31 março, 2007

Sem comentários


Passaportes com visto já os tínhamos... também o boletim de vacinas em dia contra eventuais surtos da «gripe das aves»... faltavam os bilhetes! Aqui estão eles, a razão do nosso sonho e paixão... 5 bravos magnificos (bLuE bOy, MiAu, CaXaNA, BiChO e XeiO_d_XoNo) vão lá estar e prometem-vos uma coisa: muito em breve, estaremos de volta da nenucolância com a vitória e os 3 pontos; chegou a hora de os colocar no seu devido lugar!!

Que os nossos 11 Bravos Dragões, respeitem todo o nosso esforço, dedicação e paixão, mas que também honrem a nossa mágica camisola de azul-e-branca e dragão ao peito... pela nossa parte e por todos os que vão lá estar com «fé» e «esperença», não faremos por menos: apenas e só, um apoio NONSTOP ao longo dos 90 minutos!

Portanto, façam o favor de conquistar essa vitória pelo FC Porto, por vocês (jogadores, técnicos e direcção)... mas também por nós e por todos aqueles que não estando presentes, estarão convosco em pensamento num qualquer cantinho deste Mundo... connosco, vocês nunca estarão sós!!

Até os comemos, carago!!

30 março, 2007

Assalto ao galinheiro

“O cantinho do Sr. António”

Está quase a chegar… está quase a chegar… é já no Domingo, e pelo menos no que a mim diz respeito, não vejo a hora de ver a bola a rolar. Sempre quero ver quem é o melhor, quem é que tem estofo de campeão, quem afinal merece este campeonato. Acho que nos últimos anos nunca estive com tantas ganas de ir ao cesto do pão roubar os 3 pontinhos.

Tal como eu previa, começou o espectáculo mediático anti-portista dos pseudo-jornalistas da nossa praça. A imparcial TVI já veio dizer que devido à utilização do Pitbull Rafeiro, da Margaridinha das Traças Longas e da Simoneta, o clube do aviário vai partir em desvantagem contra o nosso FC Porto. E pior ainda, os mesmos que defendiam a utilização da Simoneta, em vez do Quaresma, no jogo da selecção contra a Sérvia, são os mesmo que ontem “assaltaram” o “Escovari” a perguntar se não achava que o “malfica” tinha saído prejudicado em relação ao FC Porto nesta ronda da selecção devido ao esforço dos seus 3 jogadores, enquanto Quaresma descansou. Vá-se lá entender esta escumalha!! Mas nós já estamos avisados e prevenidos que contra o nosso Mágico clube vale tudo, inclusive arrancar olhos.

Os paladinos da verdade, sempre disseram que assim é que é bonito, não ver os dirigentes falar antes dos jogos, não haver troca de galhardetes maliciosos entre os treinadores, em suma, não haver bate-boca antes do jogo propriamente dito. Pois eu cá acho que assim é que é feio, sempre fomos um Clube de guerrilha, que ia à luta, que dava o corpo às balas, e agora não temos uma viva alma que nos defenda contra os ataques de que somos vítimas diariamente em cada título do jornal, em cada bloco noticiosos, em cada comentário dos que defendem o outro lado da barricada. Espero que a resposta seja dada dentro de campo, mas que pena tenho de andarmos a ser assim tão enxovalhados, não me conformo!! Estou para ver se no final do campeonato isto leva uma volta dentro do Clube, porque como está é impossível continuar.

Acho que o Jesualdo fazia bem em apostar no 4-4-2 com que jogámos em Inglaterra, muito por culpa da lesão do Lisandro, e também porque eu acho que o Anderson deveria no máximo sentar-se no banco, e entrar apenas se necessário. Com a apatia evidenciada pelo Lucho nos últimos jogos, penso que só tínhamos a ganhar com um meio-campo reforçado, a minha equipa seria esta: Helton, Bosingwa, Pepe, Bruno Alves, Fucile, Paulo Assunção, Raul Meireles, Lucho, Marek Cech, Quaresma e Adriano. Com o Marek a descair na ala esquerda, funcionando como extremo quando tivéssemos a posse de bola, e com o Quaresma a deambular entre a posição de extremo e de médio volante sempre que necessário. Não acho que esta seja uma táctica defensiva, acho apenas que é a táctica adequada ao jogo que temos pela frente. Não sou daqueles que pensa que o FC Porto deva ir jogar em ataque continuado, esquecendo completamente a retaguarda, acho que devemos ir com prudência. Afinal, quem vai à frente ainda somos nós, e mai nada!! Esperar por eles e matá-los na primeira oportunidade. Concentração máxima e empenhamento é o que peço, e se assim for trazemos de lá a vitória de certeza, pois como equipa somos muito melhores. Só uma nota relativamente ao Jorginho, também acredito que ele pode fazer estragos neste jogo, mas não o colocaria de início pois apesar de achar que o Lucho está de rastos, penso que no mínimo está mais rotinado com os companheiros. O Jorginho seria para mim um homem a lançar no início da 2ª parte se o jogo nos estiver a correr mal.

Quanto aos índices de confiança, bem, acho que o facto de estarem a subestimar o nosso valor depois da derrota com os lagartos joga em nosso favor, mas para isso é preciso que o nosso Treinador tenha a perspicácia de aproveitar os “mind games” para motivar as tropas, e no que concerne a motivação eu não acho que ele seja especialista . Mas vamos acreditar que sim. Queria deixar só aqui uma pergunta, que fazer com Jesualdo se perdermos o jogo?? Terá futuro na nossa equipa?? Aguardo as vossas conclusões. Eu no meu caso não me conformo ter estado a 9 pontos e hoje em dia estar a passar este suplício de andar pendurado por apenas 1 ponto, é incrível!!

Aos adeptos que vão ao galinheiro, só lhes desejo que venham de lá com um sorriso nos lábios em especial aos amigos Blue, Caxana, Miau e Bicho. Eu sei que eles já compraram as máscaras de protecção contra a gripe das aves, e isso pelo menos já me deixa mais descansado ehehehe

Saudações,
Sr_Antonio

29 março, 2007

Espero que a gente não apanhe nenhum assim

“O cantinho do Sr. António”

Os jogos da selecção acabaram, ufa… estava a ver que nunca mais!! Estava com algum receio que o nosso menino se lesionasse, principalmente depois de o ver com o saco de gelo no final do 1º jogo disse de mim para mim “tu queres ver que ainda nos vão empenar o Quaresma?!” mas pronto, parece que os meus receios foram infundados. Deus seja louvado, pois é sempre um perigo cada vez que algum dos nossos vai à selecção, parece que é castigo virem de lá com uma mialgia de esforço ou com uma entorse manhosa.

Caros Blues, mas já sabem, acabou a selecção, começa o forrobodó habitual antes de qualquer clássico, e em especial antes de um FC Porto – aves engripadas. Hoje já começa o espectáculo mediático, pena é que da nossa parte já não haja voz para o artista, e que do lado de lá, nem seja necessário alguém piar, pois os “amigos jornalistas” fazem o trabalhito por eles.

Achei engraçada uma nota muito pequenina na penúltima página do jornal “rascord” (li no café, pois recuso-me a comprar tal merda) que tinha como título: “Apito Dourado: Pedro Henriques e PC ilibados”, quando li o título pensei que o computador do Pedro Henriques tinha sido confiscado no âmbito do apito dourado, mas não, não era isso, era mesmo o arquivamento de um processo levantado ao nosso presidente e no qual Pedro Henriques também estava envolvido. Custou assim tanto colocar essa notícia mesmo na penúltima página sr. jornalista?! Como diz a mosca a picar a vaca: “dói não dói?!” porque será que o título não era: “Apito Dourado: PH e Pinto da Costa ilibados” será porque depois o pessoal fazia confusão com a publicidade a algum sabonete de ph neutro?! Deve ser.

Bom, em todo o caso, a pressão sobre o árbitro já começou, e claro, nem foi preciso vir nenhum orelhudo dizer o que quer que fosse, os amiguinhos lá fazem o trabalho por ele e colocam em título, Pedro Proença está envolvido no apito dourado. Assim a modos que… ou fazes o trabalhinho habitual, depois de pores o gel no cabelo, ou estás feito ao bife.

Só espero que não nos calhe na rifa uma arbitragem como esta que vos mostro a seguir. Fez-me lembrar o Calabote, pois também ele teve que se render às evidências depois de ter tentado de tudo para dar o título aos marroquinos.

Vejam e tirem as vossas dúvidas.

E como a César o que é de César, foi no blog do Vizinho que vi este vídeo

Saudações,
Sr_Antonio

PS - concerteza a explicação estará numa qualquer ‘azia mestrual’, mas por um lapso qualquer de memória, não publiquei a crónica do MST n’A Bola do dia 20 de Março, no pós-desaire-com-o-lagarto. Se ainda a pretenderem ler/comentar, além de a ter já publicado no arquivo deste mês (dia 21 de Março), podem também aqui CLICAR e passar os vossos olhos.

28 março, 2007

Tudo isto e mais um Benfica - FC Porto

'Nortada' do Miguel Sousa Tavares...

1 - Há três anos que ando a desbaratar elogios a Ricardo Quaresma e a defendê-lo de todos os cépticos ou cegos. Defendi-o em 2005, o ano horrível do FC Porto, quando ele sozinho carregou às costas uma equipa sem tom nem som. Defendi-o no início de 2006, quando o visionário Co Adriaanse resolveu que ele servia era para suplente - ou porque era cigano, ou porque não gostava do penteado dele ou porque, como dizia a generalidade dos críticos, o Quaresma «não defendia». E defendi-o no Verão passado, quando já só um vesgo ou um teimoso é que não reconhecia a excelência do futebol subversivo de Quaresma, e Scolari resolveu, mesmo assim, deixá-lo de fora do Mundial, privando-o de uma experiência que, mais do que tinha justificado e merecido, privou milhões de amantes de futebol no mundo inteiro de tomarem conhecimento da sua existência.
Mas Ricardo Quaresma gosta demasiadamente de jogar futebol para se deixar abater ou ficar cativo da apreciação alheia. Contra tudo e contra todos, até contra a pancada que recebe em doses acrescidas e até contra os castigos que depois é ele que recebe e não os agressores, Ricardo Quaresma continua a ter um imenso prazer em jogar futebol e em cumular-nos de prazer ao vê-lo jogar. Estou inteiramente de acordo com a opinião que João Bonzinho ontem aqui expôs: Cristiano Ronaldo é bem capaz de ser o melhor jogador do mundo, neste momento, mas Quaresma é mais «selvagem», mais «puro» enquanto génio, Cristiano é um jogador completo, arrebatador, demolidor; Quaresma é um mágico, um daqueles jogadores capazes ainda de inventar novos truques com uma bola, de fazerem o impensável de, na subtileza de um simples toque, mudarem o vento do jogo. Assim, o fantástico golo de Quaresma contra a Bélgica não me surpreendeu. Aliás, já esta época marcou um assim ao Benfica e não marcou outro ao Chelsea porque a bola morreu na tinta da barra de um petrificado Petr Cech. A mim só me surpreende que alguém ainda se surpreenda, e, para a surpresa ser total, só falta que venham dizer que foi o Scolari quem descobriu o génio do Quaresma e o soube pôr ao serviço da Selecção.

2 - A esta Selecção falta, de facto, um defesa-esquerdo e um sucessor para Pauleta, no eixo do ataque. Aparte isso, é capaz de ser a melhor Selecção portuguesa de todos os tempos. Só por incrível acidente é que não chegará à fase final do Europeu. Mas devia jogar sempre em Alvalade: há qualquer coisa ali que os inspira.

3 - À moda do Trio D'Ataque, eis a equipa do FC Porto que eu faria entrar de início no relvado da Luz: Vítor Baía; Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Vieirinha, Bosingwa, Paulo Assunção e Raul Meireles; Adriano e Quaresma. Parto do princípio de que o Lizandro não recupera e que o Anderson só poderá ser utilizado com riscos. Eu preferia não arriscar, preferia o Anderson para o que resta de campeonato, do que tê-lo na Luz a meio-gás e, depois, perdê-lo até final. Aliás, não tivesse sido a derrota com o Sporting, se o Porto tem chegado à Luz com quatro pontos de avanço, eu também dispensaria o Quaresma: é que tenho um mau pressentimento que ele não vai acabar o jogo.
Mas, seja qual for a equipa que Jesualdo Ferreira venha a escolher, eu deixo aqui uma previsão arriscada: em circunstâncias normais (isto é, sem casos de arbitragem ou jogadores enviados para o estaleiro), o FC Porto é o meu favorito á vitoria. Porquê? Porque é nestas alturas que o FC Porto costuma transcender-se e mostrar porque é que ganha mais vezes que os outros. Porque, quando já nada mais resta do que ir á luta em campo e vencer, o espírito de todas as equipas formadas ao longo dos últimos anos naquela casa é o de vencedores. Não quero com isto dizer que não tenho respeito ou que não temo a actual equipa do Benfica. Muito pelo contrário, o Benfica em dia sim é uma equipa temível. Mas tanto é capaz do melhor como do pior, e ao longo do mesmo jogo. Mas uma equipa de campeões demora anos a forjar e passa por uma quantidade de factores que não se limitam à vontade de ganhar. É isso que muita gente insiste em não querer ver.

4 - Li atentamente a entrevista que o Dr. Ricardo Costa, presidente da Comissão Disciplinar da Liga, deu ontem a este jornal - como já antes havia lido com igual atenção as suas intervenções anteriores.
Li e não fiquei convencido. Respeito muito a sua vontade de fazer bem, a sua qualificação jurídica, o seu esforço pelo futebol. E, obviamente, não está, nem nunca esteve, em causa a sua honestidade ou a dos demais elementos da CD - ao contrário, do que ele sustenta, quando se atira aos comentadores clubísticos. Parece que, infelizmente, também é preciso começar por recordar que, na sociedade democrática em que vivemos, existe uma coisa que se chama direito de opinião, direito de crítica, direito de discordar. Ao contrário do que ele sugere, não existem, de um lado os bons, honestos, sérios e isentos, que são 05 membros do CD; e, do outro lado, os mal-intencionados, facciosos e, eventualmente, desonestos, que são quem os critica, Eu, por exemplo, de facto, não sou isento clubisticamente. Só que nunca o escondi, antes o afirmei, e é na qualidade de adepto, e apenas nessa, que aqui exponho as minhas opiniões. Mas também devo dizer que não acredito que os métodos do CD da Liga sejam todos isentos clubisticamente. Nem acredito nem o exijo: basta-ma que sejam isentos a decidir.
Aqui há semanas, e reflectindo sobre a aparente disparidade de tratamento disciplinar dado aos casos de Nuno Gomes e de Ricardo Quaresma, escrevi aqui um texto, que bastante sereno e isento me pareceu, em que explicava as razões pelas quais não compreendia ou rejeitava alguns dos critérios adoptados e não compreendia ou rejeitava alguns dos critérios adoptados e porque é que, a meu ver, eles podiam facilmente conduzir a decisões comparativamente injustas e incompreensíveis. Devo dizer, imodestamente, que achei que as minhas razões poderiam pelo menos suscitar alguma discussão, igualmente séria e serena, em que quem pode e manda tentasse perceber as razões de quem não manda mas pode discordar ou ter dúvidas. O que não esperava, sinceramente, é que quem pode e manda descartasse tudo à conta da ignorância ou do facciosismo clubístico.
Registadas mais uma vez as explicações do Dr. Ricardo Costa, eu continuo na minha, nas minhas razões e nas minhas dúvidas, que, de forma alguma, vi esclarecidas. E, acima de tudo, o que me faz confusão é que, na esteira deste mundo de juristas em que vivemos (e eu também o sou, embora salutarmente retirado), se continue a confundir legalidade com justiça, Há muitas áreas, no nosso direito, em que por amor extremo e absurdo à legalidade formal e ao processualismo, se deixa de fazer justiça - pelo menos, uma justiça que o comum dos cidadãos possa entender e respeitar. Mas o futebol e os regulamentos de disciplina desportiva não são um código penal, são uma área onde, justamente o que se pede é bom-senso e justiça, e não uma série infinda de malabarismos processuais e legalistas que fazem com que, no limite, ninguém entenda por que razão um jogador que entra a pontapé sobre as pernas doutro numa disputa de bola é menos penalizado do que um que dá um safanão com o braço para se libertar de um adversário que o está a agarrar. Ou que dois jogadores que praticaram exactamente o mesmo acto possam ser punidos de forma diferente, conforme os árbitros digam que viram ou que não viram o que todos viram, incluindo os membros do CD.
Não duvido de que o Dr. Ricardo Costa e os seus pares cumpram escrupulosamente os regulamentos da Liga, ou que, pelo menos, o tentem. Mas, com todo o respeito pelo seu esforço, não é isso que está em causa. Eu estou-me nas tintas para a vaca sagrada dos regulamentos da Liga, se eles não fazem sentido. Quero é uma justiça desportiva que seja rápida, eficaz, coerente, igual para todos e entendível por todos. Isso, para mim, é que seria novo. Mas, pelos vistos, ainda não é desta que a vamos ter.

# in Jornal “A BOLA”, 2007.03.27

27 março, 2007

26 março, 2007

Coleccionismo de bilhetes de futebol

Desde há muito que tinha em mente abordar este assunto aqui no blog… é chegada a hora.

Desde muito novinho que sou, digamos, um ‘maníaco’ por todo o tipo de adereços que digam respeito ao meu FC Porto… aquilo são quase já ‘centena’ de cachecóis, aquilo são porta-chaves, são revistas, esferográficas, pin's, galhardetes, medalhas, etc, etc… e bilhetes, então nem se fala, muito mais ainda desde que os mesmos passaram a ser personalizados com a identificação do respectivo jogo.

A maluquice é tanta que até tenho um arquivo com tudo ordenadinho por datas e tudo, onde tenho um especial sentimento de orgulho profundo por ter os nesse tal arquivo os bilhetes originais de todas as finais europeias do FC Porto, há excepção do bilhete da final da Taça das Taças em Basileia; tudo o resto, está lá… coisas de ‘puto maluco’, digo eu.

Infelizmente, ou talvez não, desde que resolvi comprar o meu lugar anual no Estádio do Dragão (Nov.03), deixei de ter a obrigatoriedade de comprar bilhetes, e agora só em raras excepções volto a ter necessidade dessa compra (um dos exemplos, foi ainda agora no jogo com o Chelsea no Dragão, visto que o meu cartão de lugar anual, apenas contemplava os 3 jogos da fase de grupos).

Apesar de toda a dificuldade que hoje tenho para encontrar bilhetes para a minha colecção privada, vai sendo uns e outros que encontro na saída do Estádio e que andam espalhados ou amarrotados pelo chão (e tenho de deixar aqui um agradecimento especial ao sempre preocupado e qual alarme de memória, um tal de Caxana... bigadinho friend) , outros oferecidos por amigos que vão ao estádio, etc… o que é manifestamente pouco.

Assim, e porque tenho um montes de bilhetes para trocas (nacionais e internacionais do FC Porto, outros nacionais e internacionais, da selecção nacional) devidamente listados em ficheiro excel, se houver por aqui algum ‘doido salutar’ como eu que goste destas maluquices de coleccionar bilhetes de jogos de futebol, que me contacte para informar o que tem disponível para estas andanças e logo tentaremos chegar a uma plataforma de entendimento entre as partes que possibilite essa transacção.

Portanto, se têm bilhetes de futebol para trocas, esperam o quê? é faxabôr contactar-me rapidamente.

24 março, 2007

23 março, 2007

Pasquins de retrete

“O cantinho do Sr. António”

O meu avô foi habituado a ouvir falar da inabalável conduta profissional dos jornalistas. Apenas comparável à dos médicos, forças policiais e judiciais. Era do senso comum saber que qualquer jornalista era isento, rigoroso e incapaz de apresentar notícias meramente decorativas. A opinião não tinha lugar nos factos noticiosos e impunha-se a lei de responder apenas e só ao: Como? Quando? Onde? E porquê?

Mas os tempos mudaram, a ditadura acabou, as forças policiais passaram a deparar-se com casos de corrupção, os médicos viram-se a braços com casos de negligência médica grosseira, e os magistrados foram postos em causa nas suas funções por outros magistrados considerados mais iluminados. E os jornalistas?? Esses não. Esses continuam completamente alheios a estes fenómenos sociais, e reproduzem inteiramente a verdade, sem qualquer espécie de “amiguismo” ou de juízos de valor. Ahahahahah… não me façam rir por favor. Será que a comunicação social acha que nós somos todos “pategos” ou andam a colocar muita droga nos copos de café?!

Temos assistido a uma autêntica palhaçada nestes anos todos de domínio do nosso querido FC Porto. A comunicação social tentou por todas as formas e feitios deitar por terra a grandeza do nosso Clube, minimizar a importância das nossas vitórias, destruir o âmago da nossa mística. Mas não conseguiu. Agora, essa mesma escumalha, explora incessantemente o “filão” que se tornou o Apito Dourado. Lança notícias atrás de notícias sem qualquer critério ou rigor jornalístico. Ainda há bem pouco tempo o próprio JN que eu lia com tanto gosto, e que sempre lhe gabei a isenção, dava uma notícia sobre o Apito Dourado em que relacionava textualmente Pinto da Costa e Pinto de Sousa em mais um facto apurado (segundo eles) no processo, e que segundo o jornal, Pinto de Sousa tinha admitido à PJ que cozinhava os árbitros com o nosso Presidente. Pinto de Sousa decidiu contradizer imediatamente a notícia e exigiu o “direito de resposta” no mesmo jornal, o jornal lá lhe proporcionou o direito de resposta num cantinho de uma página sem o habitual espalhafato da primeira página. É ao que chegámos!!

Não me sai da cabeça algumas situações antigas como: título do “Rascord” a minimizar o facto de termos sido Campeões do Mundo e dando mais destaque aos golos apontados por uma ponta-de-lança num treino do sl bosta; “a bola” a debitar noticias, atrás de notícias, acerca do assassinato que um jogador do FC Porto cometeu numa Avenida da Invicta, quase que dizendo que se ele continuasse a ser jogador do sl bosta isso não aconteceria (falando de Yuran). Mais recentemente, engoli em seco com o cantinho a que foi votado o jogo entre Chelsea e FC Porto na Champions, sendo muito mais importante o jogo entre o 2º classificado do nosso campeonato e o penúltimo de França; o branqueamento da agressão de Liedson, após se ter quase chamado de arruaceiro a Quaresma; o ignorar da presença do Orelhas no escândalo da transferência de Mantorras; a pouca importância dada às conversas telefónicas, vindas a lume, entre o Major e o mesmo Orelhudo; a diferença de tratamento entre a naturalização de Nelson do sl bosta, e a possível naturalização de Pepe; o incrível silêncio sobre o jogo de bridge da “comichão disciplinar”; as análises sempre positivas ao trabalho do árbitro, cada vez que ele equipa as mesmas chuteiras avermelhadas; etc etc etc.

Haja respeito, comunicação social de merda. E depois ainda tenho que gramar com mouros a dizer que nós, os Portistas, é que temos a mania da perseguição. Enfim, o que vale é que o que não nos mata, torna-nos mais fortes!!

Neste país à beira-mar, deveriam ter a coragem que têm em Espanha. Os jornais estão perfeitamente identificados com as cores dos clubes e não fazem questão de esconder esse facto. E não fazem como os nossos pasquins de retrete, que se armam em paladinos da verdade. Em Espanha toda a gente sabe que o “Mundo Deportivo” é afecto ao Barcelona, e a “Marca” é afecta ao Real Madrid. Tudo preto no branco, sem rodeios. Por cá ainda temos que gramar com “rascords” e “as bolas” a afirmarem a sua imparcialidade. Quanto ao “O Jogo”, que tantos afirmam ser o nosso jornal de eleição, bem… tenho a dizer que já foi mais do meu agrado. Cada vez se tem associado mais à ala dos “pasquins de retrete”. O Oliveirinha já se deve ter esquecido (ou não) que lhe tentaram matar o irmão através da comunicação social no defunto programa anti-portista “Donos da Bola”.

Saudações,
Sr_Antonio

22 março, 2007

I Torneio de Futebol 5x5

Porque se aproxima a passos largos o início dos festejos do 1º aniversário deste blog (25.05.2007), resolvemos colocar mãos à obra com mais uma das ideias lançadas a cabo pelo já habitual ‘engenhocas de serviço no barracão’, um tal de Caxana.

Encontram-se já abertas as inscrições para o I Torneio de Futebol 5x5 a realizar no sintético da fantástica cidadela de Bustelo - Oliveira de Azeméis, com inicio previsto para o próximo dia 25 de Abril e término em 12 de Maio. Pelo meio, esperam-se jornadas de salutar confraternização e agradáveis caneladas nos dias 25 e 28 de Abril e 1, 5 e 12 de Maio.

Como poderão aqui verificar no cartaz publicitário e já colocado num qualquer lugar perto de si, o valor da inscrição por equipa com um máximo de 12 elementos, é de 150 caragos, valor este, e depois de contabilizados todos os custos da organização deste evento, necessários para custear todos os custos envolvidos: sintético e respectivos balneários, árbitros, troféus e prémios… e já agora, uma sandes de gomas e um pires de pipocas para os organizadores, já que para a cerveja, não chega ;-)

Os prémios em jogo, além de troféus para todas as equipes e mesmo individuais (melhor marcador, melhor guarda redes, equipa fair-play, etc, etc), será um prémio final de 250 caragos para o 1º classificado e 50 caragos para o 2º classificado.

Caso estejam interessados em participar nesta jornada de salutar confraternização, bastará para tal formarem uma equipa de 12 elementos e juntarem-se a nós para darem também umas boas d'umas caneladas no adversário mais próximo... eheheh

Por fim, chamo apenas a especial atenção para que como poderão verificar na imagem acima, o limite de equipas são de apenas 16, e neste momento, apenas já só restam 7 vagas... apressem-se, bora lá!

PS - para mais informações, podem contactar-me via email para blogdoblueboy@gmail.com

21 março, 2007

Outro olhar sobre o FC Porto - Sporting

'Nortada' do Miguel Sousa Tavares...

O Sporting foi indiscutivelmente melhor como equipa e em termos de estratégia de jogo. Mas, para uma equipa a quem só a vitória interessava, a mim ficou-me a ideia de que o Sporting muito pouco fez por isso

1 - Mal o jogo acaba, começo a receber SMS de sportinguistas: «Grande banho de bola que vos demos!» Abro os jornais desportivos do dia seguinte e dizem o mesmo. E confesso que fico entre o perplexo e o preocupado: aquilo foi «um banho de bola» e eu não dei por nada? Será que o meu facciosismo clubístico já me impede de ver o que todos vêem, ou todos vêem o que querem ver? Eis o que eu vi.

O Sporting foi indiscutivelmente melhor como equipa e em termos de estratégia de jogo. Explorou os dois pontos fracos do FC Porto, que são evidentes para qualquer pessoa: o meio-campo e a preparação física. Com isso, a equipa dirigida por Paulo Bento controlou grande parte do jogo, anulou, com relativa facilidade, a criatividade do jogo do Porto e jogou, ou não deixou jogar, o suficiente para nunca merecer perder.

Mas, para uma equipa a quem só a vitória interessava, a mim ficou-me a ideia de que o Sporting muito pouco fez por isso: limitou-se quase só a esperar por uma dávida dos céus e ela chegou. Em toda a primeira parte, é verdade que o Sporting e Nani exploraram a seu bel-prazer o flanco direito da defesa do Porto, mas o saldo de tudo isso traduziu-se apenas em dois remates mais ou menos perigosos que Helton defendeu com mais ou menos dificuldade, enquanto que, do lado oposto, Alan desperdiçou a melhor oportunidade de golo, com um remate desastrado. E, na segunda parte, fora o golo de bola parada, o Sporting dispôs apenas de mais uma oportunidade, em contra-ataque e depois do golo — a qual, ao contrário do que vi escrito, não foi salva pelo Helton, foi sim criada pelo Helton, ao defender com os pés e para a frente um remate que deveria ter agarrado com as mãos. Jogando pior e sempre em esforço e desinspiração, o FC Porto teve mais oportunidades de golo do que isso.

2 - Jesualdo Ferreira tem uma qualidade que eu aprecio: quando perde não se refugia em desculpas com o árbitro e coisas que tais. Assimilou e bem aquilo que é o sinal distintivo das equipas ganhadoras: só faz sentido falar em erros de arbitragem quando se jogou o suficiente para ganhar e foram os erros do árbitro que o impediram. Sábado, o FC Porto não jogou o suficiente para ganhar e, por isso, não adianta falar no árbitro. Mas duvido que qualquer outro treinador daqui, tendo acabado de viver aquele último lance da partida, não viesse falar do árbitro. Os sportinguistas, de certeza que não tinham ficado calados. A única coisa boa de perder é saber perder.

3 - Mas Jesualdo perdeu o jogo, tanto como a equipa, ou mais até. Assistiu, sem reacção, durante toda a primeira parte, à cavalgada do Sporting na alameda do flanco direito da defesa portista, a metros do banco onde ele estava. Assistiu, sem reacção e durante 70 minutos, a mais uma exibição nula de Lucho Gonzalez, cuja inutilidade absoluta e continuada é o único que parece ainda não ter percebido (no jogo anterior, no Funchal, dei-me ao trabalho de seguir o Lucho com atenção: tocou na bola pela primeira vez aos 31 minutos de jogo, já o Porto ganhava por 2-0. Deve ser um feito digno do Guinness…). Eu sei que Jesualdo deixou de contar com o Anderson, já lá vai uma volta inteira de campeonato, sei que perdeu agora também o Ibson, sei que não foi ele quem formou o plantel do FC Porto para esta época e que andou irresponsavelmente a dispensar e emprestar médios de ataque.

Mas também sei que, com o seu aval ou a sua cumplicidade, se comprou no mercado de Dezembro um jogador para ser a quarta opção como defesa-esquerdo (Mareque) e um avançado, que dizem futebolista, para ser a quarta opção como ponta-de-lança (Renteria), mas não se comprou, como era notóriamente necessário, um médio ofensivo. E depois, caramba, há-de haver nos juniores ou nos juvenis alguém que simplesmente corra e jogue, coisa que o Lucho não faz há meses!

À parte isso, que já não é pouco, Jesualdo Ferreira falhou na estratégia, na observação do adversário e nas substituições. E, por mais que o desdiga, o facto é que havia um FC Porto até às fatídicas férias grandes de Dezembro e outro depois disso. Este que agora se apresenta e que já vai na quinta derrota do ano, não pode com uma gata pelo rabo, está deserto de ideias de jogo e vai começando a fazer lembrar cada vez mais o de Co Adriaanse, que sobreviveu uma época inteira, tem-te-não-caias, à custa de três jogadores e apenas três: o Pepe, na defesa, o Paulo Assunção, no meio-campo, e o Quaresma, no ataque. Não chega para fazer uma equipa.

4 - Não me vou desdizer: um mau jogo não consente desculpas com erros de arbitragem. Mas não resisto a recflectir o que seria ao contrário. No FC Porto-Sporting de sábado há três decisões controversas da arbitragem e as três foram decididas contra o FC Porto.

Primeira: num contra-ataque letal, Quaresma vai ficar isolado a caminho da baliza: pode optar entre ir para o golo directamente ou fazer o 2x1 com Adriano, face a um desamparado Anderson Polga. Partiu três metros atrás do mesmo Polga e o fiscal de linha demorou três segundos a assinalar um fora-de-jogo que, a olho nu, era evidente que não havia. Esses três segundos foram incompreensíveis: o que terá passado pela cabeça do árbitro assistente nesses três decisivos segundos?

Segunda: Postiga entra de ombro contra ombro em Polga. No meu ver, completamente normal, mas admito que outros não pensem assim. A questão, porém, é que não é o nosso critério de avaliação que deve prevalecer, mas sim o muito personalizado critério disciplinar de Pedro Henriques — que é um bom árbitro, mas que, neste capítulo, assume uma arbitragem de risco permanente. Ora, deixando ele jogar largo, é legítimo que os jogadores se adaptem ao critério do árbitro: até pode ser que aquilo seja falta, mas, segundo o critério daquele árbitro, e designadamente neste jogo, aquilo nunca seria falta. Pedro Henriques não pode deixar passar dez faltas ou pretensas faltas iguais ou piores e marcar aquela, naquela posição. Porque, ainda por cima, foi o lance que decidiu o jogo.

Terceira: tanto na análise de A BOLA, como na dos especialistas do O JOGO, o Polga (sempre ele…) não cometeu falta para penalty no último lance do desafio. E todos o justificam dizendo que ele simplesmente jogou a bola. Convido-vos, porém, a reverem o lance na televisão, tal como eu já o fiz várias vezes: vê-se o Pepe a armar o remate à baliza e vê-se o Polga a entrar (de pé em riste) ao conjunto Pepe-bola; a seguir, vê-se o Pepe a levantar voo como um pião ( e ele não é homem de fitas ou simulações), e vê-se, sobretudo, que a bola não se mexe do mesmo sítio. Como é que o Polga jogou a bola, se ela nem se mexeu?

Mas, nestes tempos de intimidação penal que se vivem, é preciso saber também tomar decisões sábias: só um suicida é que se atreveria a assinalar um penalty decisivo a favor do FC Porto, no último segundo do jogo.

5 - Anotem: foi o segundo jogo de título disputado no Dragão este ano. Não houve quaisquer declarações provocatórias ou incendiárias dos dirigentes, técnicos ou jogadores do FC Porto, antes ou depois do jogo; não houve quaisquer incidentes causados pelos adeptos portistas com os jogadores ou adeptos adversários, e os dirigentes destes assistiram ao jogo no camarote da Direcção, em paz e tranquilidade; nenhum jogador adversário saiu do campo com uma perna partida ou lesionado devido a uma entrada de um portista; e, no final, com razões ou não para tal, não houve queixas de arbitragem nem falta de fair play, tanto na vitória como na derrota. Anotem e façam igual.

6 - O presidente do Sindicato dos Jogadores de Futebol deveria estar menos entusiástico com o absurdo acórdão do tribunal administrativo que confere aos jogadores a possibilidade de se transformarem em mercenários, que hoje beijam o emblema de um clube e amanhã assinam por outro. A liberdade contratual absoluta dos jogadores implica, a prazo, a morte inevitável dos clubes.

E, sem clubes, não há futebol profissional. Aliás, e como bem nota o presidente do Sporting, se um jogador pode passar a despedir-se sem justa causa e quando o quer, também o clube deve ter a faculdade de fazer o mesmo. E, entrando-se por aí, o Sindicato vai ter muito a que acorrer.

# in Jornal “A BOLA”, 2007.03.20

Porque será?


SILÊNCIO

Este recém-reencontrado equilíbrio na luta pelo título tem todo o tipo consequências, umas mais positivas do que outras, dependendo todas dos respectivos pontos de vista ou, mais concretamente, das cores clubísticas de cada um. Uma delas, inegável e transversalmente positiva, é a sensível diminuição das críticas ao trabalho dos árbitros e até do número de referências por centímetro quadrado de opinião publicada ao processo Apito Dourado. A primeira e a mais simples explicação para o fenómeno tem a ver com o facto das arbitragens servirem normalmente de desculpa para os maus resultados. Ora, como os resultados até têm sido bons, pelo menos do ponto de vista do Sporting e do Benfica e respectiva corte, não tem sido preciso encontrar desculpas no sempre polémico trabalho dos árbitros. Não é uma receita muito complicada: se ganham, é naturalmente por mérito próprio; se perdem, é obviamente por culpa alheia. Serve-se requentada, em colunas de opinião mais ou menos como esta, mas com um sotaque mais afectado. Mas há outros motivos para que as arbitragens em geral e o Apito Dourado em particular não sejam agora o pão nosso de cada dia que foram até Dezembro. Acontece que, por obra e graça deste recém-reencontrado equilíbrio na luta pelo título, há, de repente, mais do que um candidato à sucessão do FC Porto como campeão. Ora, como está bom de ver, não fica bem a ninguém descredibilizar uma competição que pode vencer. Não pode um presidente andar por aí a gritar aos sete ventos que o futebol em Portugal está podre, que só se consegue ganhar fazendo batota e aliciando árbitros e correr o risco de ser o clube dele a ganhar. Não, durante os próximos dias o futebol português vai estar no bom caminho. Se continua depois do clássico da Luz ou não, essa é outra história.

BILHETES
Já foram pedidos

O FC Porto pediu atempadamente os bilhetes a que tem direito para o clássico com o Benfica no Estádio da Luz. De acordo com o Regulamento de Competições, os portistas têm direito a 5% da lotação do recinto, o que corresponde a cerca de 3 mil bilhetes que, também de acordo com os regulamentos, devem ser enviados para o clube visitante até dois dias depois da recepção do pedido por parte do clube organizador, mas o FC Porto ainda não recebeu os bilhetes, nem foi informado de quando os poderá disponibilizar aos seus adeptos. Uma polémica em potencial?

# Jorge Maia, in “O JOGO” de 2007.03.21

20 março, 2007

Os 4 pecados (quase) capitais...

Aviso já que este post é um bocado longo. Estão com pachorra para me aturar? Se estão, óptimo. Se não estão, podem sempre ir ler a Maria ou a Nova Gente ou então ver o programa das manhãs da TVI ou da SIC, que concerteza vão achar mais piada, menos perca de tempo e poderão sempre culturalmente crescer mais um pouquinho ;-P

Como tinha ontem prometido, o post de hoje não iria ser, aliás, não vai ser mesmo ‘para amar’, como costumo dizer entre o meu círculo restrito de amigos. Depois das mais recentes e já não é de hoje ‘porcarias’ que vou vendo pelo reino do Dragão, deixo-vos aqui a minha mais sentida e revoltada opinião sobre os 4 pecados (quase) capitais com o que o ‘meu’ FC Porto se tem deparado desde a mais que já falada, discutida, explorada e confusa, ‘paragem de inverno’.

Então é assim. Quem não deve, não teme… sim!, porque eu não sou, nunca fui, nem nunca serei nenhum ‘chulo’ do futebol, que só anda por lá, naquelas apaixonadas bancadas azuis-e-brancas, ou porque os bilhetes são de borla, ou porque arranja uns convites de patrocinadores, ou por isto ou por aquilo… eu ando lá, desde muito ‘tenrinho’, apenas e só por um motivo: o meu amor ao FC Porto e nunca, repito, nunca lá entrei ‘à salgueiros’. Sempre paguei para lá estar e continuo a pagar, por isso, digo o que quero, o que penso e não sou ‘a voz de nenhum dono’! Adiante.

Estas são então na minha opinião, os tais 4 pecados (quase) capitais da actual situação:

Presidência (actual) da tanga...

Sempre fui, sou e sempre serei um admirador confesso do meu Presidente, do nosso Presidente, do Presidente de todos os portistas: Jorge Nuno Pinto da Costa. Não tenho memória curta, não sou mal agradecido, nem cuspo no prato de quem nos fez ‘gigantes’ na Europa do Futebol. Nesse aspecto, o meu obrigado… aliás, o meu especial e sentido obrigado.

Mas, e há sempre um mas, começa urgentemente a estar na hora de ‘sangue novo’, e quando me refiro a ‘sangue novo’, não estou a falar em mudar por mudar… tem de ser alguém que entre ‘sem telhados de vidro’, que não tenha medo e se sinta capaz de mostrar toda a nossa força, toda a nossa pujança, todo o nosso orgulho, toda a nossa mística de gentes do norte e Portistas… alguém, que volte a ‘capitalizar’ de nós, esta força única neste país de invejosos: o bairrismo!! Hoje, quando olho ‘lá para dentro’, o que vejo? Silêncio, medo, cobardia, um misto de emoções mais própria de um qualquer clube de carreira, que não do grande FC Porto.

Estou farto de ser ‘enxovalhado’, estou farto de ser ‘gozado’, estou farto de ser ‘caluniado’, estou farto de não ter argumentos para contrariar os ataques que nos movem em cada esquina em que caminhamos… estou farto!! Ando eu a chatear-me para quê afinal? Para eles andarem todos lá dentro a rir-se de nós, da nossa palermice, a chularem-nos, a roubar-nos, a delapidar aquilo que tanto nos custou a conquistar? Elas são escutas, elas são ‘putas’, elas são passivos a aumentar em flecha, elas são camiões de jogadores, elas são jogadores empurrados para fora e outros para dentro sem qualquer explicação, etc, etc… estou farto de muita coisa.

Esta situação que vivemos actualmente, já teria merecido à uns bons valentes de anos atrás, um sério puxão de orelhas do Presidente para dentro e para fora… hoje, ao que vemos, nem para dentro, nem para fora, nem para o lado, nem para cima, nem para baixo. Sinceramente, cada vez acredito menos que algo alguma vez vá mudar. Quero sangue novo e respostas rapidamente… enchi deste ‘silêncio comprometido’!!!

Treinador medroso e confuso...

Contra muitos, desde a primeira hora sempre defendi o nosso treinador: o Prof. Jesualdo Ferreira porque lhe reconhecia méritos enquanto treinador. Hoje, depois de tantas e tantas ‘estupidezes’ juntas, esgotei a paciência no sábado passado quando essa ‘besta quadrada’, se lembrou de tirar o único avançado de jeito que tinha em campo (Adriano), já que o incansável Lisandro estava ausente por lesão, a 15 minutos do fim do jogo e a perder por 0-1!!

Nesse momento, ‘fiz-lhe uma cruz em cima’. Sinceramente, já me convenci que nunca passará de um Queiroz em ponto mais pequenino, que é o mesmo que ‘um eterno adjunto’. O homem não acerta uma e pensa que somos todos pacóvios de uma qualquer aldeola à beira mar plantado… não há ‘caralho’ nenhum lá dentro no clube, da SAD ou do plantel que lhe explique que este clube não é nenhum dos clubezecos por onde ele andou até ter sido resgatado para o nosso mundo?

Primeiro, foi o ‘voto meritório’ para o mês de férias na paragem de Inverno; depois, foi a queda livre em termos físicos dos jogadores; depois é a insistente utilização de Lucho em campo ao longo dos jogos quando ele está todo roto, todo rasgado, todo partido; depois é ninguém, a não ser ele próprio, que compreende as substituições que faz e que leva a equipa sempre para patamares mais baixos; depois é não conseguir incutir nunca na equipa aquela garra, disciplina, aquela mística de que tanto nos orgulhamos. Sinceramente, (mais) uma aposta errada e logo eu que tanto o defendi! Acabou-se-me a paciência.

Jogadores mimados...

Mas alguém compreende que estes mesmos jogadores que quase até ao final de Dezembro, fizeram bons jogos, lutaram, sofreram e conquistaram grandes vitória com bravura e orgulho, hoje sejam um ‘escarro’, salvo raras excepções, que o expoente máximo é o incansável Lisandro, que não se esforçam mas sim se acomodam, não lutam, não cerram os dentes, não partem para cima deles, nada, nada mesmo… são de uma nulidade e de um comodismo a todos os níveis irritantes.

Ele é o Hélton aos cucos… ele é o Lucho a meter dó a vê-lo arrastar-se em campo… ele é o Quaresma a ser um ‘irritante’ dono da bola… ele é um Postiga do mais trapalhão que há… etc, etc, etc. No meio desta miséria toda, salva-se Lisandro e pouco mais, muito pouco mais.

Meninos engravatados e 'in' do Estádio 'chique'...

Uiiii, então aqui, é de bradar aos céus a atitude mais que passiva, tolerante e acomodada dos 'meninos engravatados' do novíssimo, chique e ‘in’ Estádio do Dragão. Hoje em dia, não se pode assobiar, porque os ‘meninos engravatados’ não gostam… hoje em dia não se pode criticar, porque os ‘meninos engravatados’ não gostam… hoje em dia não se pode levantar, porque os ‘meninos engravatados’ não gostam… hoje em dia não se pode insultar, porque os ‘meninos engravatados’ não gostam… hoje em dia não se pode apontar o dedo, porque os ‘meninos engravatados’ não gostam, etc, etc.

O que esses tais 'meninos engravatados' gostam mesmo é de ir para um campo de futebol como quem vai assistir a uma bela ópera, onde a assistência está cheia de cócós da sociedade, se vestem com roupinha da moda com etiqueta bem visível e se portam como completos anormais ao olhar do mais ‘comum mortal’… cachecol, camisola ou acessório azul-e-branco em cima do corpo, é que nada mesmo!, porque pode estragar a combinação multicolor da benetton, ‘made by’ loja 3-A do Shopping de Cascais. E depois além disso, no final do jogo, vai-se para a noite e é preciso ir-se chique e in. Sem comentários.

A esses, respondo-lhe apenas com um: ‘vão todos pró c******’… eu tenho orgulho em ser Portista, ando de calça de ganga roçada, sapatilha com mais kms que o meu carro, camisola azul-e-branca sempre enfiada e cachecol ao pescoço… e não tenho vergonha de ser quem sou nem de ir a lado nenhum com a minha ‘cor’ vestida! Por isso, ‘vão todos pró c******’. Se querem ópera, vão para o CCB que lá é que é o vosso lugar no meio dos cócós da sociedade tuga!

A mim, ninguém me cala… a mim, ninguém me manda calar… a mim, ninguém me manda sentar… a mim, ninguém me proíbe de criticar. Se o FC Porto está no estado actual que está, muito desse momento se deve a vocês que tudo toleram, tudo permitem, tudo apoiam e com tudo são coniventes… por mim, nunca estará assim. Este não é o meu FC Porto… é o vosso FC Porto!

Ainda no antigo ‘Estádio das Antas’, com aquele mítico Tribunal da Superior Sul que tanto medo provocava, onde tantas vezes gelei o meu ‘traseiro’ ao estar sentado naquelas bancadas geladas, onde tanta chuva apanhei da cabeça aos pés, onde tanto frio apanhei nas orelhas, onde tanto cantei, vibrei e me entusiasmei, onde em tantas tardes ou noites presenciei inesquecíveis vitórias, onde tão poucas vezes sai de lá vergado ao peso de uma derrota… nessa altura, eles vinham cá jogar 'todos borrados de medo'. Os adeptos vinham cá ‘todos borrados de medo’. Hoje em dia, com estes tais adeptos da gravata e do fatinho rosa choque, os tais ‘meninos engravatados’, eles não têm medo de cá vir ou de nos enfrentar de peito aberto… porque sabem que têm a tarefa facilitada. A esses tais ‘meninos engravatados’, deixo-lhes apenas um recado sentido:

A mágica Massa Associativa do FC Porto só pode ter um único espírito:

Sempre Orgulhosa.
Com cultura de luta e garra.
Com cultura de exigência.
Com cultura de ambição.
Com cultura de vontade.
Com cultura de não aceitar desculpas esfarrapadas.
Com cultura de dar a cara.
Com cultura de lealdade.
Com cultura e paixão pelo jogo.
Com cultura de VITÓRIA.
Menos que isto, podes ser adepto do Nacional, do Beira-Mar, dos lagartos ou do clube de ciclistas… entenderam? Ou querem que faça um desenho?


Conclusão…

Pronto.. é isto tudo que me invade a alma neste momento crítico (e já começam a ser tantos nos últimos anos). Se concordam e se revêem nestas criticas, muito bem. Se não concordam, escusam de tentar, porque eu não vou mudar… continuarei a ir ao meu Estádio de “calça de ganga roçada, sapatilha com mais kms que o meu carro, camisola azul-e-branca sempre enfiada e cachecol ao pescoço”. Os outros? continuarão a ir de fatinho e gravata rosa choque!

17 março, 2007

Quem não merece mais...

Competição: bwin 06/07 (22ª jornada)
Data: 17.03.2007
Local: Estádio do Dragão, Porto
FC Porto: Helton; Jorge Fucile, Pepe, Bruno Alves e Marek Cech; Paulo Assunção, Raul Meireles, Lucho Gonzalez (Jorginho); Alan (Hélder Postiga), Quaresma e Adriano (Bruno Moraes).
Golos: -

Depois de uma noite, mal, muito mal dormida, a ‘azia’ ainda por aqui anda e não me parece que vá desaparecer tão rapidamente, tamanha foi a ‘porca miséria’ a que assisti ontem por esta mesma hora.

Bem, é assim, não há muito para dizer sobre este jogo, senão que foi a mais miserável exibição do FC Porto esta época, por consequência, os lagartos acabaram por fazer um jogo quase perfeito e lá se foram mais 3 pontinhos a voar… quando tudo poderia estar a ser diferente se houvesse em campo, atitude, garra, amor e dedicação. O que vimos, foi apenas e tão só: uma filha-da-putice dos jogadores e treinador que carregam ao peito o símbolo do nosso mágico FC Porto.

Antes do jogo, ainda na 6ª feira, recebemos a péssima notícia da lesão de Lisandro. Eu, não me perguntem porquê, logo previ que as coisas tinhas ficado más, muito más mesmo… parece que não me enganei.

Grande jogo do FC Porto… até aos 2 minutos de jogo com um bom remate de Quaresma! Depois desse momento, só deu lagartos, mais lagartos, ainda mais lagartos e acabou com lagartos. Até ao fim da 1ª parte, era incrível ver a superioridade evidente dos lagartos a meio campo, dominando claramente todas as nuances de jogo, e com sistemáticas entradas pela ala esquerda em superioridade numérica para um completamente desamparado Fucile que nada podia fazer perante as aproximações em simultâneo de Nani, Yanick e muitas vezes, também Tello. Até ao final do jogo, foi sempre o mesmo, e o (des)inteligente do nosso treinador a dormir na sorna.

Eras assim tão difícil, trocar Quaresma com Alain para ajudar Fucile, já que para o primeiro, defender é para o batalha!!; outra alternativa, seria levar Marek mais para o centro, e com isso empurrar a defensiva para entreajuda a Fucile… nada foi feito e os resultados estiveram há vista de todos… um descalabro total.

Para a segunda parte, o iluminado Jesualdo, colocou em campo o nulo, completamente nulo Hélder Postiga para o lugar de Alain (que ao contrário do que muito já o aqui critiquei, era o única na avançada que recebia a bola para partir para cima do adversário). A partir dali, passamos a jogar com 10, e dizer este número, já era uma expectativa muito elevada, porque na prática, aquilo eram bem menos, bem menos.

O FC Porto era mais do mesmo; uma nulidade total, falho de ideias, sem garra, sem paixão, sem poder de choque, sem atitude… sem NADA! E andávamos nesta coisa do faz-de-conta, quando Tello, aos 71 minutos, inaugura o marcador e faz 0-1 para os lagartos, na execução de um livre na entrada da área, com conta, peso e medida… indefensável.

Quem esperava um ataque maciço à defensiva lagarta, perdeu todas as esperanças, quando qual ‘calhau com 4 olhos’, o nosso treinador faz a troca mais estapafúrdia que me recorde… a perder 0-1, tira de campo o Imperador Adriano (!), o único jogador nos últimos jogos com motivação e moral elevada para fuzilar as balizas adversárias, por Bruno Moraes. Entretanto, só por engano, concerteza, retirou de campo o completamente inexistente há não-sei-quantos-jogos Lucho para dar lugar à entrada de Jorginho. O homem dó podia estar louco para tirar Lucho… só podia!

Agora, a perder em casa, a ter que jogar no campo do 2º classificado na próxima jornada e com apenas 4 pontos de distância para este (que com esta derrota, seriam, teoricamente apenas 1), tirar um avançado (o único que temos, na ausência de Lisandro!), para colocar outro avançado em campo, mostrando medo, falta de ambição e de atitude de campeão, eu digo só isto: “Óh Jesualdo, vai pró c****** que te f*** pá”.

Quem tem um treinador merdoso como este, sinceramente, não pode aspirar a muito mais… e eu que tanto o defendi contra muitos e muitos, mas admito… acabou-se-me a paciência. Razão tem quem um dia destes me disse: “Um treinador que aos 62 anos nunca ganhou nada na vida, só pode ser uma m****”.

Quase nos 90 minutos, Helder Postiga (quem mais poderia ser?) consegue cabecear a bola a 1 metro da linha de golo, com Ricardo batido… enviando a bola quase para a bandeirinha de canto… incrível!! E andam estes tipos a ganhar milhares por mês… sinceramente.

Depois de tudo o que vi, deixo-vos aqui apenas o meu pensamento sobre qual foi a verdadeira moral deste jogo e que cada vez mais interiorizo e me convenço: o FC Porto somos nós e unicamente nós, os adeptos!!

Aguardemos pelo que vai acontecer mais logo na Amadora, mas se não ‘houverem estrelas no céus’, como disse um dia Rui Veloso, o cenário fica negro… aliás muito negro para o que nos espera dentro de 15 dias em terras mouriscas.

Quem me conhece, sabe bem do que falo: “ídolos nunca os tive… o meu ídolo é o FC Porto, aquele símbolo que tanto amo e tanto me fascina”. Por isso, dia 01 de Abril, lá estarei em terras mouriscas a apoiar o meu FC Porto, mesmo que eventualmente tenha que fazer um regresso num manto de desilusão e tristeza, mas eu nunca abandonarei “o meu único ídolo: o meu FC Porto”. Não desisto mesmo, podem ter a certeza!

azul + : Alain, Bruno Alves, Paulo Assunção e para a paciência dos adeptos portistas nos últimos tempos

azul - : 90 minutos de ‘nada’ por parte dos jogadores, uma diarreia mental por parte do treinador ao longo de todo o jogo e é favor arranjarem uma bela d'uma poltrona para o Lucho no banco de suplentes, porque já é demais, cansa, chateia, incomoda e já soa a provocação, carago.

PS – amanhã, colocarei um novo post ainda sobre esta tal ‘porca miséria’, mas desta vez, individualizando a minha análise, que é como quem diz, chamando ‘o nome aos bois’, Muita coisa tem andado mal, anda mal e parece que irá continuar mal no reino do Dragão.. aguardem!

16 março, 2007

Ainda se lembram do dia 28.10.2006?


Jurema

Anderson é por estes dias o jogador perfeito aos olhos de um mau defesa. Se para além de mau, o defesa for igualmente pouco dado a memórias, então Anderson é o sonho de um trauliteiro lento tornado realidade. Por enquanto. O brasileiro voltou a jogar à bola, mas ainda não oferece aquela sensação da velocidade que dava em todos os jogos, ao ponto de pensarmos que alguém tinha carregado na tecla do "foward" do leitor de DVD. Mas não falta muito tempo para que volte a tirar o sono aos adversários. Sem nunca ter deixado de sorrir, Jurema sorriu ontem de forma diferente porque voltou a jogar à bola. Se a qualidade que possui não fosse inata, 140 dias sem jogar era tempo suficiente para se esquecer de como se faz. Apesar da boa notícia, a notícia tem parágrafos de alegria mais contida. É verdade que corre, que salta, é até verdade que finta e remata, mas não é ainda o Anderson que Katsouranis encontrou, a 28 de Outubro de 2006, no final de um corte de carrinho. Uma entrada dura, provavelmente sem intenção de fracturar o perónio e lesionar alguns ligamentos, certamente merecedora de algo mais do que Lucílio Baptista julgou ver: lançamento de linha lateral. Mas isso faz parte da história, designadamente da que escreveu sem o prestígio em campo. É certo que, por enquanto, ainda não será o Anderson que obrigou Katsouranis a um corte em desespero, mas vai sendo um craque a fazer o caminho de regresso à fama. Sempre em progresso. Aliás, o seu estilo de jogo é uma forma prática de definir progresso tal como está no dicionário: "movimento para a frente". Faz falta ao FC Porto.

Consequência
Europa

A carreira do FC Porto na Liga dos Campeões terminou mais cedo do que o desejado e terá acabado onde era previsível. Mas esses oito jogos ainda rendem, pelo menos nas notícias dos jornais italianos: depois de Pepe e Quaresma, há quem garanta que a Fiorentina também quer Lucho. Talvez vá precisar de hipotecar a Catedral de Florença e a Ponte Vecchio. No mínimo.

# in Jornal O JOGO, 2007.03.15

Pois é, já se passaram praticamente 5 meses desde que um «grego» com ar de sarrafeiro (Harison, sabe bem de quem falo…), com uma entrada «assassina», que mereceu apenas e tão só do habitué Lucílio 'Calabote' Baptista, um olhar para o lado como que a dizer “eu não vi nada, siga…”, colocou no estaleiro o nosso jovem prodígio Anderson.


Pelos vistos, o «puto» já corre, salta e joga, ainda que de uma forma condicionado para não se destruir todo o trabalho de recuperação médica… e diziam eles nessa altura, “ai e tal, aquilo não é nada… vocês vão ver que daqui por 2 meses ele está a jogar e que até vão dizer que o vosso departamento médico é do melhor que há”… pobres de espírito, digo eu!!

Uma verdade é indesmentível: dentro de 15 dias, quando visitarmos o ‘clube de ciclistas da freguesia’, o «puto» continuará ainda arredado dos campos de futebol… e que grande qualidade técnica nos poderia dar nesta altura crucial do campeonato, principalmente, para estes 2 jogos que se avizinham a passos largos e que muita definição irão colocar para o resto do campeonato: recepção aos ‘lagartos’ e visita ao ‘clube de ciclistas’.

Jurema, volta rápido para nos voltarmos a deliciar com as tuas travessuras em campo, e quem sabe, ainda a tempo de te vingares no «grego», mostrando-lhe toda a arte do teu futebol e provando que a história do futebol é e sempre será feita de «mágicos»; nunca de «sarrafeiros» … nós, como sempre, lá estaremos para vos apoiar.

Rapidinhas com tonalidade azul-e-branca...

A lesão de Bruno Alves não passou de um susto e está apto para sábado. Uffaaaa!
Ibson está já em recuperação e dentro de um mês, estará de volta. Volta rápido e bem!
Para sábado, lotação esgotada. Já é o terceiro jogo esta época. Pelos vistos, nós também conseguimos!

15 março, 2007

Ganhar… “com dranquilidade”

“O cantinho do Sr. António”

Pois meus caríssimos Blues, parece que vem aí uma praga de lagartixas prestes a passar a margem do belo rio Douro. Eu quando era miúdo cortava-lhes o rabo, mas hoje em dia quero vê-las esturricadinhas que é para não haver dúvidas.

O Dragão terá que estar a rebentar pelas costuras e com a força dos adeptos na sua forma habitual. Depois de resolvida a situação do “Levezinho das Piscinas”, e de a “Comissão do Bridge e da Suecas” ter mantido o castigo de 2 jogos ao “mergulhador”, vamos concerteza apanhar por tabela dessa decisão. Com o Palhaço Henriques armado em oficial do exército, na versão “façam o que quiserem na caserna que eu não mostro vermelho”. A ver vamos, mas eu detesto especialmente este árbitro. Os mouros adoram-no. Claro, ou não tivesse sido ele o cicerone dos nenucos quando foram campeões no Bessa, e que nem por um bocadinho hesitou e em assinalar penalty quando a bola bateu na mão do jogador do axadrezados. Dizem que ele é estilo britânico, que deixa jogar, já sabem que a tradução disso é “ele é do estilo mouro, deixa jogar os da capital”.

Não quero jogo bonito, quero a vitória. À dentada, ao pontapé ou ao estalo, tanto faz. O que importa é mantermos a vantagem para os nenucos, que é para irmos a marrocos com uma vantagem confortável, que nos permita jogar nas calmas e dar o bailinho habitual.

O “Pêlo na Benta” não vem jogar ao Dragão com a usual “dranquilidade”, há muito que o stock de prozac acabou pelas bandas da retrete nacional. Eles vêm cá para comer a relva, pois se já estão moribundos não querem morrer de vez. E cabe-nos a nós mostrar quem são os Campeões e quem vão ser. Estou confiante que o Jesualdo apele ao íntimo de cada jogador e consiga puxar pelo brio que eles devem sentir ao envergar as nossas camisolas. E como diria Gabriel Alves, a “força da técnica” fará o resto. Somos sem margem para dúvidas melhores, temos melhor plantel, melhor equipa e melhor treinador. Até os comemos carago!!

Fico a aguardar, “com dranquilidade…”

Saudações,
Sr_Antonio

14 março, 2007

A nossa escala

'Nortada' do Miguel Sousa Tavares...

Ainda com as imagens do Barcelona-Real Madrid bem presentes, sentei-me no domingo para ver o Marítimo-FC Porto, e tive de fazer todos os esforços para não adormecer.

1 - Foi uma semana eloquente, terrivelmente eloquente, para percebermos a diferença enorme que existe entre a escala do nosso futebol de equipas e a escala das grandes equipas europeias. Em Paris, face a uma equipa à beira da despromoção, totalmente descrente e desacreditada, o Benfica não conseguiu evitar uma derrota incompreensível e sem justificação alguma. Em Braga, e jogando bem melhor do que o Benfica, o Sp. Braga também não conseguiu evitar uma derrota frente a um Tottenham vindo de fantástica vitória em Liverpool por 4-3 e que imprimiu ao jogo uma velocidade estonteante, ao ritmo desse fabuloso Aaron Lennon. Aturdido, o Braga não conseguiu melhor que empatar a zero, três dias depois, em casa, e frente ao Beira-Mar, enquanto o Tottenham foi a Stamford Bridge empatar a 3-3 com o Chelsea, depois de ter estado a vencer 3-1. Nenhuma equipa portuguesa aguentaria a sequência infernal desta semana do Tottenham — e estamos a falar apenas de um clube do meio da tabela inglesa. Aliás, desconfio que nenhum dos nossos grandes teria feito melhor do que o Braga, contra os ingleses.

Toda a semana ouvi portistas e não portistas lamentarem o frango do Helton em Stamford Bridge: «Ah, se não fosse aquele frango…!» Não estou de acordo: é claro que foi frango e que veio na pior altura do jogo; é verdade que o Chelsea, tal como já sucedera no Porto e tal como Jesualdo disse acertadamente, não mostrava quaisquer indícios de ser melhor, futebolisticamente falando, do que o FC Porto. Mas, com o sem frango, e como também disse Mourinho, estou em crer que o Chelsea chegaria à vitória. E porquê? Porque, tal como se viu com o Tottenham em Braga e nos dois jogos do Porto contra o Chelsea, as equipas inglesas (e as espanholas, as italianas, as alemães…) estão muito melhor preparadas fisicamente do que as nossas. O que é incrível, se pensarmos que eles, não só disputam o dobro dos jogos das nossas equipas, como disputam jogos de um grau de exigência incomparavelmente superior. Os estádios estão sempre cheios em Inglaterra, os grandes jogadores ganham fortunas, mas, em contrapartida, têm de dar espectáculo e deixar a alma em campo. Jogos com perdas de tempo, autocarros em frente da baliza, futebol a passo, remates displicentes e lesões simuladas, isso não é com eles. Ali, o público paga, o público tem.

Em ambos os jogos contra o Chelsea, o FC Porto nunca mostrou ser inferior tecnicamente, enquanto equipa — o que é notável, sem dúvida, atendendo aos orçamentos de ambos os clubes. Mas, em contrapartida, em ambos os jogos também, os portistas estoiraram a meia hora do fim — o que é igualmente notável, no mau sentido, sabendo-se que a preparação física não tem que ver com a qualidade dos jogadores nem com o orçamento dos clubes, mas apenas com a qualidade e quantidade de trabalho feito.

Depois, houve outro factor concorrente para a eliminação, mais do que natural e previsível dos portistas. Se, enquanto equipa, não se notaram as diferenças, já tecnicamente a nível individual, elas foram decisivas: nenhum ponta-de-lança do FC Porto tem a capacidade de marcar o golo que Schevchenko marcou no Dragão; e Petr Cech jamais sofreria um golo como o que Helton sofreu nem faria as saídas suicidárias a bolas altas que ele fez — e que repetiu no Funchal, como já no jogo anterior havia feito contra o Braga. Em Dezembro, escrevi aqui que o Helton não é o grande guarda-redes que se diz: é um bom guarda-redes, com potencial para crescer muito, se for bem treinado e ensinado, em especial no jogo aéreo, onde as suas limitações são evidentes e incompreensíveis. Mas tal, infelizmente, não parece estar a suceder: a olho nu, a mim parece-me que o Helton é hoje pior guarda-redes do que era quando veio do Leiria para o FC Porto.

2 - O grande futebol não pára para descansar. As equipas saem de um jogo europeu decisivo e logo têm um jogo interno igualmente decisivo. Aqui, basta um jogo europeu ou um jogo para a Taça a meio da semana, e logo servem de desculpa para o «cansaço» ou a «gestão de esforço». Saídos de duas eliminações corrosivas na Liga dos Campeões a meio da semana, o Barcelona e o Real Madrid ofereceram-nos, setenta e duas horas depois, um festival de futebol de primeiríssima qualidade, jogado a um ritmo infernal, com golos em série, oportunidades, jogadas de génio, vontade intensa de vencer. Antes do Mundial da Alemanha, eu tinha apostado em Messi como aquele que despontaria como a grande figura do Mundial. Mas não fui capaz de imaginar que o seleccionador argentino, Pakermann, deixasse Messi de fora, apostando antes numa Selecção de contenção e medo, que saiu do Mundial prematuramente, sem honra nem memória. Sábado, em Camp Nou, Messi cometeu a proeza de marcar três golos ao Real e explicar porque é que alguns apostavam tanto nele antes do Mundial. Pakermann deve ter tido vergonha ao ver o jogo.

Ainda com as imagens do Barça-Real bem presentes, sentei-me no domingo em frente à televisão para ver o Marítimo-FC Porto, e tive de fazer todos os esforços para não adormecer, após um daqueles jogos em que, se houvesse vergonha, os clubes teriam devolvido o dinheiro aos espectadores no final. A culpa principal, à partida, é do FC Porto, que tem melhores jogadores e maiores responsabilidades. Mas, também, chega do fado do coitadinho. O Marítimo não jogou contra o Chelsea a meio da semana, não perdeu dois jogadores por lesão nos primeiros vinte minutos e não se apanhou a ganhar 2-0 antes da meia hora. Além disso, jogava aqui as suas aspirações a um lugar europeu e Ulisses Morais resolveu jogá-las sem ponta-de-lança, deixando no banco os dois melhores marcadores da equipa. Teve o que merecia e é, em grande parte, por causa desta falta de ambição que o nosso futebol de equipas tem tão reduzida dimensão europeia, para além de episódicos desempenhos do FC Porto ou do Benfica.

# in Jornal “A BOLA”, 2007.03.06

13 março, 2007

A rever no Dragão…

E após mais uma jornada vitoriosa para a liga interna (melhor o resultado que a exibição), deparamo-nos com alguns pequenos/grandes problemas em algumas zonas nevrálgicas do nosso FC Porto, quando se aproximam 2 provas de fogo para o Dragão. Já na próxima semana, a recepção aos Lagartos e passados outros 15 dias, após paragem entretanto para mais umas mini-férias do grupo de amigos do Escarrolari, a deslocação a terras Mouriscas.

Linha Defensiva

Helton: o que se andará a passará por aquela cabeça para que de jogo em jogo, estarem a agudizar-se os lances sem explicação na sua área de jurisdição? Sinceramente, já não sei avaliar se será excesso de nervosismo ou de confiança. A qualidade está lá… onde pára a tranquilidade?

Bruno Alves: quem diria que, e falo por mim próprio, estaria a esta hora a suspirar estupidamente pela sua rápida recuperação para fazer companhia ao Super-Pepe no eixo da defesa do FC Porto? Começo a sentir jogo após jogo, estar perante um jogador «à Porto»! Estarei enganado?

Meio Campo

Lucho: razão tem o MST quando diz que «este» Lucho não passa de um bom jogador. Na minha opinião, e já o ando a dizer há muito, este jogador precisa de descanso, aliás, muito descanso porque está há 2 anos consecutivos non-stop; até já deve ‘vomitar’ futebol. Sinceramente, esta situação não é boa para o FC Porto, nem propriamente para o jogador. Definitivamente, a partir dos 30 minutos de cada jogo, com raras excepções, o corpo já não reage. Um dia destes, vai ter de jogar com ‘botija de oxigénio’ ao lado!

Ibson: este jovem jogador merece definitivamente o ‘prémio do azar’ nesta época desportiva, depois de mais uma lesão sofrida este fim-de-semana no Caldeirão da Madeira… ao que parece, no mínimo por 30 dias, passeará pelo «estaleiro» do Dragão. Tenho pena porque é um jogador a quem desde o início, além de nutrir uma especial admiração, é um jogador com imensa qualidade e poucas oportunidades para o mostrar. Das poucas vezes que tem tido essa possibilidade, as coisas não têm corrido bem.

Linha Avançada

Hélder Postiga: depois de um início de época ao melhor estilo ‘Prestige’, tal como a equipa após a paragem de Inverno, caiu redondamente em termos de eficácia, se bem que o esforço em campo se mantivesse como noutros jogos. Está com um ligeiro problema físico que o impediu de acompanhar a equipa à Madeira, o que não deverá ser problema para a recepção aos ‘lagartos’. Era bom que nesta altura, recuperasse toda a áurea goleadora da 1ª fase do campeonato… o FC Porto e nós, os adeptos, agradeceríamos.

Estes são alguns pontos vitais com algum ‘negativismo’ que tenho localizado no momento actual do FC Porto…e vocês? Concordam ou nem tanto assim?

11 março, 2007

Para quê tanto complicómetro?

Competição: bwin 06/07 (21ª jornada)
Data: 11.03.2007
Local: Estádio dos Barreiros, Madeira
FC Porto: Helton; Fucile, Pepe, Bruno Alves (Ricardo Costa), Marek Cech; Paulo Assunção, Ibson (Raul Meireles), Lucho Gonzalez; Renteria (Jorginho), Quaresma e Adriano.
Golos: Adriano e Raul Meireles; Douglas

Depois da desilusão a meio da semana para a Liga dos Campeões, e no regresso às competições internas, conquistamos uma importante vitória num estádio tradicionalmente difícil para as nossas cores.

Numa jornada de alterações no onze titular, Lisandro (com 4 amarelos!) deu o lugar a Renteria (porque não Bruno Moraes?) e Raul Meireles deu lugar ao infeliz Ibson que mais uma vez, e quando com nova oportunidade de mostrar a sua valia, voltou a lesionar-se (ou lesionaram-no?) logo no inicio do jogo, aos 12 minutos, tendo sido de imediato substituído exactamente pelo jogador que tinha cedido o lugar no onze.

O início do jogo foi complicado para as nossas cores, não porque o Marítimo estivesse a ser superior, nada disse, mas sim porque não conseguíamos nem tomar as rédeas do jogo, nem tão pouco, ligar qualquer jogadasde conjunto.

Estava o jogo nesta toada confusa e complicativa, já com alguma dureza excessiva por parte dos maritimistas e com a complacência do árbitro (será que pensavam estar no Campo Pequeno e não nos Barreiros?), quando aos 17 minutos, no seguimento de um canto, Adriano inaugurou de cabeça o marcador (0-1) para uma baliza deserta.

O Marítimo bem tentava reagir, mas nesta altura, já o FC Porto tinha tomado o controle do jogo. Nesse entretanto, numa disputa de bola na nossa área, Bruno Alves chega atrasado ao cabeceamento e parece empurrar o avançado maritimista Arvid Smit pelas costas, o que daria origem a uma grande penalidade. O árbitro nada assinalou e mandou seguir.

Até que aos 27 minutos, num rápido ataque do FC Porto, Raul Meireles com um remate de fora da área, faz o 0-2, tendo ainda a bola embatido num defesa maritimista que traiu o seu guarda-redes. Logo de seguida, aos 30 minutos, mais uma vez, parece-me ter ficado uma grande penalidade por marcar, desta vez a favor do FC Porto, por um abraçar no pescoço de Gregory a Renteria já dentro da grande área. Mais uma vez, o árbitro nada assinalou.

Voltava o adversário a tentar reagir, mas sem conseguir criar qualquer perigo junto da baliza de Helton que passou uma primeira parte completamente tranquila. Ainda antes do intervalo, nova contrariedade para o FC Porto com Bruno Alves lesionado a ter que dar lugar a Ricardo Costa. Entretanto chegou o intervalo com uma vantagem de 2 golos para o FC Porto, numa primeira parte de exibição de qualidade razoável, e com 2 substituições forçadas.

Para a 2ª parte, inexplicavelmente, os nossos jogadores entraram num estado de ‘deixa andar porque já está ganho’, e com isso, o adversário agigantou-se e passou a controlar o jogo, mesmo sem nunca ter conseguido criar grandes dificuldades à nossa defensiva. Nesta altura, já o jogo estava num nível ‘pobre, muito pobre’, tamanha era a quantidade de faltas e consequentes paragens do jogo (quase adormecia… juro!).

Na entrada para os últimos 15 minutos, numa e noutra arrancada de Quaresma, tivemos oportunidade de ‘matar o jogo’, mas por excesso de individualismo ou porque o guarda-redes adversário se opunha superiormente, o resultado mantinha-se em 0-2.

Entretanto, e a 5 minutos do fim, Helton resolveu voltar a dizer «presente» (abre-me esses olhos, carago!) e perde mais um lance nas alturas (e já começam a ser tantos!), ficando a protestar não sei bem o quê… e 1-2 por Douglas.

Felizmente, desta vez conseguimos controlar o jogo nos 5 minutos que restavam para o final do jogo, e posteriores descontos (4 minutos), mantendo sempre a bola na defensiva maritimista e final do jogo.

Sinceramente, não percebo o porquê de muitas vezes este ano, sentir que a determinada altura do jogo, o FC Porto adormece ao sabor do resultado, e a manter-se esta atitude, um dia, vai ser dia… depois, não se queixem. Bem, adiante.

Cumprimos a obrigação de vencer. Agora, temos 2 jornadas consecutivas e decisivas para o que resta do campeonato com a recepção na próxima semana aos «lagartos» e a deslocação ao «clube de ciclistas da freguesia» dentro de 3 semanas.

Para já, na pior das hipóteses, no final desta jornada, manteremos os 4 pontos de vantagem para o 2º classificado. Agora, que o ‘Portista Domingos’ faça a sua parte.

azul + : 5 magníficos: Fucile, Pepe, Bruno Alves (até ao momento da lesão), Paulo Assunção e Adriano, controle de jogo nos últimos 30 minutos da 1ª parte e a passagem pela Madeira sem ‘danos disciplinares’ para os jogadores em perigo de exclusão da próxima jornada.

azul - : 2ª parte miserável (um dia, vai correr mal…), Helton voando sobre um ninho de cucos (outra vez?), Ibson a necessitar de ir à bruxa depois de nova oportunidade e nova lesão (que voltes rápido!), Renteria é nome de quem mesmo? e arbitragem a roçar a incompetência (penalties por marcar, amarelos no bolso, excesso de dureza permitida, etc)

PS - Que pena para os ‘invejosos’. Esta semana, já sabemos bem qual vai ser o ‘hit musical’ nas barracas do mercado da mouraria… o FC Porto voltou a ganhar naturalmente e como sempre, com golos roubados, dados, oferecidos, sabe-se lá que mais. Também metade dos jogadores azuis merecia ter sido expulsos, uns 5 penalties que ficaram por marcar contra (nenhum a favor, é claro), etc, etc, etc. Tudo normal «a sul».

10 março, 2007

O DVD do ano...

Por apenas 1,00 euro, adquiram já o DVD com as melhores detenções por terras mouriscas. Imagens impressionantes de perseguições policiais, lutas corpo-a-corpo, e mirabolantes esquemas criminosos. Destacamos as detenções de Patorras, por falsificação de documentos, Nuno de Avis, por consumo de droga, Luís Biberão, por condução sobre efeito de álcool, e Vale e Azedo, por crime económico. Mas há mais, muito mais. O dinheiro das vendas reverterá para instituições de reinserção social.


Saudações,
Sr_Antonio

09 março, 2007

08 março, 2007

O meu olhar sobre Londres...

“O cantinho do Sr. António”

Antes de mais nada vou já avisando duas coisas (e em negrito) que é para quem não ler o resto do post, e que possa ficar baralhado com as fotos: 1º eu continuo fã do Helton, acho que ele é sem margem para dúvidas o melhor guarda-redes a actuar em Portugal e um dos melhores do mundo. 2º eu não crucifico o Jesualdo pela derrota, aliás até acho que ele não esteve muito mal, excepto no timing das substituições. Ok?! Então prossigo…

A eliminatória: Acho que nas duas mãos o FC Porto foi a melhor equipa no relvado, se é que se pode chamar “relvado” àquela “piscina ervada” de Stamford Bridge. Para dizer a verdade depois daquelas exibições menos conseguidas no início da 2ª volta do campeonato, e perante tamanho manancial de estrelas da equipa inglesa, pensava que a tarefa seria praticamente impossível, e o que vim a constatar foi exactamente o contrário. Afinal o sonho era bem real, e a desilusão só aconteceu por manifesta infelicidade. Dois lances-chave ditaram a nossa “sorte” (azar), o remate de Quaresma à trave na 1ª volta e a brincadeira de Carnaval que com que o Hélton decidiu presentear-nos nesta 2ª mão. Os ingleses ainda devem estar a esta hora a rezar lá na sua igreja anglicana a todos os santinhos e mais alguns.

A equipa: Como equipa penso que estivemos muito bem, só não estivemos excelentes porque não passámos a eliminatória. Mostrou-se querer, garra e capacidade de sacrifício, e isso agradou-me. Tinha receio de uma certa apatia de alguns jogadores que vinham a decair de forma nos últimos jogos, mas o espírito de equipa mascarou grande parte dessas debilidades. Fisicamente penso que quebrámos em ambas as 2ª partes dos dois jogos, e penso que aí o Chelsea mostrou uma outra frescura física, típica de quem joga num campeonato mais competitivo. Faltou-nos mais acutilância no ataque, e automatismos melhor delineados no meio-campo, principalmente na transição para o ataque, falta-nos um cérebro, mas houve um grego que o mandou para o estaleiro até hoje, e não houve sumaríssimo. Defensivamente estivemos bem, e Drogba, Lampard e afins foram metidos no bolso.

Jesualdo: Eu simpatizo com o homem, não gosto muito do seu excessivo “low profile”, mas “ele percebe da poda”, só que tem um problema, ainda não percebeu que no Braga podia jogar à defesa que ninguém reclamava, e os adeptos até ficariam satisfeitos com uma derrota por 2-1 com o Chelsea, no nosso caso nós somos o FC Porto, Campeões do Mundo e perdido por 2, perdido por 4 ou 5, não interessa, é para jogar de peito aberto a partir do momento em que começámos a perder. Custa assim tanto?? Ao contrário de 90% dos caríssimos Blues, eu cá gostei da disposição táctica na primeira parte do jogo em Inglaterra. Precisávamos de um meio-campo assim, o papa-chiclas ficou a ver navios e controlámos perfeitamente o jogo e explorámos da melhor forma o contra-ataque. Ou acham que seria com um meio-campo com apenas 3 homens que íamos aguentar a pressão do Chelsea?! Se tivéssemos ganho o jogo toda a gente lhe tirava o chapéu. Mas detestei a sua inabilidade (do Jesualdo) para mudar a disposição táctica quando começámos a perder. É incrível como não se muda nada num caso desses, mantinha-se impávido e sereno como se nada fosse, acho que isso não galvaniza a equipa, mas ele lá sabe, ele é que os treina todos os dias.

Helton: É o grande responsável pela nossa derrota no Chelsea, mas atenção, não digo pela eliminação, pois foram 2 jogos, e ele no primeiro não esteve muito mal, mas de facto aquele erro saiu-nos caro, e dificilmente me sairá da cabeça, estou com o Blue Boy, aqueles ares pela selecção do Brasil parece que lhe fizeram mal. Em todo caso continuo a admirar as suas qualidades, pese embora achar que ele também não está com a concentração que já demonstrou no passado. Mas não vou crucificá-lo. Desta vez foi ele, na taça foi o Ibson, que eu também gosto, pronto, no futebol é assim, os erros pagam-se e quem os comete tem que ser chamado à pedra e depois ser apoiado.

Quaresma: Vais sair no final do ano, e eu vou ter saudades!! Este homem foi a grande figura nos dois jogos, afirmou-se como o melhor jogador da equipa, proporcionou-nos momentos belíssimos, de magia e inspiração. Não fugiu às responsabilidades de “rosto da equipa” e mostrou por essa Europa fora que é possível conciliar a beleza da técnica com o jogo do colectivo. Parabéns.

Pepe e Bruno Alves: E que bonito foi ver aqueles dois homens agarrados um ao outro, a quando de uma falta do Chelsea, como que a dizer “até os comemos”. O Pepe esteve muito bem, como habitualmente e o Bruno Alves ameaça tornar-se um caso sério de patinho feio transformado em “jóia da defesa”, oxalá não se estrague, embora ainda precise de mais sentido de posicionamento.

Fucile: Eu que nem gostava muito dele desde a auto-estrada que abriu no jogo com os nenucos, começo agora a rever a minha opinião. Gostei.

Ricardo Costa: Não esteve mal no jogo e até teve um corte fenomenal e vital naquela altura do desafio, penso que o Jesualdo ao colocá-lo em campo deu alguma consistência ao nosso jogo aéreo, mas lamento muito, continua a não me convencer, é vender e mais nada.

Paulo Assunção e Raul Meireles: O Paulo esteve muitíssimo bem, não é tão exuberante como Costinha, mas com o tempo, para lá caminha, é uma autêntica formiguinha. O Meireles, assim-assim, intermitente em ambas a eliminatórias, mas com esse brilhante golo que fez no Dragão, daqueles que eu não esquecerei, tamanha a alegria que senti naquele momento no estádio.

Lucho: Mas que é que se passa contigo?! Cansaço?! Desgaste?! Então descansa. Jesualdo escuta-me, enquanto é tempo, e dá umas horinhas ao Ibson que ele é bom de bola. Lucho serás sempre o meu jogador preferido, mas de momento andas uma nulidade, melhores dias virão… depois de descansares é claro!!

Anderson: Que falta que tu nos fazes!! Ias por aquela defensiva do Chelsea em sentido, ai o merdas do grego devia levar tanto murro naquele focinho

Postiga, Adriano e Lisandro: Isto não foi uma eliminatória ao jeito dos nossos avançados, defesas muito fechadas e jogo muito táctico. O Lisandro mais uma vez esteve muito empenhado, mostrou garra, mas só isso.

Adeptos: O Dragão mostra a sua raça, e com o Miau em Londres está tudo dito eheheheh. Foram incansáveis no apoio. Excelente!!

Papa-chiclas: Olha… vai à merda!!

Por aqui me fico.

Saudações,
Sr_Antonio

PS – O Amigo Miau já regressou da viagem a Londres e com ele, apesar da natural ‘desilusão’ futebolistica, a já habitual boa disposição do costume… por isso, amanhã será dia de colocar aqui as ‘imagens’ de Londres e arredores, e como elas estavam bonitas agarradas ao varão e afins… eheheheh… tenham calma, é só amanhã ;-)