30 junho, 2012

Portugal na final do Euro 2012!

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Se alguém fizesse fé nos pasquins do Regime ou nas palavras de Orelhas e apaniguados, o grande cancro do futebol português seria a arbitragem. Todos nos recordamos das célebres declarações de Orelhas, depois na vitória do Porto no Salão de Festas, este ano: “Por favor, não quero que o senhor Pedro Proença volte a apitar um jogo do Benfica!”.

Em primeiro lugar, para quem fala que são os outros a escolher árbitros, o Orelhas devia ter mais cuidado quando reproduz aos microfones das televisões as conversas que tem ao telemóvel com o senhor Vítor Pereira. Escolher árbitros é realmente muito nojento. Em público, ainda é mais repugnante (como aliás todas as coisas nojentas se tornam quando feitas em público).

Depois, para quem fala tanto de “verdade desportiva”, é no mínimo estranho que não queira aquele que, hoje, pelo menos para a UEFA, é o melhor árbitro da Europa a apitar jogos da sua equipa. Os discurso dos dirigentes encornados é mais ao menos este: “Queremos bons árbitros!”, “Não queremos que o melhor árbitro da Europa apite um jogo nosso!”. Talvez Orelhas tema o excesso de competência nos árbitros, o que atendendo à forma reles como o seu clube joga, até é compreensível.

Ao longos das últimas duas décadas, os folhetins do costume têm entranhado no povo português o discurso anti-árbitros. Curiosamente (ou não!), essa tendência para dizer que os árbitros são horríveis coincide com a hegemonia do FC Porto. Obviamente, não é coincidência. Tudo não passam de álibis, para tentar encobrir o mérito incontestável das conquistas do Nosso Porto.

Para quem disse que o título do Porto era um “tributo dos árbitros”, reportando-se a um jogo arbitrado pelo senhor Proença Proença, a final da Champions e a final do Euro 2012 são a melhor resposta para essa raça excendentária da Criação, chamada Orelhas. Todos os outros que entesoaram a ler a entrevista combinada de João Gabriel, aposto que assistir à final da Champions deve ter sido mais doloroso do que para os adeptos do Bayern de Munique.

Verdadeiros ladrões são aqueles que roubam mérito a quem o tem. E agora, lampionada, disfrutem da final do Euro 2012, porque os portugueses que lá vão estar, são árbitros! Irónico, não?

29 junho, 2012

Cabeça erguida, campeão!

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É cliché dizer-se que o futebol é a vida em 90 minutos, e os clichés tornam-se clichés por uma razão: regra geral, não andam longe da verdade. Um jogo de futebol condensa em hora e meia as mais importantes emoções da vida: alegria e tristeza, amor e ódio, esperança e desespero, surpresa e decepção, medo e coragem. Como a vida, é uma busca constante por um objectivo. Como a vida, implica ganhar e perder. E como a vida, às vezes, é muito, muito injusto. Não há razões, não há propósitos, não há planos pré-traçados por deuses, senão na cabeça de quem os criou - aos deuses e aos planos. É uma injustiça e pronto: premeia quem não devia e pune quem não merece. “É a vida” - encolhemos os ombros. E é o futebol.

Não estou a falar da derrota de Portugal, que, apesar de ter jogado bem e limitado em muito a acção de uma equipa muito forte, esteve mais longe da vitória nos 120 minutos de jogo do que o seu adversário. Olhando de forma isenta para a partida, Portugal "bateu-se bem", podia ter ganho, mas não se pode falar em injustiça. No máximo, poderemos dizer que perder nos penalties é sempre injusto - embora quando se pense que tempos houve em que a coisa se decidia por moeda ao ar os penalties já não pareçam assim tão aleatórios. Mas não, ao falar em injustiça não me refiro à eliminação de Portugal. Refiro-me, isso sim, ao melhor jogador português neste Europeu, que termina a prova com o peso de um penalty falhado na hora da verdade.

Não dou grande importância à Selecção Nacional, já aqui falei disso. Normalmente gosto de a ver ganhar, mas quando estou no sofá a ver um jogo da equipa nacional estou a torcer sobretudo pelos nossos jogadores - os do Porto, claro está. Para que não se lesionem, acima de tudo, mas também para que joguem bem. Para que marquem golos, para que se destaquem na partida, para que demonstrem a sua importância na equipa. Não apenas por questões de valorização dos seus passes, mas porque sei que é importante para eles, que aumenta os seus níveis de confiança e motivação e que os faz felizes - e eu gosto de ver aqueles de quem gosto felizes. E ontem partiu-me o coração ver a expressão do Moutinho no final do jogo. Não só por ser dos nossos, mas porque, se havia jogador que não merecia este desfecho, era ele.

É estranhamente habitual o melhor jogador da partida, da competição ou da equipa falhar o seu penalty e muitas vezes ser responsável (ou co-responsável) pela derrota. Assim de repente, e falando do nosso clube, lembro-me do Maniche em Yokohama, considerado o homem do jogo mas que quase nos custou uma derrota que teria sido muito amarga. Haverá eventualmente uma explicação psicológica, talvez o jogador sinta uma maior expectativa dos colegas e dos adeptos e isso se transmita numa pressão particularmente elevada. Não sei. Sei que é injusto, errado, frustrante, e nem sequer se pode aliviar essa frustração colocando a culpa em quem quer que seja. Paulo Bento podia ter escolhido outro jogador, mas se escolheu Moutinho foi porque acreditou ser a melhor opção. Não vale a pena ir por aí. Não há culpa nem culpados. Simplesmente aconteceu assim, é triste e injusto mas não há nada a fazer.

Serve este texto de desabafo, partilhando convosco a pequenina réstia de tristeza que ainda hoje se aloja num cantinho do meu coração, por saber triste também o nosso João Moutinho. Mas serve, acima de tudo, para deixar daqui uma mensagem muito simples: Moutinho, és o maior. Não há penalty falhado que apague a tua prestação neste Europeu, não há Casillas que negue a evidência do teu talento nem há azar que justifique mais do que um dia de tristeza. Orgulha-te do teu desempenho no Euro 2012 e recorda-te de que és bicampeão! É levantar a cabeça e olhar bem para a frente, gozar as férias junto dos teus e recarregar baterias para a importantíssima época que aí vem. Contamos contigo, enorme João Moutinho!

28 junho, 2012

Silencio dos Inocentes

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Anda tudo muito calado em relação ao mercado, muito por culpa do Europeu de futebol e o facto de Portugal ainda entreter as massas, o problema é que em alguns círculos futebolísticos, eles andam pela calada a fazer contratações ou fazer regressar a casa todos aqueles que andaram a fazer o serviço sujo ao longo da época, e por promessas que foram feitas, agora ingressam no “Pluribus Dumbo” pela calada.

Se há uns meses a contratação do director do Leiria, estou a falar daquele atrasado mental que veio ao Dragão sacar um castigo ao director de futebol do FC Porto, agora volta à casa Mãe, ainda não se sabe muito bem fazer o quê, mas provavelmente foi um prémio por serviços prestados há uns meses, só lhe peço é que continue o excelente trabalho que efectuou no Leiria, seria muito bom sinal.

Ontem abrimos o jornal, e lá aparece o Paulo Lopes a ssinar pelo “Pluribus Dumbo”. Não vou colocar em causa o profissionalismo deste banana, ninguém anda no futebol a falhar de propósito e seria desonesto da minha parte colocar isso em causa, mas que causa alguma estranheza esta contratação lá isso causa, mas tem uma simples explicação. Paulo Lopes formou-se no clube pelo qual vai assinar, colmatando assim a falta de jogadores formados no clube. Então não era este clube que ia formar grandes jogadores com o cabeça de cartaz chamado Nelson Oliveira?

Que é feito daqueles Africanos de 45 anos que aparecem do Real Massamá nos iniciados do eterno rival?

Onde andam os Craques?

Como podem ver, duas contratações, nenhuma delas em Janeiro e aos adversários directos do campeonato com quem vão jogar como é tradição, mas duas contratações para esconder a vergonha que é este clube, sem moral e que continua a falar como se fossem os detentores da Verdade no Desporto.

Um abraço Tripeiro e muito... Muito Portista.

PS: Fernando Claro, Presidente da FPP, veio no Domingo mandar umas postas de pescada a dizer que ainda não há Campeão de hóquei patins. Não tenho muita fé nisto, aliás, palavras leva-as o vento. Mas o Dumbo lá de baixo já veio mandar o bitaite que são campeões e por aí fora. Estranho o meu clube ainda não ter vindo falar e defender a secção de hóquei que bem merece, e que foi alvo das maiores vergonhas desportivas que alguma vez assisti.

27 junho, 2012

Presidente, o treinador... e o Juda$ Traidor!

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Sexta-feira passada, tribuna VIP do Estádio do Dragão, apresentação oficial do livro "Retratos do Dragão", de Veríssimo Dias.

Até aqui, nada de anormal, a não ser, mais uma vez (!), o meu lamento pelo triste papel a que Vítor Pereira se permite no meio de todas estas aparições públicas, tendo que engolir mais um sapo, como se já não tivesse bastado todo aquele deprimente e deplorável espectáculo que foi a Gala dos Dragões de Ouro, logo secundado por um convite para a tribuna do Etihad Stadium em Manchester, nuns claros e óbvios beijos "públicos" ao Juda$.

Não bastassem já essas tristes figuras, coloca-se ainda o Juda$ a fazer elogios públicos a Vítor Pereira, ofuscando a imagem deste, e acto consequente, elevando às primeiras páginas da imprensa desportiva, quem mais? óbvio, o Juda$!

Mas alguém conseguiria perceber que Vítor Pereira também marcou presença nesse acto de lançamento oficial do livro, a não ser, lendo as "letrinhas pequeninas" das noticias que circularam? É que convém lembrar e recordar, Vítor Pereira também lá esteve!

Dirão alguns não perceber que fantasmas que estarei eu a ver no meio de todo este cenário. Problema deles, digo eu. A mim, soa-me a uma coisa triste (para não lhe chamar "muito" pior), perfeitamente evitável. É que dos anos que já levo de FC Porto, não me recordo de ter visto até aos dias de hoje, um outro ex-treinador que tivesse as portas do clube permanente abertas e escancaradas, permitindo-se amiúde vezes que se passeie, se pavoneie, cara-a-cara com o actual treinador do clube, que para o caso de se estarem a esquecer, é apenas e só, o treinador Campeão Nacional, o nosso treinador, o Vítor Pereira.

Em conclusão, por mim, bem que podem continuar a fazer as (consecutivas) lavagens do mais branco não há, como se as memórias se apagassem como que por artes mágicas, como num piscar de olhos.

Lamento, mas não esqueço... Juda$ Traidor!!

26 junho, 2012

Continuamos na liderança, mesmo sem o pleno...

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A época 2011/12 andou muito tremida no futebol, mas depois de Vítor Pereira finalmente ter encontrado o rumo certo, fiquei muito esperançado em conseguir novo pleno de campeonatos, imitando 1998/99, 2003/04 e 2010/11. O futebol foi bicampeão, o andebol consumou o tetracampeonato, e só faltava mesmo o basquetebol e o hóquei nas suas duras lutas com o velho rival, também levarem a melhor. O basquetebol caiu na negra num jogo intenso e dramático, mas nada apaga a boa época conseguida, enquanto o hóquei acabou por perder (?) por um ponto, um campeonato que o rival já não ganhava há 14 anos (o protesto apresentado pelo FC Porto ainda decorre, mas não acredito minimamente na isenção da FPP).

As cores azuis e brancas festejaram esta época 7 conquistas, sendo que o principal rival apenas conseguiu 5 troféus (nas 4 modalidades de topo em que ambos competem). Vamos lá então recordar todos os passos de mais uma época de glória, com o nosso FC Porto a continuar líder absoluto!



No FUTEBOL, estive em Aveiro no 1º momento alto da época, o FC Porto venceu a supertaça ao Vitória de Guimarães de forma justa e muito meritória. Estive também no Dragão na despedida da Champions League, na melhor exibição da temporada diante do Zenit, em jogo onde só falhamos na eficácia. Depois, assisti com preocupação aos desaires na taça, na liga Europa e no campeonato, mas vibrei intensamente com a reviravolta fabulosa na luz que nos voltou a colocar na rota do título (bicampeonato), confirmado algumas semanas depois com as vitórias justas e seguras do FC Porto em Braga e na Madeira. Não foi futebol de encher o olho, nem vitórias em toda a linha como na temporada anterior, mas conseguiu-se o objetivo nº1.

No ANDEBOL, a equipa começou por brilhar intensamente vencendo em Presov, mas o desgaste desse jogo acabou por ser madrasto no dia seguinte, falhando-se de novo a presença na fase de grupos da Champions após derrota frente ao Partizan. A equipa foi então parar à EHF, sendo afastada nos oitavos de final pelos Franceses do Saint Raphael. No campeonato, os pupilos de Obradovic encetaram mais uma cavalgada triunfal, atropelando todos os rivais, vencendo o tetracampeonato com 3 jornadas ainda por se disputarem, não consentindo nenhuma derrota na fase final. Os festejos do título foram novamente em Águas Santas, em jogo onde tive a felicidade de poder marcar presença. Um percurso absolutamente soberbo! De lamentar, somente a derrota na final da taça de Portugal que impediu a 1ª dobradinha da história do andebol Portista, num jogo onde o FC Porto cometeu erros, mas também foi prejudicado pela dupla de arbitragem nos momentos decisivos.

No BASQUETEBOL, a equipa treinada por Moncho López, conseguiu marcar presença na final de todas as 6 competições que disputou. Venceu 3 e perdeu 3, em mais uma época muito positiva, onde poderia perfeitamente ter vencido duas das 3 provas em que foi derrotado, uma vez que as perdeu por 2 e por 3 pontos na partida decisiva. Ganhou-se a supertaça, a taça da Liga e a taça de Portugal, com esta última conquista a ser a mais importante, num percurso que deixou para trás Barreirense, Benfica e Académica. Estive presente nas partidas decisivas da supertaça e da taça de Portugal, em Vagos e em Fafe. Estive também presente nos jogos da final do play-off em que o FC Porto perdeu de forma dramática o campeonato, sendo derrotado por 3 pontos na negra, num jogo onde vários jogadores acusaram a pressão do momento. A equipa nunca teve a felicidade pelo seu lado, bastando relembrar o final dramático dos jogos 2 e 5.

No HÓQUEI EM PATINS, estive presente no 1º grande momento da época com Tó Neves a estrear-se como treinador do FC Porto, vencendo a Oliveirense em Ponte de Lima na final da supertaça, mas esse acabou mesmo por ser o único troféu a ser erguido pelos azuis e brancos. Na taça, a equipa caiu cedo diante da Oliveirense (que acabou depois por ganhar a prova), no Dragão Caixa, na 1ª derrota caseira da modalidade em jogos com equipas Portuguesas desde que foi inaugurado o nosso pavilhão em Abril de 2009. Na Liga Europeia, estive presente nas duas melhores exibições da época diante do Liceo, primeiro no Dragão Caixa e depois na Corunha, duas vitórias justas dos dragões, com o senão do golo sofrido na Corunha a 8 segundos do fim, que acabou por ser decisivo para o nosso não apuramento, uma vez que na jornada final, acabou por, lamentavelmente, haver combinação de resultado. No campeonato, o FC Porto entrou muito bem com um hóquei avassalador, mas teve uma quebra na 2ª volta com a derrota em Espinho a revelar-se absolutamente cruel e que levou mesmo o FC Porto a deslocar-se à Luz com necessidade de vencer. O rival, que já tinha sido levado ao colo nos 2 jogos com o Candelária, com o Valongo e com a Física, acabou por, mais uma vez, ter a ajuda de terceiros e saiu vivo dessa final com um empate, que os deixou a depender só dos seus resultados. O FC Porto perdeu (injustamente) mesmo o título após 10 anos seguidos a festejar, se bem que caso o protesto fosse decidido com justiça, ainda poderia permitir outro desfecho...



Final de época com o FC Porto a festejar, nas 4 modalidades principais, 7 troféus (3 no basquetebol, 2 no futebol, 1 no andebol e 1 no hóquei). Relembre-se, ganhamos então a Supertaça de basquetebol, hóquei e futebol; Taça de Portugal de basquetebol, Taça da Liga de basquetebol e Campeonatos de futebol e andebol. Isto, sem contar com a formação e outras modalidades como o bilhar e natação, entre outras.

No futebol, 2 troféus, e nas restantes 3 modalidades, foram 5. No ano passado, foram 8 troféus, 4 no futebol e 4 nas restantes modalidades (andebol, basquetebol e hóquei), com a mais valia do pleno dos 4 campeonatos, além da conquista europeia do futebol. Ainda no ano passado, 4 títulos contra zero do nosso rival, sendo que esta temporada em títulos (nas 4 principais modalidades) ficou 2-2 (se bem que em troféus erguidos, continuamos a ganhar mais que eles, pois vencemos 7 contra 5 dos encarnados, e no ano passado, 8 contra 7). Nós, Campeões de futebol e andebol, e eles, campeões de basquetebol e hóquei. Para eles este 2-2 é um ano de ouro, para nós sabe sempre a pouco!

Para o ano, cá estaremos para mais conquistas! SOMOS PORTO!



Saudações Portistas,
Lucho.

25 junho, 2012

O mar preferido dos “tubarões”…

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O defeso é sempre uma fase de enorme especulação em torno das transferências de mil e um jogadores, entre os quais se incluem os jogadores do FC Porto.

Os jornais especulam todos os dias acerca do imenso interesse dos grandes clubes europeus nos “craques” do clube do regime! Sim, porque o clube do regime está recheado de craques, todos nós sabemos que esse clube perde campeonatos há 30 anos por causa dos árbitros e do sistema... porque de resto, têm sempre equipas espetaculares!

No entanto, toda essa especulação se esfuma no dia 31 Agosto, altura em que se fazem balanços das vendas e aquisições realizadas pelos clubes portugueses e se chega sempre à mesma conclusão: a esmagadora maioria dos “tubarões europeus” pesca sobretudo no mar do Dragão, um mar onde a qualidade dos peixes é bem superior à de todos os outros mares em Portugal.

No ranking das maiores transferências de sempre em Portugal, o FC Porto ocupa posição de destaque para não variar. De entre as transferências feitas pelo FC Porto contam-se tantos e tantos grandes nomes do futebol europeu, como Anderson, Pepe, Ricardo Carvalho, Quaresma, Deco, Bosingwa, Jardel, Falcao, Maniche, Jorge Andrade, Bruno Alves, Raul Meireles e tantos outros que por razões de espaço não poderei referir. No fundo, isto são tudo “peixes” de grande qualidade, que os “tubarões europeus” não perderam a oportunidade de capturar, a troco como é claro de muitos milhões de €, que depois acabam por garantir que o FC Porto todos os anos tenha claramente o melhor plantel nacional, vencendo campeonatos a um ritmo impressionante, e ainda fazendo umas "coisas engraçadas" na Europa, como ganhar taças UEFA e Champions League. Enquanto isso, os outros fazem uma grande transferência de 5 em 5 anos.

Por tudo isso, estou à espera de novo ataque dos “tubarões europeus” no mar do Dragão neste defeso, porque as coisas são mesmo assim. Os tubarões têm um impressionante faro pelo que é bom, e nem se preocupam muito com as vozes de burro que argumentam os árbitros e o sistema como principal fator de sucesso do FC Porto. O sucesso do FC Porto, para além de um grande Presidente, baseia-se nos excelentes jogadores e treinadores que vão passando pelo clube ao longo dos anos, profissionais que depois são muito cobiçados pelos grandes clubes europeus.

Já passei a fase em que me preocupava com a eventual saída dos melhores jogadores do FC Porto. Já são muitos anos a ver grandes jogadores sair e outros belíssimos jogadores a renovar o plantel. Saem grandes jogadores, entram outros excelentes, o fator comum é sempre o mesmo: SUCESSO DESPORTIVO DO FC PORTO!

Deste modo, já me mentalizei, que mais do qualquer outro pateta artificialmente publicitado pelos pasquins do costume, os jogadores que realmente interessam aos "tubarões europeus" são mesmo os jogadores do nosso FC Porto. Não me admira portanto que o James esteja a ser altamente cobiçado por Liverpool e Man. Utd, que o Chelsea esteja disposto a abrir os cordões à bolsa pelo Hulk, que o Alvaro Pereira e o Rolando tenham mercado, ou que o Moutinho depois do enorme Europeu que está a realizar seja um dos jogadores mais cobiçados da Europa. Tenho a certeza que saia quem sair, outros bons jogadores irão entrar, e nós continuaremos a ganhar.

PS - Só um pequeno aparte em relação ao polémico post escrito pelo Farpas na semana que passou. Não comentei na altura por achar que a discussão tomou caminhos que seguramente não seriam o objetivo do autor, e que depois se atingiu algum exagero de parte a parte. Apenas digo uma coisa: não faz sentido (e aqui também eu me penitencio, porque já o fiz) estar a discutir forte e feio entre Portistas, muito menos haver insultos ou generalizações sem sentido. Temos tantos inimigos que não podemos perder muito tempo a "matarmo-nos" em discussões estéreis. Cada um de nós com as suas opiniões, crenças e pensamentos, saibamos discutir, respeitarmo-nos mas, por favor, percamos sim tempo a combater os nossos verdadeiros inimigos, sejam de que cidade for. Fala-vos um Portista que vive numa ilha fortemente encornada e verde, e em que a defesa do FC Porto é quase uma guerra diária e difícil. Mas nunca, nunca mesmo deixarei de defender o meu clube, seja frente a 10 ou a 1000 porcos vermelhos e verdes. Por tudo isso, é importante que todos nós Portistas, independentemente das normais diferenças de opinião, nos unamos em torno da defesa do nosso clube, contra os outros, os verdadeiros inimigos!

24 junho, 2012

ENTREVISTA: Casa do FC Porto de Monção (V. Castelo)

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Junho de 2012, trago-vos mais uma pequena entrevista em exclusivo para este espaço de tertúlia azul-e-branca. Desta vez, a Casa do FC Porto de Monção, distrito de Viana do Castelo.

Feito o contacto e concretizada a tão pretendida entrevista, não posso deixar de agradecer a extrema simpatia e disponibilidade demonstrada pelo Sr. António Simões, Presidente da Direcção, aproveitando para desejar os votos dos maiores sucessos para esta (mais uma) Casa do (nosso) FCPorto.

Como tal, vamos lá então a essa prometida entrevista...



Casa do FC Porto de Monção - Viana do Castelo
Delegação nr. 63 do FC Porto e Dragão de Ouro em 2006


1- Queiram fazer uma breve apresentação dos Orgãos Sociais.

CORPOS SOCIAIS TRIÉNIO 2009/2011

ASSEMBLEIA GERAL
Presidente – Dr. Joaquim Vieira de Magalhães
Vice-Presidente – José Lima Monteiro de Barros
Secretário – José Francisco Teixeira da Silva
Suplentes: Custódio da Conceição Teixeira e Dr. Manuel Joaquim Vasques Branco

CONSELHO FISCAL
Presidente – António Ameijeira Fernandez
Relator – António Adão Teixeira da Silva
Secretário – Osvaldo Alves Lages
Suplentes: Horácio Pereira Valença e Albertino Sousa

DIRECÇÃO
Presidente – António Manuel Gonçalves Simões
Vice-Presidente – Vítor Manuel Morais Caldas
Secretário – Ricardo Raúl Martins Pacheco
Tesoureiro – Manuel António Trancoso Gonçalves
Vogais- Almerindo do Nascimento Gonçalves Cardoso, Dr. Paulo Jorge Moreira Esteves e Alberto Esteves Alves

2- Como e quando surgiu o espaço azul e branco dos Casa do FC Porto de Monção?

Apenas se juntavam os Portistas de Monção, em convívios isolados, ao longo de muitos anos. Em 2000, surgiu um grupo que se organizou e encetou os respectivos contactos formais com o FC do PORTO de que resultou a inauguração da Casa de Monção, delegação nº 63, e respectiva formalização com a escritura pública e aprovação dos respectivos Estatutos, em 5 de Maio de 2001.

3- Como tem sido o desenvolvimento, durante o tempo de existência, e quantos associados têm?

Com a sede social na Praça Deu-la-Deu, local emblemático da vila de Monção, tem mantido uma forte actividade, procurando ser o centro de convívio da família Portista, através de muitas iniciativas, com realce para as comemorações dos seus 11 aniversários, sempre muito participados.

Organizamos vários colóquios e Palestras.

Para além da promoção do jogo de veteranos entre o FCPORTO e CELTA DE VIGO, na jornada da inauguração, recebemos a equipa principal de Basquetebol, em jogos de preparação da chamada pré-época, organizando torneios internacionais com equipas da vizinha Galiza.

Foi atribuído o Dragão de Ouro, no ano de 2006.

Neste momento, temos 231 associados.

4- Qual a vossa opinião sobre a época que terminou?

Foi um ano de eleições para os Orgãos Sociais. Decorreu dentro da normalidade, procurando satisfazer os anseios dos seus associados, quer no funcionamento da sede social, quer nas muitas deslocações ao Dragão, e no apoio aos muitos Portistas que nos procuram.

5 - Quais foram os pontos mais altos ou mais marcantes da casa?

Podemos eleger como atrás foi dito, as comemorações de cada aniversário.

6- Quais os apoios e iniciativas que a casa pode oferecer aos adeptos do nosso clube?

Proporcionar um espaço de convivência Portista em termos de sede social e procurar satisfazer os associados na obtenção de ingressos para os jogos do Clube, quer em deslocações em autocarros, quer em deslocações individuais.

Pela 2ª vez, organizamos uma deslocação ao Dragão, de jovens alunos preferencialmente mais carenciados, em parceria com o FCPORTO e Estabelecimentos de Ensino.

7- Existem casas ou delegações de outros clubes na vossa região? Se sim, qual o tipo de relação que mantém?

Depois do encerramento da casa do Sporting abriu no final do ano passado a Casa do Benfica. Mantemos um relacionamento cordial entre pessoas que defendendo cores diferentes, se devem respeitar mutuamente.

8- Tem alguma história curiosa que queiram contar ou relatar, relacionada com a vossa casa?

A nossa sede funciona em instalações cedidas por um amigo por sinal SPORTINGUISTA, depois de ter sido recusada pelo clube local, o Desportivo de Monção.

9- Quais as vossas expectativas para a nova época?

Tornar a sede um espaço de sâ convivência, alargamento da informação através do nosso blogue, organizar uma caminhada para além dos demais objectivos definidos do Plano de Actividades .

10- Habitualmente costumam acompanhar as modalidades consideradas amadoras, e qual a vossa opinião?

Sempre acompanhamos as restantes modalidades quer no hóquei, andebol, basquetebol, natação, bilhar, etc. e respectivas formações.

Em nossa opinião, deveriam ser mais acarinhadas pela massa associativa, normalmente mais viradas para o desporto rei.

12- Já conheciam o blog "BiBÓ PoRtO, carago!!"? Se sim, qual a vossa opinião?

Trata-se duma expressão Portista livre e democrática.

13- Para finalizar, queiram deixar uma mensagem aos nossos leitores.

Que sejam participativos, criativos em prol da Paixão Azul e Branca.



CONTACTOS E INFORMAÇÕES ÚTEIS

morada [sede social]: Largo do Loreto – 4950 Monção
contactos telefónicos: 917879804 ou 96

como se podem inscrever novos associados da casa do FC Porto e os seus custos: através do preenchimento de uma ficha de inscrição e uma foto (tipo passe) com uma jóia de 5€ e uma quota mensal a partir de 1€.

vantagens em se tornar associado da casa do FC Porto: ingressos ao preço facial, e desconto nas deslocações.

página na Internet: casafcpmoncao.blogspot.com
e-mail: casafcpmoncao@gmail.com

23 junho, 2012

Dinheiros sujos e dores de cabeça

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Com a chegada de dinheiros nauseabundos provenientes de ditaduras árabes e russas, o fair-play financeiro entre os clubes acabou definitivamente. Dinheiros que são consequência de povos privados de liberdades em virtude de uma minoria de "xeiques", vieram inverter as regras do futebol do Velho Continente. Sabemos que, neste momento, o FC Porto tem alguns dos melhores jogadores do futebol europeu, de entre os quais se destaca a estrela mais cintilante, o Incrível Hulk, e, como tal, poderemos ser uma presa fácil para clubes cuja carteira parece não ter fundos.

Hulk. O talento do nosso herói é incomensurável e todos sabemos que há ditadores, sem valores, mas com muito dinheiro para estourar. Embora nunca o admita, acredito que, nas últimas semanas, o Nosso Presidente tem resistido com estoicidade às investidas de alguns clubes com os quais o Porto não pode competir em termos financeiros. Pinto da Costa está a dar tudo para garantir a manutenção de Hulk no plantel. Contudo, acredito que a estratégia passe apenas por garantir que o valor não desça abaixo dos 55 milhões de euros. Aliás, neste momento, já me começo a conformar com a saída do maior talento do Futebol do Clube do Porto nos últimos anos. Ganharemos a transferência do defeso, perdemos um extraordinário génio da bola. Espero estar enganado.

Se em relação a Hulk já me ia conformando, eis que o passar dos jogos do Euro me trouxe outra dor de cabeça: Moutinho. A verdade é que o nosso médio está a embalar um europeu de altíssimo nível, e caso os tubarões estejam com fome, dificilmente o FC Porto terá tesouraria para o segurar. Há muito que se fala na sua saída para o estrangeiro, mas a verdade é que ainda cá esta. Em abono da verdade, não posso dizer que deseje que ele continue a brilhar na Polónia e na Ucrânia.

A Renovação do Helton

Regozijo-me pelo facto do nosso guardião ter renovado contrato até 2014. A renovação de Helton é garantia de que nos próximos dois anos a baliza do FC Porto continuará literalmente em boas mãos. Ao mesmo tempo, ficamos na expectativa de que o sucessor de Helton seja já o pequeno grande Kadú.

As Olimpíadas de Londres

Como se já não bastasse o Euro, os Jogos Olímpicos irão quase de certeza retirar da preparação da próxima época: Danilo, Alex Sandro e Hulk. É por estas e por outras que eu adoro futebol de selecções. Especialmente, quando os jogadores se lesionam ao serviço do seu país e têm que ser os clubes a pagar as despesas.

22 junho, 2012

Lisboa a arder e a feder

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Nos tempos em que comecei a ir à bola, não era “5Lb,5LB, 5LB, filhos da…” que se cantava nas bancadas. Eram tempos em que só queríamos ver Lisboa a arder, Lisboa a arder. Eram tempos em que a afirmação no topo do futebol português de um clube fora da capital num país centralista se fazia mais do que pelo confronto à cidade que os romanos chamaram Olissipo, pela contestação a uma tacanha mentalidade, que ainda hoje se recusa aceitar ter perdido um poder que antes da Revolução a ditadura nunca o tinha permitido.

Os tempos mudaram, porque as vitórias continuaram em catadupa, cá dentro e lá fora, mostrando à Europa e ao Mundo que o futebol em Portugal não era só Lisboa e o resto paisagem. E assim se foram conquistando, naturalmente, cada vez mais fiéis pelos quatro cantos do País, sobretudo na capital. Na capital, para onde rumou, ruma e continua a rumar tanta gente deste Norte em crise à procura de uma vida melhor, que só as oportunidades que gravitam à volta do Terreiro do Paço lhes podem oferecer. Gente do Norte que hoje continua a pedir um café em vez de uma bica, a pedir um fino em vez de uma imperial, que se recusa a mudar a pronúncia que tão orgulhosamente nos distingue, que vibra com as nossas conquistas como se aqui estivesse. E que só nos últimos anos as pode festejar em liberdade, ao lado de tantos outros que, apesar de ali nascidos, foram conquistados pela força das nossas vitórias.

Deixou, portanto, de fazer sentido puxar pelas nossas cordas vocais para dizer que queremos ver aquilo a arder ou que se a merda fosse ouro aquilo era um tesouro, porque hoje, mais do que nunca, o Porto, o clube não a cidade, é uma nação. São estes os novos tempos que espelham a grandeza deste clube, mas aos quais, confesso, me custa imenso a adaptar. Não escondo as saudades que tenho do clima de guerra contra o Sul, contra Lisboa, - que hoje não mais é do que uma guerra contra os de Carnide -, as saudades que tenho de cantar nos cortejos que queremos ver aquilo em chamas.

Não gosto de Lisboa. Ou melhor não gosto dos lisboetas. Lisboa é uma bela cidade, provavelmente mais bela do que imagino, porque a conheço mal, mas que perde todo o encanto que dizem ter por causa de quem lá vive. Gente fria e distante no trato, gente desconfiada e antipática ao ponto de ignorarem quem lhes pede uma simples indicação no trânsito. Gentes com aquela pronúncia que só de ouvir me provoca náuseas, que dizem “riu” em vez de rio, “quaise” em vez de quase, “treuze” em vez de treze ou ténis em vez se sapatilhas. Gentes com manias de grandeza só porque vivem na capital, que quando vão ao Porto dizem que vão ao Norte, que julgam que o Porto fica a 20 minutos de Bragança ou que todos aqui somos uns parolos que trocamos os “v” pelos “b” e só dizemos carago.

Detesto tudo o que em Lisboa é tradição. Odeio fado, não gosto da cerveja Sagres, abomino couratos e caracóis, não suporto as festas de Santo António e a parolada dos casamentos. Só o FC Porto faz Lisboa tirar-me do Porto. É um sentimento de repugnância, que nutro não propriamente pela cidade, mas por tudo aquilo que ela representa, e que se torna incontrolável quando vejo um animal daqueles a festejar na nossa casa o título de basquetebol como festejou ou quando vejo um porco a celebrar um título de hóquei ao fim de 14 anos como celebrou. Por mais que eles cantem que aquilo cheira bem, a verdade é que, a mim, me cheira sempre mal. Muito mal.

21 junho, 2012

ESPAÇO SCHENGEN SILENCIADO

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Num país que vive agora iludido com a sua seleção, a tal que até há pouca era “besta” e agora é “bestial”, onde somos apelidados por altas figuras da nação como “piegas e chorinhas”, onde há um se dê ao luxo de ganhar milhões mas propor a redução de salários como sendo a solução da crise, onde estamos contentes pelo aumento da exportações mas não percebemos que esse ganho de competitividade é à custa da redução dos salários dos trabalhadores, num país de merda onde se aconselha os jovens a emigrarem, sim num país de merda, resta o FC Porto para levar o seu nome bem alto, pois nem o mítico CR7 o consegue fazer de forma tão elevada, sempre a entrar em picardias parvas com Messi, recebendo do outro lado um ensurdecedor silêncio.

Mas é num país subserviente à Sra Merkel e ás políticas europeias, sejam elas ou não um desastre para nós, que eis senão quando alguém se lembra de fazer frente aos tratados europeus. Qual Primeiro Ministro, Presidente da República ou Ministro das Finanças... não! A autoridade máxima em Portugal, a única capaz de enfrentar tratados em vigor é a Polícia de Segurança Pública.

O Tratado de Schengen, assinado em Outubro de 1996 e que me vou escusar a explicar pois podem percebe-lo AQUI, muito sucintamente liberaliza a circulação de pessoas e bens dentro dos países aderentes... Portugal foi um deles!

No entanto, pela segunda vez em poucos anos, mais uma vez esse tratado foi desrespeitado por obra e graça da divina PSP, impedindo de forma ridícula, descabida e prepotente, a presença de elementos afectos ao FC Porto no pavilhão “sem luz” mas “com nevoeiro”.

Num famoso 25 de Abril de 2007, fui um dos que tentou exercer o seu direito de cidadão livre e marcar presença no referido recinto “pseudo-desportivo”. Não o pude fazer pois na portagem onde aparentemente termina o espaço Schengen, se encontravam dezenas de PSP's artilhados até aos dentes, encapuçados e de shotgun em punho, que nos fizeram o favor de acompanhar no sentido inverso, qual fronteira de guerra entre espaços dominados por talibans e forças aliadas.

5 anos depois a coisa evolui!

Desta vez fizeram o favor de impedir a partida dos tais insanos que julgam que o sul do país faz parte do acordo de Schengen, intimando-os no dia anterior ao jogo a permanecer na sua cidade, pois se não o fizessem, onde quer que fossem avistados (auto-estrada, estrada nacional, estação de comboios, aeroporto ou eventual tanque de guerra) seriam automaticamente recambiados para o destino.

Estes anti-europeus, justificaram esta medida com o facto de só termos em nossa posse bilhetes comprados com cartões de sócio slb, os quais são pessoais e intransmissíveis, logo não poderíamos entrar no pavilhão do nevoeiro. Pois... mal eles sabiam, que também iríamos ter acesso a convites normais, logo nunca nos poderiam impedir de entrar. Uma vergonha nacional, um escândalo europeu, uma merda digna de um país social e culturalmente atrasado!

O que eles queriam nós bem sabemos: ganhar à força toda, nem que para isso fosse preciso ameaçar de morte árbitros ou adversários (Sérgio Silva não deixa dúvidas), criar um nevoeiro denso apenas comparável à Choupana, fazer chover junto da baliza do Edo, incorrer em erros técnicos gritantes disfarçados com relatórios anedóticos, etc, etc, etc.

Era preciso fabricar um campeão, era preciso fabricar algo que nem as constantes mudanças de regulamentos foram capazes de fazer. Não nos deixaram ganhar, não nos deixaram ser campeões, roubaram-nos dentro de fora do campo, fizeram de nós os parolos da província, e pior do que isso: nós comemos e calamos, bem ao jeito dos tempos anteriores à democracia.

Ora, se tudo o que ocorreu me enoja, confesso que fico estupefacto pelo silêncio que impera para os nossos lados. É para mim absolutamente incompreensível, tanto mais que ainda recentemente vimos uma atitude totalmente diferente da nossa Direcção aquando do basket. Será que há tratamento diferenciado consoante a modalidade? Não quero acreditar!

Se traçarmos um termo comparativo entre os dois momentos, facilmente concluímos que foi no hóquei que se verificou o maior escândalo, a grande vergonha: desde logo porque todas as incidências do hóquei tiveram reflexo directo no desenrolar do espectáculo desportivo, logo há uma relação causa efeito no resultado final da partida...no basket, os pseudo acontecimentos ocorrem no final do jogo, logo sem impacto no resultado. Por outro lado, ninguém do FC Porto teve antes, durante ou depois do jogo qualquer comportamento provocatório ou mal criado, até pelo contrário, pois foram francamente enxovalhados, tanto jogadores como os próprios adeptos ao serem limitados nos seus direitos.

Reparemos igualmente que no dia seguinte ao basket, o “orelhas fraco leitor”, lançou um fortíssimo ataque às nossas cores. Já nós, nem palha mexemos... e meus caros amigos, não fiquemos iludidos com o prémio de que não podemos baixar ao nível deles, porque uma coisa é utilizar argumentos de baixo nível, outra completamente diferente é comer e calar, é levar um estalo e dar a outra face.

Aliás, a coisa já assumiu proporções tão graves, que nem com as declarações deploráveis e mais uma vez de um baixo nível gritante, ladradas pelo Trindade (recordo só: “vencemos os porcos”), fomos capazes de vir a terreiro dizer qualquer coisa. Inexplicável...

Está tudo de férias num local paradisíaco sem acesso a informação? Não me parece, pois o Presidente apesar de insistir em não aparecer nos jogos do hóquei em patins, esteve a semana passada na Assembleia da República, ou seja, já depois dos adeptos terem sido impedidos de viajar a lisboa e de a sua equipa ter sido mal tratada e roubada. Como ele próprio disse, foi recebido no coração da democracia... pena que se tenha esquecido de dizer que a democracia é um valor nem sempre presente na nossa sociedade, e este é um belo exemplo disso.

Desportivamente, perder um campeonato ao fim de dez vitórias, não é minimamente problemático. A história do desporto não reza de equipas imbatíveis. Ao contrário do que se diz por aí, a hegemonia não foi quebrada, pois ela revela uma tendência e não uma conquista absoluta. Assim sendo, importante é vencer o próximo campeonato, para assim sim, manter-mos a hegemonia.

Palavra final para os atletas e para toda a secção: foi um ano difícil, de transição de equipa técnica, problemas financeiros constantes (não é igual às outras modalidades, pois no hóquei são os mesmos jogadores há anos, logo sentem esses problemas há anos, o que provoca um desconforto superior), uma liderança directiva do Sr. Ilídio Pinto que lamentavelmente se vai perdendo e muitas outras coisas que não são para aqui chamadas.

Ainda assim, quero deixar um forte abraço a todos, pois nunca deixei de sentir orgulho em tudo o que fizeram, na forma como defenderam as nossas cores e lutaram até ao fim.

Um abraço especial ao Tó Neves, que não cumpriu o seu sonho de ser campeão pelo clube do coração, mas certamente o vai rapidamente cumprir. A competência e conhecimentos são indiscutíveis, pelo que os resultados vão naturalmente aparecer. Ao Nelson Pereira, um voto de felicidades e desejos de um crescimento desportivo que a acontecer, certamente o trará de volta. Ao Suíssas, um até já... tu vais de certeza regressar, mais confiante, mais maduro, mais jogador. Ao Pedro Gil um natural obrigado por tantos títulos, tantas vitórias, tanta garra, tantos momentos mágicos. Ao Filipe Santos... enfim, para o Rato quaisquer palavras são poucas para exprimir o agradecimento e já alguma saudade! Fico naturalmente feliz por ele se manter no clube, mas deixar de ver a camisola 2 dentro do ringue é logicamente uma sensação estranha que a todos deixa uma lágrima no canto do olho.

Aos restantes... até para ano campeões, para mais uma época de alegrias e vitórias!

20 junho, 2012

Bom São João

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Bom São João
E pronto.
Chegaram, novamente, aqueles dias em que o muito que se escreve pouco tem que se leia.
Dias de novelas de estações estampadas nos diários da bola.
Dias em que o Tône fica confuso em escolher férias no Areinho ou em Salgueiros.
Dias em que o Algarve continua no ALLgarve e o Norte continua no Norte.
Dias em que o Sr. Lisboa continua a meter o dedo no cú.
Dias em que o Sr. Torres continua a ser um bom chefe de família.
Dias em que o Sr. Trindade demonstrou que não merece pérola alguma.
Dias em que um único jogador da selecção tem clube.
Dias em que as novelas no futebol de cinco são prontamente branqueadas pelos mérdias.

Farto de dias assim restam as noites.
Com tendência a encurtarem após o solstício aproveitem a de Sábado.
Logo após as sardinhas e o habitual fogo de artifício haverá clássico nas Fontainhas.
Alheio à febre da bandeira e à silly season, sem medo de túneis e sem clonagem possível, o Rato, com o seu tradicional 3-3-4, envergará as cores azuis e brancas.
Apareçam e, já agora, se virem por lá aquele senhor dos Paços do Concelho não lhe ofereçam farturas.
Brindem-no antes com um bom par, ou mais, de marteladas.

Bom São João.