã, no local do costume. Arrancámos para Vizela onde defrontámos e vencemos o Santa Eulália por 0-1, para taça de Portugal. Estava de volta o futebol depois da pausa para os compromissos das selecções. Chegámos por volta das 12h30 e lá demos com o estádio, no cimo de um monte, completamente deslocado do centro de Vizela.

Este é daquele tipo de jogos de que gosto. É fora, e embora não seja um derby ou um clássico, é um jogo onde há festa por todo o lado, principalmente quando o nosso clube defronta outros de escalões bem inferiores. Um dia vou puder dizer que me desloquei e Vizela para ver um Santa Eulália x FC Porto. Adquirimos o bilhete (o funcionário da bilheteira ainda tentou aldrabar-nos e vender a 10 eur, mas conseguimos a 8eur) e fomos para o “comes e bebes” nas roulotes das imediações. Portistas claramente em maioria, os adeptos “da casa” quase todos tinham os cachecóis dos dois clubes.

A repressão policial mais uma vez fez-se sentir, e tentou estragar a festa. Aliás, esse foi mesmo o único ponto negativo, tirando a exibição da nossa equipa, da deslocação a Vizela. À semelhança de Paços de Ferreira, a segurança do encontro está ao cargo da GNR. Carros, carrinhas, carroças, de tudo um pouco se viu em Vizela. O aparato era, mais uma vez, digno de estado de sítio. No fundo, e como já aqui disse uma vez, gosto do impacto que os ultras do FC Porto criam quando vão a qualquer lado. A excitação policial é indisfarçável. Cerca de meia hora antes entrámos. A revista foi minuciosa tal como... no estádio sem luz! Autenticamente! Uma revista pormenorizada, com perguntas pelo meio, como por exemplo, se eu fumava, etc. Todos os isqueiros ficaram à porta. Entrámos para o sector vistante, (excelente, sem cadeiras!!!) o pessoal começou-se a distribuir e a montar o material. A polícia, armadilhada até aos dentes, acompanhava todos os nossos movimentos, uns de cão e outros de “shoutgun” na mão!

O jogo é fraco e os ultras do FC Porto impedem que se torne sonolento. A equipa não corresponde aquilo que lhe damos. Foi a verdadeira antítese aquilo que se passou em campo e aquilo que se passou na bancada. A primeira parte foi razoável. O grande defeito continua a ser a velocidade com que se entoam os cânticos, e o pouco tempo que muitos deles duram. Na segunda parte foi o verdadeiro “show”. Enquanto dentro das quatro linhas se “dormia” à sombra do resultado, C95 (mais uma vez, que mentalidade!!) e SD estiveram em alta, com um cântico a ser entoado, talvez meia hora consecutiva, alterando-se uma das partes para “e quem não salta é lampião” e os “verdadeiros estão aqui”. Grande momento na Curva Portista, com os adeptos ditos normais de olhos postos em nós. Tempo também para (mais) uma tentativa de pegar um cântico criado pelo Grupo 21, e quase que se conseguiu, pelo menos em comparação com outras vezes.


O jogo termina às 16h15. O estádio vai ficando vazio e nós, retidos!! Retidos em Vizela!!! Os minutos passam, nós achamos aquilo uma brincadeira de mau gosto. Para quem não sabe, aquilo é assim, como durante o jogo não houve nada que justificasse uma carga policial, os robocops decidem reter-nos até os nervos ficarem à flôr da pele, e ao mínimo “porque é que não nos deixam sair??”, malham em nós! O pessoal controlou-se em demasia, diga-se. QUARENTA E CINCO MINUTOS depois, decidem abrir as portas! Às 17h saí do estádio, quase uma hora depois de terminado o jogo com o Santa Eulália de Vizela! Volto a referir que o estádio é completamente afastado do centro da cidade, não há casas, cafés, restaurantes, nada nas redondezas. Porquê 45 min retidos?! Tenho a dizer que em Carnide nunca fiquei mais de 40/45min depois do jogo. Nem quando o fomos lá campeões!! É dificil a vida de um ultra!

Chegámos ao Porto poucos minutos depois das 18h. Paragem no Dragão Caixa e toca a apoiar o andebol contra o Belenenses. Vitória categórica rumo ao Penta, que é o sonho desta modalidade, esta temporada. Pavilhão com menos de meia casa, os do costume marcaram presença. Termina o jogo por volta das 19h30, uns despedem-se, mas para outros o dia ainda não tinha acabado. Depois de Vizela e do Dragão Caixa, estava na hora de rumar a Vale de Cambra apoiar o hóquei em patins! Sempre contigo!! Pouco antes das 21h estávamos à porta do pavilhão, com cerca de uma dezena de elementos. A nós ainda se juntaram mais alguns, de maneira a que não faltasse apoio no resgaste do título nacional. Vencemos também categoricamente, sobre rodas, a equipa da casa. Equipa essa que contou com a sua claque, e verdade seja dita, mesmo em desvantagem grande parte do jogo, nunca deixaram de apoiar os seus. No final os jogadores agradeceram a nossa presença.

Final do terceiro jogo “in loco” e de outras tantas vitórias. Um Sábado que acaba por ser como tantos outros, de entrega e amor ao clube do coração. Depois de sairmos do pavilhão, ainda “invadimos” um restaurante em Espinho, para festejar as três vitórias e enfim, podermos recarregar as energias despendidas. Entrada em casa cerca de 15h depois de ter saido. Venha o próximo dia assim!

Freedom Pavlichenko!

3 jogos, 3 vitórias, 9 pontos, 3 milhões de euros. É este o saldo do FC Porto no final da primeira volta da fase de grupos da liga milionária. Ganhar era um passo de gigante rumo aos oitavos-de-final e assim aconteceu. Vitória por 3-2 num jogo onde claramente ficou a sensação que somos muito melhor equipa que o Dinamo Kiev, escusados são aqueles relaxes cada vez que nos encontramos a ganhar. Um jogo onde a eficácia foi rainha e deu a ideia que mal acelarávamos o jogo, voltávamos à vantagem. Temos tudo para seguir em frente, mas agora é não descuidar e continuar a encarar os jogos com seriedade, pois se isso não acontecer, e visto que o Dinamo Zagreb é o bombo da festa, há a possibilidade de as outras três equipas acabarem o grupo com 12 pontos. Claro que é apenas uma mera possibilidade, pois acredito categoricamente que passaremos isolados em primeiro lugar.

Começando pelos visitantes, da Ucrânia marcaram presença não mais de 200 adeptos. Talvez um pouco mais do que franceses, mas não muito mais. O dia começou com imensa chuva, melhorou ao longo da tarde, mas mesmo assim não conseguimos ter 30 mil nas bancadas. Continuam as más assistências, contra os lagartos e o PSG não chegámos aos 40 mil, e na quarta estiveram 29 317. O apoio foi razoável.

Na Norte, o Colectivo, mesmo do sitio onde eu estou, fez-se ouvir algumas vezes, enquanto que na Sul, os SD tiveram vários picos de forma. Nenhum dos sectores encheu totalmente. Na superior sul as prestações vão sendo semelhantes, há os que por iniciativa puxam pela curva e não deixam morrer um cântico e depois há os que vão atrás. Deste jogo e para além da vitória, destaco três coisas: a música para o Varela, uma versão adaptada de “oh na ri na”, que já alguns jogos que tentamos pegar, a estreia no Dragão do novo “e quem não salta é lampião”, iniciado no último Sábado em Vizela, e a frase para um adepto do Dinamo que está detido, sem provas nenhumas contra ele. Frase levantada pelos SD durante a segunda parte, que mereceu aplausos de todos os ultras presentes. Para quem não percebeu o significado, é em solidariedade para com esse adepto e o grupo ao qual pertence. Missão cumprida.

Com o Porto sempre, pelo Porto tudo!

Pinto o meu rosto de azul, parto sem medo para o Sul...

Um abraço ultra.

26 outubro, 2012

Formação sem visão

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É um motivo de enorme orgulho ouvir génios como o Deco, o Anderson ou o Incrível dizerem, como um dia disse o ministro Lino, que jogar pelo Carnide “jammais”. Não gosto de infiéis, desprezo os traidores, aqueles que um dia tiveram a honra de vestir esta camisola com a qual tanto ganharam e depois tiveram o despudor de ir jogar pelos porcos. A esses não lhes perdoarei nunca, “jammais”.

Serve isto para falar sobre um puto que hoje parece estar a despontar lá no galinheiro. Chama-se André Gomes e é apontado como uma promessa do futebol português. É natural do Porto, foi formado nas nossas escolas e diz quem o conhece que era portista de coração, um verdadeiro jogador à Porto, como poucos se vêem nos escalões de formação. Mas foi dispensado, ao que consta, porque fez birra depois de lhe terem tirado a braçadeira de capitão que envergava com tanto orgulho. Dizem que é um líder nato e que também é verdade que tinha uma personalidade difícil, no entanto prefiram despachá-lo quando ainda dava os primeiros passos na adolescência. É estranho, no mínimo. Seria um problema assim tão grave que impedia que um miúdo, na altura com apenas 15 anos, pudesse ser acompanhado por um psicólogo? Pelos vistos, era e o rapaz acabou no Boavista, antes de passar pelo satélite Pasteleira. O resto já se sabe: o 5LB descobriu-o, levou-a para lá, foi campeão pelos juniores e estreou-se na semana passada na equipa principal com uma exibição de grande nível, ainda que tenha sido frente a um adversário que luta para não descer na Liga de Honra.

Claro que no dia a seguir ao jogo, a comunicação social tratou logo de o colocar nos píncaros: a nova coqueluche, o novo menino de ouro, o novo diamante que “Jasus” vai lapidar e fazer dele titular da primeira equipa nos próximos tempos – se fizer o mesmo com o que prometeu com o Djaló ou um tal de Luisinho, o puto vai ter pouca sorte, é verdade. Não deixa, porém, de ser revoltante e não menos preocupante ver um produto das nossas escolas ser desaproveitado assim e, pior ainda, acabar como jogador dos lampiões.

Não posso chama-lo traidor, mas não posso deixar apontar o dedo a quem o deixou fugir. Nessa altura, estava em vigor a “Visão 611”, o peregrino projecto que propunha transformar, em cinco anos, o FC Porto no melhor clube na formação em Portugal. Não foi o que aconteceu, como podemos ver, e os resultados ficaram muito aquém do que era expectável. Hoje, um ano depois de ter chegado ao fim, na equipa principal temos apenas um jogador da formação, o Castro, que serve mais para fazer número, porque não passa, infelizmente, de um jogador mediano.

O novo menino de ouro de Carnide é, portanto, apenas mais um exemplo do fiasco da Visão 611. Ou melhor, da falta dela. Numa altura como esta, em que as contas estão perigosamente no vermelho e os clubes de futebol estão, cada vez mais, com a corda no pescoço, e a solução tem que passar pela aposta na formação, este não deixa de ser um mau sinal para os tempos difíceis que vivemos e para os mais difíceis ainda que aí vêem. E os campeões também se constroem preparando o futuro...

P.S. – Reveladas as contas do exercício do último ano, a comunicação social anti-portista tratou de fazer mais um número de circo com o que terá recebido o nosso presidente. Confesso que não me interessa se foram 400, 500 ou 600 mil euros, até podia ter sido o dobro ou triplo, porque a competência e o resto que ela traz – as vitórias – também tem o seu preço.