29 fevereiro, 2012

O Sol brilha

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Pois, o Tone está como o (nosso) Lucho.

O Sol brilha na Inbicta, desde a Alameda até às Fontainhas.
E nem os assobiadores conseguem ofuscar tal brilho.
Um Feirense de 2 linhas à Italiana a apelar à paciência e eles, entre um par de mãos cheias de pipocas, a assobiar ao primeiro passe falhado.
Eles assobiam e o careca, com pirueta artística, resolve.
Olé!!!

O Sol brilha na Inbicta, desde a Boavista até à Foz.
E de tal maneira que até faz sorrir o Zé do Laço.
Que até encadeia, uma vez mais, o Bosta da Liga, o Carrajola do CJ.

O Sol brilha na Inbicta, desde a Ribeira até aos Aliados.
E de maneira tão forte que até o Bino adormeceu, sentado no seu sofá de lixeira.
Adormeceu e teve um sonho.
Que na Sexta o Hulk centra e o careca, da pirueta, resolve.
Que para a semana os árbitros já não erram porque são humanos.
Que para a semana o Proença não sai de casa, nem para ir ao ginásio.
Que para a semana vão ser agendadas mais reuniões com um qualquer ministro.
Que para a semana o apito, estranhamente silencioso, vai tornar a ser assoprado.

O Sol brilha em Espinho, em todas as ruas que tem números como nome.
Vá lá Vitor, aproveita o sol, o sonho do Bino e demonstra de que tipo aço és forjado.
Contra tudo e contra tolos, assobiadores incluídos.
Apaga a luz do galinheiro!!!

Dragão ou Morcão?? Milan Stepanov.

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Milan Stepanov

Data de nascimento: 02-04-1983 (28 anos)
Posição: Defesa.
Clube anterior ao FC Porto: Trabzonspor.
Clube posterior ao FC Porto: Málaga.
Clube actual: Bursaspor.

Épocas no FC Porto: 2 (2007/08, 08/09)
Campeonatos ganhos no FC Porto: 2

Pontos de exclamação: Era um dos centrais-sucesso, um dos mais cobiçados do mercado nesse ido Verão de 2007. Mais uma vez o FC Porto chegou-se à frente, apresentou argumentos (4 milhões) e antecipou-se a alguns tubarões! Contratou Stepanov! Era suposto fazer esquecer Pepe, e durante as primeiras jornadas assim fez! Era alto, possante, rápido na antecipação, maaaas...

Reticências: Surge um fatídico jogo com o Liverpool e o homem enterra-se todo. Perde estatuto, perde confiança, e depois arrastou-se durante 1 época e meia até ao empréstimo final. Parece-me ser um caso de carreira que passou ao lado com alguma infelicidade.

Jogou com importantes figuras como: Helton, Pedro Emanuel, Lucho González, Lisandro López, Ricardo Quaresma.

O Jornal de Notícias da altura noticiava:
Branco é Grande Dragão, com 94% (91) dos 97 votos em equação. Cilindrou claramente as outras duas opções que se ficaram ambas com 3% dos votos, 3 cada uma para ser mais exacto. É que foi clarinho como a água.

O Teixeira voltou a matar a charada. Touché! Na próxima semana estará no cepo um avançado brasileiro, que foi, digamos que útil, bastante útil até, não sendo um fora-de-série, foi sem dúvida um bom avançado. O seu maior fã era João Baião. Quem será?

Saudações e bons votos,
Dragon Soul

Formação

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Na última semana (20 a 26 de Fevereiro), decorreram dezenas de jogos das mais diversas modalidades e escalões de formação, de onde destaco:
  • Em futebol (sub19), o FC Porto alcançou a sua 1ª vitória na Fase-final, derrotando no grande jogo da jornada, o Benfica por claros 3-0;

  • Os Sub17, com a vitória no passado domingo frente ao Sp. Braga, garantiram matematicamente o acesso à fase-final da prova;

  • Os Sub15 sofreram, mas alcançaram mais uma vitória;

  • Destaque para o inicio dos campeonatos nacionais de hóquei em patins.
Os destaques desta última semana, ficam aqui retratados, no entanto, se queres saber mais pormenores destas ou outras modalidades e/ou escalões de formação, convido-te a visitar o blog "BiBó PoRto Júnior", CLICANDO AQUI ou no banner respectivo aqui ao lado na sidebar lateral.

Pela nossa parte, apenas prometer continuar a desenvolver trabalho em prol do FC Porto, em regime de "voluntariado", da forma que melhor sabemos: com orgulho, com dedicação e com muita paixão.

Fiquem bem e até para a semana.
Pedro Porto

28 fevereiro, 2012

E tal como previ, o Sol brilha intensamente na Invicta!

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Depois de um fim-de-semana absolutamente inusitado, as modalidades do FC Porto voltaram ao seu normal com 100% de vitórias nos 5 jogos disputados de terça a sábado.

No ANDEBOL, a equipa está a apenas uma jornada do início da fase final, e espera por este próximo fim de semana para saber se a inicia com 2 ou 3 pontos de avanço sobre o 2º classificado (depende do que suceder no derby da 2ª circular este domingo).

No BASQUETEBOL, continua o rumo vitorioso e imponente dos comandados de Moncho Lopéz que chegaram neste último jogo aos 100 pontos, onde o rival perdera.

Por último, no HÓQUEI, o FC Porto venceu os 2 jogos desta semana, o 2º dos quais num recinto muito complicado (Almeirim) e perante uma arbitragem que nos dificultou bastante a vida.



ANDEBOL
(1º FC Porto-59 pts e 21 jgs; 2º Benfica-54 pts e 21 jgs; 3º Sporting-53 pts e 21 jgs)
  • Águas Santas 24-29 FC Porto
No jogo de quarta-feira em Águas Santas (onde marquei presença), o FC Porto entrou a todo o gás (3-9), mas permitiu uma aproximação dos Maiatos, que já na 2ª parte conseguiram até igualar o marcador (19-19). Depois, os Dragões demonstraram toda a sua força e venceram por 29-24, com uns últimos 10 minutos de grande nível.

Tiago Rocha e Pedro Spínola com 7 golos foram os mais inspirados logo seguidos por Gilberto Duarte e Ricardo Moreira com 5.

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  • FC Porto 43-31 Sp.Horta
No jogo de sábado, o Horta ainda respirou até aos 15 minutos, mas ao intervalo já se sabia quem ia ganhar o jogo (22-14). Vitória natural dos Dragões, com Gilberto Duarte (9 golos) e Tiago Rocha (8) a serem os mais eficazes, logo seguidos por Dario Andrade (6), Daymaro Sallina (4) e Wilson Davyes (4).

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O último jogo da fase regular é em Fafe, pelas 17 horas de sábado.



HÓQUEI EM PATINS
(1º FC Porto-45 pts e 16 jgs; 2º Benfica-43 pts e 16 jgs; 3º Candelária-36 pts e 15 jgs)
  • Paço de Arcos 4-7 FC Porto
Em Paço de Arcos, o FC Porto entrou a perder, mas ao intervalo já vencia por 1-4. Depois, já na 2ª metade, chegou aos 2-6, permitindo então uma aproximação dos homens da casa para 4-6, com a possibilidade de reduzirem para 5-6 de livre directo.

Nelson defendeu, e logo na jogada seguinte, Caio fez o 4-7, que acabou com o jogo a 6 minutos do fim. Os outros golos do Porto foram de Pedro Moreira (2), Reinaldo (2), Filipe Santos e Gonçalo Suíssas.

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  • Tigres Almeirim 1-2 FC Porto
Em Almeirim, o FC Porto suou bastante para vencer o desafio, só conseguindo o 2-1 a 9 minutos do fim (por Tiago Santos que bisou neste jogo), numa altura em que o jogo poderia cair para qualquer dos lados. O guarda redes dos Tigres fez uma grande exibição, mas foi impotente para evitar o oportuno desvio de Tiago após remate de Reinaldo.

Arbitragem com critérios muito desiguais em prejuízo do FC Porto, que tal como em Paço de Arcos, acabou com muito mais faltas que a equipa da casa.

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O FC Porto recebe agora o HC Braga, pelas 15 horas de sábado (RTP2).



BASQUETEBOL
(1º FC Porto-33 pts e 17 jgs; 2º Benfica-32 pts e 17 jgs; 3º Barreirense-30 pts e 18 jgs)
  • Sampaense 81-100 FC Porto
Num recinto onde o Benfica perdera, o FC Porto fez mais uma grande exibição, vencendo por números claros (chegou aos 100 pontos) e com vários jogadores com boas pontuações.

Reggie Jackson foi o homem em destaque, com 16 pontos, sendo também justo referir as boas performances de João Soares (10), Stempin (12), Rob Johnson (10), Carlos Andrade (13) e de João Santos (12 pontos com um 4 em 4 nos triplos).

MAIS INFORMAÇÕES DO JOGO AQUI

O próximo jogo é na Figueira da Foz, pelas 16 horas de sábado.



Saudações Portistas,
Lucho.

27 fevereiro, 2012

Castelo arrombado pelo bandido dá trono ao Dragão!

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FC Porto 2-0 CD Feirense

Liga 2011/12, 20ª jornada
26 de Fevereiro de 2012
Estádio do Dragão, no Porto
Assistência: 34.229 espectadores


Árbitro: João Ferreira (Setúbal).
Árbitros assistentes: Luís Ramos e Pais António.
Quarto árbitro: André Gralha.

FC PORTO: Helton; Sapunaru, Rolando, Maicon e Alvaro; Fernando, Lucho e João Moutinho; Hulk (cap.), Janko e Varela.
Substituições: Varela por James (29m), Sapunaru por Djalma (66m) e João Moutinho por Defour (77m).
Não utilizados: Bracali, Rodríguez, Alex Sandro e Otamendi.
Treinador: Vítor Pereira.

FEIRENSE: Paulo Lopes; Pedro Queirós, Varela, Luciano (cap.) e Serginho; Sténio e Cris; Miguel Pedro, Hélder Castro e Diogo Cunha; Buval.
Substituições: Miguel Pedro por Bamba (71m), Diogo Cunha por Fonseca (77m) e Cris por Thiago Freitas (85m).
Não utilizados: Douglas, Anderson, Stopira e André Fontes.
Treinador: Quim Machado.

Ao intervalo: 0-0.

Golos: Maicon (67m) e James (72m).

Cartão amarelo: Miguel Pedro (42m), Hélder Castro (44m), Fonseca (78m).

Cartão vermelho: Luciano (57m).

Como normal, voltamos a liderar o campeonato. Assim tem sido nos últimos anos, décadas... mas não queiramos agora embandeirar em arco. Mas sim é o um lugar que estamos mais que habituados e no qual só sabemos estar. Que seja até final e que melhor momento para assumir a o 1º lugar, do que na semana que antecede um clássico.

Jesus falou e disse: “os outros é que devem estar pressionados”...viu-se, não foi? “Todos queriam estar na nossa posição”...já estamos! Valeu...

Após a perda de 2 pontos ontem em Coimbra no exame chumbado do ex-líder, era mais que natural que que a equipa levasse um acréscimo de motivação e ambição para a partida de hoje. A oportunidade não podia, nem devia ser desperdiçada, sob pena de colocarmos tudo em causa novamente na Liga Portuguesa, após termos abandonado a Europa do futebol.

A crónica de hoje incide apenas na 2ª parte do jogo, pois não me foi possível ver a 1ª parte. Pelo que soube também teria pouco que dizer, pois terá faltado falta de velocidade, criatividade contra uma equipa bem organizada que nos havia tirado 2 pontos na 1ª volta e por momentos talvez alguma ansiedade em chegar ao golo. Nem parecia que queríamos ganhar este jogo, segundo consta, 45 minutos sofríveis. Os homens do castelo chegaram mesmo a criar perigo no decorrer desta metade.

Com uma alteração já efectuada por VP no decorrer da primeira metade, forçada, a saída de Varela para entrada de James, o Porto entrou com liberdade total para James, preferencialmente partindo de movimentos da lateral para o interior, definindo o lance com qualidade mais próximo da área. E rapidamente o Porto criou 2 lances de golo, nos quais Janko num deles fez brilhar Paulo Lopes, mais uma vez, e no outro num grande cruzamento de James, não foi eficaz de cabeça, quando tinha tudo para inaugurar o marcador.

A velocidade era elevada, a vontade e predisposição para o jogo era elevada, mas faltava por vezes essa mesma vontade em ter a bola, quando os fogaceiros tentavam construir lances ofensivos.

Aos 58min, momento do jogo. Boa desmarcação de Janko após mais um passe de James e no momento de recepção da bola a ser puxado pelo braço por Luciano. Grande penalidade, expulsão e oportunidade de ouro para Hulk. O brasileiro partiu para a bola e rematou sem convicção, fraco e rasteiro e Paulo Lopes meteu-a no bolso. Mantinha-se o impasse e nem de penalty marcávamos. Abro um parêntesis para falar de Hulk... não tenho gostado das exibições nos últimos jogos, desde que regressou de lesão. Muito complicativo, constantemente a tomar más decisões e hoje, quando era preciso rematar forte, com convicção, não o fez, tremeu. Desapareceu completamente do jogo após este lance, 30 minutos que nem se deu por ele…

Aos 65min e com mais um elemento em campo, Vítor Pereira arriscou, tirou Sapunaru e colocou Djalma para fazer todo o corredor direito, sempre com mais preocupações ofensivas. Não deu para ver o que poderia trazer ao jogo esta alteração, pois 3 minutos depois, num livre lateral, James (quem mais?) coloca a bola direitinha na cabeça de Maicon para inaugurar o marcador, finalmente. O Dragão suspirava de alívio.

Até ao 2-0 foi um saltinho. Ataque do feirense, recuperação do porto e uma forte transição ofensiva envolvendo James, Moutinho e Lucho que dentro da área coloca atrasado no colombiano para remate fraco, beneficiando de um desvio adversário e bola no fundo da baliza. O vencedor estava encontrado, pois o feirense, se na 1ª metade e até à expulsão ia incomodando, depois disso foi uma nulidade em termos ofensivos.

Faltavam 20min, e com a carga de jogos que têm existido e com semana de selecções, viagens e jogos, foi natural ver uma gestão da partida, só a espaços mudando a velocidade e sempre por James.

Somos líderes e o que ficará deste campeonato serão os números finais e a classificação. Gostem ou não, deixamos esta jornada em 1º, melhor ataque, melhor defesa, maior diferença de golos. E num campeonato no qual defrontamos uma super-equipa que é “mágica” e deixa de rastos todos os adversários, não é para todos… SOMOS PORTO!

Notas Positivas: a vitória que permite irmos à Luz em 1º.

Notas menos boas: pelo que parece, alguma falta de ambição na 1ªparte.

Melhor em campo: James.



DECLARAÇÕES

Vítor Pereira: "Muito satisfeito com os jogadores"

Vítor Pereira sintetizou a vitória do FC Porto no esforço dos jogadores, o espírito de grupo e a união, bem como com a "qualidade da segunda parte". E não falou sobre a deslocação à Luz, mas sempre disse que o jogador será preparado do ponto de vista teórico, devido aos jogadores que vão para as selecções.

Satisfeito por regressar à liderança. A equipa tem aguentado bem a pressão?
O FC Porto sabe que a partir de determinada altura não podia falhar, não pode perder pontos e tem ganho os jogos, tem somado os pontos e é isso que se pretende. Isso é normal nas equipas candidatas ao título. A pressão, desde que se consigam manter os níveis de ansiedade, é positiva. Obriga-nos a estar alerta, a estarmos no nosso máximo e o FC Porto precisa de pressão para estar no máximo.

Está confiante para o jogo da Luz?
Em relação ao jogo da Luz não vou falar. Falarei na altura própria. O Feirense veio ao Dragão com boa postura, bem organizado, criou-nos dificuldades, mas na segunda parte resolvemos bem. Vimos de uma série grande de jogos e quero dar os parabéns aos meus jogadores porque fomos capazes de chegar ao resultado.

Como vai gerir a preparação, com oito jogadores nas selecções?
62 por cento de posse de bola, 11 oportunidades de golo, o guarda-redes mais uma vez fez um grande jogo. Temos de dar mérito ao adversário também. Vou gerir da forma que posso, vou recuperar os jogadores que cá estão e os outros vão para a selecção. O próximo jogo será preparado do ponto de vista teórico, porque do prático não será possível.

A equipa voltou a só resolver no fim...
O FC Porto vem de uma sequência tremenda de jogos e os adversários jogam o seu jogo. Temos 90 minutos para ganhar os jogos, hoje foi aos 60 e qualquer coisa. O que interessa realçar é a união, o espírito de grupo e a qualidade da segunda parte. Há que valorizar isso e estou muito satisfeito com o comportamento dos jogadores.

Acha que é responsável pelo bom momento do Maicon?
Não. O Maicon é um excelente jogador e as coisas vão saindo com naturalidade. O Maicon está com uma maturidade muito grande, à conta dele, não à minha.

O Braga também é candidato ao título?
Eu tenho vindo, já não é de agora, a dizer que o Braga está entre os candidatos, porque tem provado dentro do campo que é candidato, com resultados e bons jogos. Está a lutar pelo título, com o FC Porto e com o Benfica. Temos de estar ao nosso melhor nível para irmos à procura do nosso grande objectivo da época, que é sermos campeões nacionais.

Por que é que o James Rodríguez voltou a começar no banco?
Não vou dar explicações públicas pelas opções que tomo.



RESUMO DO JOGO

Tribunal d'O JOGO - liga ZON Sagres 2011/12, 20ª jornada

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Tribunal O JOGO: FC Porto 2-0 CD Feirense
Árbitro: João Ferreira (Setúbal) / Árbitros assistentes: Luís Ramos e Pais António / Quarto árbitro: André Gralha.


Bem no penálti, mal noutros lances

Os nossos especialistas de arbitragem defendem ter sido correto o julgamento de João Ferreira na grande penalidade favorável ao FC Porto. Já na apreciação de outros lances, há uma clara tendência para apreciações negativas. Apesar de considerar terem sido decisões sem relevância, o trio encontrou motivos para dar dez notas negativas nos outros 12 lances apreciados...



57' Correta a decisão de assinalar grande penalidade a favor do FC Porto por falta de Luciano sobre Janko?

Jorge Coroado +
Indiscutível. Luciano agarrou no braço esquerdo de Janko, puxando e derrubando o avançado. Este estava enquadrado com a baliza e com a bola à mercê - o vermelho exibido foi corretíssimo.

Pedro Henriques +
Grande penalidade corretamente assinalada, pois Luciano agarra e puxa de forma deliberada o braço de Janko. O cartão vermelho também é bem exibido por o defesa destruir uma clara oportunidade de golo.

Paulo Paraty +
Janko, já isolado e com a bola controlada, é agarrado no seu braço esquerdo por Luciano. João Ferreira só podia adotar as soluções técnicas e disciplinares que tomou.



10' Luciano atinge Lucho com o cotovelo à entrada da área. Faltou sanção disciplinar?

Jorge Coroado -
Luciano saltou com o cotovelo sobre Lucho mais para o intimidar do que agredir. Assim, o cartão amarelo justificava-se por comportamento antidesportivo.

Pedro Henriques -
A decisão técnica (livre direto) foi corretamente assinalada. Contudo, ficou um cartão amarelo por exibir pela ação imprudente de Luciano.

Paulo Paraty +
Não. Luciano atinge Lucho com o braço, mas o livre direto é suficiente; trata-se de uma forma de atuação negligente.

26' Buval estava mesmo em posição de fora de jogo?

Jorge Coroado -
Buval não estava fora de jogo. Na esquerda da defesa, um portista colocava-o em posição legal. O inefável Pais António fez das suas.

Pedro Henriques -
Embora em lance de difícil análise, Buval está em linha com o penúltimo adversário no momento em que a bola lhe é passada. Fora de jogo incorretamente assinalado.

Paulo Paraty -
O lance é muito duvidoso, mas pela TV parece-me incorreta a decisão do assistente, que, mesmo em dúvida, deveria ter deixado seguir.

56' É correta a decisão de assinalar fora de jogo a Hélder Castro?

Jorge Coroado -
É duvidoso. Se deixa dúvidas, o benefício deveria atribuir-se ao atacante. Ah!, Pais António, a 70 metros, não tem dúvidas. Como poderia ter aqui?

Pedro Henriques -
Incorreta a decisão, pois Maicon coloca em jogo Hélder Castro no momento em que o colega deste lhe passa a bola.

Paulo Paraty -
É Maicon que coloca Hélder Castro em jogo. Mais um lance muito difícil, mas que, mesmo na dúvida, deveria ter prosseguido.

80' O livre indireto na área do Feirense foi bem assinalado, por bola presa de Siaka Bamba?

Jorge Coroado -
Lance rápido, sem objetividade, que o árbitro extrapolou fazendo má leitura. Bamba movimentava-se, e foi a bola que ficou presa e não ele que a prendeu.

Pedro Henriques -
Não. Só era jogo perigoso passivo e livre indireto se algum jogador do FC Porto fosse tentar disputar a bola com Siaka Bamba, o que não foi o caso.

Paulo Paraty +
Bamba prende a bola e é discutível se, com isso, causa jogo perigoso passivo. Valido a decisão de João Ferreira, pois um jogador do FC Porto ia disputar a bola.



Apreciação Global

Jorge Coroado
Num jogo simples e sem problemas de maior, o árbitro agiu quase sempre em conformidade, falhando em duas ou três situações de somenos.

Pedro Henriques
A principal decisão do jogo (grande penalidade e expulsão) foi correta, pelo que os pequenos lapsos ocorridos perdem a sua importância. Em suma, a arbitragem foi globalmente positiva.

Paulo Paraty
Apesar de algumas falhas ao nível dos foras de jogo, a arbitragem foi consistente e segura num jogo emotivo, com decisões difíceis e de risco.



fonte: ojogo.pt

26 fevereiro, 2012

Brilho de Barros e Capucho não evita derrota na Corunha

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Deportivo de La Coruña 12-11 FC Porto "Vintage"

Liga Fertiberia 2012, grupo 1, 2ª jornada
26 de Fevereiro de 2012
Pavilhão Isaac Díaz Pardo, na Corunha


Árbitros: Jaime Barcia e Emílio Bouzas.

CORUNHA: Carou; Jorge Andrade, Manjarín, Fran e Repi.
Jogaram ainda: Barral, José Ramón, César e Miguel.
Treinador: Paco Melo.

FC PORTO: José Carlos; João Pinto, Mário Silva, Capucho e Rui Barros.
Jogaram ainda: Daniel Correia, Bandeirinha, Luís Miguel, Paulo Meneses e Bessa.
Treinador: Luís Castro.

Ao intervalo: 9-5.

Golos: 2' Manjarín, 5' Repi, 6' Mário Silva, 9' Rui Barros, 15' José Ramón, 17' Barral, 18' Barral, 21' Capucho, 22' Rui Barros, 23' Fran, 24' Rui Barros, 26' José Ramón, 28' Repi, 28' Repi, 31' Barral, 34' Capucho, 37' Capucho, 43' Rui Barros, 47' Capucho, 47' Capucho, 48' Repi, 55' Rui Barros, 57' Repi.

Amarelos: 17' Bessa, 42' Fran, 50' e 60' Capucho, 58' Jorge Andrade, 60' Mário Silva.

Vermelho: 60' Capucho.

Cinco golos de Rui Barros e outros tantos de Capucho não bastaram para evitar a derrota da equipa “Vintage” do FC Porto, que perdeu, por 12-11, na noite desta sexta-feira, na Corunha, frente ao Deportivo, em jogo da segunda jornada do Grupo 1 da Liga Indoor Fertibéria.

Os Dragões, que atingiram o intervalo já em desvantagem (9-5), tiveram em Rui Barros e Capucho as suas principais figuras, com a dupla de atacantes a somar dez dos 11 golos da equipa. O golo restante, que é até foi o primeiro dos azuis e brancos, foi apontado por Mário Silva.

Enfraquecidos pelas ausências de Vítor Baía, Gomes, Pedro Emanuel, Folha e Paulinho Santos, os Dragões igualaram a partida (11-11) a cinco minutos do final, por intermédio de Rui Barros, depois de inteligentemente assistido por Capucho, mas acabariam por permitir que Repi resolvesse o encontro a favor do Deportivo, com apenas dois minutos para jogar.

Com a derrota na Corunha, os Dragões desceram à quarta posição do grupo, mas contando menos um jogo disputado do que Celta de Vigo e Sporting de Gijón, que ocupam a segunda e terceira posições da série, que passa a ser liderada pelo Deportivo.

Com oito golos e 46 anos, Rui Barros distingue-se já como um dos melhores marcadores da competição, somando menos um do que Juan Sánchez e Baraja, ambos do Valência.

Na primeira jornada, o FC Porto tinha vencido, por 11-10, o Sporting de Gijón, actual detentor do título, em jogo disputado a 3 de Fevereiro, no Dragão, onde o “Vintage” azul e branco regressa, ainda em data a definir, para receber o Málaga, sexto e último classificado do grupo.

fonte: fcporto.pt e ligafutbolindoor.es

Importância relativa

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Depois de ter coligido exaustivamente o que a comunicação social do Regime escreveu sobre o Porto nos últimos tempos, cheguei a uma conclusão que me parece interessante. Quando o FC Porto ganha e joga mal, os jornais e comentadores escrevem "O FC Porto ganhou, mas jogaram mal". Quando, pelo contrário, o FC Porto joga bem mas perde (como aconteceu esta semana com o City), os jornais e comentadores escrevem "O FC Porto jogou bem, mas perdeu". Reparem como a adversativa ("mas") é sempre colocada imediatamente antes do aspecto negativo com o intuito de o realçar.

Por exemplo, é raríssimo (senão impossível) ouvir um jornalista dizer "O FC Porto jogou mal, mas ganhou" ou "O FC Porto perdeu, mas jogou bem". A importância da exibição versus resultado no debate do futebol português, flutua conforme o FC Porto consegue uma ou outra. Acho que isso dá bem nota da nossa grandeza. Se conseguimos uma boa exibição com um mau resultado, nessa semana, os jornais decretam que o mais importante no futebol são os resultados. Se conseguimos um bom resultado com uma má exibição, nessa semana, é estabelecido que, no futebol, o espectáculo é que conta. Esta temporada, ainda não houve uma única semana em que aquilo que nós conseguimos fosse ao arrepio do decretado pelos pasquins do Regime.

E quando finalmente conseguimos conciliar uma boa exibição com um bom resultado? Nessa semana, a questão essencial é encher capas com "eventuais" contratações de pseudo-craques por parte dos clubes da Segunda Circular - jogadores esses que, quando são bons, até acabam por vir para o Porto.

Mais um labrego no comentário futebolístico

Esta semana, ficou também marcada pelo aparecimento de um sabujo da Reboleira, que promete dar cartas no panorama do comentário futebolístico nacional. Chama-se JJ e conseguiu um 2 em 1 notável, só ao nível dos maiores labregos: fez a antevisão do Académica-Benfica, enquanto fazia o rescaldo do Manchester City-FC Porto. Ao contrário do que possam pensar, não é minha intenção censurá-lo por isso. Aliás, tendo em conta o seu mais que previsível despedimento no final da época, parece-me uma excelente ideia que se comece já a habituar ao papel de comentador desportivo. É como dizia o outro: quem sabe fazer coisas, faz, quem não sabe, comenta.

Referindo-se ao nosso jogo com o City, JJ disse que "esperava uma eliminatória mais equilibrada". Em primeiro lugar, constatar que o treinador dos nossos rivais tinha esperanças a nosso respeito. Depois, em nome de todos os Portistas, queria pedir desculpas ao treinador dos lampiões por não termos sabido corresponder às expectativas que depositava em nós. Aliás, todos os Portistas estão desolados por a nossa equipa não ter sido capaz de corresponder à confiança de JJ. Não era nossa intenção desiludi-lo.

Ficamos também a saber que "todas as equipas queriam estar no lugar dos lampiões". Sim senhor, é verdade e confirmo. Afinal trata-se de um clube que não ganha nada há quase dois anos, está a um passo de ser eliminado da Champions (uma mera questão de tempo), já foi eliminada da Taça de Portugal e a poucos dias de perder a liderança no campeonato? É impossível imaginar um clube que não quisesse estar nesta situação.

Para finalizar e em jeito de retribuição da confiança que depositou no FC Porto, prevejo um futuro brilhante de comentador para o treinador dos lampiões. Aliás, a única coisa que lhe falta é umas aulas básicas de português do género daquelas que os imigrantes ucranianos fazem à pressão para conseguir o passaporte. Ah, já agora, um conselho de amigo. Não escolha o mesmo professor que o jagunço do JVP. Para quem nunca teve o privilégio de ler, as crónicas de João Pinto n'O Jogo são uma espécie de Teste de Rorschach: de cada vez que uma pessoa olha para lá, descobre um erro ortográfico diferente. É maravilhoso. Enquanto jogador, este labrego dedicava-se a espancar árbitros; enquanto comentador, dedica-se a espancar a Língua de Camões. Sempre apreciei a coerência.

"Vamos atrás do título"

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O FC Porto "vai jogar para ganhar e vai ganhar" a partida contra o Feirense (domingo, 20h15). É esta a convicção de Vítor Pereira e da equipa campeã nacional, nas vésperas de "mais um jogo fundamental" na corrida pela revalidação do título.

O jogo com o Feirense surge numa altura em que os Dragões recuperaram pontos para o líder. Como perspectiva esta partida?
É um jogo fundamental para nós. Sabemos que temos de conquistar os três pontos, se possível com um bom jogo. Esta é uma equipa que em sua casa nos subtraiu dois pontos, por isso temos de estar concentrados e no máximo das nossas capacidades e potencial para vencer o jogo.

As estatísticas valem o que valem, mas o FC Porto nunca perde duas vezes consecutivas. Responde sempre bem. Que imagens guardam os jogadores do último jogo?
Relativamente ao jogo com o Manchester City recusamos fazer o papel de coitadinhos, porque não o somos nem o fomos. Jogamos com os nossos argumentos, com a nossa qualidade, jogamos com bola, como gostamos, a dominar, a criar ocasiões de golo. Não houve um FC Porto a jogar diferente do que é habitual, foi um FC Porto igual a si próprio, que defrontou uma equipa forte. Também quero dizer que não somos uma equipa que vive de vitórias morais, nem gostamos delas. Neste clube vive-se e aceitam-se vitórias concretas, é essa a nossa forma de estar. Recusamo-nos a aceitar e a deixar-nos enganar pelos que querem resumir a eliminatória ao resultado final das duas mãos, à diferença de golos. Foi de facto uma eliminatória em que o resultado final não orgulhou, em que foi demasiado pesado. Mas fizemos no primeiro jogo 10-15 minutos muito bons, em que num erro nosso o City fez o golo. O Manchester City apresentou-se a jogar no nosso erro, de forma cínica, e foi feliz. Na segunda mão tivemos aquela infelicidade logo aos 20 segundos mas assumimos o jogo e quisemos ir atrás do resultado e da eliminatória. É natural que por todo o esforço, e com a expulsão, os dez minutos finais se tenham desenrolado daquela forma. Quem se quiser enganar e quiser enganar as pessoas focando-se só no resultado pode fazê-lo, mas a nós não enganam. Sabemos o que fizemos bem e o que não podemos voltar a fazer. Não saímos como coitadinhos. Nunca o fomos.

Ficou surpreendido com a recepção dos adeptos no aeroporto? Era o que a equipa precisava?
O FC Porto tem adeptos muito exigentes, mas eles também sabem dar valor quando a equipa se entrega de corpo e alma. Foi o caso.

Ficou satisfeito com a prestação de Alex Sandro nestes dois jogos? Hulk está a corresponder?
Normalmente não individualizo. O futebol é um jogo colectivo e eles respondem enquanto equipa. Em termos gerais gostei do comportamento da equipa nestes jogos.

Que comentário faz à declaração de Paulo Bento, quando diz que FC Porto e Benfica não têm de se preocupar com o estado em que vão chegar os convocados para a selecção?
Tenho o máximo respeito pela selecção nacional e pelo seleccionador, mas quero ver a minha equipa totalmente concentrada no Feirense, no que é um jogo fundamental para nós. Quero falar sobre esse jogo.

O Feirense foi a primeira equipa a tirar pontos ao FC Porto. Acha que isso pode voltar a acontecer, mesmo sendo o jogo no Dragão?
Não pode voltar a acontecer. Não podemos perder pontos. Temos de ganhar e vamos jogar para ganhar e vamos ganhar. Não podemos perder meio ponto, sequer.

Sobre a questão disciplinar, que tanto tem afectado os centrais e o força a mudar a equipa. Tem explicação?
Uma equipa como a nossa gosta de jogar com bola e é agressiva quando perde o esférico. Essa agressividade está patente no nosso trabalho diário e não posso criticar os jogadores quando fazem o que lhes é pedido, o que é treinado. Não falo dos cartões amarelos criados por palavras ao árbitro, como é lógico, esses condeno. Já conversamos sobre isso cá dentro, temos de o evitar. Agora, quanto aos cartões provocados pela exigência do jogo, pela resposta aos lances do jogo, pela agressividade na procura da bola, na recuperação de bola, não tenho nada a apontar.

Ver André Villas-Boas ao lado de Pinto da Costa, em Manchester, incomodou-o?
Já disse mais do que uma vez que o André é meu amigo. Fiquei contente por tê-lo lá, por revê-lo. É um amigo e um adepto fervoroso do FC Porto. Sei que estava a torcer por nós e pelos nossos objectivos. Porque haveria de me incomodar com a presença de um amigo?

Ficou satisfeito com a derrota do Benfica em Guimarães?
Isso é um problema do Benfica, não nosso. No nosso campeonato sabemos bem o que queremos. Queremos o título e vamos atrás dele com todos os nossos argumentos, com tudo o que temos.

Com a eliminação da Liga Europa a equipa está apenas concentrada no campeonato. É uma vantagem?
Gostaríamos de estar em todas as provas, como é lógico. Temos que assumir as nossas responsabilidades. Infelizmente não foi possível continuar em prova. Agora temos o campeonato, que foi sempre o nosso maior objectivo, o objectivo fundamental da temporada, e vamos procurar concretizá-lo. Na Taça da Liga igual. Vamos querer ganhar as competições onde estamos inseridos.

O FC Porto agora depende de si próprio no campeonato nacional. Promete aos adeptos que vai ser campeão?
Não podemos prometer isso, ninguém pode. O que podemos prometer, e prometemos, é que vamos fazer tudo ao nosso alcance no sentido de revalidarmos o título e darmos essa alegria aos adeptos. Tudo faremos.

Qual é a melhor equipa portuguesa neste momento?
Já em temos respondi a essa questão. Não é algo que se possa avaliar levemente. Mesmo no ano passado, com a época fantástica que fizemos, quando ganhamos tudo, tivemos momentos menos bons, em que valeu o esforço e a atitude para ganharmos alguns jogos.

Não ter James para o clássico preocupa-o?
Ele chega a tempo do jogo. A questão será mais em que condições chega. Teremos de avaliar o estado do jogador quando nos chegar às mãos, mas na data do jogo ele vai cá estar connosco. Decidiremos nessa altura se é utilizado ou não. Depende das condições que apresentar.

fonte: fcporto.pt



LISTA OFICIAL DE CONVOCADOS

Guarda-redes: Helton e Bracali;
Defesas: Sapunaru, Maicon, Rolando, Otamendi, Alvaro Pereira e Alex Sandro;
Médios: Fernando, João Moutinho, Defour, Lucho González e Cristian Rodríguez;
Avançados: Hulk, James, Varela, Djalma e Janko.

25 fevereiro, 2012

Olha, foderam-se outra vez!!

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ACADÉMICA 0-0 SL MERDA


Embrulhem que é para oferecer. Este, foi só mais um ensaio à vossa dor.

É favor preparar o salão de festas de Carnide para sexta-feira... porque o CAMPEÃO voltou!!!

Trrrrrrrrrrremam cães, que esse vosso cú já arde em lume brando!!

Página virada

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30 horas de cansaço e esperas: das 6 da manhã de Quarta, já aí com o sono em falta, ao meio-dia de Quinta, desfeita em cacos. Esperas por aviões, por comboios, por controlos de segurança, pelo fim de viagens cujo único interesse era o destino. No fundo, tudo uma longa espera pelo apito inicial. E depois do apito final, uma longa espera pelo regresso a casa. No meio, os 90 minutos que justificam tudo o resto.

Apesar do péssimo resultado em casa, eu ainda acreditava. Acreditava com o coração, porque é no coração que guardamos aquele restinho de fé quando a cabeça já não tem espaço para ilusões e os braços pedem para baixar. Foi assim que comecei o jogo, e aquele golo logo no início nem fez assim tanta diferença - o que já parecia quase impossível, quase impossível continuou. Mas não foi assim por muito tempo. Ao ver a equipa a entrar verdadeiramente no jogo, ao ver a tenacidade e a crença com que abordava os lances, na minha cabeça o impossível foi-se tornando possível. A certa altura quase provável! Achava mesmo que marcaríamos um golo, e esse golo mudaria tudo, e preenchidos por um renovado vigor arrancaríamos para uma avalanche de ataque que nos daria o segundo golo. E depois estaria tudo em aberto. Sei que a nossa defesa também tremia por todos os lados e que apesar do nosso volume de jogo estiveram eles mais próximos do 2-0 do que nós do 1-1, mas a garra que via em campo levava-me a crer que poderíamos resistir. Poderia ser uma tarde épica. Cheguei mesmo a acreditar. E naquela fracção de segundo antes de me aperceber de que o golo que marcámos tinha sido anulado, a fé explodiu-me do coração e chegou a ser palpável à minha volta.

Mas o golo foi anulado. O tempo esgotava-se, e dali a pouco veio o golpe final. Depois disso perdemos a cabeça. É o resultado que fica para a história, eu sei, mas não posso dizer que tenha ficado de rastos. Fiquei triste pela derrota, revoltada pelo peso de mais uma goleada sofrida, e desta vez contra um clube que nada mais é do que o brinquedo de um milionário mimado. Clubes como o Manchester City e o Chelsky metem-me nojo, são parte flagrante daquilo que está a destruir este desporto que eu amo e a arrogância injustificável dos seus adeptos é-me verdadeiramente insuportável. E ter que ficar ali no estádio, derrotada e goleada, a aturar provocações desprezíveis não foi nada agradável. Mas vi empenho e vi garra, coisa que esta época tem escasseado, e saí do estádio de cabeça erguida. Sim, fomos goleados por um clubezeco. Já fomos goleados outras vezes. Em Inglaterra, na Holanda, em casa pelo Nacional. Perdemos em casa com um clube eslovaco que a maioria de nós nem sequer sabia que existia. São páginas negras da nossa história, mas viram-se. Esta já está virada.

Concentramos agora toda a nossa atenção no campeonato, que afinal de contas sempre foi a prioridade. Não acreditava que o clube do regime perdesse pontos, sobretudo dadas as arbitrariedades tão frequentes nos seus jogos (se é que me entendem), mas perdeu. De repente, a porta voltou a abrir-se. Dependemos apenas de nós. Não será fácil, eu sei. A equipa é a mesma, o treinador é o mesmo, em teoria nada mudou. Mas mudou. Está tudo nas nossas mãos, e isso faz toda a diferença.

Mais uma vez, é com o coração que acredito. Mas se é ele quem bomba o sangue azul que nos corre nas veias, que bombe também a fé e a perseverança, que nos inunde o corpo e a alma da célebre mística que fez de nós o que hoje somos. Não, esta definitivamente não é uma das nossas melhores épocas. Mas vamos ser campeões!

Capítulo 6: 1951 a 1960 - Contestação a Lisboa; a "dobradinha" (Parte I)

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FCPorto – Dragões de Azul Forte
Retalhos da história, conquistas e vitórias memoráveis, figuras e glórias do
F. C. do Porto


Capítulo 6: 1951 a 1960 – Contestação a Lisboa; a “dobradinha” (Parte I)

Época 1950-1951

Volta a Portugal em Bicicleta
13 Ago.1950 – Ponto final na XV Volta a Portugal em Bicicleta. Vencedor: Dias dos Santos (FCP), pela segunda vez consecutiva; FC Porto, 1.º por equipas, seguido do Benfica e do Sporting.
Dias dos Santos percorreu os 2859 quilómetros do percurso em 92H.46M.40S. O segundo classificado foi Mário Fazzio (Sporting) e o terceiro Moreira de Sá (FC Porto).

Êxitos no ciclismo do FC Porto
A década de 50 foi de sucesso para o ciclismo do clube em participações na Volta a Portugal. Durante esse período, o FC Porto foi 4 vezes vencedor individual (1950, 1952, 1959 e 1960) com Dias dos Santos, Moreira de Sá, Carlos Carvalho e Sousa Cardoso e 5 vezes vencedor colectivo (1950, 1952, 1955, 1958 e 1960).

8 Out.1950 – O austro-húngaro Anton Vogel assumiu o cargo de treinador do FC Porto e logo com uma vitória gorda sobre o Benfica. Reboredo não havia sido feliz e, sem surpresa, foi substituído, embora a equipa estivesse no 2.º lugar do Campeonato desta época.

8 Out.1950 – FC Porto bate o Benfica, na Constituição, por 5-2. Vitória por números que atestam a superioridade portista. Na partida alinhou Araújo que, sob vigilância médica, foi autorizado a dar o seu contributo à equipa. Não se notou o mal de que padecia e saiu como herói renascido, aplaudido pelas bancadas em euforia.
• 15 Out. – A façanha ante o Benfica deu ânimo aos sonhos portistas. Mas, oito dias depois, no Lumiar, derrota, por 1-2. Neste desafio registaram-se lamentáveis incidentes: o quezilento sportinguista Mário Wilson, que logo na primeira parte tivera entrada dura ao estômago de Pinto Vieira, lançando-o três minutos para fora de campo, envolveu-se depois com Ângelo Carvalho a quem pontapeou com violência. O portista reagiu, acabando ambos por ser expulsos.
• 29 Out. – Ao empatar em Braga a um golo, o FC Porto permitiu que o Sporting aumentasse para quatro pontos a sua vantagem.
• 12 Nov.1950 – O líder Sporting goleou o Belenenses, 6-2, mas os escândalos da jornada aconteceram no Campo Grande e na Constituição. O Benfica perdeu, por 2-3, com o Estoril e o FC Porto baqueou diante do Sporting da Covilhã, por 1-2. Com nove jornadas disputadas, os “leões” detinham seis pontos de vantagem sobre o FC Porto, o Atlético e a Académica. O Benfica, em sexto lugar, estava a sete pontos.
• 19 Nov. – O FC Porto perdeu em Setúbal por 3-0 e só se manteve no segundo lugar porque o Atlético, a Académica, o Estoril e o Benfica também ficaram em branco.
• 26 Nov. – O Vitória de Guimarães impôs a primeira derrota ao Sporting. E logo em Lisboa: 2-3. Impressionante: aos seis minutos de jogo os lisboetas já venciam por 2-0. Depois...

26 Nov.1950 / 7 Dez.1950 – Entretanto Anton Vogel era despedido em 26 de Novembro e o húngaro Dezso Gencsy assinou contrato em 7 de Dezembro. Não se percebia bem o porquê de tantas mudanças no comando técnico da equipa portista. Vogel esteve apenas, pasme-se, 49 dias ao serviço do FC Porto (8 de Outubro a 26 de Novembro/1950)…!!!

17 Dez.1950 - À 14.ª jornada o FC Porto continuava a seis pontos do Sporting e a essa distância terminou o ano.
• 1 Jan.1951 – Antevia-se um mês de Janeiro difícil para o FC Porto. Mas começou muito bem goleando o Boavista no Bessa (6-2).
• 7 Jan. – O FC Porto, jogando em “casa”, impôs uma pesada derrota de 7-0 ao Olhanense e reduziu para cinco pontos a desvantagem para o líder.

• 14 Jan. – O FC Porto bateu o Benfica, no Campo Grande, por 2-0, com dois golos de Monteiro da Costa. Gencsy considerou o desfecho histórico. Mas mais exultou Barrigana, como se nesse jogo tivesse chegado à glória como nunca antes: "Tenho tido muitas alegrias, porém como a de hoje, nenhuma. Faltava-me ganhar ao Benfica na sua própria casa." Ted Smith, treinador benfiquista, resignado, disse apenas que ganhara "a melhor equipa".
• 21 Jan. – Na 18.ª jornada do Campeonato, o FC Porto ao superar o Sporting (3-0), no velhinho e acanhado Campo da Constituição, reduziu para três pontos a desvantagem em relação aos "leões". A esperança renascia.
O jogo não se transformou em tragédia porque os deuses não quiseram. Ainda antes de a partida se iniciar, a vedação do campo rebentou sob o impulso da mole humana, um garoto caiu e precipitou-se sem nunca largar a bandeira do seu amado FC Porto. Ficou sob a avalancha, acabando, milagrosamente, por sofrer apenas pequenas escoriações. Pouco depois, outra vedação do alquebrado campo não resistiu à pressão e tombou. Mais quedas, mais escoriações, mas nada de muito grave. A vitória portista também ajudou a esquecer as dores…
• 28 Jan. – Na derrota do FC Porto com o Atlético na Tapadinha, por 1-4, várias escaramuças se registaram, dentro e fora do terreno, resultado ainda da guerra aberta pelo ingresso de Vital, ídolo alcantarense, no Porto. O portista Ângelo Carvalho queixou-se de Ben David: “O avançado do Atlético atirou-se sobre mim e com o piton deixou-me o pé neste estado”. Em muito mau estado... Alfredo bradava contra o árbitro: “aceitar esta derrota torna-se difícil e nem um espírito forte é suficiente para lutar sob a coacção de um árbitro que nos prejudicou imenso”.
• 4 Fev.1951 – O FC Porto, já de esperança desfeita, perdeu em Coimbra (1-0).
• 11 Fev. – A vitória portista na Covilhã (2-1) não impediu que o Sporting fosse já o virtual campeão.
• Mar.1951 – A derrota dos azuis-e-brancos com o Estoril Praia, na condição de visitantes, permitiu que Sporting terminasse o Campeonato com 45 pontos, mais 11 que o FC Porto, mais 15 que o Benfica e o Atlético.
• Receitas – Terminado o Campeonato, as receitas brutas de bilheteira ascenderam a 8148 contos; o FC Porto arrecadou 538 contos, o Sporting 847 e o Benfica 738 contos. O exíguo Campo da Constituição continuava a limitar os ganhos do clube da Invicta. Seria por pouco tempo.

Uma equipa do FC Porto na época 1950-51.
Da esquerda para a direita, em cima: Joaquim Machado, Pinto Vieira, Virgílio, Ângelo Carvalho, Alfredo Pais e Barrigana; em baixo: Sanfins, Nelinho, Monteiro da Costa, José Maria e Carlos Vieira.

Gencsy, Dezso Gencsy (n. Budapeste, 2 Nov.1897 – m. Porto, 8 Abr.1977), futebolista húngaro, iniciou a carreira em “casa”, no Nemzeti de Budapeste. Mudou-se para a Alemanha em 1921, jogando durante três temporadas no FC Saarbrücken e uma na União de Hamburgo. Em 1925 foi para Itália onde jogou pelo Derthona e pelo Génova, antes de se retirar em 1927.
• Tendo abraçado a carreira de treinador, veio para Viana do Castelo treinar o Vianense na época 1934-35. Na temporada seguinte orientou a equipa galega do Desportivo da Corunha. Deixando Espanha, regressou a Portugal e ingressou no FC Porto onde esteve entre Dezembro de 1950 e Junho do ano seguinte. Obteve o 2.º lugar no Campeonato Nacional.
• Gencsy era um excelente xadrezista com a categoria de Mestre. Radicado no Porto, aqui morreu em Abril de 1977.
Carreira no FC Porto
7 Dez.1950 a 17 Jun.1951

• 14 Abr.1951 – O FC Porto apurou-se para os quartos-de-final da Taça de Portugal com uma vitória de 11-1 sobre o Olhanense, no Porto, após um nulo em Olhão.
• 29 Abr. – Nos quartos-de-final o destaque vai para o Belenenses que arredou os portistas da competição. Depois de terem batido o FC Porto nas Salésias, por 2-0, os belenenses resistiram estoicamente no Campo da Constituição, empatando a zero golos.

17 Jun.1951; Jul.1951 – Mais uma “chicotada psicológica”… Dezso Gencsy era despedido em 17 de Junho de 1951. Consequência: em Julho, regressou ao FC Porto o argentino Eladio Vaschetto que por cá já tinha passado e que foi o treinador protagonista da vitória sobre o Arsenal, em Maio de 1948, sendo por isso carinhosamente apelidado de “homem do Arsenal”. (Ver biografia de Vaschetto em http://bibo-porto-carago.blogspot.com/2011/11/capitulo-5-1941-1950-o-centralismo-da.html)

26 Jun.1951 – Momento de grande simbolismo para atletas e adeptos: lançada a semente da relva do Estádio das Antas.

27 Jul.1951 – O Dr. Urgel Horta sucede a Ribeiro Campos na presidência do FC Porto e vai ficar à frente dos destinos do Clube até ao ano de 1954. Já tinha exercido o cargo entre 1928 e 1929.

Dr. Urgel Júlio Horta (n. Felgar, Moncorvo, 17 Jun.1896 – m. 1971), formado em medicina pela Universidade do Porto, especializou-se em oftalmologia, em Paris, e é autor de várias obras literárias. Foi presidente do FC Porto por duas vezes: em 1928-1929 e em 1951-1954.
• Em 13 de Março de 1928, no seu primeiro mandato, ao FC Porto é atribuído o estatuto de Instituição de Utilidade Pública. Coube-lhe a contratação do treinador Yozhef Szabo que revolucionou o futebol do Clube e do País.
• Durante o seu segundo mandato é inaugurado o Estádio das Antas, "casa" portista durante 52 anos. Se Cesário Bonito ideou e fez arrancar o projecto das Antas, Urgel Horta foi o presidente da obra feita. Um presidente de palavra que, com o clube a atravessar uma grave crise financeira e com as obras do estádio a meio, prometeu resolver os problemas maiores e prosseguir com o projecto das Antas. E cumpriu. Um homem de palavra!
• Como Presidente teve o privilégio de assistir à conquista pelo FC Porto do primeiro Campeonato Nacional da 1.ª Divisão, em duas modalidades: Hóquei em Campo (1951-52) e Basquetebol (1951-52). No basquete o FC Porto venceu o Campeonato pela segunda vez consecutiva na época 1952-53.
Em 1952 o FC Porto sagrou-se, finalmente, Campeão Nacional de Atletismo por equipas (ar livre). Foi uma vitória brilhante, fruto do trabalho soberbo que a secção desenvolvia no Clube. Em Setembro do mesmo ano foi inaugurada a pista de atletismo, em cinza, no Estádio das Antas.
Ainda em Set.1952, o portista Moreira de Sá venceu a XVII Volta a Portugal em Bicicleta. Em Andebol de 11, o FC Porto revalidou, em 1953-54, o título de Campeão Nacional, sendo o Tri do Presidente.
No futebol, apesar do arredo de conquistas, Urgel Horta não deixou que se desfalecesse e preparou o Clube para o futuro. Fez ingressar na equipa três africanos, Albasini (médio), Carlos Duarte e Fernando Perdigão (avançados), e foi buscar António Teixeira (avançado), que brilhara no Vitória de Guimarães. Em finais de 1952 conseguiu que Pedroto (médio) também viesse, protagonizando a maior transferência do futebol português até então. Futebolistas que iriam revelar-se de utilidade inegável, contribuindo para a retoma de títulos e conquistas sublimes.
• O Dr. Urgel Horta “tinha um profundo orgulho na cidade do Porto e na sua evolução, um cenário onde se integrava totalmente o FC Porto. Se há coisa que ele fez, foi dar sempre tudo em prol do clube”. Homem do regime foi deputado à Assembleia Nacional.
• Urgel Horta, o homem, o presidente, a quem o FC Porto muito deve.

Ângelo Carvalho – Ângelo Ferreira de Carvalho (n. 3 Ago.1925 – m. 8 Out.2008), defesa-esquerdo de uma grande entrega e eficácia, proveio da escola de jogadores e, como senior, vestiu a camisola do FC Porto durante 11 épocas.
• Temperamental, era um jogador dinâmico, ousado, destemido e com qualidades técnicas suficientes para singrar em qualquer equipa portuguesa.
• Começou a impor-se na turma portista sobretudo a partir da época de 1947-48. O aguerrido defesa, oriundo de uma família de 23 (!) irmãos (12 tinham morrido entretanto), participou em 20-10-1947 na espectacular vitória (1-0) do FC Porto sobre o Valência, campeão de Espanha, no seu próprio terreno. Foi uma das grandes figuras da equipa e nesse jogo, inesquecível para si, Ângelo Carvalho viveu para além do prazer de uma grande tarde, incidente insólito: um espectador atirou-lhe uma garrafa à cabeça, ferindo-o ligeiramente. Ele pegou no projéctil e queixou-se ao árbitro, Pedro Escartin, que lhe pediu “desculpa como espanhol”. Depois, suspendendo o jogo, Escartin dirigiu-se a um polícia, apontou o espectador e intimidou o agente da autoridade: “Prenda-o à minha ordem”. E o agressor preso ficou...
• Ângelo Carvalho chegou a “capitão” da equipa portista e da Selecção Nacional pela qual fez 15 jogos. Estreou-se pela Selecção em 9 Abr.1950, em Lisboa, frente à Espanha (2-2) em jogo da qualificação para o Mundial/1950. Fez o seu último encontro com a “camisola das quinas” no Estádio das Antas, em 22 Mai.1955, com uma saborosa vitória por 3-1 ante a fortíssima Inglaterra. Alinhou ao lado de Pedroto (FC Porto), Matateu (Belenenses), Travassos (Sporting) e José Águas (Benfica). Para se aquilatar da valia do defesa portista, diga-se que, entre todos os jogadores que alinharam naquela partida, era de longe (com 15 jogos) o mais internacional a seguir a Travassos. No início foi uma revelação, depois tornou-se imprescindível e acabou como insubstituível, embora Yustrich…
• Com a chegada de Yustrich ao FC Porto, foi relegado para o Salgueiros antes do início da época 1955-56, com Barrigana e Porcel. Mais tarde, regressou ao FC Porto como impulsionador do “Departamento de Veteranos".
• O “mítico” Ângelo Carvalho foi uma figura distinta do FC Porto e do futebol português. Uma glória do Clube!
Carreira no FC Porto
1943-44 a 1954-55
Palmarés
4 Campeonatos do Porto
[Fontes: várias, incl. fcporto.blogspot.com]

A honra do Clube nas mãos dos andebolistas
O FC Porto, ao bater o Sporting por 3-1, venceu, mais uma vez, o Campeonato Nacional de Andebol de 11. Neste ciclo era o terceiro título consecutivo, o Tri.



  • No próximo post.: Capítulo 6, 1951 a 1960 – Contestação a Lisboa; a “dobradinha” (Parte II) – Época 1951-52; Campeonato Nacional; a demolição do Palácio de Cristal; II Cortejo de Materiais com vista à construção do novo estádio.

24 fevereiro, 2012

Badamerda

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O Almirante Pinheiro de Azevedo passou à história não só por ter sido Primeiro-Ministro de Portugal numa época especialmente conturbada, mas também por ser autor de algumas expressões que ficaram para o léxico cá do burgo. Uma delas terá sido, numa altura em que ficou preso na residência oficial em São Bento, a célebre “não gosto que me sequestrem, sei lá, é uma coisa que me chateia”.

Quando ouvi o nosso treinador dizer que tínhamos feito um grande jogo em Manchester pensei “não gosto que gozem comigo, sei lá, é uma coisa que me chateia”. Confesso também que soltei uma das expressões favoritas do grande Almirante “olha pá, badamerda”.

Eu não sei que clube o Vítor Pereira pensa que treina, mas eu informo-o: é o F.C Porto, e um treinador do Porto, depois de levar quatro, não diz que fez um grande jogo. Que o treinador do Marrazes numa visita ao Dragão leve um cabaz e diga que fez um grande jogo, é compreensível, que o líder do F.C. Porto, um clube que já ganhou 7 provas europeias e 26 campeonatos nacionais, se alegre com o facto de sair humilhado dum campo dum clube que ganhou uma taça europeia, que até já nem existe, não se entende. Ou melhor, entende-se: fica claro que ou teve umas frases infelizes e portanto devia pedir desculpas pelas ter dito, ou, pura e simplesmente, não tem dimensão para ser treinador dum dos maiores clubes do mundo. E, atenção, um acidente pode acontecer. Sabe Deus que não é o primeiro, mas não tenho memória dum treinador do Porto papar quatro ou cinco e dizer que a equipa fez um grande jogo.

Alguém de direito devia dizer também ao Vítor Pereira que no futebol ganha quem marca golos, quem gosta de notas artísticas vê patinagem sobre o gelo ou mergulhos para a piscina.

Eu sei que não se pode ganhar todos os anos, eu sei que não se pode fazer sempre grandes exibições, sei perfeitamente que esta época não é a pior, longe disso, a que já assisti, mais, o campeonato está em aberto, e eu como eterno crente acredito que ainda vamos ser campeões. Mas, porra, estou farto de humilhações: três secos em Coimbra, eliminação ás mãos do poderoso Appoel e agora levar 6 a 1 do Manchester City. Já chega.

Já sei, é verdade, estou irritado. Pior, estou triste. Mas eu sou Porto até à raiz dos cabelos que não tenho, não admito que me digam depois de ser humilhado que os meus jogaram bem. Badamerda.