30 abril, 2014

PORTO DE ABRIGO

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Que época. Que foi isto? Fomos atropelados por um comboio. E, não contente, o comboio fez marcha atrás e calcou novamente.
Estamos desfeitos em pedacinhos. Desanimados, frustrados.
Queremos que esta época seja um exemplo. Queremos fazer destes jogadores um exemplo. Queremos "limpeza de balneário" porque para o ano é que é. Queremos berrar que sempre que nos calcam voltamos mais fortes. Queremos tudo. Não temos nada. Queremos o amanhã e esquecemos o ontem. Queremos hoje o estrelato.
Calma.
Batemos, chocamos de frente com o fundo.
Respirem. Analisem. Sejam pragmáticos. Não caiam em discursos feitos dos opositores nem embandeirem em discursos ocos de sucesso anunciado.
O meu Clube já teve dias melhores. Perceber isso é meio caminho andado para o sucesso. Mas a razão do sucesso não é, um reconfortante, "calma, que sempre que isto aconteceu, ganhamos tudo".
É trabalho. É dedicação dos responsáveis pelo clube. É escolha acertada do plantel e treinador. É cuidado no planeamento da época. É tudo aquilo que nos caracterizou. Aquilo que sempre nos caracterizou e que o golo do Kelvin e o espaço K nos tirou. Ganhamos dois campeonatos com remendos, e isso fez com que tudo fosse, parecesse, fácil. Janko a principal ponta de lança! Lembram-se? E Sem Hulk? Aquele Hulk cuja a falta atribuímos a perda do titulo de Jesualdo! Ganhamos. E conseguimos. Hoje, este ano não deu. Fim de Ciclo? Não. Fim de Plantel. É necessário reformular, apostar, fechar e unir.

E agora, tu és o culpado? Aquele é o culpado? O outro é o culpado?
Não. Ou melhor. Não sou ninguém para julgar. Ninguém é ninguém para julgar. Não me arrogo de super poderes para ditar quem tem culpa ou quem não tem. Não tenho dados que me permitam chamar este ou a aquele de "culpado". Não vamos cair e não vamos ser os coveiros da desgraça.
O que eu sei. O que vivenciei. O que festejei. Foram vários e diversos títulos. Foram várias humilhações ao rival. Foram várias conquistas em todas as modalidades. E isso foi conseguido com quem hoje está lá.
Jorge Nuno Pinto da Costa saberá mais do que ninguém o melhor para o clube. Errará é certo. Como já errou. Mas errará menos do que outro. E triunfará mais do que muitos. É a este pensamento que me agarro. É neste pensamento e com esta certeza que sei que o dia de amanhã estará a ser planeado.
Com ele. E com ele vamos voltar às vitórias.

Agora, tu. Sim tu que estás sentado confortavelmente a ler este texto. Podes fazer mais pelo Futebol Clube do Porto? Porque é que não fazes? Vês manifestações de adeptos de outros clubes nas redes sociais. E o que fazes? Vês um jogo no Dragão e o que fazes? Vês um jogo no café e o que fazes? Vais ao estrangeiro e vês um individuo com uma camisola do Futebol Clube do Porto e o que fazes? Vês uma derrota do FCPorto e o que fazes? Vês uma vitória, e o que fazes?
Pensa também tu naquilo que queres dar ao Futebol Clube do Porto. Não te sentes na confortável posição do apontar responsabilidades a este ou aquele. Faz. Defende o teu clube. Honra o teu clube. Não sejas o primeiro a virar as costas. Não sejas o primeiro a criticar. Sê o primeiro a apoiar, a defender, a gritar por ele. Não me digas que estás cansado, frustrado. Isso estamos todos. Mas todos somos muitos. E prefiro muitos mobilizados em prol do meu clube do que muitos sentados a apontar os dedos.
Não somos patetas alegres. Mas também não somos ratos.
O Futebol Clube do Porto precisa de mística? Quem melhor que nós para a transmitir?
O Futebol Clube do Porto precisa de "raça" e "orgulho"? Quem melhor que nós para a conseguir?
O Futebol Clube do Porto precisa de jogadores "à porto"? Quem melhor que nós para os motivar a ser?
Não batas palmas quando o Rei "vai nú". Mas não lhe escondas a roupa.
Tu, como todos. Tens responsabilidades. Exige tudo. Mas dá tudo.
O último jogo em casa é contra eles. É contra o nosso principal rival. Não abandones o Futebol Clube do Porto. Não abandones o teu símbolo. Não abandones, tu também, a tua mística.
Porque se o "Porto é o último baluarte de uma região esquecida, de um norte".
TU és o último baluarte de uma mística abandonada e relegada.
Que rebente a bomba. Que gritem. Que festejem.
Mas que TU grites mais. Que tu apoies mais. Que tu os Cales. E lhes mostres que ser PORTO é mais do que um # recheado de poemas.
Porque no Dragão. Nosso Porto de Abrigo.
MANDAMOS NÓS.

29 abril, 2014

FC Porto - Sporting decisivo no andebol!

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ANDEBOL

  • Sp.Horta 23-35 FC PORTO
O FC Porto venceu na Horta por 23-35 e assumiu isolado a liderança do Andebol1.

O ABC perdeu na luz, e mesmo que ganhe amanhã, fica a 2 pontos do líder FC Porto. Os mesmos 2 pontos que o Sporting tem de atraso em relação aos dragões. Por isso, o jogo do próximo sábado (18h30) no Dragão Caixa, um FC Porto-Sporting, vai ser escaldante, pois com o Benfica já afastado do título, apenas Sporting e ABC podem ainda impedir o hexa do Dragão.

Se o Sporting perder no Caixa (e diga-se que nos últimos 14 anos tem perdido sempre), diz adeus ao título, que será depois então discutido somente a norte. Jogo vital por isso para o futuro do FC Porto no Nacional de Andebol.

No jogo da Horta, Spínola com 7 golos e Gilberto com 6, estiveram a um nível excelente, bem secundados por Tiago e Moreira com 4 golos cada.
  • PRÓXIMOS JOGOS
Este sábado, jogo grande no Caixa com o FC Porto a receber o Sporting (18h30 no Porto Canal).



HÓQUEI EM PATINS

  • Valença 4-5 FC PORTO (após prolongamento)
  • Sporting 4-3 FC PORTO
Semana preocupante para o hóquei do FC Porto, já a poucos dias da final four europeia.

Em Valença, para a taça de Portugal, a equipa safou-se de boa, mas por pouco tinha sido eliminada por uma equipa da III divisão. Poucos dias depois, derrota em Alenquer frente ao Sporting, em mais uma exibição cheia de erros, facilitismo e muita inépcia.

Tó Neves tem que rever a matéria para que esta perda da liderança isolada não venha a pesar nas contas do título.

J.Silva e Caio bisaram em Valença (o outro golo foi de V.Hugo). Em Alenquer, marcaram V.Hugo, J.Silva e R.Ventura.
  • PRÓXIMOS JOGOS
No próximo sábado, jogamos a meia final da champions no Palau Blaugrana diante dos catalães do Vendrell. O jogo começa às 15h15, hora de Portugal, com transmissão no PORTO CANAL. O barcelona-benfica joga-se depois pelas 17h15. A final, joga-se no domingo, pelas 11h00 de Portugal.



BASQUETEBOL

  • FCP DRAGON FORCE 69-41 Terceira Basket
Mais uma exibição consistente dos pupilos de Moncho que estão já apurados para a final da proliga frente a um poderoso Illiabum. O Terceira bem tentou, mas os Portistas defenderam sempre com muito rigor e não deram qualquer hipótese aos Açorianos.

Grosso com 11 e Bastos com 10 pontos, foram aos mais inspirados, bem secundados por Figueiredo e Queiroz, ambos com 9 pontos.

Venha de lá essa final entre as 2 melhores equipas da proliga!
  • PRÓXIMOS JOGOS
Próximo sábado, pelas 18h00, joga-se o 1º jogo da final em Ilhavo. Depois, 6ª feira, dia 9 Maio, e sábado, dia 10 Maio, é a vez do Illiabum jogar no Dragão Caixa.

28 abril, 2014

INCOMPETÊNCIA!

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FC PORTO-benfica, 0-0 (3-4, gp)

Taça da Liga 2013/14, meia final
27 de Abril de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 26.109


Árbitro: Marco Ferreira (Madeira)
Assistentes: Nelson Moniz e Sérgio Serrão
4º Árbitro: Manuel Mota

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Fernando, Defour, Herrera, Varela, Jackson Martínez, Quaresma.
Substituições: Quintero por Defour (56m), Ghilas por Quaresma (72m), Ricardo por Danilo (82m).
Não utilizados: Kadú, Josué, Reyes, Carlos Eduardo.
Treinador: Luis Castro.

benfica: Oblak, André Almeida, Steven Vitória, Jardel, Siqueira, Ivan Cavaleiro, Rúben Amorim, André Gomes, Sulejmani, Lima, Cardozo.
Substituições: Garay por Lima (37m), Markovic por Cardozo (63m), Enzo Pérez por Rúben Amorim (78m).
Não utilizados: Paulo Lopes, Funes Mori, Djuricic, Maxi Pereira.
Treinador: Jorge Jesus.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: -.
Cartões amarelos: André Almeida (81m), Danilo (82m).
Cartões vermelhos: Steven Vitória (32m).

Começo por algumas palavras que coloquei no final dos 90 minutos numa rede social..."Desconcentrados como os jogadores do FCP estão, não prevejo muito sucesso nos penaltys...LC também não soube acautelar essa situação..."

Há tanto por explicar e tanta coisa que não terá explicação...tantos que vestem azul e branco e esses mesmos e outros que não merecem estar de Dragão ao peito! Desde que começou a época a cabeça não esteve no Dragão e quem os aconselhou não foi o melhor conselheiro. Ninguém da estrutura teve peso o suficiente para inverter o rumo dos acontecimentos e pelos vistos, este ano os cães ladram e a caravana passa...mas passa mal, muito mal e metros percorridos são todos de marcha atrás que parece nunca mais chegar ao final da época.

Hoje era a última oportunidade de chegar a uma final e logo sobre o grande rival, merecido e justo Campeão Nacional, factos são factos, números também. Ainda que o jogo de hoje seja referente a uma competição que todos estes anos foi menosprezada pela estrutura FC Porto, ainda hoje não percebo muito bem os motivos, este ano essa mesma estrutura fez desta competição quase como que uma bandeira após perceber que a época seria desastrosa.

Nada se ganha sem se ser competente, nada se ganha sem querermos vencer, nada se conquista sem suor e capacidade de luta e trabalho...a sorte, ela virá connosco quando tudo o resto estiver a ser rigoroso e aí sim acredito que a sorte nos acompanhará!

Hoje, tive a sensação de Deja Vu relativamente ao jogo da Luz na Taça de Portugal...contra 10 desde a meia-hora de jogo, se até aqui estávamos melhor a criar 2/3 boas situações de golo (a competência e concentração também se nota e bem no momento de finalização), a partir da expulsão de Steven Vitória foi, mais uma vez, miserável e desconcertante assistir a este Porto. Não se aprende com os erros? Num total de 120 minutos em superioridade numérica contra o Benfica conseguimos fazer apenas 1 golo e não criar situações de golo?!?!? No Dragão não há chama, ambição e depois de tudo o mais que não fizemos durante a época possa tornar-se em motivação de jogar em casa uma passagem a uma final?

E LC, à imagem do jogo da luz, foi receoso, teve medo de assumir e ir para cima de um Benfica em gestão de esforço e com muitos titulares de fora, as alterações que produziu foram inconsequentes e não arriscou uma unha que fosse para pressionar o adversário e expô-lo aos erros. Entre Quaresma ou Varela, porque saiu o cigano? Nem um nem outro produziam nada, mas quem pode mais facilmente tirar um coelho da cartola?

O que foi construído desde a época de AVB contra este mesmo Benfica, como é possível deitá-lo fora em tão pouco tempo...na Luz não conseguimos jogar e no Dragão o que era temeroso para eles, deixou de o ser...

Nada mais a dizer sobre este Porto. Mau demais, nem orgulhar conseguiu e que merecido seria o Prof. Hernâni Gonçalves!!!



DECLARAÇÕES

LUIS CASTRO

O treinador dos Dragões manifestou o seu desalento pelas “várias oportunidades de golo” que o FC Porto não conseguiu concretizar na derrota diante do Benfica, após grandes penalidades (3-4), nas meias-finais da Taça da Liga, considerando ainda que a equipa trabalhou muito para poder dedicar a vitória aos adeptos.

​“A bola não entrou e isso faz a diferença no futebol. Tivemos várias oportunidades de golo, mas não conseguimos concretizar. Estivemos melhor na primeira parte, na qual fizemos uma melhor circulação de bola. A partir da expulsão, o Benfica reduziu-nos os espaços e sentimos mais dificuldades para entrar na grande área, sobretudo na segunda parte, na qual não fomos tão incisivos”, declarou Luís Castro na conferência de imprensa que se seguiu ao embate com os lisboetas.

Para o técnico dos azuis e brancos, os resultados menos positivos e os infortúnios que marcaram a época acabaram por se reflectir neste jogo. A dimensão psicológica é fundamental no desempenho de uma equipa. As derrotas deixam marcas, tal como as vitórias. As eliminatórias que perdemos deixaram marcas negativas, é a realidade. Os jogadores trabalharam muito, mas voltámos a não ser bafejados pela sorte. Queríamos muito dedicar esta vitória aos adeptos, mas infelizmente não conseguimos”, prosseguiu Luís Castro.

Desgostoso com o balanço da época 2013/14, o treinador portista acredita que o futuro vai voltar a ser ouro sobre azul. “O principal objectivo é sempre conquistar o título nacional. Depois, durante a época, há outras competições que o FC Porto quer vencer, naturalmente. Assumo o falhanço de uma época em que não conseguimos chegar aos títulos a que estamos habituados. Há que levantar a cabeça e seguir em frente, pois há muitas coisas que se ganham na adversidade e tenho a certeza de que o FC Porto voltará a ser o melhor”.



RESUMO DO JOGO

27 abril, 2014

“Bês” empatam em Alcochete com bis de Tozé

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sporting-FC PORTO B, 3-3

II Liga 2013/2014, 40.ª jornada
27 de Abril de 2014
Academia de Alcochete


Árbitro: Hugo Pacheco (Porto).

SPORTING B: Mickael Meira; Samba, Rúben Semedo, King e Riquicho; Kikas, Filipe Chaby e Wallyson; Iúri Medeiros, Ricardo Esgaio (cap.) e Dramé.
Substituições: Dramé por Enoh (64m), Filipe Chaby por Edelino Ié (70m), Iúri Medeiros por Luka (75m).
Não utilizados: Luís Ribeiro, Hugo Meira, Matías e Manafá.
Treinador: Abel Ferreira.

FC PORTO B: Stefanovic; David, Tiago Ferreira, Zé António e Quiño; Mikel, Tomás Podstawski e Pedro Moreira (cap.); Tozé, Kayembe e Gonçalo Paciência.
Substituições: Tomás Podstawski por Ivo (32m), Mikel por André Silva (83m), David por Frederic (88m).
Não utilizados: Caio, Rafa, Bruno Silva e Pavlovski.
Treinador: José Guilherme.

Ao intervalo: 1-0.
Marcadores: Iuri Medeiros (26m), Dramé (48m), Esgaio (50m), Rúben Semedo (a.g., 60m), Tozé (66m e 88m).
Cartões amarelos: Cartão amarelo para Mikel (43m), Dramé (48m), Rúben Semedo (62m e 90+2m), Tozé (72m), Mickael Meira (83m) e Kayembe (90m). Cartão vermelho, por acumulação: Rúben Semedo (90m+2).

O FC Porto B empatou este domingo diante do Sporting B (3-3), em Alcochete, em jogo referente à 40.ª jornada da Segunda Liga. Os Dragões chegaram a ter três golos de desvantagem, mas um autogolo de Rúben Semedo (61m) e um bis de Tozé (66m e 87m) permitiram aos azuis e brancos chegar à igualdade.

​Este clássico entre equipas “bês” pode partir-se em dois. Até aos 60 minutos, o Sporting B esteve ligeiramente por cima e chegou a dispor de três golos de vantagem: Iuri Medeiros (26m), Dramé (48m) e Esgaio (50m) faziam antever um triunfo fácil para os lisboetas, mas a reacção portista deu-se em força.

À entrada para a última meia-hora, um autogolo de Rúben Semedo (60m) abriu caminho à recuperação azul e branca, duplamente selada por Tozé (66m e 87m), o goleador máximo dos Dragões na competição, com 20 remates certeiros.

Com este resultado, o FC Porto B mantém a segunda posição na tabela, com 71 pontos, a um do líder Moreirense, que tem menos um jogo disputado. Os azuis e brancos voltam a entrar em campo no dia 4 de Maio, frente ao Sporting de Braga B, no Estádio de Pedroso, em jogo da 41.ª e penúltima jornada da competição.

fonte: fcporto.pt

CLASSIFICAÇÃO II LIGA
1º - Moreirense, 39j, 19v, 15e, 5d, 72pts
2º - FC Porto B, 40j, 21v, 8e, 11d, 71pts



RESUMO DO JOGO

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FELIZMENTE… JÁ FALTOU MAIS PARA ACABAR!

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Fazer qualquer tipo de prognóstico em relação ao FC Porto atual, é um exercício quase tão viável como prognosticar os números do euromilhões.

A época que se aproxima a passos largos do fim (felizmente!) foi efetivamente má demais, nenhum Portista na sua pior previsão pensaria que o FC Porto a 2 jornadas do fim já estivesse arredado do 2º lugar e a 15 longínquos pontos da liderança. As razões para que tal tenha sucedido são várias e terá de haver uma reflexão muito profunda e, mais importante que isso, terá de haver uma ação muito eficaz (dos responsáveis máximos) nos próximos tempos de modo a minimizar todos os estragos desta época, bem como preparar a próxima época da melhor forma possível.

Faltam 3 jogos para o fim da época, 4 na melhor das hipóteses. Obviamente que nada do que acontecer até ao fim mudará a avaliação desportiva do que foi esta época. Ainda assim, seria bom que a equipa, num assomo de dignidade, honra e respeito pelos adeptos que tanto sofrem por este clube, acabasse a época da melhor forma possível. E neste momento acabar a época da melhor forma possível, implica vencer os 2 jogos frente ao nosso “querido rival”, retirando-lhes a possibilidade de fazer o pleno de taças este ano.

Para além disso, considero ser importante que de uma vez por todas não haja medo da parte do treinador, chame-se ele Fonseca, Castro ou Zé das Iscas. Esta tem sido uma época marcada pela falta de coragem da parte de quem comanda tecnicamente a equipa. Se nos últimos 3 anos tivemos 2 treinadores que NUNCA vergaram perante quem quer que fosse, e que por isso em 90 jogos para o campeonato apenas perderam um (contra Bruno Paixão em Barcelos), 2 treinadores que nunca tinham medo de arriscar, que abordavam quase sempre bem os jogos mais difíceis (pelo menos internamente), 2 treinadores que não tinha medo de ser felizes, este ano a verdade é que assistimos a uma fraca liderança técnica da equipa.

Por mais que se queira dourar a pílula, por mais que se queira ser mal-intencionado ou por mais que haja uma qualquer motivação que nada tem a ver com a crítica construtiva ao FC Porto, a verdade é que o comando técnico do FC Porto este ano tem sido demasiado fraco para um clube com esta dimensão. E sim, tivemos quebra de qualidade em alguns sectores da equipa. E sim, houve erros graves da SAD, como a brilhante venda de Otamendi e o ainda mais espetacular regresso de Abdoulaye e outras que tais, mas a verdade é que este plantel vale infinitamente mais do que se tem visto em campo. Infinitamente mais!

Como prova disso que estou a dizer, considero sintomático o que aconteceu no jogo com o Rio Ave na passada 2ª feira. Depois de uma 1ª parte com um FC Porto cinzento, cheio de passes para trás, para o lado e atrasos para o GR, o chamado futebolzinho que não serve para rigorosamente nada, eis senão quando entra o Quintero na 2ª parte. Ao que parece, o colombiano não sabe defender, não é taticamente disciplinado e arrisca demasiado. Tudo isto é muito bonito e muito belo, mas a verdade é que o colombiano simplesmente inventou 2 passes que permitiram um penaltie e um golo e arrancou uma falta que permitiu o 3º golo. Invariavelmente tem sido assim, Quintero pouco joga, mas quando o fez ou marca golos decisivos (belenenses e setúbal) ou faz assistências ou mexe com o jogo frouxo da equipa. Não nego que Quintero precisa de crescer taticamente, é evidente.

Mas pergunto: e James, Hulk, Futre, Deco e tantos, tantos outros também não eram jogadores inexistentes taticamente quando chegaram ao FC Porto? Eram sim senhor. Tiveram treinadores que os ajudaram a crescer, que os enquadraram taticamente na equipa, que apostaram neles em jogo e que desse modo contribuíram para o seu crescimento tático.

Em minha opinião Quintero exemplifica uma parte do que foi o FC Porto desta época. Um medo terrível em apostar em jogadores jovens com qualidade que poderiam ter sido enquadrados de outra forma. Estou fartos de Defours, Licás e outros que tais, muito “certinhos taticamente” mas que não fazem uma só jogada de rasgo. É preciso magia, criatividade e qualidade técnica. E Quintero tem tudo isso. Precisa é que o dêem confiança, o coloquem a jogar com mais regularidade e sobretudo que não façam dele o salvador de todos os problemas da equipa, pois isso ele não pode evidentemente fazer com a idade e maturidade que tem. É urgente aproveitar a qualidade de vários jogadores do atual plantel, integrando-os num sistema tático bem trabalhado e consolidado. Só assim esses jogadores podem evoluir!

Casos como Quintero, Ghilas, Herrera, Reyes e alguns outros são casos paradigmáticos quanto à qualidade desperdiçada a que temos assistido este ano em relação ao plantel. Arrisco a dizer que se James ou Deco pertencessem a este plantel, também seriam colocados em causa por muita gente. Aliás, em 01/02 também uma época horrível, Deco pertencia ao plantel e se calhar na altura era considerado uma aberração, depois foi o que se viu. Como em 04/05, Diego era uma ameixa, Luís Fabiano era o pior ponta-de-lança à face da terra. Análises em épocas horríveis podem levar a que no futuro haja arrependimentos em relação à real qualidade de alguns jogadores.

Há jogadores que valem infinitamente mais do que têm mostrado. E há outros que não são tão maus como se pensa. É preciso ter cuidado com as revoluções, as limpezas de balneário e outras coisas parecidas. O sucesso do FC Porto da próxima época terá muito a ver com um correto diagnostico de quem deve ficar e de quem deve sair. No atual plantel, há jogadores que não têm qualidade sequer para equipas da II Liga mas também há jogadores que têm potencial para se tornarem grandes mais valias no futuro, quiçá vendas por muitos milhões de €. A questão para o MILHÃO de Euros é mesmo saber quem deverá ser o próximo treinador. E esta será uma questão FUNDAMENTAL para o nosso futuro próximo!

NOTA FINAL: Partiu um dos Homens que juntamente com Pedroto e Pinto da Costa contribuíram para o grande FC Porto que hoje conhecemos. Um daqueles Homens que irradiavam FC Porto por tudo quanto era lado. Inteligente, competente e sobretudo apaixonado pelo clube. Num ano tão horrível como este, esta é mais uma péssima notícia. Paz à sua alma.

Fernando e Quaresma regressam para o clássico

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​​Fernando e Quaresma (ambos de regresso após cumprir castigo) são as novidades na lista de convocados elaborada por Luís Castro para a recepção ao Benfica, marcada para este domingo, às 18h15, referente à meia-final da Taça da Liga.

​Em sentido inverso, Licá fica fora dos eleitos relativamente à convocatória para o último compromisso oficial dos Dragões (vitória contra o Rio Ave, na 28.ª jornada da Liga, por 3-0). No derradeiro ensaio para o embate com os lisboetas, que decorreu este sábado no Centro de Treinos e Formação Desportiva PortoGaia, no Olival, só não esteve Helton, em tratamento.

fonte: fcporto.pt


LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS
Guarda-redes: Fabiano e Kadú;
Defesas: Danilo, Maicon, Reyes, Mangala e Alex Sandro;
Médios: Herrera, Carlos Eduardo, Ricardo, Fernando, Josué, Kelvin e Defour;
Avançados: Quaresma, Jackson Martínez, Quintero, Ghilas e Varela.

26 abril, 2014

ESTE CLUBE NÃO MORRE AQUI HOJE

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Campeonato perdido. Taça de Portugal perdida. Liga Europa perdida. Fica difícil escrever sobre esta temporada e sobre o FC Porto. Sim, porque este é o FC Porto. O mesmo de sempre. Nas vitórias e nas derrotas, clube só há um: é este, o nosso. Por isso discordo daqueles que pedem a devolução do FC Porto, que isto não é o FC Porto, que o Porto não é isto, entre outras alarvidades.

O Porto é isto, sim. Perder, ser derrotado, sentir esse travo amargo que nos remexe nas entranhas e nos cria um nó na garganta. Ser Porto nas vitórias é fácil. Entrar no local de trabalho depois de mais um campeonato e de mais uma taça europeia, é fácil, todos querem. Difícil é enfrentar os colegas e os amigos depois de uma temporada desastrosa, depois da humilhação de Sevilha e da ainda mais traumatizante e inconcebível eliminação da Taça de Portugal.

O FC Porto não nasceu em meados dos anos 80. Nasceu, sim, em 1893. O trajecto até aos dias de hoje não se fez sem derrotas nem sem exibições sofríveis. Era o tempo de começar a perder mal se atravessava a ponte, dos Inocêncios Calabotes, das vitórias morais, das derrotas ao cair do pano, dos segundos lugares, dos campeonatos perdidos.

Com o 25 de Abril que hoje se comemora, muita coisa mudou. Passados quarenta anos o FC Porto é o clube com mais títulos em Portugal. Hoje, como ontem, de azul e branco vestido e de Dragão ao peito. O mesmo Porto, a mesma camisola, a mesma mística, a mesma história. É este o meu FC Porto. Dos dias bons e dos dias maus.

Um clube de futebol é muito mais que vitórias e taças. Não que “o importante seja participar”. Nada disso. Neste clube habituamo-nos a lutar pelas vitórias até ao fim do apito. Mas um ano em que se vence a Supertaça Cândido de Oliveira e quiçá a Taça da Liga (veremos o que acontece Domingo) não pode ser um ano de tragédia. Aliás, quem dera muitos ganhar isso todos os anos! É um ano mau, atípico, onde não mostramos essencialmente aquilo que nos distingue: querer ganhar mais que os outros.

Assumamos de uma vez por todas que o nível de exigência neste clube é incomparavelmente superior ao de outros. Razão tem Lucho Gonzalez quando afirma que “um ano no FC Porto equivale a três anos noutro clube” ou que “se Jesus tivesse perdido o que perdeu no FC Porto já não seria treinador há muito tempo”. Isto diz bem dos patamares de exigência de cada clube e aponta também directamente às razões do nosso declínio nos últimos anos: achar que nenhum jogador tem categoria para jogar no FC Porto; achar que ninguém tem estaleca para treinar o nosso clube (vide críticas a Vítor Pereira); achar que no FC Porto qualquer macaco é campeão nacional (como me dizia um amigo meu “se formos campeões com o Vítor Pereira acho que para o ano devíamos tentar com um macaco”); achar que quando se perde um campeonato é necessário uma limpeza e colocar tudo em causa, desde jogadores a Presidente, passando pelo treinador; achar que se tem o direito a assobiar logo aos 5 minutos de jogo; achar que não é preciso apoiar a equipa nos jogos em casa e que ela é que nos tem que motivar e pôr a ver bom futebol; achar que se deve fazer esperas aos jogadores logo ao primeiro empate ou derrota.

De certa foma, é essa cultura de trabalho, exigência e sacrifício que nos distingue. Nos anos 80 e 90, aliás, o FC Porto raras vezes teve melhores plantéis que os seus rivais directos. Havia trabalho, havia amizade, havia mística, havia História, havia “comer a relva”. É notório que falta esse espírito de conquista e de superação no actual balneário azul e branco, mas nunca me hão-de ouvir dizer que este não é o meu FC Porto. O meu clube fez-se nos desaires, nas derrotas, nas adversidades, no roubo de Basileia, nos campeonatos perdidos, nos 19 anos sem ganhar. São esses momentos que desenham a alma e a cultura de um clube, que se galvaniza e catapulta para a vitória após as sucessivas derrotas. Cair ao chão não é sinal de tragédia ou de desgraça. Só o é se lá ficarmos e não nos conseguirmos levantar.

Como disse António Folha logo após a eliminação da Taça de Portugal: “este clube não morre aqui hoje”. Não morre hoje nem nunca. Ser do FC Porto é como um casamento. Na saúde e na doença. Na alegria e na tristeza. Nas vitória e na derrota. Até que a morte nos separe. É por isso que digo com orgulho: este também é o meu FC Porto.


PS: Morreu Hêrnani Gonçalves. Grande portista. Um homem marcante, diferente, sempre com algo especial para dizer. O Senhor Bitaites. Com José Maria Pedroto e António Morais iniciou a inversão do tabuleiro do futebol português em direcção ao Norte. O FC Porto deve muito a Hernâni Gonçalves. Que descanse em paz.


Rodrigo de Almada Martins

ATÉ SEMPRE PROF. BITAITES [1940-2014]

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Tropecei nesta fotografia enquanto observava as manifestações de pesar e solidariedade pela perda do Professor Bitaites. Ontem perdemos mais um de nós, o Professor Bitaites, mais um pedaço da história de “refundação” do FCP passa hoje a ser isso mesmo, História.

Hernâni Gonçalves juntar-se-á, entre outros, a Morais e, claro, ao Mestre José Maria Pedroto. Está tanto Porto lá em cima.

Imagino essa Petúlia, lá em cima. Espectadores hoje por força da vida, eles que nunca foram espectadores, fizeram história, fizeram identidade, fizeram (perdoem-me os fundadores) o FUTEBOL CLUBE DO PORTO.

Confio nos dotes de comunicador do Professor Hernâni Gonçalves para desempenhar a hercúlea tarefa de fazer o balanço ao seu/nosso mestre Pedroto e aos restantes do estado da Nação, quase 30 anos depois da sua partida:
  • Há mais de 30 anos atrás, em todos os treinos de preparação para o jogo, a equipa titular jogava contra os suplentes, envergando estes coletes com as cores do adversário - todas as cores, menos o vermelho. Hoje, já há chuteiras vermelhas no Dragão e mais, trocam-se camisolas com o rival em pleno relvado, na altura em que antigamente os jogadores vinham aplaudir os adeptos;

  • Há mais de 30 anos atrás, Pedroto fechou o balneário do Dragão, na altura também havia quem apelidasse a opção de radicalismo, havia quem considerasse que não era por aí, que os jogadores deveriam ter a oportunidade de conviver com sócios e jornalistas. Hoje, estou certo que Pedroto não sabe o que é o Instagram ou o Facebook, mas penso que terá mais dificuldade em perceber como é que qualquer um dos 7 biliões de habitantes na terra pode ter acesso a uma fotografia do Balneário do seu FCP, sim, do santuário que o Mestre fez questão de fechar a sete chaves;

  • Há mais de 30 anos atrás, “se estiveres a dar de comer a uma galinha e ela se afastar do grupo, dá-lhe uma paulada, se ela fugir a segunda vez, deixa-a ir” porque a disciplina no futebol é “pau numa mão, chicote noutra, a virtude é não ter de usar o chicote”. Hoje, acredito que Pedroto ainda se recorde do que era a vida boémia no seu tempo, temos jogadores de mesa e garrafa em qualquer discoteca do Porto ou, numa moda mais recente, a das quintas do Douro. Outros temos a pedir titularidade nos jornais ou a insultar publicamente adeptos, sendo punidos com... a titularidade;

  • Há mais de 30 anos atrás, o mestre Pedroto depois de uma derrota pesada com o rival directo, ordenou o prolongamento do estágio até ao jogo seguinte, numa era em que os jogadores nem profissionais eram – a direcção desautorizou-o e este deixou por convicção (convicção!) o cargo de treinador do clube do seu sangue. Hoje, depois de uma eliminação vergonhosa no terreno do rival, jogadores festejam aniversários na piscina, atiram bolos no balneário, e sentem-se à vontade para o partilhar publicamente, como se fosse algo naturalmente aceitável num jogador do Porto;

  • Há mais de 30 anos atrás, palavras do já saudoso Bitaites "do artesanato da gestão desportiva, passou-se para uma gestão altamente profissionalizada para a época". Hoje, temos a gestão profissionalizada do nosso tempo, do chamado futebol moderno, a gestão que permite que capitães sejam transferidos a meio da época com tudo para ganhar, mas principalmente, tudo para perder;

  • Há mais de 30 anos atrás, João Pinto, Frasco, Sousa, Bandeirinha, Quim, André e tantos outros compunham, pelos homens que eram, não a espinha dorsal mas o coração do Futebol Clube do Porto. Hoje, se esses jogadores voltassem a nascer, José Maria Pedroto teria de pedir à D. Cecília permissão para os procurar pela Grécia, pela Turquia, pelo Chipre, por essa Europa fora;
A boa notícia é que o nosso Professor poderá também informar que, desde o último ponto de situação com certeza realizado com mestria pelo Doutor Pôncio em 2010, ganhámos mais 3 campeonatos, uma Taça de Portugal e 3 Supertaças. Mas este José, embora também tenha passado por Setúbal, é PEDROTO, não é Mourinho. Porque para ganhar vale tudo, e ganhar é o objectivo, mas um Portista como Pedroto sabe que, em Portugal, o Porto só continuará a ser Porto e a ganhar a toda a linha se não perder a herança que ele, Pôncio, agora Bitaites construíram, juntamente com os ainda Nossos Pinto da Costa, Ilídio Pinto, Álvaro Pinto, Sardoeira Pinto.

Uma geração de ideias e ideais, uma geração que percebia o valor do contraditório, que não se vergava e que tinha a teimosia e a loucura suficientes para querer fazer história contra o poder instituído, o politicamente correto e o status quo, contra tudo e contra todos.


nota: o blog BPc agradece ao anónimo a elaboração deste artigo.

25 abril, 2014

CRÓNICA DE UM ADEPTO TRISTE

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Faltam palavras, parece que falta ar. Dói o coração, dói a alma, como quando dói sempre que sofremos um golo. Já não acordo a pensar quantos dias faltam para ir ver o Porto, mas quanto tempo falta para isto acabar. Já não sou capaz de olhar para a classificação da Liga que vem todos os dias publicada no jornal, deixei de ver os outros jogos do campeonato português, por respeito à minha saúde e à minha sanidade mental. Depressa cheguei à conclusão que ficava ainda pior mais indisposto, irritado, mais fod****, ainda pior com a vida. Há quatro anos que não fazia ideia do que era estar assim, há duas semanas que ando pior do que estragado.

O regresso da capital, na madrugada de quinta-feira, depois daquilo que vi no salão, pareceu demorar uma eternidade, tal e qual aqueles mais de 700km que separam Sevilha do Porto, na semana anterior. Vim a zarpar desde as portagens de Alverca, veio tudo no carro com um cabeça descomunal que cheguei a ter dúvidas que coubéssemos todos no carro. A viagem demorou pouco mais de duas horas, que mais pareciam quatro, tal o silêncio sepulcral que se instalou no carro. No dia seguinte, não saí de casa, não li jornais, não vi notícias, não tive vontade de fazer absolutamente nada. Aquele jogo ainda me continua entalado na garganta. Mais do que ganhar aos porcos e impedir que eles limpem tudo este ano, eu queria mesmo era ir a Oeiras ganhar a Taça, para depois começar a próxima época a ganhar-lhes mais uma Supertaça, como na memorável temporada da suprema humilhação.

Admiro aqueles que a seguir a um resultado mau, conseguem esquecê-lo rapidamente, abrir um sorriso e continuar a vida como se nada tivesse se tivesse passado. Infelizmente, não sou capaz de ser assim, por muito que se fartem de me lembrar que isto é apenas um futebol, que há mais vida para além disto, que o Porto não é tudo na vida. Mas se foi o Porto que me deu as maiores alegrias da minha existência, como é que não posso ficar de mal com a vida quando me dá tristezas?

A ressaca daquele jogo custou tanto a curar que decidi fazer um retiro. E que dia melhor para o fazer se não no domingo passado? Mandei-me sozinho para as montanhas do Gerês e por lá fiquei até ao dia seguinte, até perto da hora da missa no Dragão. Sem internet, sem televisão, sem rádio, desligado do mundo. Longe do pó que se levantou entretanto e que poderia causar-me uma valente crise de bronquite asmática. Longe da poluição atmosférica, visual ou sonora, longe de tudo. E que bem que me soube.

Mas soube a pouco. Por mim ficava lá até Maio, até tudo isto acabar, mas há ainda duas batalhas que quero ganhar: no domingo e depois no dia 11. Nem que seja aos 92. Não acabamos a época campeões, não apaga a dor - atenua-a -, mas pelo menos acabamo-la a matar lampiões.

24 abril, 2014

MÍSTICA

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Sei que sou retrogrado em algumas abordagens que faço aquilo que hoje é o futebol, a sua indústria e forma de organização de um clube moderno. Sei que mantenho valores fora de moda, desatualizados e até ultrapassados. O problema é que depois os resultados parecem demonstrar que as modernices não são o melhor caminho para um clube com a identidade do FC Porto.

Todos sabemos, excepção feita à comunicação social centralista, que fomos prejudicados, explorados, roubados e assaltados durante anos a fio por aqueles que hoje andam com a bandeira da transparência, honestidade e seriedade. Para sermos capazes de quebrar esse ciclo e passarmos a ter a chance de ganhar, foi preciso que José Maria Pedroto e Jorge Nuno Pinto da Costa introduzissem um discurso e atitude diferentes, mais guerreira, mais combativa, mais ambiciosa e essencialmente muito menos receosa de quem quer que seja. Esse discurso e atitude passou a ter reflexo nos nossos dirigentes, nos nossos adeptos, nos nossos jogadores, enfim, em todo o Universo Azul.

A guerra sem quartel que foi feita aos poderes instalados nos clubes da capital, levou-nos a ser autênticos guerreiros que sabem nunca poder baixar a guarda, criando desta forma os pressupostos daquilo que durante muitos anos ouvidos designar de Mística.
Passamos a ter jogadores e treinadores banais que, ao absorverem a nossa cultura, se transformavam e ganhavam outra dimensão, potenciando o seu valor, e mostrando em campo toda a capacidade.
Para mim, muito mais importante do que o jogador A ou B, do que o treinador C ou D, foi a Mística que nos permitiu passar a liderar o panorama desportivo em Portugal, também com reflexos no estrangeiro.

O facto é que hoje em dia, a nossa cultura está em crise profunda, sendo isto transversal a dirigentes, jogadores e adeptos.
Nada tenho contra quem é um bom profissional no exercício das suas funções. No meu dia a dia, dou o máximo pelo minha empresa, vestindo a camisola, e sendo um profissional do qual me orgulho. Agora imagino o que seria se juntasse a esse profissionalismo uma enorme paixão, um amor louco pela minha empresa. Bom, eu seria uma autentica “bomba”! Pois é, nada tenho contra os bons profissionais que o FC Porto possa ter no seu quadro dirigente, não pondo em causa a sua competência. Mas falta paixão! Falta a paixão e amor louco de Teles Roxo, de Óscar Cruz, de Armando Pimentel, de Pôncio Monteiro, de Ilídio Pinto, etc. Hoje a nossa classe dirigente é marcada por uma geração que pode até ser mais competente do que a anterior, mas não tem um décimo do amor e da paixão pelo clube que a anterior tinha. E num clube a paixão faz toda a diferença face a uma empresa de um outro qualquer ramo de negócio!
É por isso que não podemos estar à espera que seja esta classe dirigente actual a passar o testemunho daquilo que é a nossa Mística.

Olhando para o núcleo de jogadores que compõem o nosso plantel, em cada jogo é para mim uma aventura saber quem será o capitão de equipa. Ora, esta dúvida demonstra a falta de referências no balneário, a falta de identificação sobre o que é o FC Porto e quais os seus valores. Não há uma voz forte de comando, um núcleo duro constituído por 7, 8, 9, 10 jogadores com muitos anos de casa, formados ou desde jovens connosco, capazes de serem e se fazerem respeitar junto dos restantes, nomeadamente os mais recentes no clube, percebendo estes que aqueles são o reflexo do clube e da sua cultura. Não temos neste momento líderes de balneário, gente capaz de explicar a quem chega o que é o FC Porto, quais são os seus princípios, e porque é que este clube é diferente dos outros. Só assim se percebe que tantos e tantos jogadores entrem em campo com chuteiras vermelhas ou dentro desses tons... é um sintoma de perda de identidade!
Há dias falava com um nosso ex-jogador que é muito próximo ao grupo de trabalho, o qual me dizia que hoje em dia basta chamar a atenção de um desses meninos de uma forma um pouco mais dura, que rapidamente se recebe uma chamada de alguém a dizer para se ter cuidado, que não se pode falar assim, pois o pai, o empresário ou a marca que patrocina o jogador já telefonaram a mostrar desagrado. Sintomático!
É por isso que não podemos estar à espera que seja este conjunto actual de jogadores a passar o testemunho daquilo que é a nossa Mística.

Ora, se os dirigentes não são capazes de transmitir a mística aos jogadores, se no grupo de jogadores não há um núcleo duro capaz de o transmitir a quem chega, então qual a solução? Apenas os adeptos! Sim, então têm que ser os adeptos, a última e grande força do clube, a não permitir que a nossa Mística morra. Se mais ninguém o faz, deveríamos ser nós a explicar aos jogadores o porquê deste clube ser diferente, o porquê de não se poderem comportar neste clube como se comportam nos outros.
Mas não, parece que também nós estamos dominados por uma letargia colectiva que não nos permite ser os guerreiros que o clube tanto precisa. A cultura de exigência parece ser agora uma balela, e os jogadores umas “prima-donas” intocáveis!
Longe vão os tempos em que os jogadores davam entrevistas quando saíam, a dizer que no FC Porto tudo era diferente, que todos tinham grande sentido de responsabilidade, pois sabiam que se não dessem tudo, à porta de casa, à saída de um restaurante, ou à chegada a um treino, lá estariam os adeptos a cobrar outra atitude.
O que acontece agora? NADA!!! Como se explica que tenhamos protagonizado uma das mais “escandaleiras” desportivas que há memória na passada 4ª feira no estádio sem luz, e nada tivesse ocorrido? Jogadores a serem brindados com os aplausos de 7 adeptos, dando-se ao luxo de dar autógrafos na saída dos seus carros. No dia seguinte vão para o treino como se nada fosse. Falam como se tivesse sido uma coisa normal, tipo “temos que trabalhar mais” ou “é preciso levantar a cabeça”... e os adeptos?? O que fazem os adepto??? NADA!!!!
Se assim é, se ninguém “explica” aos jogadores o que ocorreu, depois estamos à espera de quê? Depois ficamos chateados com derrotas e queremos cobrar outro comportamento e atitude? Não temos legitimidade para tal, quando nos próprios nos aburguesamos e permitimos que o nosso clube se tornasse igual a tantos outros.

Por tudo o atrás enunciado, e muito mais que a própria escrita não é capaz de transmitir que, no quase balanço de uma época muito negativa, com alguns momentos quase ridículos, está na hora de perceber que não é só de jogadores, treinadores e dirigentes que o FC Porto vive. Numa altura em que muito se fala em nomes do novo treinador, em fazer uma revolução no plantel, eu mantenho sempre a mesma ideia: não estou nada preocupado com quem será o novo treinador, quem serão os jogadores a contratar, e ainda menos, quem serão os jogadores a sair. Estou preocupado, isso sim é em saber se voltaremos a ter o bom e velho FC Porto com mística, com alma, com identidade, fiel aos valores que o fizeram crescer e transformar-se na maior potencia em Portugal, ou se pelo contrário continuaremos com tiques de superioridade, de “rei na barriga”, de profissionalismo puro esquecendo a paixão.
Se não formos fieis ao que fez de nós aquilo que somos hoje, aí sim poderemos começar a sentar-mo-nos no sofá e encostar a cabeça para trás, pois seguramente vêm aí anos muito difíceis, pois o centralismo está no seu melhor, e o combate que é feito ao FC Porto através de um anti-portismo primário está novamente (e se calhar como nunca!) na moda.

Um abraço, até domingo no sítio do costume... espero eu, para ver um Dragão sem pipoqueiros e apenas com guerreiros!

CONTIGO ATÉ AO FIM

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É agora. Chegou o momento dos verdadeiros. Daqui em diante aparecem os de sempre, o que estão lá à chuva ou ao sol, com bilhetes caros ou bilhetes baratos, à semana ou ao fim-de-semana, em casa ou fora, perto ou longe, para o campeonato ou para outra competição qualquer, em Portugal ou no estrangeiro.

Os fieis. Aqueles que se movem por amor ao clube e não pelas suas vitórias. Aqueles que fazem sacrifícios para estarem presentes quando o FC Porto vai ser campeão, mas fazem os mesmos sacrifícios para estarem presentes quando lutamos para garantir o terceiro lugar. Aqueles que vão ao estádio com cinquenta familiares e amigos quando tudo está bem, mas que também vão quando tudo está mal, nem que seja sozinhos.

Quem não sente, não entende. As mesmas caras, nos mesmos sítios, todos pelo FC Porto.

Os últimos dias não foram os melhores para os nossos lados. Que dentro das quatro linhas haja uma revolução e que comecemos um novo ciclo vitorioso, já a partir de Julho. Na bancada, que é sobre isso que aqui falo, que assim continue o apoio ao mágico Porto. De preferência com mais gente na Curva, pois os maus momentos também se fazem sentir nos sectores das claques, mas como sempre defendi, prefiro poucos e bons do que muitos e maus. Se for apenas para fazer número, podem ficar em casa.

Um dia depois do pesadelo recebemos o Rio Ave no Dragão. Uma assistência vergonhosa para um clube como o FC Porto. O esperado nestas alturas. Menos de 20 mil no Dragão viram a nossa equipa carimbar o terceiro lugar no campeonato. De Vila do Conde viajaram alguns adeptos que apoiaram a sua equipa, que atravessa um bom momento de forma.

Do nosso lado, uma boa prestação dos Super Dragões, ainda assim com altos e baixos e uma brilhante prestação do Colectivo!! Curva Norte em grande, a dar show até durante o intervalo, à semelhança do que foi feito em Braga!

Mais uma vez o “kop a kop” entre a Norte e a Sul foi excelente, assim como o “Porto é nosso” e o hino entoado em alto e bom som, já perto do final.

Continuamos presentes.

Um abraço ultra.

23 abril, 2014

ANDEBOL SILENCIA O PAVILHÃO DA LUZ!

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ANDEBOL

  • benfica 25-26 FC PORTO
Vitória ÉPICA do andebol do FC Porto no pavilhão da Luz.

Os dragões chegaram aos 25-25 a menos de 5 segundos do fim, e quando se pensava que o empate seria o resultado final, que seria até positivo para o FC Porto, eis que o técnico do benfica tenta uma última cartada para ainda conseguir a vitória (que era o único resultado que servia aos locais) e abdica de guarda-redes. No entanto, a reposição de bola do seu pivot é deficiente e Gilberto Duarte estava no sítio certo para captar a bola e de imediato a atirar desde o meio campo para a baliza aberta. O pavilhão da Luz, sob um silêncio sepulcral, assiste à festa dos jogadores portistas que assim conseguem uma vitória extraordinária, importante e na minha opinião merecidíssima.

A equipa azul e branca soube sempre estar serena e atacar de forma consciente, tranquila e sem precipitações. Estivemos sempre dentro do jogo e quando Tiago Rocha conseguiu o 25-25, pode-se dizer que o FC Porto, até a questão psicológica dos últimos segundos naquele pavilhão, já tinha sido superada.

Pedro Spínola com 7 golos e Gilberto Duarte com 6 (sem esquecer Tiago Rocha e Schubert com 4), foram os nossos melhores marcadores.

Ganhando o jogo em atraso (domingo, dia 27 Abril), passaremos para o 1º lugar (com o abc a poder igualar-nos, mas a ter que ganhar na luz no dia 26 Abril e em braga, com o águas santas, dia 30 Abril).
  • PRÓXIMOS JOGOS
Este domingo (dia 27 Abril), pelas 22h00 continentais, jogamos na Horta, podendo-se seguir o relato na rádio antena9 dos Açores.



HÓQUEI EM PATINS

  • PRÓXIMOS JOGOS
No próximo domingo, dia 27 Abril, jogamos em Alenquer, casa do Sporting pelas 16h00 (bolatv). Já esta noite (4ª feira, dia 23) jogamos para a taça em Valença (21h30).



BASQUETEBOL

  • terceira basket 70-79 FCP DRAGON FORCE
Vitória excelente dos dragões ma Ilha Terceira, que estão assim a uma vitória da final.

Ao intervalo, já liderávamos o marcador, para na 2ª parte acabarmos a gerir da melhor forma a nossa supremacia.

Pedro Bastos (24 pontos) e Ferran Ventura (21) estiveram brilhantes, muito bem secundados por João Grosso (13).
  • PRÓXIMOS JOGOS
Próximo sábado (dia 26 Abril), joga-se o 2º jogo das meias finais, pelas 18h00, no Dragão Caixa. Se necessário, o 3º jogo será no mesmo local, pelas 15h00 de domingo, dia 27 Abril.

22 abril, 2014

3º LUGAR CONFIRMADO, SEM LUGAR A FESTEJOS

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FC PORTO-Rio Ave, 3-0

Liga 2013/14, 28.ª jornada
21 de Abril de 2014
Estádio: Dragão, Porto
Assistência: 17.509 espectadores


Árbitro: Nuno Almeida (Algarve).
Assistentes: Pais António e Valter Pereira.
4º Árbitro: José Laranjeira.

FC PORTO: Fabiano, Danilo, Maicon, Mangala, Alex Sandro, Defour, Herrera, Josué, Ricardo, Jackson Martinez, Varela.
Substituições: Ghilas por Varela (38m), Quintero por Josué (46m), Licá por Alex Sandro (77m).
Não utilizados: Kadú, Reyes, Carlos Eduardo, Kelvin.
Treinador: António Folha.

RIO AVE: Ederson, Lionn, Rodríguez, Marcelo, Edimar, Filipe Augusto, Tarantini, Rúben, Braga, Pedro Santos, Hassan.
Substituições: André Vilas Boas por Lionn (40m), Ukra por Braga (68m), Diego por Rúben (75m).
Não utilizados: Ventura, Tiago Pinto, Júlio Alves, Velikonja.
Treinador: Nuno Espírito Santo.

Ao intervalo: 0-0.
Marcadores: Jackson (61m, pen), Herrera (72m), Danilo (90m+4).
Cartões amarelos: Mangala (34m), Josué (34m), Alex Sandro (36m), Marcelo (60m), Edimar (62m).

Com 17.509 espectadores nas bancadas do Estádio do Dragão, naquela que foi a segunda pior assistência da época, a verdade é que o jogo esteve longe de ser interessante. Durante os primeiros 45 minutos, a qualidade do futebol praticada não foi a melhor e por isso foram poucas as vezes que o FC Porto esteve perto de marcar.

Ao longo do primeiro tempo, foram três as vezes em que o FC Porto esteve perto de inaugurar o marcador. Primeiro foi Herrera a obrigar Ederson a uma boa defesa ao rematar rasteiro e logo a seguir foi a vez de Mangala, de cabeça, a fazer com que o guarda-redes mostrasse ter bons reflexos, pois a defesa ao cabeceamento do francês foi feita por instinto.

A última grande situação para marcar por parte dos dragões foi da autoria de Ricardo, que rematou com força para defesa de Ederson.

Ao contrário da primeira parte, o FC Porto entrou bem na segunda parte e não precisou de muito tempo para se aproximar com perigo da baliza do Rio Ave. Logo nos primeiros segundos, Danilo obrigou Ederson a uma defesa a dois tempos após um remate forte.

Os dragões mantinham a posse de bola e, embora sempre a um ritmo baixo, tentavam levar a melhor sobre a defesa organizada do Rio Ave que, no entanto, não dava mostras de ceder. Já no ataque, os homens de Vila do Conde raramente conseguiam colocar o setor mais recuado do FC Porto em sentido, exceção feita ao minuto 58, quando Tarantini cabeceou com perigo após surgir sem marcação na área.

Porém, dois minutos depois, Marcelo teve uma entrada imprudente sobre Jackson Martínez e carregou em falta o avançado colombiano dentro da área, quando este tentava rececionar um passe de Quintero, que tinha entrado ao intervalo.

O árbitro Nuno Almeida de pronto assinalou grande penalidade e Jackson Martínez não desperdiçou a oportunidade de inaugurar o marcador, e reforçando o estatuto de melhor marcador do campeonato.

Quintero foi inteligente na forma como descobriu e conseguiu colocar a bola em Jackson Martínez e voltou a mostrar a excelente visão de jogo aos 72 minutos, altura em que voltou a colocar a bola pelo ar na área do Rio Ave, onde apareceu Herrera a dominar de peito e de cabeça a ampliar a vantagem para dois golos. Contudo, o resultado final, apenas foi estabelecido no último lance do jogo, com Danilo de livre e com a ajuda da barreira a bater Ederson e a tornar o resultado demasiado pesado para o Rio Ave.



DECLARAÇÕES

ANTÓNIO FOLHA

Em flash-interview após a vitória (3-0) sobre o Rio Ave, da 28.ª jornada da Liga, António Folha, que substituiu Luís Castro no banco do FC Porto, devido a castigo, considerou justa a vitória sobre os vila-condenses e declarou a intenção do FC Porto de continuar a trabalhar para vencer os restantes jogos da temporada.

O treinador-adjunto portista considerou que houve mais FC Porto na segunda metade, mas que os Dragões foram superiores ao Rio Ave: "A primeira parte não foi tão bem conseguida, mas na segunda, pelo que fizemos, merecemos inteiramente esta vitória. É sempre importante vencer, pois é para isso que trabalhamos diariamente e vamos continuar a trabalhar".

Em relação a Jackson Martínez, que marcou o seu 19.º golo na Liga, António Folha foi sucinto: "Primeiro estão os objetivos colectivos e depois os individuais. Naturalmente, esperamos que ele consiga".



RESUMO DO JOGO

Tribunal d'O JOGO - liga ZON Sagres 2013/14, 28ª jornada

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Tribunal O JOGO: FC PORTO - Rio Ave, 3-0
Árbitro Principal: Nuno Almeida (Algarve) / Assistentes: Pais António e Valter Pereira / 4º Árbitro: José Laranjeira.




fonte: ojogo.pt e portistaforever.blogs.sapo.pt