31 dezembro, 2016

29 dezembro, 2016

TÍPICO.


FC PORTO-FEIRENSE, 1-1

O FC Porto fez jus à sua tradição na Taça da Liga. Comprometer como é seu timbre sempre que joga esta prova. Típico!

Uma prova que não é mais do que promover interesses económicos, que nasceu torta, que beneficia uns clubes em detrimento de outros e que não faz sentido existir no calendário nacional.


Se calhar, se se investisse mais na melhoria do sector da arbitragem e em formas de promoção do campeonato português, talvez o futebol português estivesse melhor e com mais prestígio.

Não, não venham falar de que somos campeões europeus e que temos o melhor jogador do mundo. É preciso mais do que isso. É preciso perceber que a taça da Liga é apenas uma competição para encher chouriços, é preciso perceber porque é que se fizeram 10 estádios para um europeu, quando cerca de metade têm dado um prejuízo enorme ao país.

Não, não estou a iniciar esta crónica desta forma porque em 9 edições, o FC Porto não tem qualquer título e só foi a duas finais. Isso não me diz nada.

Por mim, o FC Porto faria falta de comparência ou então enviaria os juniores ou os juvenis para jogar esta "tacita". Mas como as penalizações seriam bastante grandes para o clube caso não participassem nesta "provazeca", lá temos que aturar as cervejas, os correios e promover os estádios que não passam de fantasmas durante o ano.


O FC Porto apresentou-se com algumas modificações no jogo desta noite frente ao Feirense. E bem! Algumas poupanças a pensar nos compromissos a sério que estão para vir e a aposta em jogadores que pouco ou nada têm jogado foi a aposta mais acertada de Nuno Espírito Santo.

O FC Porto entrou bem no jogo, à semelhança dos últimos jogos mas a falta de pontaria e a sorte impediram que o jogo fosse tranquilo e a vitória inatingida.

Brahimi, ao poste, Herrera por duas vezes e João Carlos Teixeira num remate que levava selo de golo poderiam ter sentenciado o jogo ainda no primeiro tempo mas o guarda-redes contrário também esteve em noite inspirada.

Aliás, o guarda-redes da equipa de Santa Maria da Feira defendeu tudo o que havia para defender, terminando a primeira parte a negar golos a Rúben Neves e a Marcano. O FC Porto poderia queixar-se de si próprio na primeira parte, mas... também, para não variar, da equipa de arbitragem.


Aliás, deveria ser decretado na FPF, na LPFP e no CA que os penalties a favor do FC Porto nunca existem. O senhor do apito, o mesmo que fechou os olhos a um penalty no estádio do Bonfim no jogo V. Setúbal-FC Porto, voltou a não ver duas grandes penalidades a favor do FC Porto, bem como uma grande penalidade a favor do Feirense na segunda parte.

17 (dezassete) grandes penalidades a favor dos Dragões não sancionadas pelos árbitros e ainda não atingimos o meio da época.

Se eu fosse treinador de alguma das equipas que jogam contra o FC Porto, as indicações que transmitiria aos meus jogadores seriam de usar e abusar das faltas e do jogo ilegal. Porque os árbitros permitem. E ao permitirem, estão a aumentar as hipóteses dos prevaricadores não sofrerem golos e pontuarem de uma forma ilegal e vergonhosa.

Continuando... O FC Porto veio do intervalo determinado em chegar ao golo. E ele chegou. Aos 49 minutos, Marcano à ponta-de-lança correspondeu a um cruzamento de Herrera, inaugurando o marcado e repondo um pouquinho de justiça no marcador.

O Feirense até então tinha sido uma equipa banal, preocupada em não jogar e abusando do jogo faltoso. Claro, o sr. Árbitro permite. Vamos lá prevaricar!


Após o golo, os Dragões recuaram e cometeram um erro que lhes viria a ser fatal. O Feirense subiu, arriscou sem ter nada a perder e começou a criar alguns embaraços aos portistas. Platiny teve uma oportunidade que José Sá sacudiu para canto mas aos 73 minutos Flávio, defesa central feirense, repôs o empate na sequência de um livre.

Nuno Espírito Santo colocou Óliver e Rui Pedro em campo, na tentativa de chegar ao 2-1 mas a grande oportunidade desta etapa surgiu pelos homens do Feirense que, na cobrança de um livre directo, permitiram a José Sá salvar a honra do convento.

O jogo terminou com um empate, o segundo do FC Porto na prova. Aos Dragões caberá vencer o Moreirense, de preferência por números gordos, e esperar que o Belenenses não faça igual ou melhor resultado que os Dragões na próxima jornada.



DECLARAÇÕES

Nuno: “Não fizemos um jogo muito conseguido”

Um resultado que o Dragão não merecia
“Não fizemos um jogo muito conseguido, aliás, no cômputo geral não foi um bom jogo. Vi uma primeira parte boa, com inúmeras oportunidades na primeira parte, mas após o golo não estivemos bem. Devíamos ter continuado com a mesma intensidade para dilatar o marcador. Faltou querer consolidar melhor o resultado, dilatar a vantagem, para que se traduzisse numa vitória, que era importante para nós. O Dragão merecia outro resultado pelo apoio que nos deu.”


Tudo em aberto
“O empate deixa as contas em aberto, temos de nos levantar rapidamente, refletir sobre este jogo e preparar o próximo jogo.”

Minutos para todos
“Há minutos para todos os jogadores, pela maneira como trabalham e pela confiança que nos dão. É nossa obrigação potenciar o seu talento e fazê-los crescer. É assim que fazemos sempre nosso dia a dia para que mais minutos surjam para todos.”

A reabertura do mercado
“Temos confiança máxima no plantel, todos os jogadores dão-nos totais garantias. Estou muito satisfeito com o plantel que tenho, acreditamos que podemos melhorar bastantes a nossa qualidade e talento.”



RESUMO DO JOGO

LUCHO GONZALEZ – A ENTREVISTA DE UM HOMEM ESPECIAL.


Foi provavelmente a entrevista mais emocionada e ao mesmo tempo mais lúcida e racional de um ex-jogador do FC Porto. Lucho Gonzalez transpira Mística e sabe-o. É possivelmente o estrangeiro, a par de Deco, que mais logrou perceber o que é representar o FC Porto.

O luso-brasileiro deu também recentemente uma entrevista de carreira no programa do Benja, embora em moldes mais tropicais (e por isso mesmo mais informais) e também denotou essa capacidade de conhecer o clube, de entender as suas raízes e crenças, tal qual como se tivesse nascido na cidade Invicta.

Lucho é claramente a figura maior do FC Porto pós-Gelsenkirschen. Mesmo sem ter ganho qualquer título internacional (como ele próprio referiu na entrevista, ficou esse amargo de boca ao ver desde Marselha o seu clube erguer a Liga Europa), a sua importância no clube é fulcral. Foi campeão nacional em todas as épocas que completou no clube e era o Capitão da última equipa campeã nacional do FC Porto. As coincidências, como se sabe, são apenas coincidências. Como também é coincidência o único título do Marselha em 26 anos ter como principal protagonista Lucho Gonzalez.

Durante a excelente entrevista conduzida por Rui Cerqueira (que só pecou mesmo pela curta dimensão e pelo facto de não ter sido possível descortinar as razões da segunda saída do clube), Lucho revelou um conhecimento profundo do clube. Não tratou apenas de aspectos lógicos e factuais, entrou também na dimensão metafísica e emocional da coisa, como no momento em que refere que o melhor estádio onde jogou foi o Dragão, sem deixar de piscar o olho ao Estádio das Antas, dizendo que gostaria de ter jogado lá. Além disso, depois, quase de lágrimas nos olhos, recordou as noites jogadas sob intensa chuva e a bola sempre a correr, a correr.

Qualquer pessoa mais atenta percebe que aquele era um homem prestes a rebentar em lágrimas. Referiu tudo o que o portista sente e conhece: a Mística, as Antas, o relvado, a Cidade. Porque Lucho não é apenas um jogador de futebol (Lucho aos 36 anos ainda insiste que se sente jogador de futebol), ele embrenhou-se na cidade, embrenhou-se na região, estabeleceu relação com os adeptos, com as pessoas, com as gentes, em suma, tornou-se tripeiro. Basta escutar a conversa que referiu com a menina do shopping para perceber que falamos de alguém especial.

O argentino recorda datas, falas, golos, jornadas, adversários, locais, estádios. Refere com a mesma facilidade o golo de pé esquerdo no seu regresso ao Dragão, como a reprimenda que levou de Nuno Espírito Santo por ter tirado a camisola no golo vitorioso de Kiev, dando uma machadada na série mais negra da era Jesualdo.

Lucho tem algo de diferente. Mesmo quando se percebe que a opinião não é positiva, encontra forma de contornar as questões e apresentá-las sob um ponto de vista favorável. Fez isso na referência a Paulo Assunção e ao modo como saiu do clube; fez isso quando comentou o período de Paulo Fonseca no clube, dizendo que foi benéfico para ele sentir o que é treinar um clube desta dimensão. Sem meias-palavras, sem subterfúgios, com elevação e educação.

Nota-se que Lucho é um homem bem resolvido. Não jogou em Espanha, o seu sonho, mas isso não o entristece. Não venceu nenhum título internacional com o FC Porto, mas nota-se que isso não é um amargo de boca. Mesmo quando refere os golos de Robben e Ballack ou a eliminatória frente ao Schalke 04. O FC Porto foi o seu momento alto como jogador e ter envergado aquela camisola tantos anos basta-lhe para que a carreira tenha valido a pena.

No seu discurso estão sempre presentes as palavras Título, Vitória, Vencer, Ganhar. Refere mesmo que um jogador só entra na história quando vence títulos. Isto é o ADN do FC Porto e só se estranha que Lucho tenha nascido no Rio de la Plata e não nas margens do Rio Douro.

Lucho respeita o clube e não tenta sobrepor-se a ninguém. Falou nas grandes referências do clube, em Baía, Jorge Costa, Pedro Emanuel, Bruno Alves, Helton, Meireles. Referiu que eram esses ensinamentos, transmitidos de geração em geração, que faziam a tal Mística. Podíamos ser nós a dizê-lo, mas não, é Lucho Gonzalez quem o diz.

No final, a cereja no topo do bolo. Fala da circunstância do clube não ser da capital, de ter que lutar mais que os outros, de ser constantemente prejudicado por manobras de bastidores e refere que, jogando no FC Porto, seja em que relvado for, por vezes não se pode ganhar com qualidade e com bom futebol, que tem que se ganhar na raça. E que essas vitórias é que dão mais gosto, como a mais recente frente ao Chaves. Tudo isto são palavras suas, não nossas.

Vemos um carácter de um jogador não pelo que faz com a bola, mas pelo brilho dos seus olhos. Como quando, no final da entrevista, com os olhos a brilhar, Lucho refere que vai falar com o Presidente para vir 2 meses para o FC Porto, sem receber, antes de acabar a carreira.

No fim da entrevista sobre a pergunta: como foi possível deixar que este homem fosse para as Arábias e não acabasse a carreira no seu clube, o FC Porto?

Rodrigo de Almada Martins

28 dezembro, 2016

SE FOSSE EU A MANDAR...


Escrever uma crónica no dia 28 de Dezembro obriga a que o início seja com um voto de parabéns a Jorge Nuno Pinto da Costa! O nosso eterno presidente faz hoje 79 anos de vida. Uma vida cheia de Portismo, uma vida dedicada a um clube, a uma causa, a uma cidade e a uma região. Votos sinceros de muita saúde pois largos dias têm 100 anos, e já só faltam 21 para lá chegar.

Especificamente em relação ao que pretendo hoje escrever, vou aproveitar a pausa natalícia e o aproximar da abertura do mercado de Inverno para dizer aquilo que se fosse eu a mandar, iria fazer em termos de plantel neste período de Janeiro.

Desde logo dizer que não sou fã deste período e o passado do nosso clube neste mercado assim o prova. Apenas recuando à já distante época de 93/94 consigo identificar um verdadeiro reforço que chegou ao FC Porto em Janeiro: Ljubimko Drulovic! De lá para cá, e corrijam-me se estiver enganado, recordo Marco Ferreira em 2013 que estava a fazer uma grande época em Setúbal mas que pouco rendeu por estas bandas, lembro Maciel e Sérgio Conceição no ano seguinte, ambos sem grande sucesso, lembro Adriano com Co Adrianse que numa fase inicial ainda teve algum impacto mas rapidamente se diluiu, idem para Ruben Micael com Jesualdo e por mim Lucho Gonzales com Vítor Pereira, naquilo que foi uma jogada mais psicológica que teve, verdade seja dita, o efeito pretendido.

A verdade é que não é fácil comprar neste mercado pois exige-se rendimento imediato e o futebol não é play-station. Comprar só efectivamente se forem mais valias e comprar por comprar, já chegam os Suk's e Maregas's do ano passado. Ao mesmo tempo, não podemos esquecer o estado das nossas finanças e compromissos assumidos com a UEFA, pelo que não podemos nem devemos “embandeirar em arco”, perdendo o sentido de rigor que nos possa fazer “descarrilar” e pôr em causa o futuro do clube. Não podemos aumentar o número de jogadores com contrato, esquecendo os inúmeros empréstimos que temos.

Assim sendo, e não fazendo aquilo que desejaria mas sim aquilo que entendo que deve ser feito, o que faria eu se mandasse?

1 - Faria sair Evandro, Herrera, Varela, Adrian Lopez e venderia já Marega. O objectivo seria encaixar 40 milhões, dos 115 milhões orçamentados para a época em curso....parece-me um objectivo execuível. Os restantes 75 milhões seriam feitos no final do ano com Aboubakar (10), Indi (10), Danilo (50) e o restante em pequenos negócios...mais uma vez, parece-me um objectivo perfeitamente exequível.
Evandro é uma constante promessa adiada, que não adiciona nada que outro qualquer jogador do plantel não dê. Varela é uma “laranja espremida” que já não tem mais nada para dar. Adrian Lopez, mesmo que não seja vendido, o simples facto de não lhe pagarmos o salário, representa neste meio ano, uma poupança de 1 milhão de euros, e desportivamente não estamos seguramente á espera do seu contributo. Herrera é um bom jogador, mas tendo em conta a necessidade de encaixe financeiro, julgo que o mexicano é dentro daqueles que nos permite fazer uma transferência mais substancial, o mais mais dispensável. Marega está valorizado, não tem hipótese de jogar na nossa equipa principal, e portanto vendê-lo para o mercado asiático parece-me a melhor solução.

2 – Não contrataria ninguém. Sim, não iria contratar ninguém pois conforme já referenciei anteriormente, só faz sentido contratar um jogador que seja uma mais valia. Ora, retirando os 3 grandes, qual o jogador em Portugal que esteja a fazer um época especialmente relevante que justifique a transferência para o Dragão? Contratar por contratar, não obrigado! Se gostaria de ter mais um extremo de qualidade ou um avançado de outro nível? Claro que sim! Mas onde está ele e a que preço? Não estamos em época de gastar por gastar!

3 – Reforçaria a aposta em João Carlos Teixeira. Com a ausência de Brahimi e a lesão de Otávio (mesmo quando regressar, o brasileiro precisará de algum tempo para readquiri a forma), urge potenciar os recursos ao nosso dispor. O português chegado do Liverpool, sempre que foi chamado, deu boas indicações, dando a ideia que uma aposta mais contínua poderá ser uma mais valia. Quer sobre a linha a movimentar-se para o centro, quer no apoio mais direto ao avançado, João Carlos Teixeira tem qualidade técnica e drible curto que nos pode ser muito favorável.

4 – Faria regressar Kelvin e Hernâni. O regresso destes dois atletas tornariam o nosso plantel mais equilibrado em termos de número de soluções para cada um dos postos específicos, colocando definitivamente Otávio no centro do terreno ( o seu posicionamento na linha, força-o a um desgaste físico do qual ele se tem ressentido). Ambos os jogadores são velocistas, que esticam o jogo e procuram a linha de fundo, características que não temos no plantel actual.

5 – Iria promover a definitiva integração de Rui Pedro no plantel principal. Rui Pedro tem características e condições que nos podem ser muito úteis, e só as pode melhorar a trabalhar diariamente com os melhores. É mais ponta de lança e finalizador do que André Silva. Que se perceba que não estou a dizer que tem que ser titular, mas com a tal saída de Adrian Lopez, passaria a estar em permanência na equipa principal, mas continuando sempre a jogar na B quando não fosse utilizado na A.

Com as 5 medidas atrás enunciadas, atacaríamos o final de época com o seguinte plantel: Casillas, Sá e João Costa; Maxi, Layun, Telles, Felipe, Marcano, Boly e Chidozie; Rúben Neves, Danilo, André André, Sérgio Oliveira, Otávio, Oliver Torres e João Carlos Teixeira; Corona, Brahimi, Kelvin, Hernâni, Jota, André Silva, Depoitre e Rui Pedro.
Isto permitiria ter um plantel ligeiramente mais curto, mais competitivo e equilibrado, mais português, mais jovem e automaticamente com mais futuro, e acredito eu, mais identificado com os valores e ambição do FC Porto.

Esta é apenas e só a minha opinião, seguramente discutível, com a concordância de uns e a discordância de outros tantos, mas sempre com um único intuito: o melhor para o FC Porto, naquilo que são todas as suas variáveis.

Até amanhã, no sítio do costume...

27 dezembro, 2016

ANNUS HORRIBILIS.


A data no calendário convida-nos irresistivelmente a balanços, e eu, qual gentleman incapaz de contrariar a sua dama, assim acatarei a sugestão.


Dark Ages

Exatamente! 2016 foi o equivalente portista da Idade Média.

Se o basquetebol ainda nos deu um título digno das grandes histórias hollywoodescas, e a equipa B outra coroa, a qual a tratamos com excesso de distanciamento para o feito que significou, a verdade é que o percurso da equipa principal de futebol, nossa menina dos olhos, esteve longe de nos dar os motivos de festejo por que tanto ansiamos.

Banalidade. Contestação. Fatalidade. Este foi o nosso 2016.

Se descontarmos aquela noite romana, em que o kung fu dos jogadores giallorossi cedo atirou para o tapete muitos dos receios que tínhamos na eliminatória de acesso à Champions, só me lembro de 2 jogos que me fizeram verdadeiramente vibrar e sorrir: na Luz, e contra o Marafona... perdão, Braga.

Resumir as alegrias portistas num ano civil, a dois jogos de campeonato, é algo verdadeiramente inaudito (de mau) para as nossas cores.

Não alcançando a grandeza de um Leonardo da Vinci, Miguel Ângelo, Dante ou Boccacio, o trabalho de alma e união que Nuno Espírito Santo está a incutir ao plantel, e que se vai alastrando lentamente às bancadas, é porventura a maior conquista deste malfadado ano. Não sei se capaz de alcançar títulos, mas suficiente para nos devolver o orgulho no nosso brasão, e fazer-nos acreditar que o pior Porto já passou.

Que o FC Porto continue a lutar e a nos orgulhar em campo, de preferência com conquistas, são os meus votos desPortistas para 2017.


Homens de Negro

Não poderia deixar o ano finalizar sem uma pequena reflexão sobre estes personagens.

Inúmeras vezes ouvimos e lemos os senhores da APAF e do Conselho de Arbitragem a comparar o erro do árbitro ao do avançado, defesa ou treinador. Esta aparente motivação humanista é simplesmente a alegação mais hipócrita que podemos ouvir no mundo do futebol. Como bem sabemos, treinador que erre 3 ou 4 vezes tem sobre as suas costas o estalido do chicote. Jogador que erre 3 ou 4 vezes tem o banco à sua espera. Presidente que erre 3 ou 4 vezes, tem a insatisfação dos sócios consigo. Porque raio é que árbitro que erre 3 ou 4 vezes continua impune?

Mais do que desculpas ou críticas, o quadro acima deveria ser motivo de VERGONHA para toda a classe da arbitragem. Errar uma ou outra vez é humano. Errar muitas vezes para os mesmos, deixa de ser erro para passar a ser uma tendência. As tendências, como sabemos, não se formam espontaneamente. Têm intenções por detrás.

Qual a justificação de Vasco Santos para não marcar este penalty escandaloso sobre Maxi, no recente FC Porto - Chaves?
Um cisco no olho? Ou simplesmente não quis/não pôde marcar?
Se querem ser respeitados, os árbitros deverão dar-se ao respeito. Deveriam ser eles os primeiros a exigir a divulgação das suas avaliações e avaliadores. Deveriam ser eles os primeiros a não pactuar com interesses obscuros. Enquanto estes senhores preferirem ostracizar-se à sociedade, nunca terão o prestígio que deveria ser a sua finalidade última.

Aos senhores árbitros desejo que 2017 possa trazer a qualidade, que tão distante tem andado dos vossos apitos.

Para todos vocês, leitores do BiBó PoRtO, carago!!, votos de Bom Ano Novo!

26 dezembro, 2016

QUE 2017 SEJA MUITO MELHOR QUE 2016!


Desportivamente falando, o ano de 2016 foi globalmente mau para o FC Porto. Digamos que a primeira metade do ano não foi má, foi péssima, miserável, chegou mesmo a ser penosa.

Não deixa de ser curioso que à entrada do ano novo, o FC Porto liderava o campeonato nacional. Após derrota no estádio tradicionalmente mais difícil para o FC Porto nos últimos 20 anos (seguramente o estádio nacional onde menos vitórias temos tido), a contestação entre os adeptos aumentou exponencialmente. Apenas alguns dias depois, o empate no Dragão frente ao Rio Ave que transbordou totalmente o copo de água.

Estava então encontrado o “bode expiatório” para todos os problemas do FC Porto: Julen Lopetegui. O que aconteceu nas semanas a seguir foi simplesmente surreal… Aquando do despedimento do espanhol, o FC Porto encontrava-se a 4 pontos da liderança, em prova na taça de Portugal e com uma eliminatória da Liga Europa frente ao poderoso Dortmund. A seguir àquilo que muitos acreditavam ser o principal problema do clube, ou seja, a seguir ao despedimento de Lopetegui, deu-se uma sucessão de erros, omissões e decisões do mais estapafúrdio que pode haver.

O período de 3 semanas sem treinador, a escolha de Peseiro, uma excelente pessoa mas um treinador insuficiente para um clube como o FC Porto ainda para mais naquelas circunstâncias e vários pontos perdidos, bem como lesões e os habituais azares das equipas de arbitragem sempre no mesmo sentido e com o mesmo denominador comum precipitaram um cenário verdadeiramente assustador.

No final do campeonato, os 4 pontos de desvantagem herdados do técnico basco alargaram-se para 15 impensáveis pontos. Uma das piores marcas da era Pinto da Costa, uma época em que literalmente nem contamos para o totobola a partir de fevereiro. A cereja no “topo do bolo” só podia ser a final da taça de Portugal com 2 golos oferecidos pelos nossos jogadores, uma recuperação notável e um grande jogo de André Silva, que praticamente sozinho levou o FC Porto às costas. Aliás, André Silva foi provavelmente a única boa noticia da época 15/16, confirmada nos primeiros meses da época 16/17. Um avançado de grande qualidade, que marca golos, não é nada tosco e até sente o FC Porto. Uma verdadeira lufada de ar fresco...

A segunda metade do ano dificilmente seria pior que a primeira. E de facto não foi. É verdade que a escolha de Nuno Espirito Santo foi das menos consensuais dos últimos anos entre os adeptos (teve a minha total discordância, algo que ainda hoje assumo sem qualquer problema) mas não deixa de ser menos verdade que numa analise séria e racional, é muito difícil responsabilizar Nuno pelo que de menos bom tem acontecido esta época.

Um plantel construído com várias lacunas, vários jogadores que deveriam ter sido vendidos, outros que deveriam ter entrado, enfim, um sem número de erros, equívocos, situações nada habituais no FC Porto vencedor e competente da era Pinto da Costa. Falando do futebol jogado dentro de campo, a verdade é que toda a gente dava o FC Porto como morto antes da eliminatória de acesso à Champions League com a Roma e depois foi o que se viu. Uma entrada fortíssima em Itália, em que a Roma por acaso entrou com 11 jogadores em campo ao contrario do que às vezes alguns querem fazer crer, com um golo marcado cedo, um jogo muito personalizado da equipa, alguns jogadores romanos a perderem a cabeça pelo tempo estar a passar e o FC Porto estar a ganhar e tudo se encaminhou para a passagem do FC Porto à fase de grupos, mais uma vez.

A verdade é que o FC Porto tem sido gravemente prejudicado por erros de equipas de arbitragem e também tem obviamente sido prejudicado pela sua própria incompetência. Tudo somado, resultou numa eliminação na taça e 4 pontos de desvantagem para o 1º classificado.

A verdade também é que o FC Porto apresenta neste momento um nível exibicional interessante, uma boa dinâmica ofensiva, boa consistência defensiva e uma união entre os jogadores e adeptos que há muito não se via. É preciso que se potencie tudo isso, que todos remem para o mesmo lado, que haja compreensão à próxima escorregadela e que acima de tudo se coloquem sempre os interesses do FC Porto em primeiro lugar.

Em suma, que 2017 seja muito melhor que 2016. Não peço, como nunca pedi nem irei pedir futuramente, títulos, campeonatos ou taças, peço pelo menos que se lute até ao fim e que no fim caso não ganhemos se fique com a sensação de que se deu tudo. Não é possível passar num ápice de 3 anos péssimos para um ano espetacular, mas é possível começar a ir juntando os cacos de tudo que se destruiu nesses 3 anos. É preciso recuperar aos poucos as marcas que distinguiram o FC Porto, como a competência e o espirito combativo e guerreiro. É preciso que comecemos a irritar os nossos adversários, é preciso sermos novamente odiados pelos rivais, porque isso será um ótimo sinal.

FELIZ NATAL E EXCELENTE 2017 para todos vocês e respetivas famílias! E já agora, que daqui a um ano o título do meu post seja: “Que 2018 seja tão bom quanto foi 2017!”.

24 dezembro, 2016

23 dezembro, 2016

FORÇA PORTO… VENCE POR NÓS!


E eis que termina mais um ano de grande apoio ao mágico Porto, mais 52 semanas de jogos vividos intensamente, na curva, no meio dos amigos e sempre a cantar pelo FCP. Muitas vitórias e muitas histórias juntos, que o melhor de 2016 seja o pior de 2017!

Neste mês de Dezembro ainda vamos jogar com o Feirense para a taça da Liga no dia 29, mas neste momento a equipa já se encontra numas mini férias natalícias. O campeonato pára nos fins-de-semana de Natal e Ano Novo e esperemos que regresse com o FC Porto em alto nível, que possa ganhar os seus jogos e encurtar ainda mais as distâncias para o primeiro. Em 2017 eu só quero ser Campeão.


Soa a novo cântico dos ultras do FC Porto. Com origem nos ultras do Messina, das divisões secundárias em Itália, foi adaptado recentemente pelos Super Dragões. Inicialmente só com ritmo, tal e qual como os italianos cantam, neste momento já tem uma letra, simples mas directa: o título desta crónica.

Depois de cinco batatas no campeão inglês, os ultras do FC Porto deslocaram-se a Santa Maria da Feira. Pena o preço do bilhete, uma questão já abordada na minha última crónica, porque o jogo foi marcado a uma hora e dia excelentes: Domingo às 16h!! Invasão a Santa Maria da Feira e apoio fenomenal na conquista dos 3 pontos. Sector ultra completamente cheio, tanto os Super Dragões como o Colectivo abafaram aquele mini estádio. Destaque para o novo cântico, que pegou à curva toda, que a poucos minutos do final deu “show” com todos os ultras virados de costas para o relvado e a saltar, facto que não só mereceu a atenção dos jogadores que estavam em campo como foi notícia na comunicação social.


Mais do que em Santa Maria da Feira, decisivos foram os ultras nas vitórias caseiras contra o Marítimo e principalmente contra o Chaves. Neste jogo contra o Chaves, a nível de claques, destaque para o apoio da nossa massa associativa, foi graças a um Dragão empolgante, confiante, aguerrido e sem assobios que ganhámos aquele jogo. A festa pelos 3 pontos foi inteiramente merecida. De destacar também a massa associativa do Chaves, que numa segunda-feira à noite marcou presença com cerca de 1000 adeptos. Fossem todos assim.

Excelente é também a música que agora toca no Dragão segundos após o FC Porto marcar. Uma ideia original que os Super Dragões rapidamente aproveitaram para alegrar não só a bancada Sul como o resto do estádio. “This Girl”, espero que ouçam isto, muitas mas muitas vezes.



Como já sabem, futebol é apenas uma das modalidades que apoiamos. Dois grandes jogos no Dragão Caixa em hóquei em patins tiveram dois grandes apoios, principalmente dos SD. Contra a Oliveirense num Sábado e contra o Barcelona no Sábado seguinte, duas vitórias importantes nas aspirações da nossa equipa para esta temporada.

No andebol, a presença de cerca de uma dezena de ultras na última quarta-feira à noite em Águas Santas, chegou bem para estremecer o recinto e garantir a vitória do FC Porto por 20-27.

Um abraço ultra.

21 dezembro, 2016

RESPECT... THIS IS FC PORTO!


Já tudo foi dito e repetido sobre os últimos anos do trajeto do nosso clube. Tivemos um Porto calado, amorfo, um Porto manso e sem chama, um Porto que parecia levar um estalo e dar a outra face, sem dinamismo e garra, um Porto aparentemente conformado e resignado. Um Porto sem um rumo claro, sem uma estratégia bem definida, que tanto parecia rumar para a direita como para a esquerda, sem identidade, valores e mística. Um Porto que se deixou ir “comendo”, que foi sendo afastado dos centros de decisão, que perdeu aquilo que conquistou por direito próprio, mas que sempre foi transparecendo uma aparente serenidade como que se a “virgem” resolve-se tudo.
A verdade é que enquanto nos fomos expondo, outros foram aproveitando as nossas fragilidades e foram ganhando terreno. Foram dominando o que antes nós dominávamos, foram minando o que antes era nosso. Com isso, perdeu-se poder e controlo!

Infelizmente, nada podemos fazer em relação ao passado!
Quem o poderia ter feito, consciente ou inconscientemente, não o fez, e o responsável máximo por tudo isto (é sempre o presidente!) já assumiu a necessidade de inverter caminho. Mas mais do que dizer, os sinais têm sido de facto nesse sentido. Sinais que teremos que esperar para perceber se vão ter sequência, sinais que temos que ver se não são fugazes, tanto mais que os erros cometidos, e se quisermos, esse desrespeito pela nossa história, não é fácil de recuperar. Reerguer este Porto, este clube, esta identidade e estes valores, não é algo que se consiga do dia para a noite. Exige de todos nós a união idêntica à década de 80. Uma união entre todos, um rumar e lutar em uníssono, algo que se viu por exemplo na passada segunda-feira!

No último jogo do campeonato no estádio do Dragão, fomos roubados, humilhados, achincalhados, gozados e desrespeitados. Tivemos em nossa casa alguém que desrespeitou o clube com maior palmarés internacional de Portugal, desrespeitou o grande embaixador desportivo deste país nas últimas décadas e desrespeitou milhões de pessoas que amam e sentem este clube.
Perdeu-se o respeito pelo nosso Futebol Clube do Porto, perdeu-se o respeito pelo estádio do Dragão, perdeu-se o respeito pelos nossos adeptos e simpatizantes.
Mas o Dragão foi capaz de responder a uma só voz, numa onda de revolta e solidariedade comum que nos levou à vitória. E que importante foi vencer para provarmos aos outros e a nós próprios que quando estamos unidos somos muito difíceis de derrotar.

Que bom que foi percebermos que se estivermos juntos, se estivermos envolvidos num só objetivo, se lutarmos em conjunto contra quem nos quer derrubar, se não fizermos o jogo dos nossos adversários, se unirmos em vez de dividir, se ajudarmos em vez de esperar que sejam os outros a fazê-lo, este Porto está vivo, tem Amor e Paixão em seu redor, tem massa crítica para recuperar o que é seu.
Na segunda-feira, para quem ainda tivesse dúvidas, tivemos a maior de todas as lições: é no espírito de “contra tudo e contra todos” que nos sentimos bem! É na luta, na batalha, na guerra que este clube e estes adeptos se sentem como "peixes na água". Ficou também provado que se tivermos a estrutura envolvida, a equipa envolvida e os adeptos envolvidos, então quem nos quer derrubar vai ter o quadruplo dos problemas. Essa União é mais do que nunca fundamental! Os nossos gostos pessoais, as nossas visões críticas e até desiludidas sobre o passado recente, têm nesta fase que dar lugar à luta e à entrega. Tem que dar lugar à valorização daquilo que temos, ao reconhecimento das nossas armas, à potenciação dos nossos recursos.

Nunca como hoje todos fomos precisos!
Nunca como hoje é importante o contributo de cada um!
Nunca como hoje nos quiseram derrubar!
Nunca como hoje nós temos que lutar e estar unidos!
Nunca como hoje esteve nas nossas mãos resistir ou sucumbir!
E volto a dizer o que aqui já disse recentemente: não temos que o fazer por subserviência, medo de qualquer espécie, abdicar das nossas ideias ou convicções, apagar o que de errado se fez. Não, temos que o fazer porque em relação ao passado nada se pode mudar, e porque acredito que acima de qualquer convicção e interesse há um Amor enorme ao Futebol Clube do Porto e esse Amor obriga-nos a estar unidos e lutadores. Ativos, alertas, nunca adormecidos, mas sempre lutadores como um exército que defende o seu território e aquilo que de mais sagrado tem.
Lutemos por recuperar o respeito perdido, sejamos merecedores desse respeito!

Termino com os votos de um feliz a todos e respetivas famílias. Um Natal para estarmos com os nossos, mas um Natal, como qualquer altura do ano, onde não esquecemos o FC Porto. Termino igualmente com algumas frases que de tão antigas que são, não poderiam estar mais atualizadas!

Sofremos por te amar, connosco nunca estarás só!
Só os mais fortes sobrevivem, nós seremos imortais!
Do fundo do coração, o nosso grito por ti Porto Campeão!

Um Abraço.

20 dezembro, 2016

AS NOSSAS MODALIDADES – RESUMO DO FIM DE SEMANA.



JOGO DA SEMANA

De novo, a escolha recai no HÓQUEI EM PATINS. Retomado o caminho das vitórias a nível interno, a nossa equipa recebia o poderoso Barcelona, líder do grupo na Liga Europeia, num jogo que se adivinhava muito disputado e de muitos nervos... que assim foi e cumpriu todas as expectativas.

Numa primeira parte muito tática, o FC Porto acabou por desperdiçar a melhor oportunidade do jogo, um penalti, que poderia ter dado um caminho diferente ao marcador. No início da 2ª parte, Gonçalo Alves tirou um coelho da cartola e fez um golo de antologia, inaugurando o marcados.

Após esse golo, assistimos a um inclinar da pista por parte da dupla de apitadores italianos, carregando a nossa equipa com faltas consecutivas, algumas delas bastante duvidosas. Assim foi, sem surpresa, que atingimos a 10ª falta, com direito a livre direto para os catalães, que Lucas Ordoñez se encarregou de bater igualar a partida a uma bola.

No entanto, numa 2ª parte onde o FC Porto esteve sempre por cima do jogo, foi em busca de nova vantagem no marcador, que acabou a concretizar pelo stick do capitão, Hélder Nunes, a passe de Vitor Hugo, e depois de tirar da frente Bargalló.

Para quem não viu o jogo e a 3ª vitória consecutiva sobre o Barcelona, pode REVER AQUI.

A competição regressa agora só a 7 de Janeiro, na deslocação ao recreativo de carnide, onde esperamos um bom resultado para manter acesa a luta pelo nacional de hóquei em patins.


AS OUTRAS MODALIDADES

A equipa de BASQUETEBOL recebeu o Elétrico de Ponte de Sôr e impôs-se perante os comandados por um ucraniano provocador ao entrar no Dragãozinho de camisola vermelha que, mesmo depois de avisado, rejeitou alterar a indumentária, gozando ainda com a situação.

A entrada no jogo foi favorável à nossa equipa e chegamos ao fim do 1º período a vencer por 30-17. Um 2º período menos conseguido levou a que a nossa equipa chegasse ao intervalo na liderança apenas por 47-39. O 3º quarto foi novamente favorável à nossa equipa que chegou ao fim de 30 minutos na frente do marcador por 73-57. Um último parcial de 24-19 permitiu o resultado final de 97-76.

Dia 30 de Dezembro, deslocação ao terreno do atual 5º classificado, o recreativo de carnide, que caso consigamos uma vitória, poderá provocar um forte e duro rombo no planeamento dos lisboetas e por inerência, um forte embalo no nosso caminho rumo ao bicampeonato.

Por fim, a equipa de ANDEBOL deslocou-se ao alto dos moinhos para defrontar o recreativo de carnide e obter uma contundente vitória por 26-21, onde nem a expulsão de Vitor Iturriza nos conseguiu desviar do caminho iniciado a 7 de Setembro e que já conta com 16 vitórias.

Amanhã, 4ª feira, a deslocação a Águas Santas, onde uma vitória deverá significar não a passagem para 17 vitórias mas sim para 19, já que depois temos 2 jogos de menor grau de dificuldade antes da receção ao ABC.



Abraco,
Delindro

19 dezembro, 2016

VENCER NA RAÇA.


FC PORTO-CHAVES, 2-1

O FC Porto fecha a Liga NOS no ano de 2016 com uma vitória. E que vitória! Mais importante do que muita gente possa pensar. Este resultado de 2-1 e da forma como foi conseguido, foi muito mais motivador e inspirador para o futuro do que uma eventual goleada.

A equipa de Nuno Espírito Santo respondeu a todas as adversidades, principalmente às do Vasquinho. Com raça, crer, união e uma vontade enorme, os portistas nunca desistiram do jogo. Esta equipa portista tem-se vindo a revelar uma equipa na verdadeira acepção da palavra. Tem uma vontade indómita de vencer que só os homens do apito e todas as trafulhices que andam por aí a preparar a podem derrotar.


O Desportivo de Chaves foi uma bela equipa em pleno Estádio do Dragão. E não precisava nada da ajuda dos homenzinhos vestidos de amarelo e preto para fazer o seu trabalho. Aliás, muito pelo contrário. Esta ajudazinha que muito tentaram facultar à equipa transmontana, só lhe retira o brio da bela actuação esta noite no relvado portista.

O Desportivo de Chaves foi uma equipa atrevida, muito complicada e criou situações de apuro para os Dragões. É certo que marcou cedo e esse golo catapultou os transmontanos e condicionou os jogadores portistas mas ao intervalo se o FC Porto estava a perder, o resultado tem que ser visto com justiça.

Aos 11 minutos num lance bastante feliz, com um desvio de Danilo Pereira que traiu Iker Casillas, Rafael Lopes inaugurou o marcador. O FC Porto que até aí tinha tentado entrar forte no jogo, sentiu um murro no estômago e passou por apuros principalmente em transições rápidas operadas pelos transmontanos.

Ainda na primeira parte poderia ter surgido o 0-2 num cabeceamento de Leandro Freire a que Casillas correspondeu com uma defesa do outro mundo para a linha final. E logo de seguida Casillas defendeu um pontapé fulminante com reflexos só aos níveis dos predestinados.

O intervalo chegou e revelou-se bom conselheiro. Os Dragões precisavam de acalmar, refrescar a cabeça e tentar entrar na segunda parte de uma forma mais assertiva e mais dinâmica, coisa que não conseguiram durante o primeiro tempo.


O FC Porto entrou em grande. Viu-se um FC Porto bravo, intenso, agressivo, com alma e com uma vontade muito grande de dar a volta aos acontecimentos. Vestidos com fato-macaco, os Dragões encostaram os transmontanos às cordas e prepararam o assalto à baliza contrária.

Mas algo tentava impedir a avalanche portista. Estavam apenas decorridos os minutos iniciais e já o homem do apito fazia das suas. De seu nome Vasco Santos, o árbitro e os seus compinchas de equipa abriram o livro. O chamado livro das trafulhices. André Silva aparece desmarcado na área a cabecear para o fundo das malhas quando o árbitro auxiliar assinala fora-de-jogo e anula indevidamente o golo do empate.

Supostamente conhecido como um funcionário do hospital de Gaia e benfiquista doente, o árbitro auxiliar abriu as hostilidades da noite para mais um espectáculo que não dignifica em nada a arbitragem e nem o futebol em Portugal. E isto para não ter de abordar as faltas e faltinhas da primeira parte marcadas pelo Sr. Vasco Santos a favor do Desportivo de Chaves e não assinaladas a favor dos Dragões.

Aliás, o Sr. Vasco Santos, supostamente portista, terá ficado com o esfíncter apertado depois da arbitragem na Madeira entre o Marítimo e o Benfica que terminou com o resultado que todos sabemos. Nesse jogo, não cometeu erros que influenciassem o resultado mas a forma como conduziu o jogo não agradou a agremiação de Carnide. Foi uma forma do Sr. Vasco Santos se retractar dos maus fígados vermelhos que o levou ao espectáculo deplorável que se viria a passar na etapa complementar do jogo desta noite?


De seguida, dois penalties que passam em claro ao Sr. do apito. André Silva é agarrado na grande área e depois Maxi Pereira foi abalroado por um adversário que não saltou na vertical para disputar a bola, mas sim para cima do lateral uruguaio, derrubando-o, ficando mais um penálti por assinalar.

Sr. Vasco Santos, esteja descansado! Já fez o seu trabalho e o seu esfíncter pode relaxar. Vergonhosa a sua actuação que não deixará dignificado o sector que vossemecê representa no futebol.

No entanto, a justiça foi reposta. E no Dragão apareceu em massa um grande público que, acreditando até ao fim e vendo a determinação de uma equipa em nunca desistir, teve um papel importante no desenrolar do que faltava cumprir.

Laurent Depoitre substituiu Diogo Jota, muito apagado. E aos 72 minutos, o avançado belga restabelecia a igualdade. Num belo lance pela esquerda, Alex Teles cruzou tenso para a área do Desportivo de Chaves e o gigante belga cabeceou de forma fulminante para a baliza contrária.

Dragão ao rubro! Estava a chegar a melhor fase do FC Porto nesta noite. Um Dragão incontrolável, impetuoso e que estava disposto a tudo para arrancar a vitória. Fosse como fosse, mas de uma forma justa, legal e sem trafulhices.


Esse momento chegou ao minuto 77, quando uma bola sacudida pela defesa flaviense para a entrada da área, foi parar aos pés de Danilo. O médio portista partiu para o esférico e arrancou uma bomba que parou nas malhas da baliza flaviense. Um golo de bandeira que levou ao delírio as bancadas do Dragão.

Estava feita a remontada no jogo. A justiça reposta e a vergonha a sentir-se nas faces dos homens de amarelo e preto.

Grande espectáculo de futebol entre duas equipas que quiseram jogar o jogo pelo jogo e promover a modalidade, estragada quase por completo pelos homens que têm a missão de tomar decisões e de passar despercebidos. Porque os destaques e os louros, esses são para os artistas da bola e não para os que andam de apito na boca e bandeirinhas nas mãos.

O FC Porto encontra-se, de momento e à condição, a um ponto da liderança e irá regressar no próximo ano para continuar a sua luta pela conquista da Liga NOS. Entretanto, no dia 29 deste mês cumpre o último jogo do ano civil frente ao Feirense a contar para a 2ª Jornada da ex-taça da cerveja.



DECLARAÇÕES

Nuno: “Foi uma grande demonstração de caráter”

O caráter da equipa e a importância dos adeptos
“Foi uma grande demonstração de caráter da equipa, num jogo difícil, que se complicou ainda mais com o golo do Desportivo de Chaves. A equipa soube estar unida e reagir, conseguindo uma vitória difícil contra um adversário difícil e bem organizado, que fechou quase todos os espaços. Acreditámos até ao fim e tivemos o controlo emocional necessário. É a ideia que nos leva ao êxito. Foi uma vitória justa. Merecíamos um jogo assim e os adeptos também, pois eles empurraram-nos para a vitória.”

Uma equipa que nunca se rende
“Esta vitória foi um sinal do caráter e da crença desta equipa. Não nos rendemos e jamais o faremos, independentemente do resultado. Até ao fim há jogo, é possível. A vitória chegou tarde, mas chegou. O importante eram os três pontos.”


União e determinação
“Não foi o nosso melhor jogo, temos de o reconhecer. É importante refletir e perceber o porquê, mas ao mesmo tempo foi uma demonstração de caráter e crença dos jogadores, não esquecendo os nossos adeptos, que nos empurraram para a vitória. Só unidos e determinados conseguimos vencer, sobretudo jogos como este. É uma vitória inteiramente justa. Às vezes é preciso ganhar assim, mas o mais importante é ganhar.”

O descontrolo após um azar
“Ao contrário do que se possa dizer ou pensar, a equipa entrou bem, na minha opinião. As primeiras ocasiões foram nossas, mas o Desportivo de Chaves também teve algumas saídas rápidas que nos criaram dificuldades, e fez o golo num azar nosso. A equipa perdeu o controlo após o golo, mas soube retificar e entrou determinada para a segunda parte. Foi essa determinação que nos levou à vitória.”

A força do grupo
“O Danilo foi importante, como foi o Depoitre, o André Silva e todos os outros. A força desta equipa é o grupo e não a individualidade. Quem entra, entra para ajudar e contribuir. Há outros jogadores que ficaram de fora e que poderiam ser opção. Agora é descansar, pois esta fase da época foi muito complicada e de grande exigência física e mental. Agora vamos descansar junto das nossas famílias para voltarmos a 200%.”

Arbitragem
“Fizemos mais golos do que aqueles que estão refletidos no resultado, essa é a realidade. As nossas reações foram simplesmente lógicas. Quando se sentir injustiçado, o FC Porto nunca se irá resignar. Nunca o fez e nunca o fará. As coisas têm de ser justas e hoje, mais uma vez, não foram. Chegámos ao golo num momento difícil e tiraram-nos esse golo, mas não conseguiram tirar-nos a vitória.”

Depoitre
“O Depoitre é mais um jogador do FC Porto e todos são importantes. Não abandonamos nenhum jogador e contamos com todos. O mercado está aí à porta e naturalmente vamos ponderar e tomar as decisões que considerarmos pertinentes. Somos um clube que toma as decisões cá dentro.”

Pressão sobre o líder
“Neste momento, a tabela classificativa não é determinante. O importante é estarmos mais perto do lugar no qual queremos estar.”



RESUMO DO JOGO

O “EVEREST” QUE O FC PORTO TERÁ DE ESCALAR…


Vou ser direto e frontal, não se trata de pessimismo, de atirar a toalha ao chão, nem de agoirar o que quer que seja em relação às hipóteses do FC Porto em impedir o tetracampeonato deles. Trata-se de analisar as coisas de forma fria, racional e sobretudo muito realista.

A realidade atual diz-me algo de muito simples: para o FC Porto vencer este campeonato terá de subir o “Everest”, apanhar com tempestades, com falta de alimentos e também apanhar com “senhores de preto a atirar bolas de neve gigantes” sempre que o estado de tempo melhore. Teoricamente, um alpinista apenas se tem de preocupar com as condições naturais, como a meteorologia ou a quantidade de comida. O “alpinista FC Porto” tem de preocupar-se não só com as condições naturais mas também com os tais “senhores de preto que atiram bolas de neve gigantes”.

O que se passou na última semana é exemplificativo das enormes dificuldades “extra-futebol” que o FC Porto tem vindo a enfrentar semana após semana. Em apenas alguns dias, o critério mão na bola ou bola na mão é julgado de uma forma num dia, e de outra forma completamente diferente noutro dia. Num dia, duas mãos na bola ou bola na mão são julgadas pelo árbitro como não deliberadas, alguns dias depois, num jogo muito difícil, em que o teimoso 0/0 permanecia na 2ª parte, lá surge um lance em tudo idêntico aos lances da semana anterior, eis senão quando o Sr. paixão aponta sem qualquer tipo de dúvida para a marca da grande penalidade. Problema resolvido, mais 3 pontos no bornal, siga a banda, assobie-se para o ar!

Olhando para a vertente meramente desportiva, qualquer pessoa minimamente séria e racional admite e constata que à luz de critérios única e simplesmente desportivos haver 4 pontos de diferença entre o FC Porto e o líder não faz o mínimo de sentido, não é justo, nem sequer justificável à luz de qualquer critério desportivo.

É verdade que a época do FC Porto foi mal preparada, é verdade que não se venderam alguns jogadores quase inúteis, que não se compararam jogadores para determinadas posições nucleares e que tudo pareceu ser feito de forma amadora, em cima do joelho, com a cereja no “topo do bolo” a ser a contratação em cima do fecho do mercado de transferências Boly por 6 milhões de €, após se ter dispensado Martins Indi, que está longe de ser um craque mas é titular numa equipa da Premier League. Gastou-se 12 milhões de € em Boly e Depoitre…

Tudo isto é verdade, mas a verdade mais curiosa no meio de tudo isto é que olhando para o que se passa dentro de campo, o líder não joga mais que nós, o líder levou um banho de bola quando jogou no Dragão, o líder beneficia sempre mas sempre dos critérios dos “senhores de preto”, enquanto o FC Porto já foi penalizado por vários erros de arbitragem, situações unanimemente aceites pela generalidade dos comentadores especialistas no tema arbitragem. O FC Porto neste momento joga bem mais que o líder, só não o venceu no Dragão única e simplesmente por causa de uma parvoíce a 2 minutos do fim. O FC Porto já foi penalizado gravemente por vários erros de arbitragem e é isso exatamente que neste momento dilata a desvantagem para o 1º lugar.

E isto, meus amigos, é aquilo que mais que assusta no meio de tudo isto. Jogamos neste momento um futebol com cabeça, tronco e membros, a equipa estabilizou depois da vitória frente ao Braga, mas é impossível não ficar desmotivado quando o líder joga o que jogou na amoreira e beneficia de um lance que numa semana é julgado de uma forma e noutra é julgado de modo completamente oposto.

É literalmente um “Everest” o que espera o FC Porto neste campeonato. Cheio de obstáculos, sendo que dos obstáculos naturais não nos podemos queixar, restando-nos apenas ser competentes e sérios, relativamente aos obstáculos criados por “agentes não autorizados” é algo que já nem sei o que diga. É que agora, até o Presidente fala, os meios de comunicação do clube queixam-se, mas as coisas continuam exatamente na mesma. Resta irmos ganhando os nossos jogos, sabendo que uma escorregadela deita tudo a perder enquanto a desvantagem estiver nos 4 pontos.

Nota final: Apenas uma nota sobre a entrevista do Presidente a meio da semana. Apenas e só para dizer que as palavras de apoio ao treinador não me dizem rigorosamente nada. Há um ano Lopetegui foi também defendido pelo Presidente, dias depois foi o que foi. Depois Peseiro era a escolha ideal, já antes Fonseca tinha sido o último oásis no deserto. Não quero conversa, mas sim ações. O apoio ao treinador não se apregoa mas pratica-se, com atos bem concretos. Com uma estrutura forte, blindando bem a equipa, tendo uma comunicação assertiva e competente, preenchendo as lacunas do plantel em janeiro, vendendo alguns "jogadores-fetiche" que estão há anos no FC Porto e nunca contribuíram para nada de bom, sem ser para esse ciclo horrível de 3 anos sem nada ganhar. Prefiro sempre as ações às palavras.

PS: "Para o seu inimigo, perdão. Para um oponente, tolerância. Para um amigo, seu coração. Para tudo, caridade...". É preciso ter uma lata do tamanho do mundo para uma criatura que já disse o que disse, que já ateou tantas vezes fogo ao futebol português, insultando o FC Porto e seu Presidente da forma mais nojenta e baixa possível, uma criatura que tem vários "cães de fila" distribuídos cirurgicamente pelos vários programas desportivos para poder ladrar sobre os mais diversificados insultos, boatos e insinuações sem fundamento sobre os rivais, enfim, uma criatura a quem só falta ganhar o prémio nobel da paz. Se precisas fossem mais provas de que as coisas estão completamente controladas no futebol português, estas deliciosas palavras dizem tudo. Cabe-nos a nós, sermos os "feios, porcos e maus" que sempre fomos durante mais de 30 anos.




16 dezembro, 2016

15 dezembro, 2016

BRAHIMI DE REGRESSO.


FC PORTO-MARÍTIMO, 2-1

De volta ao Dragão, depois de ter goleado o Leicester, o FC Porto prosseguiu o bom momento que atravessa e fez jus à tendência, vencendo o Marítimo com mais facilidade do que o resultado final alcançado mostra.


E na vitória portista há um nome incontornável: Brahimi. Parece um jogador novo. Mais rápido, mais empenhado, mais entrosado e com uma mentalidade diferente para melhor. Yacine Brahimi esteve em todo o lado, quer a defender, quer a atacar. Ajudou a desbloquear o jogo e teve momentos muito bons ao longo do encontro como a assistência para o 2º golo.

Mas há que também dar destaque a André Silva. O jovem ponta de lança não iniciou muito bem o jogo. Algo trapalhão e inconsequente, melhorou na segunda parte obtendo um golo que viria a ser decisivo para o desfecho da partida. O avançado portista conseguiu, com este golo, alcançar o topo da tabela dos melhores marcadores.

Os Dragões entraram bem no jogo, asfixiando por completo um Marítimo que veio apenas para não sofrer golos. Durante toda a primeira parte, os insulares sentiam-se enclausurados na sua área. Todas as tentativas de sair para o contra-ataque esfumavam-se ainda no seu meio-campo onde uma barreira formada por três monstros (Felipe, Marcano e Danilo) dominava o espaço.


Da parte do FC Porto, os ataques eram constantes e ameaçadores mas no último passe ou na hora de rematar à baliza, os portistas estavam algo desinspirados. O golo não aparecia e o relógio corria para o intervalo.

Além disso, o homem do apito voltou a destacar-se de forma fantástica. Negou duas grandes penalidades aos Dragões, de forma vergonhosa e descarada. Já lá vão 12 penalties por marcar esta época a favor do FC Porto. Coincidência? São coincidências a mais para se poder acreditar em apenas tanta incompetência. Adiante!

Em cima do intervalo, Brahimi abriu o livro. Aproveitando um ressalto de bola na grande área verde-rubra, caminhou para a linha de fundo e rematou quase sem ângulo para a baliza maritimista. Estava desbloqueada a partida. O golo em cima do intervalo foi um bom tónico para a etapa complementar.

Na segunda metade, esperava-se um jogo mais aberto e com mais espaços. O Marítimo teria que correr atrás do prejuízo e o FC Porto iria aproveitar para ampliar o resultado.


Foi o que aconteceu aos 67 minutos, numa jogada de Brahimi. O argelino desmarcou André Silva na grande área e este à saída de Gottardi atirou para o fundo da baliza.

A seguir Nuno Espírito Santo começou a operar substituições. Herrera, R. Neves e João Carlos Teixeira entraram para os lugares de Brahimi, Corona e Óliver Torres. O Marítimo parecia baixar os braços nos últimos 20 minutos mas surgiu o contrário.

O FC Porto recuou no terreno e jogou em contra-golpe. Teve uma boa oportunidade para ampliar o resultado por Diogo J. mas o avançado portista rematou fraco e denunciado.

Mas aos 84 minutos de jogo, o Marítimo reduziu o marcador numa bomba de fora da área, após uma perda de bola nada habitual neste FC Porto. Até ao fim, os Dragões foram obrigados a redobrar a concentração para manter os 3 pontos. No entanto, o Marítimo não incomodou a baliza de Casillas.

O jogo com o Marítimo é referente à 15ª Jornada da Liga NOS e foi antecipado para esta noite por conveniência de calendário. Os Dragões fecharão um ciclo na próxima Segunda-feira com a recepção ao Desp. Chaves num jogo a contar para a 14ª Jornada.




DECLARAÇÕES

Nuno: “Dominámos o jogo e a vitória é justa”

Três pontos importantes
“É uma vitória muito importante para nós, pois permitiu-nos somar mais três pontos. Ainda não estamos na posição que queremos estar, mas é importante continuar a somar. Dominámos o jogo e a vitória é justa. Na parte final, o Marítimo começou a despejar bolas e a fazer jogo direto, mas também é preciso saber defender quando o momento assim o exige. No cômputo geral, fizemos um bom jogo.”

Menos espaço, mais rapidez
“O Marítimo apresentou uma linha de cinco defesas e tirou-nos espaço, mas deveríamos ter sido mais rápidos na circulação da bola, apesar de termos criado oportunidades para marcar. O golo chegou num momento importante, antes do intervalo, e isso permitiu-nos retificar algumas coisas na segunda parte. Aí, procurámos aumentar o resultado e continuar a dominar. As equipas preocupam-se mais em contrariar o nosso jogo do que propriamente em jogar. O Marítimo praticamente não existiu em termos ofensivos e no único remate enquadrado fez um grande golo.”

Golo sofrido 744 minutos depois
“Mesmo com o golo sofrido, a nota só pode ser positiva, pois conquistámos os três pontos. O golo tinha de aparecer mais tarde ou mais cedo, e a realidade é que foi um golaço. Se tínhamos que sofrer, que fosse assim. Não individualizamos a prestação defensiva. A equipa é feita de cumplicidades, entre todos. Existe um trabalho defensivo muito importante por parte de todos. Cumprir a tarefa é fundamental para a consolidação e construção de uma equipa.”


Pressão no líder?
“Pressão temos nós, que estamos atrás. A chave é ser persistente e trabalhar, mas a pressão é para quem vai atrás. Esperava ganhar este jogo e somar os três pontos, pois era o que queríamos. Nem todos os jogos serão feitos de goleadas, mas esta vitória não deixa qualquer tipo de dúvida. A diferença pontual não significa nada neste momento da competição. Queremos vencer, somar pontos e aproximar-nos do topo da tabela, que é onde queremos estar.”

Focados no Desportivo de Chaves
“Foi o 11 do FC Porto que entendemos para este jogo. Na segunda-feira, vamos ver. Agora é recuperar, trabalhar e preparar com determinação o jogo com o Desportivo de Chaves.”

Antijogo?
“Sofrer um golo da forma que sofremos, no momento em que sofremos, transmite sempre intranquilidade, mas os jogadores não sentiram que a vitória estivesse em causa.”

Brahimi
“O Brahimi fez um bom jogo. Fez um golo, uma assistência e um grande trabalho para a equipa. Estamos felizes com ele e com todos os jogadores que fazem parte deste plantel. Não há qualquer problema com nenhum jogador. A equipa técnica procura sempre estar ao lado de todos os jogadores de forma a saber o momento em que serão úteis à equipa.”

Obrigado, Dragão
“Aproveito para agradecer a todos os adeptos que vieram ao Estádio do Dragão, num dia com mau tempo e numa altura do ano em que as prioridades são outras. Humildemente, pedimos que voltem a estar cá connosco na segunda-feira para nos ajudar a conquistar mais uma vitória.”



RESUMO DO JOGO

O GRUPO ECONÓMICO DO PORTO.


Água mole em pedra dura tanto bate até que fura. O golo de Rui Pedro afastou fantasmas e fez com que a equipa se soltasse dentro de campo e, com isso, conseguisse crescer e catapultar-se para novos patamares. Daí para cá, mais 9 golos, com exibições seguras à mistura. A prova de que não há maldição que sempre dure quando não se desiste e se luta até ao fim pelos objectivos.

Uma coisa é marcar golos. Outra bem diferente é não os sofrer. E nisso a equipa de NES tem estado sublime. Se no passado se contavam os minutos que Baía passava sem sofrer golos, há que começar a fazer esse exercício para Iker. Mérito do guarda-redes, claro está, da dupla de centrais, obviamente, mas também de NES e da sua máquina bem oleada no processo defensivo. Todos defendem, a começar por André Silva e Diogo Jota. Uma pressão avassaladora ao adversário portador da bola, daquelas que não deixam respirar. E, depois, Marcano e Felipe controlam a profundidade e o espaço aéreo de forma mandona e impositiva.

Vamos agora às frases que vêm marcando a semana, porque no FC Porto 3 vitórias não bastam nem nunca bastarão para que tudo esteja bem. O nosso actual Presidente deu uma entrevista de cerca de 1h ao novo projecto do Jornal de Notícias e convirá analisar algumas declarações:

“Senti um grande apoio dos verdadeiros portistas, das claques (…)”.
Vou adoptar o estilo Euronews: No comments.

“Pensei que Adrián Lopez era um novo Maradona”.
Assim se enxovalha na praça pública um activo do clube. Venham depois também chorar e dizer que o Jorge Mendes só faz bons negócios com outros.
No comments x2.

“Rolando era um peso morto que ninguém queria no clube, embora eu achasse que poderia ter sido aproveitado.”
Não era, não era um peso morto, caro Presidente. E se achava que poderia ter sido aproveitado, porque é que não usou dos seus poderes enquanto Presidente? O ano passado, por exemplo, teria dado muito jeito à defesa da equipa. Não teria sido apenas titular, como também teria sido o patrão da defesa. Mas por qualquer motivo não serviu. O mesmo se passou, aliás, com Otamendi. Está recordado? Porquê?

“Rui Pedro só está no FC Porto em virtude dessa empresa da qual o Alexandre fazia parte ter interferido em prol do jogador para assinar um contrato”.
Será mesmo assim? Então o rapaz não estava no FC Porto desde pequenino? Iria mudar porquê, logo ele que é portista? O que se terá passado para ter que ser Alexandre Pinto da Costa a intervir neste processo?

“O jogador (Rui Pedro) punha como condição que arranjássemos um emprego para o seu pai (…) Falei ao José Américo Amorim (…) e resolvemos o problema”.
E assim se expõe a vida privada da família do Rui Pedro, assim como uma matéria que deve ficar no segredo empresarial de qualquer empresa.

“O Alexandre conseguiu vender o Rolando e segurar o Rui Pedro.”
Falando assim, parece que Rolando se trata de um central do nível do Barreirense e que Rui Pedro, criado nas escolas do clube e com 18 anos neste momento, tinha convites do Barcelona e do Real Madrid.

“Joaquim Oliveira deixou de aparecer e de me falar”
O negócio televisivo MEO/Altice vs NOS/Joaquim Oliveira já começa a cheirar mal. Se calhar conviria não mexer muito mais neste tipo de assunto. Nem expôr os nomes e os diálogos de Miguel Almeida e Joaquim Oliveira, que dirigem grupos económicos que no passado foram muito úteis e importantes para o FC Porto.

Há muitos grupos económicos em que é o filho a suceder ao pai como acontece, por exemplo, com o grupo do Expresso", diz o Director de Comunicação do FC Porto.
Desculpe, mas deve haver aqui algum lapso. Desde logo porque o FC Porto não é nenhum grupo económico, embora por vezes pareça que os negócios estão à frente de tudo. Depois porque, há aqui um erro de base no diagnóstico: o Expresso pertence realmente a Francisco Pinto Balsemão, é propriedade sua, por isso é normal e natural que o pai passe o negócio para o seu filho, como acontece em tantas outras empresas por esse Portugal fora.
Sucede que o FC Porto não é uma empresa. É um clube de futebol que pertence aos seus sócios, que a seu tempo terão oportunidade de mostrar que no FC Porto não há dinastias.

Voltamos ao assunto inicial: o FC Porto resolveu o seu problema com as balizas, mas isso não chega para se aproximar do 1º lugar, pois as arbitragens continuam sempre a remar para o mesmo lado, mantendo-se o clube quieto e calado com os sucessivos roubos a que é votado todos os fins-de-semana. Pudera. Basta ver os ditos acima para perceber que o nosso actual Presidente e a sua estrutura há muito que se deixaram de preocupar com futebol e com o panorama futebolístico português.

Rodrigo de Almada Martins

14 dezembro, 2016

DESERTOR E O GANG.


Há muito que se assistem a tentativas claras de criar fatores de conflito e desunião entre os portistas, com o objetivo evidente de descredibilizar quem gere o FC Porto, dando a ideia de que os desertores é que eram o lado bom do clube, pois não concordavam com as supostas atrocidades que eram cometidas. Ora, nada melhor do que montar uma época, construir um plantel, deixá-lo com fragilidades e lacunas, cultivar o empréstimo por substituição da venda faltando assim liquidez para o equilíbrio financeiro da sociedade, importar nigerianos para a B e sub19 retirando desta forma espaço aos que connosco cresceram, e depois disto ir à sua vida... top, fantástico, quem vier atrás que feche a porta porque agora vou ver de camarote!
Mas melhor ainda, é estar do alto da sua seriedade a “sofrer” no dito camarote presidencial, fazer-se acompanhar por “parceiros estratégicos” para a área do futebol, ser nosso representante em algumas instituições, ou seja, manter um portismo vivo e militante, um portismo como nunca antes sequer se tinha visto, mas ao mesmo tempo “roer as unhas” para que a bola bata no poste e saia ou ficar de sorriso amarelo só porque o Xistra devia ter dado apenas 4 minutos de desconto.

Confesso que desde 1 de Setembro me ando a conter para não escrever determinado tipo de coisas, mas o limite da decência, da falta de vergonha na cara e da dissimulação tem vindo a ser ultrapassado momento após momento, semana após semana, notícia após notícia. Tenho muito respeito por quem serve ou serviu o FC Porto, partindo do pressuposto de que terá dado o melhor de si. Mas a tentativa de dividir para reinar, a tentativa de passar a ideia de “eu ou o Apocalipse”, a tentativa de criar cenários de crise para depois aparecer como “D. Sebastião no meio do nevoeiro”, a intoxicação constante de notícias sobre o filho do presidente mas nada sobre o ex-genro, já são tão descaradas, tão óbvias e tão evidentes, que já não me consigo conter mais e até o mais distraído dos portistas já percebeu quem está por trás disto tudo.

Já não bastavam as fotografias em Londres no restaurante do mouro Idalécio (sim, o calmeirão ex-defesa central de Braga e outros), já não bastava a “relação amorosa” com Joaquim Oliveira (a tomar compensan desde o negócio das tv's), já não bastava a triologia com Carlos Gonçalves (esse icónico empresário da capital que ainda não se percebeu bem como, passou a agente de algumas pérolas da nossa formação) e Teodoro Fonseca (a bem do nosso clube, felizmente ainda não apareceram documentos sobre as suas comissões), já não era suficiente a coincidência de Raul Costa (moço de mão do nosso ex-CEO e ex-elemento do nosso gabinete jurídico) menos de 10 dias depois de ter saído do nosso clube, ter tratado da multimilionária transferência de André Villas Boas (o tal que amava o FC Porto até à morte), ainda temos que levar com a hipocrisia suprema da “solidariedade” mais falsa do que Judas.

O rei da comunicação social em Portugal, aquele que manda e desmanda, aquele que ordena e não precisa de pedir, aquele que planta e não precisa de condicionar, ainda não teve a coragem de vir dizer que Pinto da Costa mente em relação ao processo MEO vs NOS... pudera! Sobre isso, nada vou dizer pois já tudo foi dito e esclarecido... Joaquim Oliveira, depois de o slb ter rasgado contratados e o ter apelidado de ladrão, afinal pôs-se de cócoras para o seu presidente, e tinha que garantir que não pagaria mais aos outros. Perdeu a corrida no FC Porto, perdeu porque houve concorrência, perdeu porque houve quem tivesse oferecido mais. Mas pelos vistos, mais importante do que fazer um bom negócio para o clube, havia gente com algum poder interno de decisão, que estava mais preocupado em que o negócio fosse com a NOS do que em saber quanto lucraria o clube. Estranho ou talvez não, tantas e tantas vezes que o mesmo aconteceu... allô Caballero, Quiñones e sus muchachos!!!

Começamos depois a assistir às repetidas notícias, Bernardino Barros chamou-lhe no último domingo “encomendadas” mas eu prefiro chamar-lhe “alheiras e chouriços” em homenagem ao bom fumeiro do Norte do país, que vão sempre no sentido de atacar Pinto da Costa e quem lhe está próximo. E desenganem-se aqueles que pensam que o objetivo é atacar essas pessoas... não, nem pensar! O objetivo é criar um ambiente externo de desagrado pela ausência de vitórias, aproveitar o impacto das redes sociais e o seu anonimato, para criticar e achincalhar o presidente, desunir e pôr em pé de guerra todos os portistas. E isso é tão escancarado, que nem vale a pena repetir a explicação que ontem o diretor de comunicação do FC Porto deu sobre as trocas de mail's com o Expresso, nem vale a pena recordar que o Football Leaks deu à estampa a vergonhosa transferência de Oblak mas que ninguém lhe “pegou”. O objetivo é óbvio: minar, desunir, desestabilizar, criar focos de contestação, pôr toda a gente à espera que alguma coisa corra mal para apontar o dedo.

Da minha parte, todos têm que contar sempre com uma postura interventiva, atenta à vida o clube, alerta para o que de bom e o de mau se faça. Uma postura de crítica construtiva, de querer mais e melhor para o clube e cortar com um caminho que foi trilhado na última década e nos trouxe até aqui. Um caminho onde perdemos identidade em nome da marca! Um caminho onde perdemos referências em nome do negócio! Um caminho onde perdemos Porto para ganhar hastags!
De qualquer forma, fá-lo-ei sempre com respeito. Respeito por quem lidera, respeito por mim, respeito pelo meu amor ao Futebol Clube do Porto. Não tenho que defender nada nem ninguém a não ser o meu muito amado clube. Mas se há coisa que quero, muito mais do que as minhas preferências pessoais, é o sucesso do mágico Porto!
Uma coisa é certa, nunca poderão esperar de mim que pise quando as coisas não estão bem só para dizer “eu tinha razão!”. Nunca poderão esperar de mim o silencio em relação áqueles que estando de fora apenas querem minar. Aqueles que enquanto estavam lá dentro eram sobranceiros e “pidescos” para com quem abria a boca, mas que agora fomentam a mais vil e nojenta de todas as opiniões: o boato!
Não sou eu que o digo! Quem o diz são funcionários do clube que até lhe eram muito próximos mas que desde a sua saída dizem que ele era “a cabeça do polvo” e que ainda estão muitos lá dentro que contam a vida do clube ao minuto e se riem com as nossas derrotas.

Até quinta, no sítio do costume!

13 dezembro, 2016

O QUE UM GOLO PODE OU NÃO MUDAR.


O ditado “não há fome que não dê em fartura” aplica-se quase na perfeição ao atual momento do FC Porto. Depois de uma longa, penosa e complicada (e que pode ter consequências lá mais para frente) fase de seca, em que a nossa eficácia ofensiva foi nula, onde os árbitros fecharam os olhos a vários penalties que poderiam influenciar decisivamente certos jogos e decisões (setúbal e chaves!) e onde que os maus resultados se acumularam com consequências complicadas, nomeadamente alargamento da desvantagem para o líder e saída da taça de Portugal, eis senão quando um golo aos 95 minutos desanuviou o ambiente e parece que virou por completo a nossa sorte.

O futebol tem de facto muita piada e uma componente de imprevisibilidade superior a qualquer outro desporto, também por isso, é o desporto mais amado e visto no mundo inteiro. Senão vejamos, aos 93 minutos do jogo frente ao Braga, o cenário estava próximo da catástrofe, à beira de mais um jogo sem marcar golos, com a agravante do 1º classificado ter caído no "caldeirão dos barreiros" no dia anterior e perante um Braga cuja única estratégia se centrava no mais nojento e miserável anti-jogo "marafoniano" (já vi muita coisa, mas um GR tão ordinário, creio que nunca tinha visto nada assim). Apenas 120 segundos depois, um golo justíssimo de um rapaz que não custou 6 milhões de € e que tem idade de júnior parece ter mudado a maldita "sorte", ao mesmo tempo que tombou de forma tão cruel, quanto justa e saborosa um clube que me começa a meter tanto ou mais nojo que os nossos "amigos lá de baixo".

É curioso também que, após finalmente o clube na pessoa do Presidente e dos seus vários canais de comunicação (Dragões Diário e não só...) ter gritado e berrado contra as arbitragens (12 penalties depois) e após o golo de Rui Pedro, em apenas dois jogos marcaram-se 9 golos, carimbou-se a passagem aos oitavos-final da Champions perante o campeão inglês (sim, o campeão!), recuperou-se o 2º lugar e reduziu-se para 4 pontos (o que ainda assim, é muito!) a desvantagem para o 1º classificado. Mais incrível ainda, os árbitros até já marcam penalties claros a nosso favor, expulsam jogadores adversários e tomam decisões corretas de arbitragem. Ajudou ter-se berrado um pouco, mas também ajuda muito o facto de já termos uma desvantagem considerável para o líder, ou seja, depois das "cacetadas" em vários jogos, nomeadamente, setúbal e chaves, as coisas ficam mais favoráveis para finalmente se começarem a tomar decisões de arbitragem corretas. Faz-me lembrar o ano passado, quando já estávamos a dezenas de pontos do 1º lugar e num longínquo 3º lugar, os senhores de preto lá começaram a marcar penalties a nosso favor... Pois.

Apesar de tudo isso, não posso deixar de direcionar a minha análise para uma componente mais racional e realista. O golo de Rui Pedro obviamente mudou a atual conjuntura, mas não apaga, nem corrige os muitos erros que foram cometidos na preparação da época, na constituição do plantel e noutras coisas mais, que todos nós bem sabemos. O golo de Rui Pedro foi ótimo, mas ter os pés no chão, manter a calma, concentração e atenção máximas não fará mal a ninguém. Foi saboroso marcar 10 golos em apenas 8 dias e manter os objetivos da época a salvo, pelo menos por agora. Mas há 2 jogos antes do Natal que imperiosamente se têm de vencer "sem espinhas", 2 jogos em que vai novamente abundar o anti-jogo e todas as estratégias ordinárias das equipas pequeninas do nosso futebolzinho português. Por isso, é necessário ritmo elevado desde o primeiro minuto e tentar resolver o jogo o mais cedo possível.

O golo de Rui Pedro pode ter mudado o contexto mas pode não ser suficiente para resolver problemas estruturais. Sei que dizer isto neste momento em que estamos todos muito contentes com os últimos resultados obtidos pode soar a contra-corrente e desmancha-prazeres, mas é bom que não nos esqueçamos que:
  1. Apesar dos desenvolvimentos recentes, a desvantagem de 4 pontos continua a ser enorme num campeonato como o português. Já se perderam pontos demasiado estúpidos, nomeadamente os perdidos em tondela e setúbal, duas equipas miseráveis, em que apenas se admitia a vitória. Enquanto esta desvantagem se mantiver, a nossa margem de erro é nula, não podemos errar, não podemos perder mais pontos para o líder. É óbvio que andar sempre a correr atrás do prejuízo desgasta muito mais psicologicamente do que estar na frente, e aí o papel do treinador é fundamental para estabilizar mentalmente a equipa;

  2. Para mim é fundamental que haja alterações no mercado de janeiro. Deixemo-nos de falinhas mansas, Depoitre tem sido miserável sempre que põe os pés em campo, Herrera está a tentar ser recuperado e até Brahimi já marca golos. Mas não consigo encontrar forma mais suave de dizer isto: é preciso despachar alguns jogadores, se possível fazer encaixe financeiro e ir buscar um avançado com números e historial que aconselhe a sua contratação. Todas as contratações têm a melhor das intenções e são como os melões (só depois de abertos...) mas é diferente ir buscar um jogador que marcava meia dúzia de golos na Bélgica ou ir buscar outro que já marcou dezenas deles em várias épocas em boas equipas e bons campeonatos. Não tenho dúvidas que uma boa aquisição para o ataque, que acrescente mais experiencia e qualidade que André Silva e Diogo J pode fazer toda a diferença lá mais para a frente da época.

  3. Por último, mas não menos importante. A sacramental questão das arbitragens. Para além de todos os problemas internos com que nos temos de debater, continuam os erros sempre mas sempre no mesmo sentido, ou seja, no sentido de favorecer o 1º classificado. Torna-se muito complicado lutar sempre contra tantos e tantos obstáculos e a verdade é que as coisas atingiram uma dimensão inimaginável. E também já começa a fartar o sentido dos erros, sempre mas sempre a favor do mesmo e contra os mesmos. Já farta e enoja, sinceramente...
PS: No sorteio da Champions, pior só mesmo o Barcelona... Mas é de momentos históricos em que ninguém dava um chavo pelo FC Porto que se fez a história europeia deste grande clube. Julgo até que teremos mais hipóteses agora que na mítica final de Viena ou que naquela eliminatória frente ao todo-poderoso Manchester de Ferguson em que embalamos rumo ao 2º título de campeão europeu. O objetivo principal da passagem da fase de grupos já foi conseguido, agora tudo o que vier será por acréscimo, há que desfrutar de uma eliminatória frente a uma das grandes equipas europeias da atualidade e tentar vencer. Porque é preferível cair a tentar vencer do que apenas tentar não perder. Foi de audácia, coragem e tenacidade que o grande FC Porto europeu foi construído. De uma coisa tenho a certeza, é uma ótima oportunidade desta equipa para entrar numa página de glória do clube, porque eliminar Roma e Juventus na mesma época, não é para qualquer equipa. FORÇA FC PORTO!!!