31 março, 2014

ERROS E MAIS UMA CAPELADA

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Nacional-FC Porto, 2-1

Liga 2013/14, 25.ª jornada
30 de Março de 2014
Estádio: Madeira, Funchal
Assistência: -


Árbitro: João Capela (Lisboa).
Assistentes: Ricardo Santos e Tiago Rocha.
4º Árbitro: Fábio Veríssimo.

NACIONAL: Gottardi, Zainadine, Miguel Rodrigues, Mexer, Marçal, Aly Ghazal, Gomaa, João Aurélio, Rondón, Djaniny, Candeias.
Substituições: Lucas João por Djaniny (55m), Reginaldo por Rondón (75m), Diego Barcellos por Candeias (87m).
Não utilizados: Ricardo Batista, Claudemir, Jota, Sequeira.
Treinador: Manuel Machado.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro, Fernando, Defour, Herrera, Licá, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Quintero por Defour (46m), Ghilas por Licá (46m), Carlos Eduardo por Abdoulaye (77m).
Não utilizados: Kadú, Josué, Ricardo, Kelvin.
Treinador: Luis Castro.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Candeias (19m), Jackson Martínez (46m), Rondón (48m).
Cartões amarelos: Alex Sandro (29m), Djaniny (55m), Carlos Eduardo (78m), Lucas João (79m), Jackson Martínez (82m), Zainadine (84m), Reginaldo (86m), Quaresma (90+3m).

O Tricampeão Nacional sabia que isto podia acontecer. Os indícios estavam à vista desde a choraminguice e palhaçada das campanhas BASTA, passando pelas conferências de imprensa de ameaças a árbitros até à pressão inaceitável, promovida e desencadeada por uma figurinha dos teletubbies. O FC Porto não entrou bem no jogo é certo, deu 45 minutos de avanço ao adversário mas que a campanha verdusca está a produzir efeitos, isso está com certeza. Acima de tudo, uma certeza: o F.C. Porto irá fazer o melhor possível até acabar esta época e há muito ainda para vencer.

O árbitro designado para esta partida, João Capela, cumpriu a sua missão. Mais uma capelada! Validou um golo em fora de jogo ao Nacional, anulou um golo limpo a Jackson Martínez e teve influência clara no resultado final. Não obstante ter assinalado um penalty inexistente sobre Quaresma mas sem efeitos práticos pois o extremo portista acabaria por falhar o castigo máximo. A encomenda foi, pois, bem entregue e os 2 primeiros classificados estão agora à vontade nos seus lugares sem o grande clube dos últimos 30 anos a incomodar.

Os Dragões chegavam ao Estádio da Madeira na condição de ter de vencer para manter, no mínimo, as distâncias. Mas o jogo não começou bem, o meio-campo portista não funcionou e o jogo pautou-se por muitas bolas perdidas, jogadores lentos, sem ideias e incapazes de dar profundidade atacante. Também foi visível falta de intensidade, vontade, querer e certos jogadores revelaram estar no relvado apenas para fazer número.

Alex Sandro é, neste momento, um jogador completamente desastrado, não corre, não marca, não acerta um passe, não acrescenta nada, mesmo nada à equipa e ainda coloca em xeque a mesma com actuações de jogador da distrital. Licá, outro jogador que nem se deu por ele em campo.

Nos primeiros 20 minutos da primeira parte o jogo foi muito mastigado de parte a parte, o Nacional superiorizou-se e chegou ao golo num contra-ataque em em fora de jogo. Estavam decorridos 19 minutos. Cruzamento de João Aurélio, Djaniny escorrega e a bola vai parar ao peito de Candeias, que domina e dispara de pé direito ao canto inferior da baliza do FC Porto, apesar da bola ter ainda batido nas pernas de Reyes e traído Fabiano. O F.C. Porto não fez nada de registo nesta primeira parte, excepto um remate perigoso de Jackson Martínez que Gottardi defendeu por instinto.

Na segunda parte, o FC Porto mexeu e, de que maneira, na estrutura. Sairam Licá e Defour. Entraram Quintero e Ghilas. Na primeira jogada do desafio, o FC Porto igualava o marcador. Estavam decorridos 46 minutos. Ghilas foge pela esquerda, cruzamento rasteiro para Jackson, que domina, rodopia e marca de pé direito.

Mas ainda estavam os adeptos do FC Porto a festejar e o Nacional chegava ao 2º golo. Jogada pela esquerda de Candeias, cruzamento para o coração da área onde surge Rondón a finalizar bem, depois de fugir a Abdoulaye. Ora perante um cenário destes, qualquer equipa sente o golpe. É como um murro no estômago.

A partir dali, o FC Porto encostou o Nacional atrás e criou várias jogadas que mereciam melhor sorte. Aos 54 minutos cruzamento de Alex Sandro, Miguel Rodrigues desvia e quase marca na própria baliza. Aos 58 minutos, Penalty falhado por Ricardo Quaresma. A bola bate no poste. Aos 77 minutos, o FC Porto sem nada a perder, retirava Abdoulaye e metia em jogo Carlos Eduardo.

Um minuto depois, aos 78 minutos, surge o lance mais polémico da partida. Quaresma cruza da esquerda e Jackson Martínez marca mas João Capela considera que fez falta sobre Marçal. A falta é inexistente e revela a incompetência do árbitro que já nos habituou a este tipo de erros e outros semelhantes.

Não obstante isso, o F.C. Porto manteve-se de cabeça erguida e só não saiu da Madeira com outro resultado, porque de facto esta não foi uma noite afortunada para os seus jogadores. Isto para não sublinhar ainda mais a contribuição do homem do apito. Estes factores todos fizeram com que no fim do jogo, Ricardo Quaresma tenha tido uma reacção intempestiva e tenha descarregado toda a frustração.

Na Quinta-feira, o FC Porto regressa à Liga Europa para iniciar a jornada com vista a atingir as meias-finais da prova frente ao Sevilha. É hora de mudar de página, unir forças, reunir o grupo e concentração máxima porque a prova é outra e as grandes decisões estão à porta.



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

O treinador do FC Porto não escondeu a frustração pela derrota diante do Nacional (1-2), na Madeira. Luís Castro reconheceu que os Dragões estiveram melhor na segunda parte do que na primeira, lamentando os erros da equipa de arbitragem que acabaram por influenciar o desfecho final do encontro.

​“Falar do jogo é falar de várias coisas. Não estivemos bem na primeira parte, na qual não conseguimos ter profundidade, mas a segunda parte foi diferente e subimos de produção, criando várias oportunidades de golo. Os jogadores fizeram uma grande segunda parte mas foram perdendo discernimento, sobretudo devido às incidências do jogo”, afirmou Luís Castro na flash-interview que se seguiu à partida com os madeirenses.

Com o primeiro golo do Nacional a surgir de um lance irregular, devido a fora-de-jogo, e com Jackson Martínez a ver mal anulado um cabeceamento que daria o empate (2-2), Luís Castro considera que as evidências não deixam margem para grandes dúvidas. “Quando nos sentimos prejudicados no nosso trabalho, é natural que percamos algum equilíbrio. Não atribuímos o nosso insucesso ao trabalho do árbitro, mas os factos são indesmentíveis e sentimo-nos prejudicados”.

FERNANDO

O médio Fernando, que capitaneou os tricampeões nacionais neste jogo, também deixou críticas ao trabalho da equipa de arbitragem mas já aponta baterias para os compromissos que se seguem. “O resultado não condiz com aquilo que foi o jogo. Fomos condicionados e creio que fizemos por merecer outro resultado. Fizemos de tudo para vencer, mas não conseguimos. Agora é trabalhar forte porque quinta-feira há mais um jogo para ganhar”.



RESUMO DO JOGO

30 março, 2014

Tozé derrubou resistência insular

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FC PORTO B-UNIÃO DA MADEIRA, 2-1

II Liga 2013/2014, 36.ª jornada
30 de Março de 2014
Estádio de Pedroso, Vila Nova de Gaia


Árbitro: Rui Piteira Rodrigues (Lisboa).
Árbitros assistentes: Vítor Cruz e Hugo Ribeiro.
Quarto árbitro: Bruno Trindade.

FC PORTO B: Stefanovic; Víctor García, Zé António, Tiago Ferreira e Quiño; Mikel, Leandro e Tozé (cap.); Kayembe, Ivo e Gonçalo Paciência.
Substituições: Kayembe por Frederic (80m), Leandro por Tomás Podstawski (83m) e Tozé por Pavlovski (90+3m).
Não utilizados: Matos; David Bruno, Bruno Silva e Bruno Costa.
Treinador: José Guilherme.

UNIÃO DA MADEIRA: Trigueira; Calico, Zarabi, Roberto e Gil Barros; Toni (cap.), Babo e David Azin; Tacón, Santiago Silva e Miguel Fidalgo.
Substituições: Toni por Choco (74m).
Não utilizados: Zé Manel, Ginho, Carlos Manuel e Hugo Morais.
Treinador: Rui Mâncio.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Tozé (48m e 62m) e Miguel Fidalgo (57m).
Disciplina: cartão amarelo a Calico (47m), Roberto (59m), Zé António (80m), Tomás Podstawski (86m), Ivo (90+1m) e David Azin (90+1m).

O FC Porto B derrotou, este domingo, o União da Madeira, por 1-0, em jogo da 36.ª jornada da Segunda Liga. Dois golos de Tozé (um deles de grande penalidade) sentenciaram a partida de forma favorável para os Dragões, que regressaram assim às vitórias na Segunda Liga.

​Com Mikel (de regresso após castigo) no lugar de Pedro Moreira (castigado), o FC Porto B teve alguma dificuldade na circulação de bola nos primeiros 45 minutos da partida, muito devido ao terreno "pesado", fruto da chuva que assolou a região durante este domingo. Leandro, Mikel e Gonçalo (os dois útimos de cabeça) tiveram boas hipóteses para inaugurar o marcador, mas Trigueira destacou-se pela positiva ao interceptar os remates dos portistas.

Ao intervalo, e apesar da posse de bola de 61% dos portistas, o 0-0 era um castigo para ambas as equipas, com o União da Madeira a defender em blocos muito próximos e a limitar-se a tímidas incursões no ataque, facilmente resolvidas por um atento Stefanovic com a ajuda de uma defesa concentrada.

Na tentativa de voltar às vitórias após o empate com o Feirense da última jornada (2-2, em Santa Maria da Feira), o FC Porto B entrou ao ataque e, aos 47 minutos, o aniversariante Ivo (19 anos) conquistou uma grande penalidade, convertida por Tozé, aos 48 minutos, fazendo o seu 14.º golo na Segunda Liga. Aos 57 minutos, Miguel Fidalgo empatou a partida, num lançamento em profundidade que encontrou o avançado do União da Madeira sozinho em frente à baliza, posição em que não teve dificuldades em bater um desamparado Stefanovic.

Aos 62 minutos, uma jogada com os mesmos protagonistas do primeiro golo do FC Porto originou o segundo: pleno de raça, o capitão Tozé, após entendimento com Ivo, marcou o golo que deu a vantagem aos “bês”, num prémio para a tenacidade dos jovens avançados portistas. O jogo entrou num ritmo mais agradável, com um bom futebol e controlo dos portistas, apesar de um “susto” por Miguel Fidalgo (78m). Até ao final, os comandados de José Guilherme geriram de forma eficaz a partida e conseguiram garantir uma preciosa vitória na luta pelos primeiros lugares da Segunda Liga.

O próximo jogo do FC Porto B é contra o Farense, para a 37.ª jornada da Segunda Liga, e está agendado para dia 6 de Abril, no Estádio de S. Luís, em Faro.

fonte: fcporto.pt

CLASSIFICAÇÃO II LIGA
1º - FC Porto B, 36j, 20v, 7e, 9d, 67pts
2º - Moreirense, 36j, 17v, 15e, 4d, 62pts



RESUMO DO JOGO

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O ÚLTIMO VAGABUNDO DO FUTEBOL

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Pouco depois do término do Sporting – Porto, com derrota para os dragões, alguém vai deixar uma nota no facebook do lateral direito leonino: “Cédric, sei que anda tudo preocupado com o Helton e ninguém se lembra de ti, mas aqui estou eu para te dar o meu apoio. Perder os rins num clássico deve ser bastante chato e muito humilhante”. Assim, sem mais nem menos.

A jogada é de facto estrondosa, ideal para cativar uma criança ainda distante dos fascínios do desporto-rei. Dois toques de calcanhar deixando Cédric a perguntar onde está a bola e, para finalizar, a suprema classe e desfaçatez de oferecer um golo a Varela com um aparentemente simples cruzamento de letra. Só ao alcance dos grandes artistas.

No meio de uma progressiva germanização da Europa e do seu futebol, esta jogada de Ricardo Quaresma representa o último bastião daquilo que o futebol já foi: arte, magia, imprevisibilidade, talento. Numa altura em que se venera o enjoo que é o futebol de Guardiola, os músculos de Cristiano Ronaldo, a superioridade pornográfica de meia dúzia de equipas europeias, a solidez táctica de uma Juventus ou de um Chelsea, a vertigem atlética de um Borussia, os jogadores cerebrais e os petródolares que criam tubarões de um dia para o outro, o gesto técnico do Mustang é a prova de que o futebol de rua ainda vive, algo submerso é certo, mas sempre pronto a despontar.

A vida de um jogador de futebol raramente dá um bom livro, muito menos um bom filme. Não são políticos, não são escritores, nem sequer estrelas rock. As suas vidas limitam-se a 90 minutos semanais, ninguém está interessado em saber o que sucedeu durante o treino ou na pré-época, as conversas tácticas de gabinete, as sessões de fisioterapia, muito menos como passam a reforma. Um futebolista nasce quando se estreia como sénior pelo seu clube e morre quando, por entre lágrimas e ovações, deixa o relvado e desce aos balneários pela última vez. A semana de treinos é um hiato, um tempo morto, pendente, inexistente. A vida dos jogadores está, no fundo, bem documentada. Quem quiser sabe como viveu Zidane ou Maldini, basta procurar no YouTube um vídeo com 10 minutos e fica a saber o que fizeram, o que conseguiram, o que não conseguiram, como o conseguiram. A vida deles passa-se nos relvados e por isso diz Di Stéfano que o futebol não foi a sua vida, foi muito mais que a própria vida.

Mas Quaresma tem história para contar. Tem mundo vivido, quilómetros percorridos, globetrotter da bola, autêntico Jack Kerouac do futebol, um beat football player. Demasiado novo em Barcelona, selvagem o suficiente em Milão para nem Mourinho o domesticar, fugaz passagem por Stamford Bridge, do céu ao inferno no Besiktas, exílio forçado nos Emirados Árabes, dando “pérolas a porcos” com o seu talento. Tem biografia, tem vida, tem drama, tem tragédia, momentos brilhantes, luzes e sombras. Uma espécie de Garrincha dos tempos modernos, com vitórias e derrotas pessoais, com desaparecimentos e comebacks surpreendentes.

Tem 30 anos, lesões acumuladas, fracassos às costas, frustrações várias. Mas o que é que isso interessa? Ele é o como o Zizinho do Nélson Rodrigues, não envelhece nunca, pois “o tempo é uma convenção que não existe para o craque, nem para a mulher bonita. Existe para o perna-de-pau e para o bucha. Na intimidade da alcova, ninguém se lembraria de pedir à Rainha de Sabá, a Cleópatra, uma certidão de nascimento”.

Moeda de troca em Barcelona, ignorado por José Mourinho, fantasma em Londres, perseguido pelo presidente de um clube na Turquia, afastado dos grandes palcos nas Arábias. E, no entanto, carrega no corpo um talento a rodos, desmedido, demasiado pesado para o seu 1,75 m. Um corpo que, ao contrário de outros, só podia ter dado jogador de futebol. Calçando um ridículo 39 é difícil imaginar Quaresma com sucesso noutro desporto.

Diz hoje em entrevista a um jornal francês, em jeito de balanço: “tomei várias decisões erradas na minha carreira, quis fazer tudo depressa e acabei por me prejudicar”. Depois atira um facto indesmentível: “não sou inferior aos melhores, o que eles fazem eu também sou capaz de fazer”. E por fim, a conclusão amarga e dura, que ninguém quererá para a sua própria vida: “Mas o talento não faz uma carreira”.

O homem que trouxe a trivela e a rabona das ruas para os relvados, sabe que está a viver uma terceira ou quarta vida futebolística. Corre contra o tempo, contra as más-línguas, contra os interesses instalados, contra um seleccionador casmurro, contra um poder instituído que não lhe perdoa que vista e goste do azul e branco. Mas Quaresma nem para si mesmo é bom. Antes de bater o canto que ofereceu o golo a Jackson no mais recente clássico, provoca os adeptos encarnados com um beijo no símbolo do FC Porto. Depois de ver a bola nas redes, aponta-lhes o dedo e dedica-lhes o golo. Estas coisas não caem bem nos jornais da capital, já devia saber, mas ele não aprende. Não é desses que aprendem com os tropeções que a vida nos dá.

É por isso que gosto tanto de Ricardo Quaresma. Da sua ingenuidade, da sua teimosia, da sua maldade, da sua irreverência e rebeldia, da sua falta de respeito pelos defesas que o marcam. Como no bailado do San Paolo, serpenteando por entre os jogadores celestes, desafiando o espírito de Maradona. Como no golo de trivela a Petr Cech. Como na bomba da Supertaça Europeia frente ao Valência. Como na trivela na Luz após sentar David Luiz ou na Supertaça caseira após ludibriar Argel. Ou o magnífico golo à Bélgica e as suas imitações low-cost frente ao Gil Vicente, Rio Ave, Beira-Mar, entre outros. Ou aquele golo no Dragão a sobrevoar Quim. Ou a sua cópia frente ao Eintracht Frankfurt. Demasiadas obras-primas para que se possa ousar dizer que são fruto da sorte ou do acaso. Nos grandes momentos, nas grandes jornadas, sempre ele que surge, altivo, pose de craque, de artista, de mago, de malandro. Ar de quem sente e sabe ser superior aos demais.

Daqui a muitos anos, certamente iremos esquecer vários jogadores. Os certinhos, os que passam para o lado e para trás, os que correm muito, os extremos que estão lá para defender laterais, os extremos que “são muito bons tacticamente e fecham bem ao meio e na linha”. Todos esses vão-se-nos varrer da memória. Quaresma ficará, guardado nas cadernetas de cromos e nas gavetas da memória futebolística. Para que se possa dizer aos netos eu vi jogar o Ricardo Quaresma.

Porque, como li por aí algures, anão argentino é moda, namorado da russa é moda, mas o Cigano, esse, é foda!

Rodrigo de Almada Martins

Luís Castro: "Estamos fortes e intensos"

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O treinador dos Dragões antevê muitas dificuldades na viagem ao Funchal, onde o FC Porto defronta o Nacional, este domingo, às 19h15, no Estádio da Madeira, em jogo referente à 25.ª jornada da Liga. Luís Castro reafirma a qualidade do plantel que comanda e, independentemente da praga de lesões, “o FC Porto vai à Madeira para ganhar”.

​“O FC Porto sente-se bem com aquilo que tem feito e produzido em jogo, e os resultados reflectem-no. Os princípios e comportamentos de jogo têm vindo a cimentar-se e todos os jogadores acreditam cada vez mais no seu potencial. O FC Porto está forte, intenso e muito ligado à massa associativa, da mesma forma que ela está ligada a nós”, disse o treinador portista em declarações exclusivas a Porto Canal e www.fcporto.pt, no lançamento do encontro com o Nacional.

Fresco na memória está ainda o triunfo sobre o Benfica (1-0) da primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Para Luís Castro, foi mais um resultado que atestou a qualidade do plantel portista. “Para além das exibições, é importante constatar que este plantel tem 14 ou 15 jogadores potencialmente seleccionáveis para o Mundial, o que atesta a sua qualidade. Fizemos um grande jogo frente ao Benfica e queremos dar continuidade ao resultado e à exibição”, prosseguiu o técnico.

Num terreno tradicionalmente difícil, Luís Castro prevê um jogo complicado, mas promete uma equipa comprometida com a luta pela vitória. “É uma equipa bem liderada e que luta pelas competições europeias. Nunca é fácil defrontar o Nacional em sua casa e o campeonato que tem vindo a fazer até aqui é demonstrativo da qualidade que tem. Esperamos um jogo muito difícil, mas estamos confiantes e preparados para lutar pela vitória, que é o nosso objectivo”.

Privado de Helton, Maicon e Mangala, Luís Castro deixa a garantia de que o FC Porto vai fazer tudo para conquistar os três pontos, “jogue quem jogar”. “Quando os jogadores são chamados à equipa B, o objectivo é prepará-los para jogarem na A. Temos sido algo castigados por lesões, mas reafirmo que este plantel tem muita qualidade. Temos soluções para resolver os problemas e, jogue quem jogar, o FC Porto vai à Madeira para ganhar”.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Fabiano e Kadú;
Defesas: Danilo, Reyes, Abdoulaye, Alex Sandro,
Médios: Herrera, Licá, Carlos Eduardo, Ricardo, Josué, Fernando, Kelvin e Defour;
Avançados: Quaresma, Jackson Martínez, Quintero e Ghilas.

29 março, 2014

A SORTE FOI-SE AOS 92

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Dragão, minuto 77 do último baile aos mouros: Jackson ganha um ressalto na área, remata à meia-volta e a bola segue caprichosamente em direcção ao poste. Quantas vezes viram esta época um filme parecido? Se não foi em todos os jogos, foi quase, de tal forma que já lhes perdi a conta. Confesso que não tenho memória de um ano como este, com tantos golos negados pelos ferros, com tanta falta de sorte.

Se isto não aconteceu em todos os jogos, não deve andar muito longe disso. Admito até que haja aqui alguma dose de facciosismo, pelo que ficaria muito grato aos amantes das estatísticas e aos analistas da bola que se debruçassem sobre esta questão. Numa breve retrospectiva aos jogos desta temporada, recordo-me de alguns e escapar-me-ão, certamente, outros mais, em que os postes impediram-nos de festejar: em casa com o Belenenses, com o Arouca (em casa), com os lagartos em Alvalade, em Guimarães, em Coimbra, nos dois jogos com o Nápoles e o Atlético de Madrid e com o Zenit no Dragão… Se todas elas tivessem entrado, se o Paulo Fonseca tivesse ficado no Paços, provavelmente estaríamos ainda a lutar o título e não tínhamos sido eliminados da Champions. Essa é que é essa, mas o futebol não vive de “ses”.

É verdade que andámos a dormir durante oito meses, que não jogámos nada, que houve erros na escolha do treinador e na constituição do plantel, mas também é justo dizer que não temos tido sorte absolutamente nenhuma. Sempre ouvi dizer que ela dá muito trabalho, diz o provérbio que protege os audazes, mas isso não passa da teoria. Porque na prática, pelo menos no que a nós nos diz respeito, ela cai redonda por terra, aos trambolhões.

E nem sequer me atrevo a falar dos remates que foram ter miraculosamente com o guarda-redes ou que foram desviados a meio do caminho pelos adversários, nem nos golos esbanjados nos minutos finais dos jogos, nem tão-pouco nos sorteios das competições. Preferiam começar a meia-final da Taça no salão de festas? Peguem lá, é ao contrário. Desejavam os holandeses nos “quartos” da Liga Europa? Tomem lá os espanhóis. Querem um calendário acessível na recta final do campeonato? Queriam, isso é para os “mijões” de lá de baixo - levem agora com um ciclo infernal com uma ida à Madeira, uma recepção ao Sevilha e à Académica, uma visita a Espanha, depois uma viagem a Braga seguida de outra ao salão de festas. De facto, este ano, a sorte, até agora (não vá o diabo tecê-las!), não quer nadinha connosco. Quis tudo no épico minuto Kelvin e depois pisgou-se para outras bandas, com a promessa de demorar a voltar. Até quando...?

28 março, 2014

ESTAMOS VIVOS

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Quando a apatia dominava, quando o fatalismo parecia ser incontrolável, quando a mudança parecia uma miragem, eis que uma luz se acende no fundo do túnel.
Quando os cães ladravam que se fartavam, quando os pasquins se enchiam de masturbações, quando as televisões regozijavam até ao limite, eis que afinal o morto está vivo!

Pois é, não passamos a ser de repente os melhores do Mundo, nem podemos passar da depressão à excitação. Não podemos passar do 8 para o 80, ou do pior plantel dos últimos 30 anos para um plantel sem lacunas. Não podemos agora achar que vamos ganhar tudo ou que temos obrigação de derrotar todo e qualquer adversário.
No entanto, se há algo que podemos e devemos fazer, é estar satisfeitos com as melhorias apresentadas e com as novas perspetivas que se abriram. A atitude e garra são de facto outras, o discurso mudou drasticamente, e os resultados naturalmente são outros.

No fundo mudaram coisas simples, coisas normais, coisas naturais.
A ambição parece renovada e a garra parece estar incorporada em cada um.
O discurso é culturalmente mais próximo do habitual e a atitude também.
Passamos a ter três substituições por jogo (!!!), jogadores a saírem do banco com tempo para poderem fazer alguma coisa e demonstrar que têm afinal valor.
É óbvio que o nosso 11 titular não é tão forte como o do ano passado, pois João Moutinho era o homem de todos os equilíbrios, mas enquanto plantel temos muito mais opções, desde uma alternativa credível a Jackson, passando por vários jogadores para o meio campo, ao contrário do ano passado.

Os desafios até final do ano são ainda muitos e o manto que os atletas envergam a maior de todas as forças. Se todos remarem para o mesmo lado, como parecem querer fazer, tudo se pode tornar mais fácil.

Mas sinal de que estamos vivos, que vivemos num clube com alma e paixão, é também o associativismo e a forma como ele é vivido e manifestado no dia a dia.

Por exemplo, alguém sabe quando é a Assembleia Geral?

E já agora, não se esqueçam que vem aí um fim de semana com jogos muito importantes, decisivos até, nas três modalidades.

Um grande abraço... hoje em versão mais curta, porque a qualquer momento chega aí mais um Dragão!

COERENZA E MENTALITÀ

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As últimas duas semanas foram mais do mesmo. Mais jogos, mais apoio, mais quilómetros e quilómetros atrás do nosso amor, o FC Porto! Uma dedicação extrema ao clube do coração é o que nos faz feliz diariamente. Um espírito de união muito grande entre todos os ultras Porto, que jogo após jogo estão na mesma bancada a cantar até ficar sem voz!

Há duas semanas o FC Porto recebeu e venceu o Nápoles na Liga Europa. Mais uma assistência abaixo das expectativas, num jogo especial para qualquer ultra. Especial para qualquer adepto por ser um jogo grande, por puder ver ao vivo um grande espectáculo de futebol, com grandes jogadores, treinadores, etc. Mais especial para um ultra porque para além de todos estes factores, têm também a possibilidade de ver a actuação de uma claque italiana, ao vivo!

Para quem é apaixonado também por este fenómeno não pode ter ficado indiferente ao sorteio.

De Itália viajaram cerca de 300 ultras, não mais, o que confesso, me deixou desiludido. Ainda assim deu para ver a forma como se organizam e como apoiam a sua equipa. Bravos.

Passaram-se quatro dias e chegou a hora da deslocação ao WC XXI. Depois de lá termos ido para a taça da Liga, em Dezembro, lá fomos nós em mais um “tour” até à mouraria. Sempre com o espírito adequado a uma deslocação deste género, os 300 km são sempre passados a bom ritmo, entre conversas, cânticos e claro, a indispensável cervejinha.

O mesmo procedimento de sempre, chegada a Alverca e escoltados até ao local de concentração dos adeptos do FC Porto. Mesmo com a nossa equipa em terceiro lugar, lá tivemos uma grande falange de apoio! O habitual mini-cortejo até ao estádio e uma entrada bem cedo no recinto. Um clássico é sempre um clássico e as picardias foram uma constante. A lembrar a correria dos lagartos na Alameda do Dragão na primeira volta, os Super Dragões levantaram a tarja “Only for fighters”. Minutos depois todos os ultras Porto presentes na bancada, tiraram uma sapatilha e levantaram-na em direcção à Curva Sul de Alvalade. Para bom entendedor, meia palavra basta.

Um clássico onde fomos roubados dentro das quatro linhas, enquanto na bancada cerca de 2 mil ultras do FC Porto não pararam de incentivar a equipa. Apesar da proibição da entrada do material das nossas claques, os Super Dragões e o Colectivo, à semelhança do que tinha acontecido em Dezembro, ergueram as faixas no sector visitante. Mais um jogo na mouraria onde tivemos que saber lidar com a “boa disposição” da polícia e do corpo de intervenção, sempre a salivar e com a ânsia de puder dar uso ao bastão. Como quem não chora não mama, perdemos 1-0 com um golo em fora-de-jogo. Chegada à Invicta na madrugada de segunda-feira e mais uma noite onde se dormiu pouco, pois segunda-feira de manhã lá estava cada um na sua vida.

Itália é, como eu disse, um modelo para qualquer ultra. E se já é especial vê-los em nossa casa, o que dizer de uma transferta a Itália!!!! Um sonho tornado realidade. Ir a Itália ver o FC Porto estava nos meus planos, estava a espera da oportunidade, que finalmente chegou. Estrear-me logo no mítico San Paolo, é complicado escrever o que senti.

Quarta ao final da tarde, saída do trabalho e partida para Paris!! A noite de quarta para quinta foi passada na capital francesa e logo ali começamos a espalhar o bom nome do FC Porto. Quinta-feira ao final da manhã fizemos a viagem Paris – Nápoles, onde chegámos pela hora do almoço. Aos ultras do FC Porto que seguiam connosco no avião, lá se juntaram aqueles que foram via Roma, Milão, Bruxelas, Londres e até aqueles que foram de carro desde o Porto!!!!

A polícia foi buscar-nos ao aeroporto e levou-nos gratuitamente até ao centro da cidade. Uma cidade que parece toda ela um gigante bairro social ao abandono, toda velha e extremamente degradada. Almoçámos numa pizzaria e juntámo-nos a meio da tarde no Porto de Nápoles. Nos autocarros reservados para nós, fomos escoltados até ao San Paolo, tendo as mensagens variáveis da auto-estrada avisado para os carros encostarem para passarem os adeptos do FC Porto!! Lindo!!

Entrámos 1h30 antes do jogo começar e o estádio já estava com mais de metade da lotação!! Incrível, nunca tinha visto nada assim. Aquela Curva de apoio ao Nápoles é assombrosa.

Cerca de 300 Dragões impuseram respeito no San Paolo. O sector vistante foi decorado com panos, bandeiras e estadartes, tendo as faixas de ambas as claques ficado de pé, seguradas pela linha da frente. Um excelente ambiente vivido e um jogo/deslocação para nunca mais esquecer. Ouvir os apupos quando nós cantavamos era bom sinal, era sinal que nos estavamos a fazer ouvir!! Destaco também o bom clima entre nós e a polícia local, mais concretamente com os designados assistentes de recinto desportivo.

A festa no final foi enorme e toda a equipa nos soube agradecer. No momento dos golos festejaram na nossa direcção e no final, todos sem excepção, vieram “ter connosco” em forma de agradecimento pelo nosso esforço e dedicação.


Já perto da meia noite e de volta ao centro da cidade de Nápoles, apanhamos uma camioneta até Roma. Todos extremamente cansados, fizemos mais de 200 km até ao aeroporto, onde tinhamos voo na manhã seguinte, directo ao Porto. Entre as 2h30 e as 11h tudo serviu para dormirmos, uns encostados aos outros, em cima dos bancos, encostados à parede ou mesmo no chão do aeroporto.

No voo de regresso até champagne bebemos e soubemos que Sevilha será o próximo destino. Chegámos à hora de almoço com um enorme sorriso nos lábios e com o sentimento de dever cumprido.

Passaram-se mais dois dias e lá estivemos presentes no estádio do Dragão, a nossa casa, no regresso do campeonato. Ganhámos ao agora último classificado, o Belenenses. A Fúria Azul esteve presente como é hábito em todos os jogos da sua equipa e do nosso lado, Super Dragões e Colectivo mais 90 minutos a apoiar o FC Porto.

Foram duas semanas sem parar, e assim vamos continuar.

Um abraço ultra.

27 março, 2014

O GRITO DO DRAGÃO! SOMOS PORTO!

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FC Porto-benfica, 1-0

Taça de Portugal 2013/2014, meia-final, 1ª mão
26 de Março de 2014
Estádio do Dragão, Porto
Assistência: 34.499 espectadores


Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)
Assistentes: Nelson Moniz e Sérgio Serrão
4º Árbitro: Jorge Ferreira

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Reyes, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Herrera, Varela, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Ghilas por Varela (63m), Carlos Eduardo por Herrera (75m), Quintero por Defour (87m).
Não utilizados: Kadú, Licá, Ricardo, Abdoulaye.
Treinador: Luís Castro.

benfica: Artur, Maxi Pereira, Luisão, Garay, Sílvio, Salvio, Fejsa, Rúben Amorim, Sulejmani, Rodrigo, Cardozo.
Substituições: Gaitán por Sulejmani (65m), Lima por Rodrigo (68m), Markovic por Salvio (81m).
Não utilizados: Oblak, Jardel, André Almeida, Enzo Pérez.
Treinador: Jorge Jesus.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Jackson Martínez (6m).
Disciplina: Cartão amarelo para Maxi Pereira (18m), Defour (25m), Herrera (49m), Sílvio (58m), Fernando (62m), Jackson Martínez (90+2m), Danilo (90+4m).

Como dito na minha última crónica, bem recente, ou mudávamos radicalmente de postura ou ficava desde já hipotecada uma presença no Jamor. Presença essa, que me face das circunstâncias, é exigida ao Porto pelo fracasso no campeonato.

Quero, desde já, deixar uma pergunta no ar…foi Luís Castro que conseguiu mudar tanta coisa de Domingo para hoje ou a própria equipa interiorizou este jogo como mais motivante que os jogos de campeonato?

Não podemos andar aqui a brincar aos jogos a sério e aos jogos a brincar, alterando posturas e comportamentos, mentalidades e empenho…no Porto todos os jogos servem para arregaçar as mangas, e muitas vezes, esta época tal não aconteceu.

Por ser contra ao grande rival exigia-se tudo a esta equipa. Alma, vontade, alegria, raça de Dragão. E tivemo-la! Entrada determinada e fortíssima da nossa equipa, como há muito não se via. Excelentes na 1ª linha de pressão, ora Herrera ora Defour impediram na perfeição a construção desde zonas recuadas do Benfica, criando com a ajuda do Polvo superioridade em zona intermédia face ao meio-campo adversário.

Os frutos surtiram aos 6 minutos em lance de bola parada. Canto marcado sobre a direita e Quaresma a levantar para Jackson, mais alto que toda a gente, cabecear forte para o 1-0. Maior injecção de confiança não podia esta equipa conseguir. E continuou assim durante 30/35’, período durante os quais não conseguimos alargar o marcador.

Até ao intervalo baixaram os índices de pressão e o domínio foi repartido conseguindo o Benfica chegar por uma vez com perigo à baliza de Fabiano.

No começo da 2ª parte e até final da partida, não mais conseguimos controlar o jogo no meio-campo adversário. Alterações de dinâmicas nas acções colectivas do adversário, equilibraram uma 2ª parte praticamente toda longe das balizas, excepção feita aos últimos 15 minutos. Neste período e já com alterações realizadas por Luís Castro (entradas de Ghilas, Carlos Eduardo e Quintero, esta já perto do final, para os lugares de Varela, Herrera e Defour), o Porto conseguiu duas ocasiões flagrantes para dilatar a vantagem.

Jackson após cruzamento de Defour, consegue com uma recepção fenomenal ficar na cara de Artur e na saída deste desvia a bola caprichosamente para o poste da baliza. Pouco depois, é Fabiano que salva o empate com grande mérito, após desatenção numa bola parada do Benfica.

Na entrada do período de compensação, a melhor oportunidade para levar uma vantagem mais confortável para a Luz... Quintero ganha as costas da Defesa e fica isolado nos últimos 40 metros. Mais rápido que todos, ao entrar na área e com Artur fora da baliza não quis arriscar e deu ao lado em Quaresma. Mas deu tão curto que a bola ficou a meio do caminho e perdeu-se assim uma soberba e merecida oportunidade de golo.

Esperamos que esta vitória tenha sido a tónica para um melhor final de época e que todos os jogos sejam encarados da mesma forma, mas... vamos aguardar. É com lamento que levamos uma magra vantagem, mas lá estaremos para seguir viagem ao Jamor.

Melhor em campo: Defour.



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

O treinador do FC Porto destacou a grande exibição colectiva dos Dragões no triunfo sobre o Benfica (1-0), na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Luís Castro mostrou-se “feliz” pela estratégia delineada ter funcionado, voltando a sublinhar o “apoio incondicional” dado pelos adeptos portistas.

​“Estou feliz por termos feito um jogo de qualidade, no qual fomos muito consistentes. O resultado podia ter-se avolumado ao longo do jogo. Ganhámos não sofrendo golos, que era o nosso objectivo. Tivemos seis ou sete oportunidades que podíamos e devíamos ter concretizado. Estamos em vantagem, mas ela não é decisiva ou confortável”, afirmou o técnico dos tricampeões nacionais na conferência de imprensa que se seguiu ao triunfo sobre os lisboetas.

Sem querer individualizar ou pormenorizar a exibição azul e branca, Luís Castro realçou o espírito guerreiro e colectivo da equipa que comanda. “A chave dos jogos está na qualidade dos jogadores e os nossos estão cada vez mais disponíveis e determinados. Foi visível que tentámos bloquear as saídas do Benfica para o ataque. A nossa estratégia deu certo e estou feliz por isso. Não sei se foi o nosso melhor, mas sinto que fizemos um bom jogo. Estivemos por cima frente a um Benfica forte, mas fomos muito determinados e corajosos”, prosseguiu o treinador.

Depois de um triunfo que considerou escasso, Luís Castro garante que o crescimento do FC Porto não acontece só em termos futebolísticos, guardando ainda uma palavra para os adeptos portistas que marcaram presença no Estádio do Dragão. “Hoje foi um FC Porto intenso ao longo de todo o jogo, percebendo todos os momentos do mesmo. Continuamos a sedimentar a nossa identidade e os jogadores estão confiantes e motivados. Neste momento, é importante realçar o apoio incondicional dos nossos adeptos e a qualidade da nossa exibição. O nosso plantel tem muito mais qualidade do que aquela que andaram a apregoar”, concluiu.

REYES e HERRERA

Após a vitória por 1-0 sobre o Benfica, os mexicanos Reyes e Herrera mostraram-se satisfeitos pela prestação da equipa e pelas exibições individais, naquele que foi o primeiro jogo de ambos frente aos "encarnados". O defesa central realçou ainda que o plantel tem de continuar a trabalhar para alcançar os seus objectivos, enquanto Herrera afirmou que “o grupo está preparado para qualquer tipo de jogo”.

​Em declarações ao www.fcporto.pt e Porto Canal, Diego Reyes foi tranquilo e assertivo, à imagem da exibição que realizou no clássico: “Podíamos ter alcançado um resultado melhor. Ganhámos, o que foi o mais importante, e agora temos de continuar a trabalhar. A equipa tem estado bem nos últimos jogos e estou muito contente com o que fiz esta noite e com a prestação de todos. É um jogo bonito, que todos os jogadores querem sempre jogar e que temos de ganhar. Como sempre me disseram, os clássicos não se jogam, ganham-se”.

O central não tira os olhos da final da Taça de Portugal e dos próximos desafios: “Esta foi a primeira mão e temos de continuar a trabalhar com a mesma atitude, todos comprometidos, para dar o nosso melhor em campo. De minha parte, estou satisfeito com a exibição, mas tenho de continuar a ajudar a equipa, que é o mais importante. Nesta equipa, ganhamos todos e perdemos todos”.

Por seu lado, o médio Herrera considerou sublinhou o facto do FC Porto ter sido superior ao adversário: “Creio que estivemos bem e que poderíamos ter alcançado um resultado um pouco melhor. Estou contente por termos ganho e pela pequena vantagem que temos na eliminatória, mas isto não acaba aqui. Temos de ir lá e demonstrar que somos superiores e que queremos continuar nesta competição”.

O mexicano declarou que o grupo “está preparado para qualquer tipo de jogo” e que vai agora saborear o resultado, antes de iniciar a preparação para a deslocação ao terreno do Nacional (domingo, 19h15): “Temos de estar ainda mais concentrados e jogar bem na partida da segunda mão. Neste jogo eu estava com amarelo, estávamos cansados por causa dos últimos jogos e tive mais cuidado nos lances. Vamos desfrutar a vitória e continuar a trabalhar para o próximo jogo”.



RESUMO DO JOGO

Tribunal d'O JOGO - taça Portugal 2013/14, 1/2 final, 1ª mão

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Tribunal O JOGO: FC Porto-benfica, 1-0
Árbitro Principal: Marco Ferreira (Madeira) / Assistentes: Nelson Moniz e Sérgio Serrão / 4º Árbitro: Jorge Ferreira.




fonte: ojogo.pt e portistaforever.blogs.sapo.pt

26 março, 2014

FC PORTO é Líder isolado no andebol e no hóquei!

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Sábado (17h e 21h) e Domingo (17h), TODOS ao Dragão Caixa apoiar o Basquetebol, o Hóquei em Patins e o Andebol!!!



ANDEBOL

  • FC PORTO 37-18 Horta
No jogo com o Horta, que o FC Porto venceu tranquilamente, ao intervalo já havia 19-9! Um bom treino, com Pedro Spínola a marcar 7 golos e Miguel Sarmento 5, sendo estes os nossos jogadores mais concretizadores, numa partida muito desiquilibrada.
  • FC PORTO 33-24 Águas Santas
No jogo com o Águas Santas, a que acabei há pouco de assistir ao vivo, a partir dos 15min, o FC Porto encetou um ritmo avassalador que deixou decisivamente para trás um opositor moralizado pela taça challenge. Ao intervalo já havia 20-14, para na 2ª metade, cedo, ter chegado a 8 e 9 golos de diferença. Obradovic rodou o plantel, mas a margem de avanço nunca baixou dos 5 golos, acabando mesmo nos 9 de diferença (33-24).

Gilberto Duarte esteve imparável com 11 golos, sendo bem acompanhado por Ferraz e Wilson com 6 tentos cada. O FC Porto passa a líder isolado, com mais 3 pontos que sporting e 4 que benfica. No entanto, o ABC que tem um jogo a menos, pode reduzir de 5 para 2 a diferença para o FC Porto, ficando à frente dos 2 rivais de Lisboa.

  • PRÓXIMOS JOGOS
O próximo jogo é no Dragão Caixa pelas 17h00 deste domingo, dia 30 de Março, e passa no Porto Canal. Um FC Porto-ABC de Braga, certamente um jogo de grandes emoções.



HÓQUEI EM PATINS

  • FC PORTO 8-2 Cambra
Vitória tranquila, perante uma equipa que nos tinha surpreendido na 1ª volta. Desta feita, não houve lugar a surpresas e o FC Porto ao intervalo já ganhava por 5-2. Ricardo Barreiros marcou 4 golos e Jorge Silva 3, com Hélder Nunes a apontar o 1º dos nossos 8 tentos.

Faltam 8 jornadas, e o FC Porto lidera com 3 pontos de avanço sobre Valongo e benfica.

  • PRÓXIMOS JOGOS
O próximo jogo é para a Liga Europeia. É este sábado, pelas 21h00, no Dragão Caixa (Porto Canal). O FC Porto recebe o Liceo da Corunha na 1ª mão dos quartos de final. A 2ª mão, é a 12 de Abril na Corunha, 3 dias depois do Porto-Valongo para os 1/16 da taça de Portugal.



BASQUETEBOL

  • Ginásio 53-59 FCP DRAGON FORCE
Brilhante vitória dos pupilos de Moncho na Figueira da Foz. Num jogo perigoso, os azuis e brancos souberam sair por cima, vencendo com justiça numa partida bastante equilibrada. Os dois jogadores em maior destaque na nossa equipa, foram desta feita Hugo Sotta com 14 pontos e Miguel Queiroz com 12.

Agora, é preciso vencer o Illiabum por 8 ou mais pontos para se conseguir vencer a fase regular e desta forma, garantir desde logo, a subida ao escalão principal da modalidade.

  • PRÓXIMOS JOGOS
Sábado, é dia do desafio decisivo no Dragão Caixa perante o Illiabum (17h). Todos ao Dragãozinho!!!

​Luís Castro: “Queremos impor a nossa identidade”

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Uma equipa a "impor a sua identidade”, “equilibrada”, “confortável” em campo e com “os olhos postos na baliza do adversário”. É assim que Luís Castro prevê que o FC Porto se apresente frente ao Benfica, esta quarta-feira (21h00), na primeira mão das meias-finais da Taça de Portugal. Na antevisão exclusiva da partida ao www.fcporto.pt e Porto Canal, o técnico sublinhou ainda que os Dragões vão procurar um resultado que lhes dê “algum conforto” para a segunda mão.

​“Temos de olhar para o jogo como um clássico que é importante, porque encerra em si o apuramento para a final da Taça de Portugal, mas não podemos pensar nele como mais do que um jogo, dado que podemos perder alguma racionalidade, que é fundamental para o abordar. Temos de ser muito inteligentes na abordagem, mas sabemos da importância do encontro. Queremos vencê-lo e vamos estar muito determinados, mas também temos consciência de que é uma eliminatória jogada a duas mãos; depois desta primeira parte, em casa, faltam mais 90 ou 120 minutos e isso tem de ser gerido com muita inteligência. Não nos podemos deixar ir pela emoção total do jogo porque isso pode levar a caminhos perigosos”, afirmou o técnico.

A prioridade de Luís Castro é preparar os Dragões para assumir a “forma de jogar” que tem vindo a ser construída, mas o treinador reconhece que o adversário é “complexo”. “Espero um Benfica competente, com uma intensidade forte de jogo que é própria do Jorge Jesus, e nós vamos responder da mesma forma, com uma grande ambição de vencer e determinação em chegar a um resultado que nos continue a abrir a possibilidade do que nós mais quereremos, que é chegar à final da Taça. Não olhamos para o adversário de forma diferente dos outros que temos defrontado: com respeito mas também muita determinação em ultrapassá-lo”, analisou.

Luís Castro saúda os regressos de Danilo, Fernando e Quaresma às opções, após castigo, confessando ser “mais confortável” ter um “plantel vasto” à disposição. O treinador dirigiu-se ainda aos adeptos, que têm sido “fundamentais” no trajecto dos Dragões e que deverão sê-lo igualmente esta quarta-feira, na procura do objectivo em termos de resultado: “Levar algum conforto para a segunda mão da eliminatória”.

“Temos como exemplo o último jogo, em que tivemos alguns períodos em que o resultado não era o que queríamos e os adeptos tiveram paciência e empurraram-nos para a vitória, apoiando de forma incansável a equipa. Têm sido fantásticos e mais uma vez esperamos tê-los do nosso lado de forma incondicional, com uma relação afectiva connosco muito boa. Caminhamos juntos e queremos a mesma coisa, que é ganhar o jogo”, explicou.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Fabiano Freitas e Kadú;
Defesas: Danilo, Diego Reyes, Mangala, Abdoulaye e Alex Sandro;
Médios: Fernando, Defour, Carlos Eduardo, Herrera e Quintero;
Avançados: Quaresma, Jackson, Varela, Ghilas, Licá e Ricardo.

25 março, 2014

A influência de Pinto da Costa

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A única justificação que encontrei para as recentes declarações de Jorge Coroado, um grande Portista e ex-árbitro da AF do Porto, é a mesma que ouço há muitos anos. A culpa disto só pode ser de uma pessoa!!

Para quem não sabe, Jorge Coroado, esse grande Portista, disse, alto e bom som num programa de seu nome “Liga Futre”, num canal geralmente muito “simpático” para o FC Porto, o seguinte:
    “O Benfica, à semelhança daquilo que faziam a maioria, a generalidade dos clubes, ao receber as equipas de arbitragem, naquele tempo, cá em Lisboa, as equipas de Lisboa levavam as equipas de arbitragem para um estabelecimento noturno muito conhecido. E uma equipa de arbitragem, chefiada por um árbitro francês muito conhecido, foi para esse estabelecimento e quando estava lá dentro o árbitro tinha uma senhora na mesa, a acompanhar a equipa de arbitragem...”
Como é evidente isto só pode ser uma mentira inventada por Jorge Coroado. Aliás, não é inventada por Jorge Coroado porque está na cara o mentor de tal esquema hediondo. Não fazem ideia de quem seja? Pois, claro?! Só pode ter sido Pinto da Costa que através do pagamento de fruta (seja lá o que isso for...) a Jorge Coroado lhe corrompeu para que ele proferisse tais afirmações, aproveitando o facto de estar num canal sediado no Norte e conhecido pela sua enorme isenção no que aos assuntos do FC Porto diz respeito. Como é evidente, esta foi apenas mais uma manobra de Pinto da Costa!

Uma manobra similar àquela em que Pinto da Costa corrompeu António Boronha, ex-presidente do Farense, para que este escrevesse no seu blog uma história muito interessante passada logo após um jogo das meias-finais da Taça dos Campeões Europeus entre o Marselha e um clube que agora não me ocorre o nome. Nessa história, obviamente inventada e perpetrada também por Pinto da Costa (quem mais haveria de ser?), Boronha descreveu o seu convívio no pós-jogo, jogo a que aliás tinha assistido no camarote do estádio onde se realizou essa meia-final:
    “Terminado o repasto e tendo jsc (José Sousa Cintra) tratado dos 'negócios' que tinha a tratar zarpámos, os três, para 'lavar a vista' e beber um 'whisquinho' no, onde é que poderia ser?, 'elefante branco'. Quem lá estava, para além de uma enorme multidão? A equipa de arbitragem chefiada por langenhove, césar correia e alder dante, que os acompanhavam, e dois funcionários do 'benfica', sendo um deles... loura e bonitinha... quando me dirigi à mesa para os cumprimentar, marcel puxou-me de lado e perguntou-me: - oiça lá, o golo foi com a mão?... - tentando meter água na fervura, respondi-lhe que estivesse tranquilo, pois só muito depois de ter saído do estádio e ter tido conhecimento do que as imagens revelavam é que eu próprio me apercebera de tal possibilidade. Daí ele poder ficar sem qualquer peso na consciência pois se algo de irregular houvera tinha sido algo que humanamente lhe escapara, como a milhares que assistiam ao jogo no estádio. Aproveitei ainda o momento para lhe apresentar o presidente do 'sporting', pessoa com quem se poderia vir a cruzar no futuro, o qual não perdeu a oportunidade para enquanto lhe apertava a mão dizer em português: 'vocês (árbitros) são todos iguais! sempre a gamar para o lado do 'benfica'! Depois desta tirada, resolvi sair pela esquerda baixa e... ir para a cama. Sozinho.”
De referir que tudo isto se passou horas depois do marselha ter sido impedido de chegar à final da Taça dos Campeões através de um golo marcado com a mão por um sr. chamado vata. Pinto da Costa é terrível. Controla tudo e mais alguma coisa e ainda por cima paga a estas pessoas para contarem histórias obviamente inventadas e que nada têm a ver com a virgindade que existe no sul no que respeita a árbitros e influencias nos centros de decisão do futebol português.

Para além de ter pago a Jorge Coroado e António Boronha, é sempre bom lembrar que Pinto da Costa também pagou a Howard King, um ex-árbitro internacional inglês, para que este contasse ter recebido favores sexuais em Lisboa, oferecidos por sporting e b****** nos dias que antecederam jogos destas equipas para as competições europeias. Esta reportagem foi reproduzida pelo jornal “a bola” no dia 28 dezembro de 1995, na altura fazendo referência a uma entrevista dada a um jornal inglês, jornal esse também controlado pelo poder e influência de Pinto da Costa.

É uma tristeza o que Pinto da Costa anda a fazer. Ora paga a gente para inventar histórias sobre instituições virgens no que toca à transparência dos processos e limpeza dos títulos conquistados, ora inventa histórias sobre depósitos de funcionários de ex-vice presidentes do scp em contas bancárias no funchal antes de jogos com equipas da Madeira.

24 março, 2014

Diferença entre Campeonato e Liga Europa…

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FC Porto-Belenenses, 1-0

Liga 2013/14, 24.ª jornada
23 de Março de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 27.509


Árbitro: Carlos Xistra.
Assistentes: Nuno Pereira e Jorge Cruz.
4º Árbitro: José Laranjeira.

FC PORTO: Fabiano, Ricardo, Reyes, Mangala, Alex Sandro, Defour, Carlos Eduardo, Josué, Varela, Jackson, Ghilas.
Substituições: Quintero por Josué (46m), Kelvin por Varela (55m), Licá por Reyes (77m).
Não utilizados: Kadú, Herrera, Abdoulaye, Mikel.
Treinador: Luis Castro.

BELENENSES: Matt Jones, André Geraldes, João Meira, João Afonso, Gonçalo Brandão, Fernando Ferreira, Filipe Ferreira, Bruno China, Miguel Rosa, Tiago Silva, João Pedro.
Substituições: Duarte por João Pedro (60m), Fredy por Miguel Rosa (76m), Tiago Caeiro por Fernando Ferreira (87m).
Não utilizados: Rafael Veloso, Kay, Danielsson, Rojas.
Treinador: Lito Vidigal.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Quintero (79m).
Cartões amarelos: Tiago Silva (45+1m), Alex Sandro (59m), Ricardo (83m), André Geraldes (86m), Filipe Ferreira (90m).
Cartões vermelhos: João Afonso (44m).

Novamente o Porto não conseguiu dar continuidade à difícil mas meritória passagem aos Quartos-de-final da Liga Europa, eliminando uma equipa fortíssima. O mesmo já se havia passado na eliminatória anterior e em vez de tirarem daí a motivação necessária para os jogos seguintes, os mesmos são um sacrifício para todos.

Quando se esperava um Porto motivado e forte, não se assistiu a nada disso. Continuo-me a repetir e para quem ainda não teve oportunidade de ler, para mim é uma diferença gritante no que toca essencialmente ao respeito, atitude, determinação, vontade, garra, ambição que os atletas colocam em campo quando jogam para as competições internas, do que quando jogam para as competições europeias. Este ano foi sempre assim, ou quase... mesmo apesar dos erros que continuam a ser cometidos numa e noutras competições, mas o resto ninguém me tira da cabeça que a exposição a que estão sujeitos externamente e a partir de agora ainda mais vai ser, os faz correr mais, lutar mais, empenharem-se mais.

E por isso o jogo de ontem foi miserável. Último classificado da Liga, necessidade de vencer, jogo no Dragão, dados positivos não faltavam para uma boa exibição do Porto.

As mexidas necessárias foram feitas, o mais lógico aconteceu da parte de Luís Castro e aposta em Reyes continua bem patente. Não vou falar muito do jogo porque não há necessidade, tal foi a falta de qualidade apresentada pela equipa.

Luís Castro mexeu no meio-campo ao intervalo, tirou Josué e entrou Quintero, mais alegria a jogar, mas com pouca dinâmica de toda a equipa. Mais tarde foram lançados Kelvin e Licá, frente de ataque alargada e apenas nos últimos 20 minutos algum cerco à baliza de Matt Jones. Contra 10 desde o final da 1ª parte, só perto do final (80 minutos), conseguimos ganhar o jogo. E foi Quintero, que muito tentou mexer no jogo – nem sempre bem – a aproveitar uma 2ª bola na área após cruzamento de Licá desviado pelo GR adversário.

O jogo seguinte é sempre o mais importante e sempre aquele em que temos de dar tudo, seja em que circunstância for. Assim merece o símbolo que trazem no peito, e por muitos não está a ser respeitado. Por casualidade o próximo jogo será com o rival de sempre, Benfica a contar para a Taça. Com a postura deste jogo, nem contra 9 ganhamos ao rival. Será um Porto europeu ou um Porto interno?!?!?

Melhor em campo: Quintero



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

A vitória frente ao Belenenses foi curta (1-0) e obtida já nos minutos finais do jogo da 24.ª jornada da Liga portuguesa, mas para Luís Castro os três pontos eram o objectivo fundamental, “entre dois jogos com uma carga psicológica elevada”. Depois de ter eliminado o Nápoles da Liga Europa, na quinta-feira, o FC Porto defronta o Benfica na próxima quarta-feira, em desafio da primeira-mão das meias-finais da Taça de Portugal.

​“Foi um jogo com uma intensidade baixa e, em determinados momentos, com uma intensidade psicológica alta. Teve várias interrupções e isso instabilizou um pouco a equipa. Queríamos aumentar a velocidade e o jogo parava e tínhamos de a repor. Nunca houve uma sequência lógica, também por culpa própria”, admitiu o treinador, em conferência de imprensa, no Auditório José Maria Pedroto, no Estádio do Dragão.

Luís Castro frisou que a equipa “percebeu o que tinha de fazer na segunda parte” e arriscou “tudo”, colocando em campo vários jogadores de cariz ofensivo, vindos do banco. Para além do golo de Quintero, “mais ficaram por marcar”, fez notar o treinador, que acrescentou que o melhor treino para os atletas menos utilizados “é o jogo” e que, por isso, os seus índices estão a subir.

“As dinâmicas começam a sedimentar-se e a forma como jogarmos é entendível por todos e posta em prática a cada jogo. Os jogos têm um grau de dificuldade elevada e trazem desgaste psicológico, mas não podemos querer não ter desgaste e ser apurados nas competições em que estamos. A gestão é obrigatória, há sempre uma ou outra lesão ou castigo. Já tinha três jogadores castigados, um ou dois lesionados e não podia fazer gestão em cima da obrigatoriedade de fazer gestão. Não posso promover alterações profundas, tenho de dar o máximo conforto à equipa e as dinâmicas necessárias”, afirmou.

Recusando abordar o jogo com o Benfica, que adiantou ainda não ter começado a preparar por falta de tempo, o técnico reconheceu que há um “desgaste natural”, mas a função do treinador é “acelerar as dinâmicas de recuperação”. “Com dois jogos por semana, é natural que um ou outro jogador esteja mais sobrecarregado; à medida que se aproxima o fim da época, mas é bom estarmos em todas as frentes e não nos podemos queixar de termos jogos a mais. Estamos muito satisfeitos por continuar a disputar as provas em que estamos inseridos”, concluiu.



RESUMO DO JOGO